Petistas e outros integrantes da base do governo na esquerda anunciaram apoio à comissão, para incômodo do Palácio do Planalto
A semana que começa promete trazer dor de cabeça para o governo. A perspectiva de avançar a instalação da CPMI do INSS é real e incomoda e muito o Palácio do Planalto. Senadores e deputados petistas e da base do governo na esquerda decidiram apoiar a comissão, mesmo com a contrariedade da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), que não orientou essa posição e se manifestou pela não adesão a essa iniciativa.
Mesmo com a possibilidade de vir a ter maioria na CPMI, o governo acredita que irá estar exposto ainda que apuração da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontem que esse escândalo não é de agora, mas vem de governos passados. A criação da comissão, se de fato instalada, surgiria num momento que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reage nas pesquisas, com a redução da avaliação negativa de sua gestão.
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No Senado, na semana passada, dois integrantes da base governista anunciaram apoio à CPMI, que foram os petistas Fabiano Contarato (ES) e Rogério Carvalho (SE), líder do PT naquela Casa. Na Câmara, um deputado da base, Duarte Jr. (PSB-MA), anunciou as redes seu apoio à comissão que irá investigar os desvios de benefícios dos aposentados por entidades diretamente no INSS.
Também na Câmara, o presidente Hugo Motta (Republianos-PB) anunciou que votará projetos para estancar e proibir retirada desses recursos dos segurados do INSS. O tema parece que irá dominar a semana no Congresso Nacional.
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