Escolha de Gleisi não foi à revelia do comando do Congresso Na imagem, Lula anuncia que Gleisi naquele momento, em dezembro de 2022, não seria ministra de seu governo | Foto: Evandro Éboli/Canal MyNews TUDO COMBINADO

Escolha de Gleisi não foi à revelia do comando do Congresso

Lula escolheu a presidente do PT e comunicou antes aos presidentes da Câmara e do Senado, cientes da escolha do presidente; não colocaram objeção

A escolha Gleisi Hoffmann para cuidar da relação do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional não pegou de surpresa os dois presidentes daquela Casa. Lula não tomou essa decisão à revelia dos presidentes Hugo Motta (Câmara) e de Davi Alcolumbre (Senado). E os dois não foram apenas informados, eram atualizados a cada passo dessa construção, de colocar Gleisi no Ministério da Secretaria de Relações Institucionais.

Era tão esperado que Motta e Alcolumbre divulgaram nota aprovando a indicação de Gleisi quase que ao mesmo tempo no início da tarde desta sexta-feira. Num intervalo de poucos minutos a diferença entre a nota emitifa por um e outro. E com o início muito semelhante:

“Recebi ligação do presidente Lula comunicando a indicação da deputada Gleisi para o o cargo de ministra”, informou Hugo Motta, às 14:18, por sua assessoria.

Quatro minutos depois, foi a vez de Alcolumbre, às 14:22:

“Fui comunicado pelo presidente Lula sobre sua decisão em nomear a deputada federal Gleisi Hoffmann para o cargo de Ministra das Relações Institucionais”.

Motta complementou afirmando que sempre teve boas relação com a nova ministra no parlamento. “Desejo pleno êxito na nova função e continuaremos o diálogo permanente a favor do Brasil”, postou Motta. 

Alcolumbre também desejou “muito sucesso nessa importante missão de dialogar com o Parlamento. Em nome do Congresso Nacional, reafirmo nosso compromisso em trabalhar sempre em defesa do Brasil”.

Gleisi começou cotada para substituir Márcio Macêdo na Secretaria-Geral da Presidência, pasta que faz a ponte com os movimentos sociais. Não era de imaginá-la no posto de Alexandre Padilha, que foi para a pasta da Saúde. A petista conquistou confiança não só de Motta como e Arthur Lira, seu antecessor, no acordo que elegeu o novo presidente da Câmara. Foi fundamental para convencer Antônio Brito, do PSD, e Isnaldo Bulhões, do MDB, de desistirem de suas candidaturas à Presidência da Casa.

Em dezembro de 2022, na transição do governo, no CCBB, em Brasília, Lula comunicou aos jornalistas, ao lado de Gleisi, que, naquele momento, era não seria nomeada ministra porque teria a missão de seguir à frente do PT. Sua vez chegou agora.

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