Eduardo, Flávio e Carlos utilizam os meios digitais e saem em defesa do ex-presidente
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi obrigado pela Justiça a usar tornozeleira eletrônica. Ele também está proibido de sair do país, manter contato com embaixadas, utilizar redes sociais e se comunicar com seu filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, licenciado do cargo.
Rapidamente, aliados de Bolsonaro se manifestaram nas redes sociais contra a decisão e publicaram mensagens em apoio ao ex-presidente. Entre eles, o senador Flávio Bolsonaro, conhecido como “02”, usou o X para enviar uma mensagem ao pai:
“Fica firme, pai. Não vão nos calar! A humilhação proposital deixará cicatrizes em nossas almas, mas servirá de motivação para continuarmos lutando por um Brasil livre de déspotas.
Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de Alexandre de Moraes, que adota medidas totalmente desnecessárias e covardes.
Típico de uma inquisição, com sentença pronta antes mesmo de começar, onde a capa do processo é tratada como a principal ‘prova’.
O ardil é tanto que ele decide isso justamente no início do recesso parlamentar, quando Brasília está vazia. Mas seu cálculo certamente esqueceu que hoje, 18 de julho, é o Mandela Day, data em que o mundo celebra a resistência e a luta pela liberdade.
Não é coincidência!
Até nossos adversários sabem da sua inocência e honestidade.
Todos sabemos que você não merecia passar por isso.
Deus vai te honrar, pai!
O mundo dá voltas rápidas, e o povo fica ao lado de quem é perseguido injustamente, como você tem sido há anos.
Você sairá ainda maior e mais forte de tudo isso, para liderar o resgate do nosso Brasil! ‘Os humilhados serão exaltados’.”
Já Eduardo Bolsonaro, impedido de ter contato com o pai, publicou uma mensagem em inglês nas redes sociais. Abaixo, a tradução para o português:
“Alexandre de Moraes redobrou a aposta. Depois do vídeo de Bolsonaro para @realDonaldTrump ontem, Moraes ordenou hoje para @jairbolsonaro:
Usar tornozeleira eletrônica;
Não pode sair de casa entre 19h e 7h;
Está proibido de usar redes sociais;
Está proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
Não pode se aproximar de embaixadas;
Não pode falar com outras pessoas investigadas (eu e meu irmão Carlos também estamos sendo investigados).”
O vereador Carlos Bolsonaro, também filho do ex-presidente, se manifestou no início da tarde:
“Não escrevo aqui como vereador ou figura pública, mas como filho revoltado com a perseguição criminosa que meu pai vem sofrendo.
Sei que minha revolta é também a de milhões de brasileiros que enxergam, como eu, a injustiça cometida contra um homem honesto, que dedicou a vida a servir nosso país e a lutar pelo nosso povo.
Como filho, dói ver o homem que mais admiro sendo tratado assim. Dói ver meu pai censurado, calado, proibido de sair do país, alvo de buscas arbitrárias, enquanto assassinos e corruptos vivem livres no Brasil.
É impossível não se revoltar com tudo o que está acontecendo no país. Milhares de brasileiros são censurados, presos, condenados com penas desproporcionais, exilados e até mortos — simplesmente por apoiar meu pai e discordar desse sistema podre.
Pai, você me ensinou a ser forte. Ensinou que não se vende a alma e que é mais fácil estar do lado das facções do que do povo.
Hoje, eu te digo: você não está sozinho. Estamos com você. O povo está com você. A verdade está ao seu lado. E a verdade vai prevalecer.
Fique firme. O autoritarismo não vai prosperar. Vamos vencer. A liberdade vai triunfar.”
O filho mais novo de Jair Bolsonaro, o vereador Jair Renan Bolsonaro, não se manifestou na rede social X, diferentemente de seus irmãos.