A delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, segue em ritmo acelerado. Nesta quinta-feira (20), ele afirmou que o ex-presidente do Brasil aloprava e “mandava verificar” se membros do governo, como seus ministros e o vice-presidente Hamilton Mourão, estavam se reunindo com autoridades do Legislativo ou do Judiciário. Aliás, o ministro Alexandre […]
A delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, segue em ritmo acelerado. Nesta quinta-feira (20), ele afirmou que o ex-presidente do Brasil aloprava e “mandava verificar” se membros do governo, como seus ministros e o vice-presidente Hamilton Mourão, estavam se reunindo com autoridades do Legislativo ou do Judiciário.
Aliás, o ministro Alexandre de Moraes determinou que as gravações fossem tornadas públicas, permitindo que a imprensa e a população acompanhem tudo o que ocorre durante mais um julgamento de Cid.
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“Pessoas diziam que o ministro Alexandre de Moraes estava reunido com Tarcísio [de Freitas, então ministro da Infraestrutura] num prédio em São Paulo. Que o deputado Rodrigo Maia estava não sei onde, reunido com Paulo Guedes, com o Moro. Então, essas informações chegavam pelo celular do presidente e, às vezes, ele já aloprava, já ligava para o ministro. Às vezes, mandava a gente verificar se realmente acontecia”, disse o tenente-coronel.
Todavia, ainda em vídeo, Mauro Cid afirmou que Bolsonaro recebia telefonemas com diversas informações sobre supostos encontros de integrantes do governo com deputados ou com o próprio ministro Moraes, o que o deixava “nervoso e irritado” com a situação.
Por fim, ao receber uma dessas ordens, Cid contou que costumava perguntar ao coronel Marcelo Câmara, então assessor especial do ex-presidente. “Ele tinha esses contatos, sabia mexer nas agendas, sabia onde buscar e quem perguntar”.