Alegar problemas de saúde é estratégia de Zambelli e Bolsonaro? A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) (à esquerda) e os ex-presidentes Jair Bolsonaro (ao centro) e Fernando Collor (à direita) | Foto: Lula Marques/Marcelo Camargo/Agência Brasil LAUDOS MÉDICOS

Alegar problemas de saúde é estratégia de Zambelli e Bolsonaro?

Assim como o ex-presidente Fernando Collor de Mello, eles podem estar usando desse artifício para evitar as grades

“Estou pegando vários relatórios dos meus médicos e eles são unânimes em dizer que eu não sobreviveria à cadeia”, afirmou a deputada federal Carla Zambelli (Pl-SP) aos jornalista, na quinta-feira (15), após ser condenada a 10 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), pela invasão hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado a oito anos pelo STF em 2023 por corrupção e lavagem de dinheiro, também apresentou laudos médicos para requer o direito à prisão domiciliar. De acordo com os advogados, Collor, além da idade avançada (75 anos), sofre com Mal de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar, embora o ex-presidente tenha negado ter qualquer doença grave durante audiência de custódia.

Saúde dos políticos é usada como artimanhas

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Para Rudolfo Lago, editor-chefe da edição nacional do Correio da Manhã, este comportamento, que é “muito curioso”, pode sim ser uma estratégia para evitar a cadeia.

“Aparentemente está todo mundo agora recorrendo a esses problemas de saúde que [publicamente] nunca tiveram antes para tentar escapar da prisão”, disse o jornalista durante participação no Segunda Chamada de sexta-feira (16).

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A jornalista Mirian Guaraciaba, que também participou do programa, chamou atenção para a declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o cumprimento da pena caso seja condenado pela tentativa de golpe de Estado. “O próprio Bolsonaro, em entrevista ao Uol, disse que ‘game over’. Se for condenado, acabou”, relembrou Mirian.

De acordo com Bolsonaro, caso o STF o condene a 20 ou 40 anos de prisão, ele definitivamente estará no fim de sua vida e se sua carreira política, pois já tem 73 anos. É importante ressaltar que o ex-presidente também sofre com questões de saúde decorrentes do esfaqueamento em 2018.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de sexta-feira (16):

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