Andrei Rodrigues se manifestou sobre efetividade de monitoramento extra determinado contra ex-presidente
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, sugeriu nesta terça-feira, 26, ao Supremo Tribunal Federal, que, para garantir a manutenção da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), “seria imperiosa a determinação para uma equipe de policiais permanecer 24h no interior da residência” do ex-presidente.
Ao defender a possibilidade, Andrei Rodrigues destacou que, havendo, em tese, intenção de fuga, as únicas medidas hábeis a minimizar o risco, de forma razoavelmente satisfatória, são o acompanhamento in loco e em tempo integral das atividades de Bolsonaro e do fluxo de veículos na residência e de vizinhos próximos.
Leia mais: Lula confirma suspensão de visto de Lewandowski: ‘vergonhoso’
“Tais medidas, cumpre apontar, exigiriam o destacamento de vários servidores para atuarem física e ostensivamente no condomínio em que reside o custodiado, e nos seus acessos, não sendo possível, portanto, data maxima venia, e do ponto de vista estritamente operacional, tal atuação com as condicionantes estabelecidas pela Procuradoria-Geral da República”, disse o diretor-geral.
Na segunda-feira 25, ao defender monitoramento extra de Bolsonaro, que foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que as ações “não sejam intrusivas da esfera domiciliar do réu, nem que sejam perturbadores das suas relações de vizinhança”.
Andrei Rodrigues, destacou, no entanto, que a “referida ação, para garantir eficácia, demandaria uma fiscalização minuciosa, por exemplo, de todos os veículos que saíssem do condomínio, o que poderia gerar um grande desconforto, em contrassenso ao que propõe a PGR”. Diante disso, ele sugeriu a alternativa a presença de policiais 24h dentro da casa de Bolsonaro.