Julgamento de Bolsonaro: aliados silenciam, esquerda festeja Ex-presidente Jair Bolsonaro em motociata em Brasília com apoiadores | Foto: Afonso Marangoni/MyNews

Julgamento de Bolsonaro: aliados silenciam, esquerda festeja

Após pedido de Moraes, Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, marca sessão de julgamento dos réus do núcleo 1 para setembro.

O ministro Cristiano Zanin, presidente do Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para setembro deste ano o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais réus do núcleo 1 da trama golpista, após pedido do ministro relator Alexandre de Moraes. A marcação da data causou diferentes reações entre aliados e opositores de Bolsonaro.

Por meio do Instagram, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados, republicou trecho do jornal da CNN que noticiou a escolha das datas. Sem citar o julgamento diretamente, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), mobilizou apoiadores para ato no feriado de Independência do Brasil, que ocorrerá na mesma semana.

“Sinto que nunca estivemos tão perto de acabar com essa ditadura. E nesse 7 de setembro será o dia, entrará para história como maior mobilização popular no Brasil”, afirmou no X (antigo Twitter).

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Entretanto, outros parlamentares apoiadores e filhos de Bolsonaro, até o momento, não se manifestaram publicamente sobre a sessão de julgamento marcada para ocorrer em 20 dias.

O silêncio ocorre apenas uma semana depois que políticos da oposição ocuparam os plenários da Câmara e do Senado Federal, interrompendo os trabalhados legislativos por mais de 30 horas, na tentativa de pressionar os presidentes das Casas, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), a pautar a anistia para o ex-presidente e outros presos pelo 8 de janeiro de 2023.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder da maioria e vice-líder do governo na Câmara, publicou um vídeo em suas redes sociais se referindo ao julgamento como “um momento muito importante de reafirmação da nossa soberania”.

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A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), líder da Federação PSOL-Rede, por meio de uma publicação em sua conta oficial no X (antigo Twitter), também chamou atenção para as datas marcadas serem próximas do feriado de 7 de setembro.

“Logo ele, que sempre apostou no 7 de setembro como palco de golpismo, agora terá que se explicar na véspera”, escreveu a parlamentar.

Nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, a Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Zanin, Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, decidirá pela absolvição ou condenação de Bolsonaro e sete outros acusados, entre eles o réu-colaborador Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência.

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