Arquivos Bolsonaro - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/bolsonaro/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 19 Feb 2025 22:43:31 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Carlos Bolsonaro afirma que Cid faz falsas acusações: ‘Não é apenas um pobre coitado’ https://canalmynews.com.br/noticias/carlos-bolsonaro-afirma-que-cid-faz-falsas-acusacoes-nao-e-apenas-um-pobre-coitado/ Wed, 19 Feb 2025 22:43:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=52110 O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, usou as redes sociais para se defender após seu nome aparecer na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. O sigilo do depoimento foi derrubado nesta quarta-feira (19). Carlos negou as acusações e criticou Cid, dizendo que ele não era somente um “pobre coitado que sofria ameaças para […]

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O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, usou as redes sociais para se defender após seu nome aparecer na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. O sigilo do depoimento foi derrubado nesta quarta-feira (19). Carlos negou as acusações e criticou Cid, dizendo que ele não era somente um “pobre coitado que sofria ameaças para delatar”.

Aliás, no acordo de colaboração, Mauro Cid revelou detalhes sobre o funcionamento do chamado “gabinete do ódio”. O grupo espalhava notícias falsas contra as urnas eletrônicas e as vacinas. Segundo Cid, três assessores de Bolsonaro integravam a equipe, mantinham contato direto com Carlos Bolsonaro e operavam dentro do Palácio do Planalto.

CONFIRA: Davi Alcolumbre afirma que anistia não é pauta dos brasileiros

Carlos Bolsonaro se manifestou com ironia e indignação

“Cada segundo deixa mais claro que o coronel das Forças Especiais, com ‘curso de bolinhas de gude e peteca’, conhecido como Mauro Cid, não é apenas um pobre coitado que sofria ameaças para delatar. Ele assina colocações falsas e faz acusações sem apresentar provas o tempo todo.”

Contudo, a delação menciona que Carlos Bolsonaro dava ordens diretas aos integrantes do grupo. Além disso, segundo Cid, o ex-presidente administrava o Facebook, enquanto o filho controlava as demais redes sociais, como Instagram e Twitter.

LEIA: PGR denuncia Bolsonaro por tentativa de Golpe de Estado

Entenda a delação de Cid à Polícia Federal

Todavia, a delação de Mauro Cid faz parte do conjunto de provas reunidas pela Polícia Federal nos inquéritos que envolvem Bolsonaro. Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente, o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo teria participado de um plano golpista para mantê-lo no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.

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Davi Alcolumbre afirma que anistia não é pauta dos brasileiros https://canalmynews.com.br/noticias/davi-alcolumbre-afirma-que-anistia-nao-e-pauta-dos-brasileiros/ Wed, 19 Feb 2025 22:18:30 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=52106 O indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe domina os debates no Brasil desde a noite de terça-feira (18). Diante disso, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) afirmou nesta quarta-feira (19) que “todo cidadão tem direito à ampla defesa e ao contraditório”. Além disso, o político também falou sobre anistia. Senador Davi revela detalhes sobre […]

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O indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe domina os debates no Brasil desde a noite de terça-feira (18). Diante disso, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) afirmou nesta quarta-feira (19) que “todo cidadão tem direito à ampla defesa e ao contraditório”. Além disso, o político também falou sobre anistia.

Senador Davi revela detalhes sobre Anistia

Ele fez essa declaração ao ser questionado sobre a denúncia contra o ex-presidente. Além disso, comentando os atos de 8 de janeiro de 2023, afirmou que esse não é um tema central para os brasileiros. “Não estamos debatendo esse assunto. Quando falamos disso o tempo todo, dividimos ainda mais a sociedade com algo que não é prioridade”, disse Alcolumbre.

VEJA TAMBÉM: Filhos em lados opostos ao golpe? Veja o que pensam Eduardo e Jair Bolsonaro

Eleito por apoiadores de Lula e Bolsonaro para o Senado

Apesar dessa posição, Davi conquistou seu segundo mandato como presidente do Senado com apoio de partidos governistas, como o PT, e da oposição, como o PL de Jair Bolsonaro. Essas siglas representam os maiores adversários políticos do país.

LEIA: PGR denuncia Bolsonaro por tentativa de Golpe de Estado

Por fim, Alcolumbre defendeu a separação entre política e justiça

“Na esfera legal, todo cidadão tem direito à ampla defesa e ao contraditório para provar sua inocência. Estamos no início do processo. Agora, as partes envolvidas apresentarão sua defesa. Não quero polemizar, apenas manter um tom equilibrado e cumprir meu papel”, concluiu.

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Oposição reage à denúncia: “Querem matar Bolsonaro politicamente” https://canalmynews.com.br/politica/oposicao-reage-a-denuncia-da-pgr-contra-bolsonaro-querem-matar-o-bolsonaro-politicamente/ Wed, 19 Feb 2025 19:48:08 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=52090 Pronunciamentos acontecem após reunião com o ex-presidente pela manhã, em Brasília

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Parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), questionaram a legitimidade da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR), que indica Bolsonaro como líder da trama golpista. As declarações aconteceram durante pronunciamento à imprensa nesta quarta-feira, 19 de fevereiro de 2024, na Câmara dos Deputados.

O deputado Coronel Zucco (PL/RS), que mais cedo recebeu Bolsonaro e um pequeno grupo de colegas da oposição em seu apartamento funcional, em Brasília, afirmou que o momento atual entre os colegas é de união e que a denúncia “tenta transformar o direito à crítica em delito” e tem o objetivo de “matar o Bolsonaro politicamente”.

“Teremos possibilidade de defesa para o presidente Bolsonaro, ou ele já entra condenado a 20, 30, 40 anos de prisão?”, continua. “É sempre bom lembrar que Bolsonaro será julgado por aqueles que se vangloriam de terem derrotado o bolsonarismo”.

VEJA TAMBÉM: PGR denuncia Bolsonaro por tentativa de Golpe de Estado

Oposição defende Bolsonaro

Para o senador Rogério Marinho (PL/RN), líder da oposição na Casa Alta, os processos jurídicos da denúncia na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, são de isenção questionável.

“Como nós podemos acreditar na isenção desse processo. Na isenção de um ministro que preside este inquérito e se coloca como principal adversário do principal acusado”, disse o senador, ao se referir ao inquérito produzido pela Polícia Federal (PF), que serviu de base para a denúncia.

Na denúncia divulgada ontem, 18, o ex-presidente foi acusado de cinco crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A pena máxima, caso seja condenado, pode chegar a 46 anos de prisão. Outras 33 pessoas também foram indicadas, incluindo autoridades do governo de Bolsonaro.

