Se voltar, Eduardo Bolsonaro corre sério risco de ser preso Deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Se voltar, Eduardo Bolsonaro corre sério risco de ser preso

Filho do ex-presidente chamou Alexandre de Moraes de “gângster de toga” por ter despachado a favor da operação da PF contra seu pai

Se a situação de Jair Bolsonaro é bastante delicada perante o Supremo Tribunal Federal (STF), a de Eduardo Bolsonaro é bem pior. Se retornar ao Brasil, ao menos neste momento, a chance de o filho do ex-presidente ter decretada sua prisão é muito provável.

Não bastasse o comportamento e postura assumidos de ataques ao Judiciário brasileiro, muito especial ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, suas idas ao Congresso norte-americano e Casa Branca e a ameaça ao país se não sair a anistia de seu pai, a última postagem do deputado licenciado agravou os riscos de acabar na cadeia.

Nesta sexta, após a operação da Polícia Federal contra seu pai e a imposição de que passe a usar tornozeleira eletrônica, Eduardo chamou Moraes, quem determinou a ação contra seu pai, de “gângster de toga” e também de “ditador”.

Uma manifestação que até parece calculada para provocar uma reação mais dura do Judiciário contra ele.

“Recebi com tristeza, mas sem surpresa, a notícia da invasão da Polícia Federal à casa do meu pai nesta manhã. Há tempos denunciamos as ações do ditador Alexandre de Moraes — hoje, escancaradamente convertido em um gangster de toga, que usa o Supremo como arma pessoal para perseguições políticas. Mais uma vez, ele confirma tudo o que vínhamos alertando”, afirmou Eduardo.

O filho de Jair Bolsonaro assina essa nota à imprensa como “deputado federal em exílio”.

A licença de seu mandato na Câmara encerra no próximo dia 24. Se não retornar ao parlamento, corre risco de ter seu mandato cassado se atingir um terço das faltas nas sessões legislativas.

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