Sem limites, Eduardo Bolsonaro agora ataca senadores que irão aos EUA Eduardo Bolsonaro, no aeroporto de Brasília, durante retorno de Jair Bolsonaro dos EUA, em março de 2023 | Foto: Evandro Éboli/MyNews

Sem limites, Eduardo Bolsonaro agora ataca senadores que irão aos EUA

Entre os quais, no grupo de oito, dois ex-ministros do governo de seu pai: Tereza Cristina (Agricultura) e Astronauta (Ciência e Tecnologia)

Com receio de retornar ao Brasil, sob o risco de até ser preso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abriu nova frente de ataques às instituições nacionais e criticou o grupo de senadores que irão aos Estados Unidos buscar uma solução para evitar a entrada em vigor de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

​​​​Se achando “dono” da agenda brasileira junto à Casa Branca, o filho do ex-presidente afirmou, vejam, que esse grupo não “fala em nome do presidente Jair Bolsonaro”. Claro que não.  Disse ainda que não tem qualquer “vínculo” com essa iniciativa – melhor que não tenha – e que a ação é “fadada ao fracasso”.

Na sua postagem, Eduardo diz que a interlocução com o governo norte-americano só terá valia se estiver na mesa a contrapartida da “anistia ampla, geral e irrestrita” aos bolsonaristas golpistas.

“Essa iniciativa me parece seguir o padrão de sempre: políticos que visam adiar o enfrentamento dos problemas reais, vendendo a falsa ideia de uma “vitória diplomática” enquanto ignoram o cerne da questão institucional brasileira. Trata-se de um gesto de desrespeito à clareza da carta do Presidente Trump, que foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer internamente para restaurar a normalidade democrática”, afirmou o deputado, que voltou ao mandato nesta semana.

Na mensagem, Eduardo ataca a presença de dois senadores petistas na comitiva – Jaques Wagner (BA), líder do governo no Senado, e Rogério Carvalho (SE), líder do PT no Senado. Ambos, como os demais seis, integram a Comissão de Relações Exteriores.

“Buscar interlocução sem que o país tenha feito sequer o gesto mínimo de retomar suas liberdades fundamentais – como garantir liberdade de expressão e cessar perseguições políticas – é vazio de legitimidade. O constrangimento se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA. Reafirmo que não tenho qualquer vínculo com essa iniciativa parlamentar, fadada ao fracasso”.

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