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PGR denuncia Bolsonaro por tentativa de Golpe de Estado https://canalmynews.com.br/noticias/pgr-denuncia-bolsonaro-por-tentativa-de-golpe-de-estado-em-2022/ Wed, 19 Feb 2025 00:24:45 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=52056 Ex-presidente do Brasil, Bolsonaro, tentou golpe de estado sobre Lula, após final das eleições de 2022 e agora será julgado por isso

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Nesta terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e outras 32 pessoas por participação em uma trama golpista para mantê-lo na presidência após a derrota para Lula nas eleições de 2022.

A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e, posteriormente, será analisada pela Primeira Turma da Corte, após a liberação do relator, o ministro Alexandre de Moraes.

Crimes atribuídos a Bolsonaro

O ex-presidente, filiado ao PL, foi denunciado pelos seguintes crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, além da deterioração de patrimônio tombado.

Além disso, Bolsonaro já havia se manifestado sobre o caso. Em novembro, quando foi indiciado pela Polícia Federal, ele minimizou as acusações:

“Você já viu a minuta do golpe? Não viu. Viu a delação do Mauro Cid? Não viu. A frase mais emblemática, tem uns 30 dias mais ou menos, um amigo que deixei em Israel falou o seguinte: ‘Que golpe é esse que o Mossad não estava sabendo?’ Nenhuma preocupação com essa denúncia, zero”, disse Bolsonaro na ocasião.

Por fim, a acusação contra Bolsonaro e seus aliados foi formalizada após a análise dos indícios levantados pela Polícia Federal. Agora, o caso seguirá sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que, conforme o procedimento legal, abrirá um prazo de 15 dias para que as partes se manifestem

Lista dos denunciados

Ailton Gonçalves Moraes Barros

Alexandre Rodrigues Ramagem

Almir Garnier Santos

Anderson Gustavo Torres

Ângelo Martins Denicoli

Augusto Heleno Ribeiro Pereira

Bernardo Romão Correa Netto

Carlos Cesar Moretzsohn Rocha

Cleverson Ney Magalhães

Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira

Fabrício Moreira de Bastos

Filipe Garcia Martins Pereira

Fernando de Sousa Oliveira

Giancarlo Gomes Rodrigues

Guilherme Marques de Almeida

Hélio Ferreira Lima

Jair Messias Bolsonaro

Marcelo Araújo Bormevet

Marcelo Costa Câmara

Márcio Nunes de Resende Júnior

Mário Fernandes

Marília Ferreira de Alencar

Mauro Cesar Barbosa Cid

Nilton Diniz Rodrigues

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Rafael Martins de Oliveira

Reginaldo Vieira de Abreu

Rodrigo Bezerra de Azevedo

Ronald Ferreira de Araújo Júnior

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros 

Silvinei Vasques

Walter Souza Braga NettoWladimir Matos Soares

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Número de evangélicos tende a crescer e acirra disputa entre Lula e Bolsonaro https://canalmynews.com.br/brasil/numero-de-evangelicos-tende-a-crescer-e-acirra-disputa-entre-lula-e-bolsonaro/ Mon, 17 Feb 2025 12:42:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=51959 Segmento dos evangélicos chama a atenção nas últimas eleições e deve chegar em 2026 com 35,8% da população

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Uma pesquisa realizada pela consultoria Mar Asset Management, divulgada no mês passado, projeta que os evangélicos representarão 35,8% da população em outubro de 2026. A projeção foi feita com base em dados da Receita Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, a disputa para o pleito entre Lula e Bolsonaro tendem a ficar mais acirrada.

Aliás, os evangélicos, aliás, são alvo de disputa eleitoral entre políticos, principalmente entre Jair Bolsonaro e Lula, ex e atual presidentes do Brasil. O bolsonarismo, inclusive, observa com cautela a aproximação do petista desse grupo, já que ainda mantém a maioria dos votos entre esses eleitores.

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Contudo, nas eleições presidenciais mais recentes, os evangélicos representavam 32,1% da população. Às vésperas do segundo turno, a pesquisa do Datafolha apontava que a maioria desse segmento votaria em Jair Bolsonaro (PL). À época, 69% dos evangélicos rejeitavam Lula. Esse cenário se repete desde 2018, quando Fernando Haddad (PT) tinha 31% da intenção de voto entre os evangélicos.

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Cenário de Lula com os evangélicos

Sobre o atual presidente e seu mandato, 48% dos evangélicos avaliam o governo de atual como ruim ou péssimo, enquanto no total da população esse percentual é de 41%. Por outro lado, 21% dos religiosos consideram a gestão ótima ou boa — número que era de 26% em dezembro. Já para 28%, o governo petista é regular.

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Aliados de Bolsonaro já aguardam denúncia da PGR sobre inquérito do golpe https://canalmynews.com.br/brasil/aliados-de-bolsonaro-ja-aguardam-denuncia-da-pgr-sobre-inquerito-do-golpe/ Mon, 10 Feb 2025 20:39:48 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50783 É provável que ex-presidente seja denunciado ainda antes do carnaval

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Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esperam que a denúncia sobre o inquérito do golpe saia antes do Carnaval de 2025. No STF (Supremo Tribunal Federal), a previsão é que isso ocorra nos próximos dias.

Os ministros pretendem julgar Bolsonaro até o fim do ano. Para alcançar esse objetivo, dependem de uma denúncia fracionada da Procuradoria-Geral da República (PGR). Além disso, contam com a atuação de juízes auxiliares para agilizar oitivas, seguindo o modelo adotado no caso do mensalão. A jornalista Sadi divulgou essa informação.

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Segundo ela, pessoas próximas a Bolsonaro já debatem estratégias para reagir a uma possível prisão. Caso isso aconteça, planejam repetir a mobilização popular que ocorreu na prisão de Lula. A ideia é prolongar a situação ao máximo.

Enquanto aguardam a denúncia, advogados monitoram a análise do material apreendido na prisão de Braga Netto. As atenções estão voltadas para os documentos recolhidos com o coronel Peregrino, alvo apenas de busca e apreensão. Braga Netto permanece preso no Rio de Janeiro desde o final de 2024.

Entenda o caso de Bolsonaro

Todavia, em novembro de 2024, a Polícia Federal concluiu o relatório final e indicou Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República recebeu o documento, que apontou atos entre 2022 e 2023, após a vitória de Lula nas eleições.

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Em Brasília, torcida do Vasco ironiza Bolsonaro e afirma que ele será preso https://canalmynews.com.br/brasil/em-brasilia-torcida-do-vasco-ironiza-bolsonaro-e-afirma-que-ele-sera-preso/ Thu, 06 Feb 2025 20:03:58 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50704 Jair Messias e seu filho estiveram presentes no Mané Garrincha para acompanhar clássico carioca

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O Vasco enfrentou o Fluminense na última quarta-feira (05) pelo Campeonato Carioca. Apesar de o estadual ser do Rio de Janeiro, o confronto ocorreu no Mané Garrincha, em Brasília, capital do Brasil. O jogo contou com a presença de Jair Bolsonaro e seu filho, Flávio Bolsonaro.

