Alta do dólar: saiba em qual aplicações apostar de acordo com seu perfil

O dólar bateu um novo recorde nesta sexta-feira (29) ao disparar e atingir os R$ 6,11. A forte disparada no câmbio ocorreu em reação ao pacote de ajuste fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em especial a reforma do Imposto de Renda (IR) e os detalhes do pacote de contenção de gastos públicos.

De um lado, Haddad anunciou a isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) para quem ganha até R$ 5.000 —uma das promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enquanto ainda candidato à presidência. De outro, garantiu que o pacote de contenção de gastos terá impacto de R$ 70 bilhões nas contas públicas até 2026.

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No mercado de ações, enquanto uns perdem, outros ganham. Nesse sentido, a alta do dólar prejudica alguns investimentos e favorece outros, segundo o economista Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. Em entrevista à Mara Luquet, ele afirmou que o investidor pode tomar vários direcionamentos diante desse cenário, a depender de seu perfil.

“O investidor tem várias opções. Não é porque o dólar está alto, ou os juros estão altos, que a bolsa tem que cair. Existe uma certa correlação entre bolsa e juros, mas não é 100%. E existe também, dentro do universo da bolsa, empresas que se favorecem com a alta do dólar, em especial as exportadoras”, disse.

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Moliterno explica que um dólar mais alto significa uma inflação mais elevada. Em momentos como este, a aplicação de juros mais altos se faz necessária para conter essa inflação. Sendo assim, fundos de renda fixa, os famosos IPCAs (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) são uma opção para aqueles investidores mais conservadores.

Os mais arrojados podem apostar em ações de empresas exportadoras ou mesmo de companhias que perderam valor com a alta do dólar, mas que tem seus fundamentos muito bem consolidados. Segundo o economista, a alta do dólar, assim como outros cenários, é propícia para vários tipos de investimento, a depender do risco que se está disposto a assumir.

‘Até onde vai esse dólar?’: economista explica o que todo mundo quer saber: