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Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi | Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Declaração foi dada em reunião da Comissão de Previdência Social da Câmara
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, defendeu nesta terça-feira, 29, a prisão dos envolvidas no escândalo envolvendo o INSS e disse que, ao descredenciar todas as entidades, o governo preferiu “estancar a sangria”.
O presidente licenciado do PDT deu as declarações ao participar de reunião da Comissão de Previdência Social da Câmara. Ele foi convidado para dar esclarecimentos sobre o esquema de descontos sem autorização em pensões e aposentadorias pagas pelo INSS.
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“O que eu penso que o governo já está fazendo? Primeiro, nós bloqueamos o dinheiro neste mês para devolver mês que vem. Segundo, porque nós descredenciamos todos? Porque nós não tínhamos noção de quem é quem ainda. Tem que investigar. Então eu vou deixar continuar o problema? É melhor parar. Estancamos a sangria, paramos tudo e vamos estornar no mês que vem, que não terá mais desconto”, declarou.
O ministro da Previdência Social também defendeu que Instituto Nacional do Seguro Social não deveria intermediar o desconto em folha a título de mensalidade associativa.
“Estou enfrentando um problema enorme. Não vejo solução de o INSS ser intermediário de uma relação entre partes. O que o INSS tem que fazer como intermediário dessa associação? Oras, se eu sou uma associação, eu busco e beneficiário e, como diz meu neto, faz um PIX aí, vovô. Acho que não é a função principal do INSS.”
Segundo dados do próprio INSS, os valores deduzidos cresceram ano após ano. Em 2016, R$ 413 milhões foram descontados dos benefícios previdenciários para pagamento de mensalidades associativas. Em 2017, R$ 460 milhões. Em 2018, R$ 617 milhões. Em 2019, R$ 604 milhões. Em 2020, em meio à pandemia da covid-19, o valor caiu para R$ 510 milhões. Em 2021, o total voltou a subir, atingindo R$ 536 milhões. Em 2022, foram R$ 706 milhões. Em 2023, R$ 1,2 bilhão. E, no ano passado, R$ 2,8 bilhões.
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