Os vascaínos, porém, não perdoaram os recentes problemas do ex-presidente com a justiça e cantaram que Bolsonaro será preso. O político enfrenta investigações por tentativa de golpe, pelo caso das joias sauditas e pelo inquérito sobre a inserção de dados falsos em carteiras de vacinação.

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“Uh, vai ser preso! Uh, vai ser preso!” foi o canto entoado pelos torcedores vascaínos presentes no estádio. Flávio Bolsonaro é torcedor do Vasco e já compareceu a outros jogos, enquanto seu pai costuma acompanhar partidas dos principais clubes do Brasil.

Família Bolsonaro viu o Vasco ser derrotado em Brasília

Após a manifestação da torcida do Vasco, os dois deixaram o local que estavam sendo vistos. Todavia, em campo, o Fluminense venceu de virada, com gols de Germán Cano e Thiago Silva. Coutinho marcou para o Cruz-Maltino, sob os olhares da família Bolsonaro.

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Editora Três anuncia fim da revista impressa da ISTOÉ https://canalmynews.com.br/brasil/editora-tres-anuncia-fim-da-impressao-da-istoe/ Sat, 25 Jan 2025 01:16:25 +0000 https://localhost:8000/?p=50385 Além dela, a ISTOÉ dinheiro também vai deixar de circular nas bancas de jornais

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Nesta sexta-feira (24), a Editora Três, responsável pelas revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, anunciou o fim das publicações impressas. A empresa informou aos jornaleiros que as revistas serão disponibilizadas apenas em formato digital, encerrando os envios para as bancas em versão física.

A editora também garantiu que continuará enviando as edições até a 2.864, prevista para 15 de janeiro de 2025. “Sabemos que essa situação pode causar instabilidade para quem tem clientes fixos e boas vendas. Infelizmente, jornais e revistas tornam-se cada vez mais escassos no cenário atual”, declarou a empresa.

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Durante a pandemia e nos anos seguintes, muitos jornais e revistas deixaram de circular em formato impresso. Esse fenômeno acompanha uma tendência global no setor editorial, em que empresas migram para o digital devido à queda na circulação e das mudanças no consumo de mídia. Apesar disso, a decisão da Editora Três parece estar ligada também a dificuldades financeiras, um problema recorrente no jornalismo nacional.

ISTOÉ processo contra Michelle Bolsonaro

Contudo, além dos de enfrentar problemas econômicos, a editora lida com ações judiciais. Um processo movido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro gerou uma condenação em setembro de 2024. O STJ determinou que a Editora Três pague R$ 30.000 de indenização, enquanto o jornalista Germano Oliveira foi condenado a pagar R$ 10.000, por conta de uma matéria publicada em 2020.

Aliás, a reportagem sugeria que Michelle Bolsonaro teria sido infiel e mencionava “desconfortos” no casamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Também citava viagens da ex-primeira-dama com o então ministro da Cidadania, Osmar Terra. Após recurso da editora e do jornalista, o caso foi levado ao STF.

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PGR denuncia Léo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado https://canalmynews.com.br/brasil/pgr-denuncia-leo-indio-primo-dos-filhos-de-bolsonaro-por-tentativa-de-golpe-de-estado/ Wed, 22 Jan 2025 16:16:52 +0000 https://localhost:8000/?p=50310 Ele participou de diversos atos antidemocráticos entre 2022 até o 8 de janeiro de 2023

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Nesta quarta-feira (22), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, por diversos crimes. Entre as acusações estão associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e outros delitos.

Léo Índio esteve em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, quando golpistas atacaram a capital brasileira e a democracia na Praça dos Três Poderes. Confira abaixo os crimes pelos quais ele foi denunciado:

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Associação criminosa armada

Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

Golpe de Estado;

Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;

Deterioração de patrimônio tombado.

Desse modo, a PGR apontou indícios claros e objetivos da participação de Léo Índio nos atos antidemocráticos. Durante os ataques, ele compartilhou vídeos e fotos ao vivo nas redes sociais.”[Léo Índio] destruiu e concorreu para a destruição, inutilização e deterioração de patrimônio da União, ao avançar contra a sede do Congresso Nacional, fazendo-o com violência à pessoa e grave ameaça, emprego de substância inflamável e gerando prejuízo considerável para a União”, afirma o documento da denúncia da PGR.

Sobrinho dos filhos de Jair Bolsonaro

Todavia, o sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro também participou dos acampamentos erguidos em frente a quartéis após as eleições de 2022, organizados por bolsonaristas que não aceitaram a vitória de Lula nas urnas. Assim, terminou com os ataques no dia 08 de janeiro de 2023.

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Pablo Marçal não confirma que vídeo com Trump é recente https://canalmynews.com.br/politica/marcal-video-com-trump/ Wed, 22 Jan 2025 01:35:04 +0000 https://localhost:8000/?p=50301 Na publicação, o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pede para Trump “salvar o Brasil”

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O vídeo publicado por Pablo Marçal (PRTB) nas redes sociais nesta terça-feira, 21, com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA), parece ser apenas um esforço de narrativa para aproveitar a onda de repercussão sobre a posse de Trump, que aconteceu ontem, 20, em Washington D.C. 

A assessora de imprensa de Marçal, Luma Vidal, afirmou ao canal que não tem informações sobre onde e quando o encontro aconteceu. “Ele não deu detalhes ainda sobre o local e data.” 

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Na publicação, o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pede para Trump “salvar a América” e “salvar o Brasil”. O norte americano responde apenas que gosta do Brasil e pede para alguém se unir a eles na foto. 

Após a publicação, a foto do perfil de Marçal no Instagram foi atualizada para uma imagem do vídeo. Em nota, a assessoria de Marçal, que pretende se lançar candidato à presidência em 2026, diz que os encontros entre os dois ocorreram em meio a um ambiente de alta segurança, onde o acesso a Trump é restrito pelo serviço secreto.

“É quase impossível gravar um vídeo com o presidente porque o serviço secreto não deixa ninguém chegar perto dele. Foi o acesso mais difícil de toda a minha vida, mas eu encontrei com o Trump 3 vezes e ele realmente gosta do Brasil”, diz um relato de Marçal na nota. 

Disputa por Trump envolve Marçal e família Bolsonaro

Embora tenha viajado a Washington para acompanhar de perto as comemorações da transição de governo, Marçal surpreendeu ao publicar o vídeo. Até então a capitalização da extrema-direita sobre a posse era apenas do núcleo bolsonarista, composto pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). 

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que ficou no Brasil e acompanhou a posse junto com o pai pela TV, reagiu ao vídeo divulgado por Marçal. “O sistema não lança esse vídeo à toa e como se fosse algo bacana e novidade. Eles sabem do que se trata. Eles somente querem esculhambar um movimento usando inocentes e oportunistas aproveitando mais uma cena. Está tudo redondinho com os deuses”, publicou no X.

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Moraes ordena que governador de Santa Catarina se explique sobre contato entre Bolsonaro e Valdemar https://canalmynews.com.br/brasil/moraes-ordena-que-governador-de-santa-catarina-se-explique-sobre-contato-entre-bolsonaro-e-valdemar/ Fri, 17 Jan 2025 21:24:09 +0000 https://localhost:8000/?p=50238 Ministro do STF pede que Jorginho Mello preste depoimento à Polícia Federal sobre entrevista

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Nesta sexta-feira (17), o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, prestasse depoimento à Polícia Federal (PF) para explicar suas declarações sobre Bolsonaro.

Aliás, tudo começou quando o governador afirmou que Jair Messias Bolsonaro conversa bastante com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido ao qual ambos pertencem. No entanto, há uma proibição imposta pelo STF, na qual eles não devem manter qualquer tipo de aproximação ou contato.

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“Nosso presidente (do PL) conversa muito com o Bolsonaro, sendo nosso presidente de honra. Espero que, em breve, eles possam se encontrar na mesma sala para se ajudarem ainda mais”, disse o governador em entrevista à Jovem Pan.

Alexandre de Moraes entrou em ação e afirmou que a declaração afeta as medidas cautelares impostas por esta Suprema Corte, determinando a apuração sobre a situação. Confira o trecho em que o ministro solicita a ação sobre a fala do governador:

Moraes se manifesta sobre situação

“Dessa maneira, para que os fatos sejam apurados, DETERMINO que a Polícia Federal ouça o Governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, no prazo de 15 (quinze) dias, para esclarecer suas declarações na entrevista concedida ao programa televisivo”, afirmou Alexandre de Moraes.

Todavia, Bolsonaro e Valdemar não podem se falar desde fevereiro do ano passado, por determinação de Moraes, pois são investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Ambos negam todas as acusações.

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Forças armadas e o escândalo das joias: um legado de desmoralização?

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Vídeo de Nikolas sobre pix foi ação coordenada de marqueteiro de Bolsonaro https://canalmynews.com.br/brasil/video-de-nikolas-sobre-pix-foi-acao-coordenada-de-marqueteiro-de-bolsonaro/ Thu, 16 Jan 2025 20:04:06 +0000 https://localhost:8000/?p=50183 Duda Lima volta a enfrentar Sidônio Palmeira, agora na Secom

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O deputado federal Nikolas Ferreira, uma das maiores figuras do bolsonarismo, ganhou destaque nas redes sociais com um vídeo que desmente informações sobre o Pix e o atual governo. Como resultado, Lula e Haddad recuaram em suas medidas, pressionados pela internet e pela oposição.

O sucesso da postagem teve forte influência de Duda Lima. Ele foi o marqueteiro das campanhas de Bolsonaro em 2022 e do prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes. Após uma conversa com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, Nikolas Ferreira recebeu a missão de criticar as novas regras da Receita Federal. Essas regras incluem o monitoramento de transações financeiras, como o Pix.

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Duda não participou do vídeo com Nikolas

No entanto, Duda Lima não participou diretamente do roteiro ou da montagem do vídeo. Ainda assim, ele ajudou a desenvolver a ideia para enfraquecer o governo. O tema gerou discussões intensas nas últimas semanas, o que facilitou sua repercussão.

Além disso, Duda mantém uma rivalidade com Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula na última campanha presidencial. Eles se enfrentaram nas eleições de 2022, e agora Sidônio assumiu o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Por outro lado, Duda continua planejando ações estratégicas para a oposição.

Duda seguirá ajudando Bolsonaro e o PL

Por fim, Duda também trabalha para conter nomes como Gusttavo Lima e Ronaldo Caiado, que podem disputar espaço na direita em 2026. Ele deve seguir fortalecendo o candidato apoiado por Bolsonaro, além de orientar as estratégias do grupo político.

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Com passaporte retido, Moraes proíbe Bolsonaro de ver posse de Trump https://canalmynews.com.br/brasil/com-passaporte-retido-moraes-proibe-bolsonaro-de-ver-posse-de-trump/ Thu, 16 Jan 2025 18:45:56 +0000 https://localhost:8000/?p=50170 Ex-presidente segue investigado e com isso não terá permissão para ir ao Estados Unidos

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Acabou a novela sobre a possível ida de Bolsonaro para acompanhar a posse de Trump nos Estados Unidos. O ex-presidente do Brasil não foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (16).

Moraes, aliás, seguiu a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a recusa da solicitação, pois envolvia apenas um “interesse privado”. Bolsonaro, por ora, segue alvo nos inquéritos sobre golpes entre 2022 e 2023.

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Desse modo, Bolsonaro está com o passaporte retido desde fevereiro, por determinação de Moraes, devido à investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Assim, ele foi indiciado nesse caso em novembro, mas nega as acusações.

Moraes alega motivo de proibição para Bolsonaro

Por fim, Moraes ressalta que um dos motivos da recusa de Bolsonaro para ir aos Estados Unidos é o risco de não retorno.

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“Em diversas outras oportunidades, o indiciado Jair Messias Bolsonaro manifestou-se, publicamente, ser favorável à fuga de condenados em casos conexos à presente investigação e permanência clandestina no exterior, em especial na Argentina, para evitar a aplicação da lei e das decisões judiciais proferidas, de forma definitiva, pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, em virtude da condenação por crimes gravíssimos praticados no dia 8 de janeiro de 2023 a penas privativas de liberdade”, alertou o ministro Alexandre de Moraes.

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Última cartada? Bolsonaro tenta de tudo para ir aos Estados Unidos https://canalmynews.com.br/brasil/ultima-cartada-bolsonaro-tenta-de-tudo-para-ir-aos-estados-unidos/ Tue, 14 Jan 2025 22:19:05 +0000 https://localhost:8000/?p=50117 Ex-presidente deseja estar presente na posse de Trump, de quem nunca escondeu admiração

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Os aliados de Jair Bolsonaro (PL) tentam de várias formas garantir presença na posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para a próxima segunda-feira (20). Eles solicitam que Trump envie um convite formal, escrito à mão, para a cerimônia em Washington.

Aliás, esse pedido é visto como uma última tentativa para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devolva o passaporte de Bolsonaro, permitindo sua viagem à capital americana. Pessoas próximas a Bolsonaro afirmam que seu filho Eduardo, conhecido como “02” e responsável pelas relações institucionais do partido, entrou em contato diretamente com Donald Trump Jr. para obter a documentação necessária e garantir a presença do pai na posse.

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Indiciado por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Bolsonaro teve o passaporte retido pela Justiça desde fevereiro do ano passado. A decisão veio após uma operação da Polícia Federal investigar a organização de atos antidemocráticos entre 2022 e 2023.

Contudo, Alexandre de Moraes teme que Jair Messias viaje para os Estados Unidos, portanto, e não retorne ao Brasil. Apesar disso, em entrevista à colunista Bela Megale, o ex-presidente do Brasil descartou qualquer possibilidade de fuga.

