Jornalismo Independente
Foto: reprodução redes sociais, Youtube de Thiago
Ele foi parado por soldados israelenses quando levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza; em abril esteve com Glauber em Brasília brigando a favor do Psolista
O brasileiro Thiago Avila, de 38 anos, está entre os voluntários a bordo do barco interceptado pelo Exército de Israel na noite deste domingo (8). Ele é conhecido por seu trabalho como ativista. Rapidamente, as redes sociais se mobilizaram, enviando mensagens de apoio e buscando informações sobre seu paradeiro.
Thiago, aliás, é um ativista humanitário. Em uma rede social, reúne quase 800 mil seguidores e se dedica especialmente a publicar conteúdos sobre ações humanitárias em diversos países, como Líbano, Cuba e Bolívia. Ele também integra o grupo Freedom Flotilla Coalition (FFC), organização voltada a prestar ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza.
Além de Thiago, a ativista climática Greta Thunberg também está a bordo do barco, chamado “Madleen”, que seguia em direção à Faixa de Gaza. A embarcação transporta ajuda humanitária, incluindo arroz e medicamentos para a população local.
Nas redes sociais, Thiago compartilhou a seguinte mensagem: “Nós estamos para ser atacados pelo mais cruel e odioso exército do mundo”. Ele publicou todo o trajeto da missão. Já no domingo, relatou os ataques sofridos pela embarcação.
Em abril deste ano, quando o deputado federal Glauber Braga (PSOL) fez uma greve de fome em protesto contra sua possível cassação, em Brasília, Thiago apareceu em um vídeo manifestando apoio ao parlamentar. De camisa marrom, manca cumprida, mas dobrada, e com o braço esquerdo estendido, gritando “Glauber fica”.
A família de Thiago ficou responsável por administrar suas redes sociais e solicitou apoio do governo brasileiro e de outras autoridades. O Itamaraty, então, divulgou uma nota oficial cobrando a libertação do ativista. Sua mulher Lara Souza, afirmou em entrevista que ainda não teve contatos com ele.
“O governo brasileiro acompanha com atenção a interceptação, pela Marinha israelense, da embarcação Madleen, que se dirigia à costa Palestina para levar itens básicos de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e cuja tripulação, composta por 12 ativistas, inclui o cidadão brasileiro Thiago Ávila.
Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos. Ressalta, ainda, a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante.
As embaixadas brasileiras na região estão sob alerta para, caso necessário, prestar a assistência consular cabível, em consonância com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.”
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