Bolsonaro, três generais e um almirante réus por tentativa de golpe Bolsonaro se defende após virar réu por tentativa de golpe / Foto: Camilla Lucena, do MyNews UNANIMIDADE NO STF

Bolsonaro, três generais e um almirante réus por tentativa de golpe

Os cinco ministros da 1ª Turma do STF votaram para que o ex-presidente e aliados sejam julgados por cinco crimes, que totalizam mais de 40 anos de prisão

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por unanimidade a denúncia que transforma em réu o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de três generais (Braga Netto,  Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira), o almirante Almir Garnier, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro Anderson Torres (Justiça) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Veja como foram os votos que tornaram Bolsonaro e aliados réus

Por unanimidade de 5 a 0, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam o voto do relator Alexandre de Moraes, a favor da aceitação da denúncia contra todos os oito, que agora se tornaram réus. A peça apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi aceita na íntegra pelos ministros do tribunal.

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Os oitos réus respondem a cinco crimes e as penas máximas de cada um podem ultrapassar os 40 anos de prisão. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, estima que Bolsonaro seja condenado a 28 anos de cadeia. Os agora réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado. Somadas, as penas máximas podem passar de 40 anos de prisão.

Durante a apresentação de seu voto, Moraes apresentou um vídeo de cinco minutos com cenas dos ataques bárbaros dos golpistas às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023, que irritou os bolsonaristas e os advogados dos réus.

“Não foi um domingo no parque, não foi um passeio no parque. Barreiras policiais foram rompidas. Uma policial da Polícia Militar foi o símbolo desse ataque, e foi atingira no capacete com uma barra de ferro”, disse Moraes.

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“Uma imagem vale mais que mil palavras”, afirmou também o relator.

“Não tinha velhinhas com Bíblia nas mãos nem passaram batonzinho na estátua. Está comprovada a materialidade”, continuou.

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