Quarta-feira começa com dúvidas: a baderna bolsonarista vai continuar? E qual a real extensão das medidas de Trump?
A quarta-feira amanheceu com notícias velhas e novas. Já se sabia que a oposição bolsonarista seguiria a baderna no Congresso, ocupando as Mesas da Câmara e do Senado, e as tarifas de Donald Trump, pelo menos no papel, entrariam em vigência hoje. A novidade: Alexandre de Moraes autorizou a visita de filhos, cunhadas, netas e netos a Jair Bolsonaro, na sua prisão domiciliar.
Por partes.
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Os parlamentares bolsonaristas, num ato de desespero, sequestraram as Mesas da Câmara e do Senado. O verbo sequestrar, usado pela esquerda, é muito bem empregado. Com cenas de comédia pastelão, que não deixam de ser graves, deputados amordaçados, insinuando serem censurados, ocuparam o núcleo dos plenários. Querem aprovar anistia para os golpistas. Agora, devem ter enterrado de vez qualquer chance dessa proposta avançar.
O tarifaço de Trump é alerta para governo e empresários. Ambos, buscam saída alternativas de mercado no mundo para produtos do agro e de outros. Há uma incerteza no ar, mas muitos receios. O ministro Fernando Haddad amanheceu culpando a oposição pelo estrago comercial. O alvo é Eduardo Bolsonaro, o deputado que está no mandato, dos Estados Unidos, e não trabalha há tempos.
Moraes fez o correto em autorizar parentes de Bolsonaro em visitá-lo. É gesto humanitário e não negado a autores dos piores crimes hediondos. Até então, só a mulher Michelle e a filha Laura podiam estar com ele na casa grande de um condomínio em Brasília.
O dia ainda vai longe, e só está começando.