Lula confirma suspensão de visto de Lewandowski: ‘vergonhoso’ Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Reunião Ministerial no Palácio do Planalto | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula confirma suspensão de visto de Lewandowski: ‘vergonhoso’

Presidente disse que ministro deveria se orgulhar de ser alvo dos EUA, que tem revogado o visto de autoridades brasileiras nos últimos meses

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta terça-feira (26), que o governo dos Estados Unidos (EUA) cancelou o visto do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto, o petista chamou o ato de “vergonhoso” e prestou solidariedade a todas as autoridades brasileiras que foram alvo de sanções americanas.

“Eu acho que eles estão deixando de receber uma personalidade da tua competência, da tua capacidade. Eu acho que é vergonhoso para eles e não para você”, afirmou. Essas atitudes são inaceitáveis, não só contra o Lewandowski, mas contra os ministros da Suprema Corte, contra qualquer personalidade brasileira. Minha solidariedade, Lewandowski.”

Lula também defendeu que Lewandowski deveria ser orgulhar de ter sido sancionado pelos EUA porque o ministro fez com que os caras tivessem tanto ódio do Brasil que chegasse a suspender o visto do nosso ministro da Justiça”.

Quem mais teve o visto cancelado?

Em julho, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Ao mesmo tempo, a permissão de entrada no país do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, também foi suspensa.

Neste mês, funcionários do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos também foram alvo das revogações. Rubio se referiu a iniciativa para suprir a carência de médicos no interior do país e nas periferias das grandes cidades como “um golpe diplomático inconcebível”. Segundo ele, aqueles que tiveram a permissão de entrada cancelada foram “cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.

A esposa e a filha, de 10 anos, no ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também tiveram os documentos suspensos. Padilha comandou a pasta em 2013, quando o Mais Médicos foi criado, mas, de acordo com o G1, não foi afetado pela sanção porque está com o visto vencido desde 2024.

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