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“Voltei dos EUA correndo todos os riscos que vocês estão vendo. Não vou me submeter a uma fuga. Eu não vou fugir. Fui convidado. O Lula não foi. Isso é um sinônimo de prestígio. O Trump me vê como uma liderança na América Latina”, declarou Jair.

Família Bolsonaro estará presente em jantar nos Estados Unidos

Apesar de tudo, Flávio e Eduardo  também foram convidados para o jantar posterior à posse, na Casa Branca. Michelle Bolsonaro, que deve acompanhar Jair nas cerimônias, também participará do evento. A presença deles é considerada essencial para reforçar a cooperação da oposição brasileira com o governo Trump.

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Bolsonaro afirma que e-mail para a posse de Trump é o convite formal https://canalmynews.com.br/noticias/bolsonaro-afirma-que-e-mail-para-a-posse-de-trump-e-o-convite-formal/ Tue, 14 Jan 2025 16:24:42 +0000 https://localhost:8000/?p=50092 Na mira de Alexandre de Moraes, ex-presidente alega ter recebido dos Estados Unidos chance de ir à posse do Donald

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A defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro comunicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a existência de um documento que comprova o convite para a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Bolsonaro, aliás, que segue sendo investigado pelo STF, pediu na semana passada autorização para estar presente no evento nos Estados Unidos. Além disso, solicitou a devolução de seu passaporte, atualmente retido pela Justiça.

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A posse de Donald Trump está marcada para o dia 20 de janeiro, na próxima segunda-feira. No entanto, Moraes afirmou que um e-mail não pode ser considerado um convite formal, destacando que o endereço utilizado, “info@t47inaugural.com”, não apresenta menção clara à programação oficial.

Confira na íntegra o convite para Bolsonaro

“Está evidenciado que o Comitê Trump Vance Inaugural Committee, Inc., designado pelo Sr. Donald J. Trump para organizar a próxima posse presidencial dos EUA, utilizou o domínio ‘t47inaugural.com’. Conclui-se, portanto, que o e-mail info@t47inaugural.com é o correio eletrônico oficial e o meio de comunicação formal da equipe cerimonial. A autenticidade do e-mail é confirmada pela correspondência do domínio ‘t47inaugural.com’ no endereço eletrônico e no site. A expressão ‘T47’ refere-se ao ‘Mandato 47’ daquele país”, argumentou a defesa de Bolsonaro em documento enviado a Alexandre de Moraes.

Bolsonaro afirma que recebeu convite para a posse de Trump – Foto: reprodução

Apesar das controvérsias, Bolsonaro classificou a posse de Trump como um “importante evento histórico” e agradeceu ao filho, Eduardo Bolsonaro, pelo “excelente trabalho” na relação com a família Trump. Ele destacou que os laços entre as duas famílias são um ponto de aproximação diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

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Quem, afinal, manda na defesa brasileira? https://canalmynews.com.br/mara-luquet/quem-afinal-manda-na-defesa-brasileira/ Mon, 13 Jan 2025 02:20:26 +0000 https://localhost:8000/?p=50040 A troca iminente no Ministério da Defesa levanta debates sobre soberania, democracia e o papel das Forças Armadas em um Brasil cada vez mais exposto às ambições geopolíticas e aos desafios institucionais.

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Se Donald Trump, em suas ambições geopolíticas, fosse além de suas ideias mirabolantes como comprar a Groenlândia, dominar o Canal do Panamá ou até mesmo anexar o Canadá, e decidisse incluir o Brasil em sua lista de desejos, o que seria de nós? Sob o olhar voraz de Trump, nossas riquezas naturais e estratégicas – da Amazônia ao agronegócio – poderiam ser vistas como peças valiosas em um grande tabuleiro global. Mas, além do saque às nossas riquezas, como ficariam nossa soberania e nossa democracia? Um Brasil hipoteticamente sob as ambições de Trump expõe não só a fragilidade de nossos recursos frente a interesses estrangeiros, mas também o quanto a nossa autonomia, na prática, pode ser vulnerável.

E aí surge a pergunta inevitável: quem, afinal, manda na defesa brasileira? Com Múcio já tendo pedido para sair, fica o questionamento sobre quem de fato está disposto – e preparado – para resguardar os interesses do Brasil. Na bolsa de apostas para suceder Mucio estão dois generais, Edson Pujol e Santos Cruz, ambos já serviram ao governo Bolsonaro e pediram para sair porque se recusaram a entrar no jogo político do ex-presidente com as Forças Armadas e ataques ao sistema democrático.  Há também um brigadeiro, Francisco Joseli Camelo, hoje ministro do Supremo Tribunal Militar, e que já serviu como piloto da ex-presidente Dilma e do próprio presidente Lula. Muitos civis também são alvos de especulação para o cargo, inclusive o vice-presidente Alckmin. E dessas apostas pode sair tudo, inclusive nada, porque o presidente Lula gostaria muito que Mucio permanecesse.

A mudança no Ministério da Defesa traz uma reflexão importante e uma coisa é fundamental: que o novo ministro consiga restabelecer a ordem institucional e dê continuidade ao trabalho que vem sendo feito. A saída do atual ministro é mais resultado do fogo amigo do que de problemas em sua gestão. Mucio está cansado da artilharia petista e prefere desfrutar de sua aposentadoria em Recife. Não julgo. Entendo bem.  

Fosse o escolhido um militar da reserva com perfil de bom entendimento político e liderança militar, seria uma marca fortíssima de valorização  institucional, de reforço do profissionalismo,  reforçaria a imagem da instituição militar internamente e também junto à sociedade, isolaria e desarmaria os radicais extremistas da direita e da esquerda. Acontece que o comportamento dos generais Braga Neto e Paulo Sérgio como ministros da Defesa foi muito politizado e “bolsonarizado”; isso queimou a chance de militares no Ministério da Defesa.

Por isso, há o sentimento de que o presidente tenha preferência por um civil. Tem gente muito bem preparada, mesmo que seja um nome do PT, dependendo do perfil, será aceito normalmente. O próprio Aldo Rebelo, que sempre foi comunista, foi um ministro da Defesa com ótima aceitação. Já o vice-presidente Geraldo Alckmin seria um sinal de prestígio para os militares. 

O problema é que, como disse Ricardo Cappelli, ex-ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional da presidência, tem setores da esquerda que acham que é possível ter um país livre, altivo e soberano sem as Forças Armadas. “Tem uma parte da esquerda financiada por ONGs bilionárias que querem atacar a soberania do nosso país. Eu defendo as Forças Armadas, defendo o Exército brasileiro, não há registro no mundo de país livre e soberano sem Forças Armadas fortes”, disse Cappelli recentemente no programa Segunda Chamada no canal MyNews. A íntegra está aqui. e o trecho você conferi aqui.

