Após mudança de estratégia da Casa Branca, líderes europeus anunciam planos para aumentar investimentos na segurança do continente
Líderes europeus se reuniram na última quinta-feira (6), na Bélgica, para debater planos para aumentar o investimento nas forças militares da Europa e apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia. O encontrou aconteceu após os Estados Unidos suspender a ajuda militar à Ucrânia e o presidente e o vice-presidente do país, Donald Trump e JD Vance declararem que os europeus precisam prover pela própria segurança.
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Desde o final da Segunda Guerra Mundial, os EUA investiram massivamente em suas forças armadas, mas a Europa optou por repasses mais modestos, sempre dependendo do apoio dos aliados do outro lado do Atlântico. Além disso, segundo a BBC, os americanos bancam 64% dos gastos da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), enquanto os países europeus custeiam apenas os 36% restantes.
Mas a mudança de estratégia da Europa se mostrou ainda mais urgente após o embate entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e Trump, na Casa Branca.
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Assim, durante o encontro na semana passada, os líderes europeus expressaram apoio à proposta da Comissão Europeia de criar um fundo para empréstimos de 150 bilhões de euros (aproximadamente R$ 930 bilhões) destinados a ajudar os países membros da União Europeia a promover a rearmamento do continente frente à guerra da Ucrânia.
Apenas o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, tipo como aliado de Vladimir Putin e de Trump, se posicionou contra a declaração do bloco sobre a Ucrânia.
A partir desta terça-feira (11), representantes do EUA e da Ucrânia devem se encontrar na Arábia Saudita para avaliar maneiras de como encerrar o conflito com a Rússia.