Senador não se arrepende de fala sobre enforcar Marina Silva

Plínio Valério (PSDB-AM) afirma ter sido somente uma brincadeira com a ministra

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reclamou a repressão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após dizer que queria reforçar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em nenhum momento, o parlamentar apresentou queixa pela declaração.

Plínio, aliás, alegou que seu comentário foi apenas uma brincadeira e reforçou que não se arrependeu:

“Eu falei: ‘Imaginem vocês o que é ficar com a Marina por seis horas e 10 minutos sem ter vontade de forçar’. Todo mundo riu, eu ri”, afirmou. “Se eu perguntarem: ‘Você faria de novo?’ Não. Mas me arrependo?

VEJA: Bolsonaro intervém e elege presidente da comissão da bancada da bala

O senador também rebateu as acusações de machismo:

“Me acusar de machismo é até engraçado. Meu perfil está lá, é só olhar: fiquei viúvo, casei novamente, tenho três filhas, uma enteada, seis netas e três irmãs”, justificou.

Além disso, afirmou que sempre tratou a ministra com respeito:

“Ela provocou, e eu não entrei nisso. Com toda a educação, por ser mulher, ministra, negra e frágil, foi tratada com delicadeza, e ela sabe disso”, concluiu.

Marina Silva reage

Todavia, a ministra Marina Silva criticou a fala do senador e destacou a gravidade da declaração:

“Quem faz ameaças à vida dos outros de brincadeira e ri, só os psicopatas”, afirmou. “Dificilmente isso é dito contra um homem. É dito contra uma mulher, uma mulher preta, de origem humilde, que tem uma agenda que, em muitos momentos, confronta interesses. Essa divergência deveria permanecer no campo político, sem incentivo à violência.”