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Jornalista Jamil Chade relata receber ameaças de morte e diz que considera situação reflexo do ano eleitoral

Jornalista tem sido alvo de ameaças desde publicação de coluna no UOL sobre ódio como instrumento político nas eleições.

por Suzana Souza em 11/05/22 14:04

Jornalista Jamil Chade apresenta o programa Cruzando Fronteiras, do MyNews. Foto: Reprodução (Agência Pública)

O jornalista Jamil Chade, apresentador do Cruzando Fronteiras do MyNews e correspondente de Genebra, na Suíça, relatou que tem sido alvo de ameaças de morte nas redes sociais e disse que considera a situação um reflexo do ano eleitoral no Brasil.

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“A gente parece ter normalizado isso [ameaças] nas redes sociais como se isso não fosse uma aberração. Desde a semana passada isso foi incrementado, no meu caso específico, se transformando na verdade em ameaças de morte, muitas e com recados que eu diria muito explícitos e sistemáticos, com muita frequência […] Eu considero que isso é algo já de 2022, de um ano de eleição, de um ano em que muita coisa vai estar em jogo no Brasil, mas acima de tudo a própria democracia”, afirmou o jornalista em entrevista ao Almoço do MyNews desta quarta-feira (11).

Jamil declarou que os ataques se intensificaram após a publicação de uma coluna assinada por ele no UOL na qual ele discutia o ódio como instrumento político nas eleições.

“Foi uma matéria que publiquei na sexta-feira (8). E que na verdade era uma matéria de opinião, não era uma reportagem. Eu mostrava que ao longo da história você tem o ódio sendo instrumentalizado como ferramenta de poder para justamente mobilizar uma parcela da população em torno de algum objetivo de um grupo que está no poder ou que quer chegar ao poder”, explicou.

Ameaça recebida por Jamil Chade em uma de suas redes sociais. Foto: Reprodução (Twitter)

Em seu perfil no Twitter, Jamil publicou algumas das ameaças recebidas. Em uma delas, uma pessoa fala “Espero te ver em alguma geladeira de algum IML [Instituto de Medicina Legal] por aí”. Em outra, o usuário escreveu “Continue, eu sinto só pena da sua família. Sabemos que você não tem amor próprio, pela vida, são eles (sua família) que irão jogar no seu caixão”.

“O Brasil vive em uma situação muito ruim no ranking de liberdade de expressão e liberdade de imprensa. O mais curioso é que aqui em Genebra [na Suíça], o Brasil é criador de uma resolução sobre a proteção da imprensa. Fico imaginando o que significa isso para um governo que não age dessa forma na prática”, declarou Chade.

Ele fez referência ao relatório produzido pelo Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado na no dia 6 de maio, que apontou o Brasil como 110° país no ranking mundial de liberdade de imprensa.

O número, comparado com outros 179 países, representa o incremento brasileiro em uma posição em relação ao desempenho do país em 2021, quando a nação ocupou o 111° lugar da lista. Quanto maior a posição, menos liberdade de imprensa há no território analisado.

Confira a entrevista completa com Jamil Chade no Almoço do MyNews desta quarta (11):

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