‘Se tudo tiver como eu estou pensando, esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes’, disse o presidente
O presidente Lula (PT) disse nesta sexta-feira, 4, ser “grato” à relação que tem com o Congresso Nacional. As declarações ocorrem em meio a tensões provocadas pela judicialização do decreto do IOF, que, ao ser derrubado pelo Legislativo, pegou o Palácio do Planalto e aliados de surpresa.
Segundo o presidente, até agora, nesses dois anos e meio, o Congresso aprovou 99% das coisas que o governo enviou. “Acho que nem no governo Sarney, acho que nem no governo Fernando Henrique Cardoso, acho que nem no governo de ninguém se aprovou tanto, nem no governo Bolsonaro se aprovou tanta coisa como se aprovou agora”, continuou.
Leia mais: “Moraes suspende decisões do IOF e marca reunião de conciliação”
“Quando tem uma divergência, é bom, sabe por quê? Porque a gente senta na mesa, vai conversar e resolve. O governo pensa uma coisa, o Congresso tá pensando outra. Nós vamos resolver isso numa mesa de negociação”, declarou Lula, que estava ao lado da presidente da estatal, Magda Chambriard.
O petista afirmou que Chambriard parece uma mulher “frágil, que fala manso”, e tem cara de “bobinha”, mas tem demonstrado competência à frente da estatal: “Quem vê a Magda assim pensa ‘ah, aquela presidente é bobinha, vamos acossar ela’. Está ferrado. Está ferrado porque não sabe a quantidade de inteligência tratada de veneno que tem na cabeça dessa mulher.”
O presidente também indicou que deve concorrer à reeleição: “Eu não quero nervosismo, porque eu só tenho um ano e meio de mandato e tem gente que pensa que o governo já acabou. Tem gente que já está pensando eleição. Eles não sabem o que eu estou pensando. Então, se preparem, se preparem, porque se tudo tiver como eu estou pensando, esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes.”
As declarações foram dadas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, durante uma cerimônia de anúncio de investimentos em refino e petroquímica da Petrobras. Na ocasião, foi divulgado que a petroleira fará um aporte de R$ 33 bilhões em projetos no estado do Rio de Janeiro.