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O presidente dos Estados Unidos Donald Trump usou sua própria rede social nesta segunda-feira (07) para se pronunciar e surpreendeu ao defender Jair Messias Bolsonaro. Rapidamente, o ex-militar agradeceu o apoio e movimentou o Brasil, já que Lula, durante um evento do Brics no Rio de Janeiro, rebateu o americano e afirmou que não aceita nenhuma interferência no país.
“Tenho assistido, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto por lutar pelo povo. Conheci Jair Bolsonaro, e ele foi um líder forte, que realmente amava seu país — além disso, era um negociador muito duro em comércio. Sua eleição foi muito apertada e agora ele lidera nas pesquisas. Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político, algo que conheço muito bem”, disse o americano.
““A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, afirmou Lula.
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Diante disso, o programa Segunda Chamada, do MyNews, decidiu debater o tema e seus desdobramentos. O apresentador Afonso recebeu Mara Luquet, CEO do MyNews; Lucas Mendes, jornalista e apresentador do Manhattan Connection; Paulo Sotero, jornalista; e Alek Maracaja, analista de dados.
Na análise de Alek, ele destacou como o apoio de Trump ao ex-presidente brasileiro pode ter reanimado o bolsonarismo no ambiente digital:
“O bolsonarismo acordou no digital, porque estava sem uma orquestra. Existia um movimento contra o Congresso, e alguns grandes líderes da direita já tinham aderido. Mas não havia uma ação coordenada da direita. O movimento do Trump começa a direcionar a militância. Isso fica evidente com a quantidade de menções: em menos de oito horas, foram um milhão e trezentas mil falando sobre o assunto. O que mais chama atenção é o volume relacionado às palavras ‘Trump’, ‘Bolsonaro’ e a indignação contra o Congresso, tudo isso dentro do mesmo contexto”, disse Alek no Segunda Chamada.