Ex-presidente Jair Messias Bolsonaro falou de uma possível prisão e também afirmou que delação de Cid não tem cabimento
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro já começa a se movimentar para se defender das acusações contra ele. Em sua visão, não há motivo para sua prisão e, se ocorrer, será por “arbitrariedade”.
“A prisão, ninguém gosta dela, e essa possível prisão, se ocorrer, será por arbitrariedade. Eu costumo dizer: se sou tão criminoso assim, por que não seguiram o devido processo legal? Meu foro não é Brasília, assim como o do Lula não foi, foi Curitiba. O meu, se fosse em Brasília, seria pelo plenário do Supremo, e não por uma turma do Supremo”, disse Bolsonaro à CBN Recife.
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“Não há motivo para minha prisão, seria mais uma arbitrariedade. Esperar prisão? De jeito nenhum. Alguns dizem até que estou pensando em fugir. Olha (…), estive nos Estados Unidos por três meses, poderia ter ficado lá, tive oferta de trabalho, mas voltei para enfrentar isso e buscar meu espaço político para 2026. Uma eleição em 2026 sem meu nome é a negação da democracia”, afirmou o ex-presidente.
Ele também comentou sobre suas estratégias de defesa, caso a prisão ocorra, e afirmou que as delações de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, “não têm cabimento”.
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“O que eu gostaria que acontecesse é que a instância não fosse essa [Primeira Turma do STF], e sim a primeira instância. Onde Lula foi julgado? Não foi em Curitiba? Está na Constituição que ex-presidente tem foro? Não está. Assim como essas pessoas que estão condenadas a 17 anos de cadeia, o foro delas é a primeira instância. Estão forçando a barra. O que eles querem? Me tirar de combate”, concluiu Bolsonaro.