É bom ficar de olho no discurso de posse do novo ministro da Defesa. Seria interessante ele contemplar alguns pontos como:

  • separação, perfeita distinção entre o direito civil da livre escolha política, eleitoral e as obrigações institucionais;
  • conhecimento e compreensão das características dos sistemas de governos, regimes, correntes políticas e a importância da neutralidade, da não participação institucional na prática política;
  • defender os princípios da democracia e o compromisso com os princípios e não com a prática política e o discurso político circunstanciais;
  • mostrar os projetos que nasceram e/ou que são apoiados pelo governo – tem muitos projetos e aquisições  excelentes de tecnologia moderna como drones, mísseis etc.  Esse tipo de discurso e esses  exemplos mostram consideração  e valorização  das Forças Armadas pelo governo;
  • nomear um Ajudante de Ordens (a função  está vaga), mostrando confiança e valorização  institucional. É uma medida importante que mostra compreensão institucional recíproca.

O ex-presidente Bolsonaro explorou a imagem militar, o posto de capitão (da reserva) arrastou as Forças Armadas, principalmente o Exército, para o jogo político, de forma totalmente inconsequente. Ninguém fez tanto mal aos militares como Jair Messias Bolsonaro.

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‘Essa era a arquitetura do golpe’: entenda por que Bolsonaro criou rixa com o STF https://canalmynews.com.br/opiniao/essa-era-a-arquitetura-do-golpe-entenda-por-que-bolsonaro-criou-rixa-com-o-stf/ Mon, 25 Nov 2024 15:54:36 +0000 https://localhost:8000/?p=48849 Para Castro Rocha, ex-presidente acreditava que a instabilidade entre os poderes traria brecha constitucional para a consumação de uma ruptura democrática

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“Inimigo externo ou crise entre poderes”. Esta foi a resposta do jurista Ives Gandra Martins ao major Fabiano da Silva Carvalho, que questionou em quais circunstâncias as Forças Armadas poderiam ser empregadas “na garantia dos poderes constitucionais”. A troca de mensagens entre Ives Gandra e Carvalho mostra que o plano golpista, descoberto nos últimos dias pela Polícia Federal (PF), foi muito bem elaborado e, inclusive, passou por consulta jurídica para simular legalidade.

Para o escritor e historiador João Cezar de Castro Rocha, foi com base nessa tese, que chegou a ser descrita por Ives Gandra em artigo publicado em maio de 2021, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a criar rixa com o Supremo Tribunal Federal (STF). Depois, ao tentar se defender das acusações relativas ao plano golpista, Bolsonaro reforçou sua culpa, ainda que “de maneira involuntária”.

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Após ser indiciado pela PF por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, Bolsonaro voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Em entrevista ao portal Metrópoles, ele afirmou que o ministro “faz tudo o que não diz a lei”, como conduzir o inquérito em que ele próprio é uma das vítimas, ajustar depoimentos e prender sem denúncia.

“Quando Bolsonaro volta a atacar Moraes, ele apenas deixa claro que havia um roteiro de golpe muito bem traçado”, disse Castro Rocha durante participação no Segunda Chamada de sexta-feira (22). “Por isso, lá atrás, Bolsonaro começou a criar uma rixa insolúvel com o STF, especialmente com Moraes. Essa era a arquitetura do golpe, que agora foi revelada em minúcias. Ao tentar se defender, ele reforça a própria arquitetura do golpe que procura contestar.”

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Para sustentar a tese de que as Forças Armadas poderiam atuar como poder moderador em caso de instabilidade entre os poderes, Gandra Martins mencionou o artigo 142 da Constituição Federal, que regulamenta o papel das Forças Armadas. Segundo o texto, uma das três funções atribuídas constitucionalmente à instituição é o papel da defesa da lei e da ordem.

Juristas contestam a interpretação de Gandra Martins e afirmam que o artigo jamais poderia ser acionado para a desconstituição dos poderes. Em novembro de 2022, questionado pela coluna do jornalista Jamil Chade, do portal UOL, ele próprio reconheceu isso e voltou atrás em seu posicionamento, dizendo que a intervenção das Forças Armadas só se justificaria “se houvesse fraude sistêmica na votação e se a Justiça Eleitoral não tomasse medidas para saná-la”.

Plano golpista

A Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente, na última terça-feira (19), quatro militares do alto escalão do Exército e um policial federal envolvidos em um plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo era assassinar Lula, seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e Moraes; dar um golpe de Estado; e restringir a atuação do Poder Judiciário. Ao todo, 37 pessoas, entre elas Bolsonaro, aliados do ex-presidente e militares das Forças Especiais (FE), foram indiciadas no caso.

Durante as investigações, a PF encontrou um arquivo intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, documento de Word que continha detalhes do plano, de suposta autoria do general da reserva Mário Fernandes, um dos cinco envolvidos presos preventivamente. Durante o governo Bolsonaro, ele ocupou cargo na Secretaria-Geral da Presidência da República.

Segundo a PF, os envolvidos teriam planejado os atos golpistas durante reunião com figuras do alto escalão do governo Bolsonaro, que teria sido realizada em 12 de novembro de 2022 na casa do ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto. Indícios apontam também que havia a intenção de criar um gabinete paralelo para administrar o país após a concretização do golpe, que ficaria vigente até a realização de novas eleições.

Veja as estratégias de Bolsonaro após indiciamento e possível plano para 2026:

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As eleições municipais de 2024 e as perspectivas do bolsonarismo: algumas breves ponderações https://canalmynews.com.br/politica/as-eleicoes-municipais-de-2024-e-as-perspectivas-do-bolsonarismo-algumas-breves-ponderacoes/ Fri, 01 Nov 2024 19:28:10 +0000 https://localhost:8000/?p=48159 Resultados do pleito evidenciaram a força da centro-direita e da direita em todo o país, enquanto o campo progressista foi fragorosamente derrotado

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Ao fim e ao cabo do processo eleitoral, ficam as questões de sempre: quem ganhou e quem perdeu? Quem saiu fortalecido e quem saiu enfraquecido? Como ficam os grandes “padrinhos” – Lula e Bolsonaro?

Os resultados foram, em quase todo o Brasil, de demonstração de força da centro-direita e da direita. Assim, o Presidente Lula, o PT e os partidos de esquerda — ou, se preferirem, do campo progressista — foram fragorosamente derrotados. Há, para muitos, a necessidade de uma profunda reflexão deste campo político objetivando compreender os fatos da realidade, sua agenda e sua conexão com a sociedade e o eleitorado que se apresenta mais conservador e menos propenso aos discursos característicos dos progressistas. Contudo, vamos, aqui, agora, tratar das perspectivas do bolsonarismo e, mais detidamente, de Jair Bolsonaro.

