Lindbergh Farias afirmou que o filho do ex-presidente está com a “cabeça paranoica e síndrome perseguição” e que bastou bater o pé que ele agiu como menino assustado e “saiu correndo”
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou a decisão de seu colega de parlamento Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de deixar o país e se licenciar de seu mandato. Para o petista, o filho do ex-presidente está com a “cabeça paranoica” e com “síndrome de perseguição”, por ter tomado essa decisão.
Para Lindbergh, que entrou com ação para que o passaporte de Eduardo fosse retido – medida negada pelo Ministério Público e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -, o deputado do PL agiu como um “menino assustado” e não havia razão para deixar o país. Essas foram algumas das declarações do líder do PT em entrevista ao Canal MyNews.
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O PT atuou para impedir a indicação de Eduardo Bolsonaro para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, que foi destinada hoje a Filipe Barros (PL-PR), numa decisão de Jair Bolsonaro. Lindbergh diz o “Brasil ganhou” com a ausência de Eduardo do país.
“O Brasil ganhou e a gente se livrou de ter Eduardo Bolsonaro como presidente de uma comissão oficial da casa, viajando pelo mundo para atacar os interesses nacionais, o ministro Alexandre de Moraes e outros ministros do Supremo (STF)”, afirmou o petista.
O líder do PT disse que Eduardo está com a cabeça paranoica e que foi só bater o pé que ele saiu correndo.
“Ele está cada vez mais construindo um mundo paralelo, de que o Brasil não vive uma democracia. Na verdade, ficamos surpreso. Como se tivéssemos batido o pé e ele saiu correndo assustado. Ele está com a cabeça paranoica, com síndrome de perseguição. Não havia nenhum motivo para ele ter fugido de forma rápida. Foi uma coisa meia desesperada, um ato de desespero”, declarou.
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A surpresa a que se referiu Lindbergh é explicada pelo fato de Eduardo não ser denunciado e nem estar prestes a ser julgado pelo STF na ação do golpe contra a democracia.
“Entramos com pedido cautelar de apreensão do passaporte por que ele estava usando o mandato parlamentar para atuar, para conspirar contra o Brasil e o Poder Judiciário independente”.