Valdemar diz que minuta de pedido de asilo ‘foi enviada’ a Bolsonaro Presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto | Foto: Beto Barata/ PL

Valdemar diz que minuta de pedido de asilo ‘foi enviada’ a Bolsonaro

Presidente do PL não quis identificar o remetente do documento encontrado pela PF no celular apreendido do ex-presidente

O presidente do Partido Liberal (PL), o ex-deputado Valdemar Costa Neto, afirmou, nesta segunda-feira (25), que a minuta de pedido de asilo na Argentina foi enviada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas não quis identificar o remetente do arquivo. A declaração foi feita durante evento do Esfera Brasil, em São Paulo.

Segundo o Metrópoles, Costa Neto negou que Bolsonaro tivesse intenção de sair do país e, ainda que houvesse esse desejo, não haveria necessidade de pedido formal, pois ele seria bem recebido pelo presidente argentino Javier Milei.

“Mandaram para ele, agora que que entendi”, afirmou o presidente do PL. “Eu sei quem foi, mas não quero falar. Mandaram para ele no celular. Não foi ele porque ele nunca quis ir para lá e, se ele for para lá, ele não precisa pedir asilo, é só atravessar um rio que o Milei vai falar: ‘Bolsonaro!’.”

Eduardo Bolsonaro, os EUA e a Polícia Federal

Durante participação em painel do Seminário Brasil Hoje, Costa Neto também afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está “fazendo a parte dele” ao articular com políticos norte-americano para defender o ex-presidente.

No entanto, ao ser questionado se o parlamentar tinha o apoio do partido para continuar atuando no exterior, Costa Neto disse que Eduardo faz “tudo sozinho”.

“O Eduardo faz todas as coisas por conta própria. Ele não consulta o partido”, revelou. “Não estou me lamentando por isso não. Não tem problema nenhum. Ele está ajudando, faz a parte dele, e faz o que ele devia fazer que é defender o pai dele.”

Na última quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estados Democrática de Direito em razão da articulação dos políticos junto ao governo dos Estados Unidos (EUA) para aplicar medidas contra o Brasil em retaliação ao processo movido contra o ex-presidente.

Segundo o relatório apresentado pela corporação na semana passada, mensagens recuperadas do celular de Bolsonaro, que foi apreendido com a decretação da prisão domiciliar, os investigaram atuaram para intimidar autoridades brasileiras e atrapalhar os inquéritos que apuram a tentativa de golpe em 2022.

Em resposta à PF, Eduardo negou, por meio de suas redes sociais, qualquer intenção de interferir no Supremo Tribunal Federal. Mas, afirmou que, se seu crime era “lutar contra a ditadura brasileira”, ele se declara culpado de antemão.

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