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O Partido Liberal (PL) de Bolsonaro foi a legenda que mais conquistou prefeituras dentre os 103 municípios com mais de 200 mil eleitores. O PL ganhou em 16 cidades e “fez” quatro capitais: Maceió, Rio Branco, Cuiabá e Aracaju. Pode-se, então, asseverar que isso fortalece Bolsonaro?

Obviamente que a presença do ex-presidente no PL é assaz importante, como foi, também, para o PSL (Partido Social Liberal) na ocasião da eleição na qual Bolsonaro foi eleito. Em 2018, ao concorrer e vencer a disputa presidencial, Bolsonaro catapultou o PSL, antes nanico, para um partido com vultuosos recursos do fundo partidário. Entretanto, buscando dominar o partido, acabou rompendo e governou o país desfiliado por um período e, em 2022, foi para o PL, tendo sido derrotado na busca da reeleição por Lula.

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Em sua trajetória, Bolsonaro foi filiado aos seguintes partidos: Partido Democrata Cristão (1989-1993); Partido Progressista Reformador (1993-1995); Partido Progressista Brasileiro (1995-2003); Partido Trabalhista Brasileiro (2003-2005), Partido da Frente Liberal (2005-2005), Partido Progressista (2005-2016), Partido Social Cristão (2016-2018), Partido Social Liberal (2018-2019); de 2019 até 2021 ficou sem partido; e, finalmente, Partido Liberal (2021- até agora). Neste sentido, tendo vida política tão diversa no âmbito dos partidos pelos quais passou, a pergunta pode ser feita: essas vitórias do PL nesta eleição devem-se somente a presença de Bolsonaro ou à articulação política realizada pelo presidente do partido, Valdemar da Costa Neto?

Há, por exemplo, aqueles que, na avaliação da força de Bolsonaro,  buscaram verificar como foram os resultados de seus ex-ministros ou de figuras importantes em seu governo no pleito em voga. Vejamos: Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde, perdeu em João Pessoa; Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, perdeu no Recife e Alexandre Ramagen, ex-chefe da Abin, foi derrotado no Rio de Janeiro.

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Há, ainda, a disputa direta com o Governador Ronaldo Caiado, na qual o candidato de Bolsonaro (Fred Rodrigues, do PL) foi derrotado em Goiânia pelo candidato (Sandro Mabel) apoiado pelo governador Caiado. Em que pese que  a direita e a centro-direita tenham “colorido”, hegemonicamente,  o mapa político do Brasil; no entanto, ao que tudo indica o extremismo bolsonarista e o próprio Bolsonaro saíram enfraquecidos.

Na cidade de São Paulo, um caso duplamente emblemático, apresenta dois personagens: Ricardo Nunes e Pablo Marçal. Ricardo Nunes (MDB), reeleito, teve o apoio do Governador Tarcísio de Freitas e ao longo da campanha foi, praticamente, desprezado por Bolsonaro. No discurso da vitória, Nunes referiu-se a Tarcísio como “líder maior” e um amigo que “lhe deu a mão na hora mais difícil”. Citou Bolsonaro en passant ao agradecer a indicação do vice. Recado mais claro não há.

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Tarcísio, que apostou em Nunes desde o começo, termina maior; Bolsonaro, titubeante, saiu menor. Outro nome, em São Paulo, que traz medo ao bolsonarismo é Pablo Marçal (PRTB). Ele mostrou, claramente, que os votos do bolsonarismo não acompanham, sempre, as indicações de Bolsonaro — e que, derrotado por Lula e inelegível, o ex-presidente pode concretamente perder espaço e força no campo da direita e até do populismo da extrema-direita.

Não faz muito, tendo sua liderança questionada por jornalistas, Bolsonaro afirmou – em visita ao Senado —  não enxergar a hipótese de uma direita sem sua presença. Disse, ainda: “Já tentaram várias vezes, não conseguiram. Esses caras […] não sabem a linguagem do povo, isso é uma utopia, para muitos uma utopia. Toda vez que tentaram se arvorar como líder através de likes ou lacrações, [a direita] não chegou a lugar nenhum”. A declaração do ex-presidente tem sentido e é ligada aos fatos: sua força política é evidente e ele sabe disso, mas, na condição de ator político, ele parece desprezar ou minimizar outras lideranças que podem assumir protagonismo no jogo político.

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Partindo da afirmação de Bolsonaro, dois de seus possíveis herdeiros – Ronaldo Caiado  e Tarcísio de Freitas – não são figuras carismáticas (“não sabem a linguagem do povo”) e, nisso, Bolsonaro tem razão. Mas, no primeiro turno, em São Paulo, Pablo Marçal foi disruptivo e encaixou bem o discurso antissistema que caracterizou a ascensão de Bolsonaro em 2018. Marçal tem carisma, tem domínio das ferramentas digitais e tem recursos financeiros abundantes.

Se, em 2018, Bolsonaro foi um ator político que interpretou um papel canalizando inúmeras insatisfações da população; em 2024, Marçal foi ator e o próprio roteirista de sua candidatura, e com mais sofisticação intelectual que Bolsonaro. Ainda no campo da direita, há Nikolas Ferreira (PL), deputado federal por Minas Gerais. Ele se apresenta como uma liderança que domina o estilo de lacração e memes do populismo digital e muitos já o consideram um potencial nome para a disputa presidencial no futuro.

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Um outro aspecto que incomodou Bolsonaro, nestes dias que correm, foi o fato de que Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, retirou o chamado PL da Anistia da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pretende criar uma comissão especial para a tramitação desta proposta. Esse projeto de lei tem o objetivo de anistiar os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro. Bolsonaro, especialmente, tem interesse neste projeto, já que, juridicamente, a decisão pode lhe favorecer. Ele é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por ser um dos articuladores e principal interessado num golpe para evitar o início do governo Lula.

À guisa de finalização deste escrito, trago à tona uma conversa entre dois colegas professores. Um deles, indignado, dizia: “Eu assisti a um comentarista de política dizendo que Bolsonaro foi um dos grandes derrotados desta eleição, mas como pode se ele nem candidato foi?”. E o outro, incrédulo, respondeu: “Isso, como pode ser derrotado se nem concorreu?”. Nos meandros da política há vitórias de pirro que apequenam os atores políticos e derrotas que engrandecem os perdedores. Seja política ou moralmente.

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Análise: Tarcísio de Freitas é o grande vencedor da eleição em São Paulo https://canalmynews.com.br/opiniao/analise-tarcisio-de-freitas-e-o-grande-vencedor-da-eleicao-em-sao-paulo/ Wed, 23 Oct 2024 17:51:17 +0000 https://localhost:8000/?p=47848 Governador esteve ao lado do prefeito Ricardo Nunes desde o início da campanha, mesmo quando foi aconselhado por Bolsonaro a se distanciar do emebedista

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o grande vencedor da eleição municipal na capital paulista, afirmou o jornalista Fernando Oda, repórter da TV Gazeta, durante participação no Segunda Chamada de segunda-feira (22). Tarcísio foi peça fundamental na candidatura do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, que aparece à frente em todas as pesquisas de intenção de voto em relação ao adversário Guilherme Boulos (PSOL).

