Lula e Jair Bolsonaro nunca estiveram tão envolvidos em agendas que apelam para a fé, como nesta corrida pelo segundo turno
por Bárbara Gualassi em 05/10/22 14:43
Lula encontrou frades franciscanos, no Dia de São Francisco de Assis – Foto: Ricardo Stuckert
“Guerra santa” é um termo apropriado para o que aconteceu na corrida pelo segundo turno da presidência. Lula associado ao satanismo em um caso de fake news e intolerância religiosa, e depois indo ao encontro de frades franciscanos. Um vídeo antigo de Jair Bolsonaro em reunião da maçonaria viralizou nas redes sociais. No mesmo dia, o presidente a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, cumpriram agenda com lideranças da Assembleia de Deus.
Para falar sobre essa disputa pelo apoio religioso, Myrian Clark recebeu nesta quarta-feira (05/10) no Almoço do Mynews a pesquisadora de Filosofia Antiga, mitologia e narrativas sagradas Julia Myara, que falou sobre a influência dos afetos na política.
“É um fenômeno bem complexo que podemos ver sob perspectivas diferentes. Quando falamos de afeto, estamos falando de algo que nos cativa, tanto em um espectro político quanto um discurso do outro, que mobiliza a ordem de nossos sentimentos.”
A pesquisadora destacou que, quando colocamos em jogo uma guerra de oposições, provocamos uma guerra de todos contra todos. “’O homem é o lobo do homem’, de certa forma lutamos todos uns contra os outros, sem formar um projeto de civilização. E a partir dessa narrativa, criamos armas literais e simbólicas para nos defender de nossos iguais.”
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