STF ouve como testemunha general que não aderiu ao golpe

General Marco Antônio Freire Gomes e estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Supremo Tribunal Federal JULGAMENTO CONTINUA

Camilla Lucena*
19/05/2025 14:39
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Brasil

STF ouve como testemunha general que não aderiu ao golpe

General Freire Gomes, comandante do Exército que não aderiu à trama golpista e ameaçou prender Bolsonaro, será ouvido nesta segunda-feira (19)

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará nesta segunda-feira (19), às 15h, os depoimentos de 82 pessoas na condição de testemunha de acusação e defesa dos réus da tentativa de golpe. As oitivas estão marcadas para ocorrer de hoje ao dia 2 de junho.

Entre os nomes previstos para oitiva desta tarde está o General Marco Antônio Freire Gomes, que foi comandante do Exército no último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo as investigações, além de não aderir ao golpe, Freire Gomes teria ameaçado prender Bolsonaro após sugestão para que as tropas apoiassem o golpe.

Devem ser ouvidos ainda:

Eder Lindsay Magalhães Balbino, dono de uma empresa de tecnologia da informação que teria ajudado a produzir um estudo para alegar fraude nas urnas eletrônicas;
Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor do Ministério da Justiça que teria presenciado a solicitação de relatórios de inteligência para fundamentar os operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que impediram eleitores do Nordeste de votar no segundo turno das eleições de 2022;
e Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da PRF.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, estava listado como testemunha de acusação, mas foi dispensado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A exclusão foi confirmada na sexta-feira (16) sem apresentação de justificativa.

Procedimento

Os depoimentos serão realizados por videoconferência e comandados por juiz auxiliar do ministro do STF Alexandre de Moraes. Nesta etapa do julgamento, os advogados de defesa, a PGR e os demais juízes auxiliares de Moraes poderão questionar cada testemunha sobre fatos que tenham relação com a denúncia.

Embora jornalistas credenciados possam assistir às sessões em um telão na sala da Primeira Turma do STF, a gravação de áudio e vídeo dos depoimentos está proibida.