Ministra não orienta assinatura da CPMI, como anunciaram os senadores petistas Rogério Carvalho (SE) e Fabiano Contarato (ES): “Foi nosso governo que chamou a polícia”
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, escreveu uma longa mensagem nas suas redes se posicionando de forma firme contra a instalação da CPMI do INSS, em andamento no Congresso Nacional. A manifestação da ministra contraria e desautoriza os petistas que anunciaram apoio à criação da CPI, casos dos senadores petistas Rogério Carvalho (SE) – líder do partido no Senado – e Fabiano Contarato (ES).
Gleisi argumentou que essa CPMI será explorada politicamente e poderá comprometer a investigação da Polícia Federal e pode atrasar o ressarcimento das vítimas.
“A CPI é importante em governos que não investigam ou acobertam desvios e corrupção, como ocorreu no governo anterior em relação a Covid e ao roubo dos aposentados no INSS. A engenharia criminosa contra os aposentados começou no governo passado e terminou neste, com o desmonte de uma quadrilha que operava no INSS”, postou Gleisi Hoffmann.
“Também pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que sua duração está prevista para seis meses, impactando nas medidas já em curso. São preocupações que precisamos externar para esclarecer a população. Este governo já suspendeu os descontos, acabando com o roubo aos aposentados, demonstrou que levará as investigações até as últimas consequências e trabalha para ressarcir as vítimas o mais rápido possível”, completou a ministra.
A auxiliar do presidente Lula repetiu declaração do ministro Wolney Queiroz, da Previdência de que foi entre 2019 e 2022 que “o ladrão entrou na casa” do INSS, com a criação de entidades fantasmas, controladas por quadrilhas, e o cancelamento dos controles, sancionado por Jair Bolsonaro.
“Foi o nosso governo que chamou a Polícia e, por orientação do presidente Lula, a investigação irá até as últimas consequências para que nenhum aposentado saia no prejuízo”.