Jornalismo Independente
CINEMINHA NO ALVORADA
Depois de declarar que não houve tentativa de golpe no 8 de janeiro, presidente da Câmara é aguardado para assistir história da família de Rubens Paiva, morto e desaparecido
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é aguardado para assistir na noite desta segunda-feira (24) a uma sessão do filme “Ainda estou aqui” ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no cineminha do Palácio da Alvorada. A assessoria de Motta informou que está prevista na agenda do presidente este compromisso. Lula irá receber outros convidados, como ministros e parlamentares.
O filme de Walter Salles Jr. conta o drama da família de Rubens Paiva, um ex-deputado morto e desaparecido pela ditadura, sob a ótica de Eunice Paiva. A obra chegou a ser citada por Hugo Motta no seu discurso de posse como presidente da Câmara. No final, declarou:
“Temos que estar sempre do lado do Brasil, em harmonia com os demais poderes. Encerro com uma mensagem de otimismo”, afirmou na sua posse.
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No início desse mês, Motta afirmou que na sua compreensão os atos de vandalismo do 8 de janeiro não caracterizaram uma tentativa de golpe. Essa declaração foi feita duas semanas antes de o procurador-geral da República, Paulo Gonet, oferecer denúncia contra Jair Bolsonaro, e outras 33 pessoas, sob acusação de tentativa de golpe de Estado.
Motta afirmou que se tratou, o 8 de janeiro de 2023, de uma “agressão inimaginável”, mas descartou se tratar de uma ação para tomada de poder dos aliados do ex-presidente.
“Agora, querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”, afirmou o presidente da Câmara.
Evandro Éboli, jornalista que completa 30 anos de cobertura em Brasília neste 2025. Formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), passou pelas redações do O Globo, Folha de S.Paulo, Veja, Metrópoles, Correio Braziliense, Gazeta do Povo, Hoje em Dia e Tribuna da Tarde. Uma predileção inexorável por jornalismo de rua, presencial. Entre as áreas de cobertura preferenciais estão os direitos humanos, o varejo e bastidores do Congresso Nacional e apego ao registro em vídeo e foto das cenas geradoras de notícias.
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