Um ano após o atentado: as conquistas, ou não, de Trump Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com curativo na orelha após atentado em julho de 2024 | Foto: Reprodução/Instagram

Um ano após o atentado: as conquistas, ou não, de Trump

Neste domingo (13), fazem 365 dias que o presidente dos Estados Unidos foi alvo de um ataque durante a campanha eleitoral

Há exatamente um ano, o presdiente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi vítuma de uma tentativa de assassinato enquanto partricipava de um comício na Pensilvânia durante a corrida eleitoral. O republicano, que à época era candidato à Presidência, foi atingido de raspão por um bala na orelha direita enquato discursava.

O episódio é considerado uns dos pontos chave da campanha eleitoral do então candidato, que derrotou a democrata Kamala Harris e retornou à Casa Branca como o 47º presidente dos EUA, em 6 de novembro de 2024.

Ao longo desses 365 dias, Trump não só venceu às eleições, mas se tornou protagnista ativo em questões polêmicas da política interna e externa dos EUA.

Donald Trump e Elon Musk

O bilionário sul-africano Elon Musk se aproximou muito de Trump principalmente após o atentado na Pensilvânia, que levou o dono do X (antigo Twitter) a declarar seu apoio incondicional ao republicano. Com interesses políticos e comerciais em comum, eles passaram a depender um do outro ainda durante o processo eleitoral. Segundo o site de monitoramento de financiamento de campanhas Open Secrets, o empresário do ramo tecnológico doou cerca de US$ (aproximadamente R$ 1,6 bilhão) a Trump e outros republicanos.

Durante a cerimônia de posse o atual presidente, Musk também causou uma das primeiras polêmicas do segundo mandado de Trump ao realizar um gesto que se assemelhava a uma saudação nazista antes de discursar no palanque. No entanto, isso não impediu o empresário de se tornar um “funcionário especial do governo” e assumir a liderança do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).

A função de Musk e do departamento era reduzir e reforma a burocracia do governo, visando especialmente a redução de custos e o aumento da produtividade. À frente do DOGE, o bilionário continuou rendendo notícias com as ameaças constantes de demissões em massa de funcionários públicos.

Entretanto, no final de maio, a relação entre os dois foi estremecida com a saída de Musk do governo. Embora a função ocupada por ele fosse temporária, o anúncio do afastamento ocorreu um dia após o empresário criticar o projeto orçamentário que previa isenções fiscais e amento de gastos com a defesa.

Na primeira semana de julho, Musk e Trump trocaram farpas nas redes sociais. O presidente ameaçou “encerrar os subsídios e contratos governamentais” com as empresas do ex-aliado, além de afirmar que estaria estudando a possibilidade de deportá-lo. Musk, por sua vez, argumentou que o republicano não teria vencidos as eleições sem seu apoio, o chamando de ingrato, e acusou Trump de estar envolvido com os crimes de Jeffrey Epstein, um criminoso sexual e magnata norte-americano.

Deportações em massa de imigrantes

Deportações em massa de imigrantes ilegais e aumento da vigilância nas fronteiras são promessas eleitorais de Trump desde as eleições de 2016. Segundo a BBC, até o início de junho, mais de 50 mil imigrantes sem documentos foram detidos pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês). Entre janeiro e abril, pelo menos 700 brasileiros foram deportados.

A política anti-imigratória resultou em protestos na região de Los Angeles, na Califórnia. As manifestações começaram no dia 6 de junho após 44 pessoas serem presas por agentes federais de imigração. Trump determinou a intervenção da Guarda Nacional e um toque de recolher foi estabelecido.

O movimento, chamado de “No Kings” (“Sem reis”, na tradução livre) se expandiu para outros estados do país como Utah, Oregon, Texas, Filadélfia e Minnesota.

Israel X Irã

Na noite do dia 12 de junho, Israel realizou um ataque de grande proporção contra bases do programa nuclear iraniano, provocando uma reação do Irã, que lançou mísseis contra o território israelense no dia seguinte ao ataque. A tensão no Oriente Médio escalonou rapidamente, chegando a mais de 200 iranianos e 24 israelenses mortos em apenas cinco dias de conflito.

Trump, aliado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acompanhou os desdobramento do conflito de perto até que, no dia 21 de junho, os EUA interviram diretamente no confronto. em aviso prévio, o governo americano bombardeou três instalações nucleares iranianas – Fordow (onde foi utilizada uma bomba “antibunker” capaz de perfurar o solo), Natanz e Isfahan. O objetivo era destruir as bases do programa de enriquecimento de urânio.

Apesar do ataque surpresa ter elevado a tensão entre os países – o Irã chegou a bombardear uma base norte-americana no Catar em retaliação -, Trump conseguiu, com sucesso, anunciar um cessar-fogo no dia 23, que se mantém desde então.

Tarifaço

No dia 2 de abril, Trump anunciou a primeira leva de “tarifas recíprocas” sobre mais de 180 países que estavam programadas para expirar na quarta-feira (9). No entanto, durante a última semana, o republicano enviou cartas a diversos países, incluindo o Brasil, comunicando o aumento das tarifas a partir do dia 1º de agosto.

A nova leva do tarifaço repercutiu de forma negativa, principalmente no Brasil, tanto pela taxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros quanto pela declaração de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e pelas acusações contra o Supremo Tribunal Federal.

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