MyNews debate crises no país e como isso vem aumentando problemas no trabalho de Fernando Haddad, no ministério da Fazenda
Os principais problemas do orçamento — e também as soluções — estão no Ministério da Previdência. Mas quem continua pagando o pato é Fernando Haddad. Em meio à disputa entre o governo e o Congresso sobre o aumento do IOF e o ajuste das contas públicas, um dado essencial vem sendo ignorado: o maior foco de ineficiência e desperdício está nas engrenagens do sistema previdenciário, não na Fazenda.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sabe disso. Ele recebeu recentemente um estudo técnico detalhado, elaborado pelo ex-secretário da Previdência e ex-presidente do INSS, Leonardo Rolim, que aponta caminhos para gerar uma economia de até R$ 50 bilhões, sem a necessidade de novos impostos. A entrevista completa com Leonardo Rolim e o economista Raul Velloso pode ser vista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hTaIws9DBvA
“Fizemos um estudo que mostra iniciativas capazes de reduzir substancialmente a despesa previdenciária”, diz Rolim. “Um conjunto de medidas voltadas à melhoria da qualidade do gasto.”
Um dos principais equívocos na gestão previdenciária, segundo o documento, é o Atestmed — uma plataforma do INSS que permite aos segurados solicitarem o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) por meio da análise de um atestado médico, sem a necessidade de perícia presencial. Só com a revisão desse sistema seria possível economizar mais de R$ 13 bilhões.
O estudo sugere medidas urgentes e viáveis. A íntegra está disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hTaIws9DBvA
Apesar do diagnóstico técnico claro, a artilharia política continua mirando o Ministério da Fazenda. Haddad tenta aprovar medidas impopulares, como o aumento do IOF, enquanto a Previdência segue operando com baixa eficiência e pouca transparência — mesmo após a troca de comando.
“É possível economizar bilhões apenas com uma gestão mais eficiente dos recursos”, afirma Rolim. Segundo ele, há amplo espaço para o chamado “ajuste pela eficiência”, que reduz despesas sem cortar direitos — mas que exige vontade política e foco técnico.
Enquanto isso, o ministro da Fazenda acumula o desgaste de um orçamento estourado, um Congresso hostil e medidas de ajuste fiscal impopulares. A pressão por soluções existe — mas está sendo descarregada no lugar errado.
📩
Descubra o mundo pelos olhos de Mara Luquet! A fundadora do MyNews compartilha insights exclusivos sobre longevidade, política, economia e finanças pessoais diretamente de suas vivências no Brasil, na Costa Rica, em Lisboa e em suas viagens pelo país e pelo mundo. Na newsletter ‘Recado da Mara’, você encontra histórias que não chegam aos jornais, análises afiadas e reflexões de quem vive o jornalismo além da redação. Assine e acompanhe!