Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (à esquerda), primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (ao centro), e o líder supremo do Irã, Ali Khamenei (à direita) | Foto: Reprodução/Instagram/X (antigo Twitter) MÍSSEIS INFINITOS?

Conflito entre Israel e Irã escala com intervenção dos EUA

Mísseis iranianos foram lançados contra base americana no Catar; exército israelense emite alerta de evacuação para Teerã

O confronto entre Israel e Irã tomou uma nova proporção após a entrada dos Estados Unidos (EUA) na guerra. No sábado (21), sem aviso prévio, o governo americano bombardeou três instalações nucleares iranianas – Fordow (onde foi utilizada uma bomba “antibunker” capaz de perfurar o solo), Natanz e Isfahan. O objetivo era destruir as bases do programa de enriquecimento de urânio, mas o Irã afirma que havia transferido o material nuclear para fora do país antes da investida.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, parabenizou o presidente Donald Trump por sua decisão “ousada” que “mudará a história” em pronunciamento no domingo (22). Entretanto, o ataque pode ter elevado o nível de tensão entre os países. Nesta segunda-feira (23), as Forças de Defesa de Israel (IDF) publicaram, por meio de seu perfil oficial no X (antigo Twitter) um aviso “urgente” para os cidadãos de Terrã, capital do Irã, sobre futuros ataques israelenses.

“Caros cidadãos de Teerã, nos próximos dias, o exército israelense continuará com os ataques contra alvos militares na região de Teerã”, alertou a IDF em árabe. “Para assegurar sua segurança pessoal, nós pedimos que fiquem longe de centros de produção de armas, bases militares e instituições de seguranças ligadas ao regime.”

Também em resposta ao bombardeio dos EUA, o Irã lançou, nesta segunda, mísseis contra a base militar norte-americana Al Udeid Air Base, no Catar. O governo local afirma que os projéteis foram interceptados “com sucesso”, não há confirmação de mortos ou feridos. Em comunicado, Majed Al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar afirmou que o país “tem o direito de responder diretamente, proporcionalmente à natureza e à escala desta agressão”.

Em decorrência do confronto, que ocorre majoritariamente pelos céus, tendo em vista a distancia entre os países – que não fazem fronteira entre si -, o espaço aéreo de parte do Oriente Médio foi fechado. Segundo a CNN, mais de 20 voo comerciais com destino aos Emirados Árabes Unidos e ao Catar foram desviados. Mais de 200 voos com origem na América do Norte e na Europa e com destino ao Oriente Médio programados para hoje podem ser cancelados.

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