Resultado positivo das negociações na Suíça marca atenuação na guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo
Os Estados Unidos (EUA) e a China anunciaram, nesta segunda-feira (12), um acordo para reduzir drasticamente as chamadas “tarifas recíprocas” por 90 dias. Com a trégua na guerra comercial, os países se comprometeram a reverter a maior parte das tarifas e outras medidas de retaliação até quarta-feira (14).
Os EUA devem reduzir as taxas sobre as importações chinesas de 145% para 30%, enquanto a China passará a cobrar imposto de 10%, ao invés de 125%, sobre alguns produtos norte-americanos.
O governo chinês também concordou em interromper e descartar outras contramedidas não tarifárias, como as restrições às exportações de minerais cruciais anunciada no início de abril.
O anúncio do acordo foi feito em um comunicado conjunto após uma semana de intensas negociações em Genebra, na Suíça. De acordo com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, há um interesse comum em manter um “comércio equilibrado”.
Durante uma coletiva de imprensa nesta manhã, o presidente Donald Trump afirmou que as taxas sobre os produtos chineses não devem voltar a 145% após a suspensão de 90 dias e que acredita que os países chegarão a um acordo definitivo.
Segundo a BBC, caso as tarifas sejam restabelecidas após a pausa, as importações norte-americana seriam taxados em 34% e os impostos sobre as importações chinesas aumentariam para 54%, pois grande parte do tarifaço anunciado no Dia da Libertação foi cancelada.