Enquanto lideranças políticas da direita estavam divididas entre Nunes e Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno da eleição, Tarcísio nunca deixou de apoiar a candidatura do prefeito e esteve junto ao aliado desde o início da campanha, mesmo quando foi desaconselhado a selar essa aliança. No início de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) orientou Tarcísio a se distanciar de Nunes por avaliar que o prefeito poderia sair derrotado da eleição. O governador, no entanto, decidiu se empenhar ainda mais na campanha do emebedista.

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“Tarcísio com certeza ganha muito capital político a partir dessa eleição”, afirmou o repórter Fernando Oda, acrescentando que Tarcísio sai vitorioso em relação à Bolsonaro na eleição em São Paulo. “Chegou a se ventilar essa questão de quem teria vencido entre Bolsonaro e Tarcísio. A especulação que se fazia era de que, se Marçal fosse para o segundo turno e Nunes não, Bolsonaro levaria. Mas como Nunes ganhou com uma margem de sobra, então a vitória foi para Tarcísio.”

Na segunda-feira, Nunes, Tarcísio e Bolsonaro almoçaram em uma churrascaria no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, em evento que reuniu diversos aliados do prefeito, entre eles o próprio vice da chapa, coronel Mello Araújo; o deputado federal Baleia Rossi, presidente do MDB; e o ex-presidente Michel Temer (MDB). Na ocasião, Bolsonaro, declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, afirmou que seria candidato à presidência nas eleições gerais de 2026.

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Tarcísio reiterou que Bolsonaro será o candidato da direita em 2026 e não respondeu se planeja disputar o cargo, alegando que é “monotemático” e que o “foco” dele neste momento era a eleição em São Paulo, no próximo domingo (27). Para o cientista político Rudá Ricci, que também participou do Segunda Chamada, o posicionamento é estratégico. Ao endossar a fala do ex-presidente, ele acredita que o governador usa de ironia e debocha do aliado.

“Ele [Tarcísio] humilhou o Bolsonaro. Em primeiro lugar, ninguém fala que vai ser candidato dois anos antes de uma eleição. Você nunca viu nenhum político experiente fazer isso. Nem Jânio Quadros [presidente do Brasil na década de 1960, conhecido por ter sido um político populista] fazia isso. É como se ele [Tarcísio] dissesse: ‘Tá bom, primeiro você tem que voltar a poder ser candidato pelo Judiciário. Em segundo lugar, você vai precisar de mim. Sozinho você não faz nada, nem comer em churrascaria no Morumbi.'”

Veja bastidores do churrasco de Nunes, Tarcísio e Bolsonaro: falas polêmicas e medo de abstenções:

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Amoêdo: ‘Tenho certo ceticismo em relação a governadores que apoiaram Bolsonaro’ https://canalmynews.com.br/opiniao/amoedo-tenho-certo-ceticismo-em-relacao-a-governadores-que-apoiaram-ou-apoiam-bolsonaro/ Wed, 16 Oct 2024 16:19:26 +0000 https://localhost:8000/?p=47644 Empresário que fundou o Partido Novo afirmou que Romeu Zema, chefe do Executivo estadual de Minas Gerais, agiu com oportunismo na eleição de 2022

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O empresário João Amoêdo, um dos fundadores do Partido Novo, que hoje não é mais filiado à sigla, afirmou, durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (15), que tem “certo ceticismo” em relação a governadores que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2022 ou que o apoiam até hoje. Entre eles, está o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que foi, inclusive, coordenador de campanha de Bolsonaro no estado mineiro.

Segundo Amoêdo, Zema agiu com oportunismo nessa eleição, uma vez que manteve uma postura de neutralidade no primeiro turno para se eleger e depois apoiou Bolsonaro abertamente. Para ele, inclusive, a decisão do Novo de lançar um candidato à Presidência em 2022 — o empresário e cientista político Felipe D’Ávila — foi estratégica, pois permitiu ao partido adotar um posicionamento de neutralidade, atraindo, assim, votos de lulistas e bolsonaristas para eleger o governador de Minas Gerais.

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“Vencer no primeiro turno era uma preocupação de Zema. Estrategicamente, ele tinha que vencer no primeiro turno, para, justamente, atrair os votos de lulistas e bolsonaristas. Por isso, tenho um certo ceticismo em relação a governadores que apoiaram ou apoiam Bolsonaro”, disse Amoêdo, acrescentando que o ex-presidente representava “um risco à nossa democracia”.

“Governos que fizeram esse movimento [apoiaram Bolsonaro] ou não enxergaram isso [que ele representava um risco à democracia], o que era uma coisa muito óbvia, ou enxergaram, mas não quiseram perder a oportunidade de estar no palanque de Bolsonaro. Têm um problema de ingenuidade ou de caráter. Em qualquer um dos casos, fico com um pé atrás”, acrescentou.

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Em outubro de 2022, a poucos dias do segundo turno da eleição presidencial, Amoêdo anunciou voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A manifestação pública de apoio a Lula lhe custou caro. Após o posicionamento, a Comissão de Ética Partidária (CEP) do Novo determinou a suspensão imediata da filiação do empresário, que recebeu a notícia com “surpresa” e “indignação”.

À época, em nota enviada à imprensa, o Novo informou que a decisão foi tomada por “possíveis violações estatutárias” por parte de Amoêdo e que um processo disciplinar havia sido aberto contra ele. Segundo a comissão, o empresário representaria “risco de dano grave e de difícil reparação à imagem e reputação” do partido. Ao final do primeiro turno, a sigla havia dito, também em nota, que não iria se posicionar na eleição e que os filiados eram livres para votarem “de acordo com a sua consciência”.

Veja o que pensa João Amoêdo sobre os rumos da direita no Brasil, Pablo Marçal e Bolsonarismo:

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Não se pode dar anistia a quem quer dar golpe de Estado, diz advogado https://canalmynews.com.br/opiniao/nao-se-pode-dar-anistia-a-quem-quer-dar-golpe-de-estado-diz-advogado/ Wed, 11 Sep 2024 18:14:12 +0000 https://localhost:8000/?p=46590 A história demonstrou que países que abrandaram a punição para crimes contra a democracia sofreram consequências graves, ressaltou Rodrigo Francisconi

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Não se pode dar anistia a quem quer dar golpe de Estado. A história já demonstrou que países que abrandaram a punição para esse tipo de crime sofreram graves consequências. Esse é o parecer do advogado Rodrigo Francisconi, que participou do Segunda Chamada de segunda-feira (9).

Durante o feriado de 7 de setembro, no último final de semana, milhares de pessoas foram às ruas em diversas capitais após convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as pautas dos manifestantes estava o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem estado na mira de bolsonaristas por decretar medidas que eles consideram autoritárias. A mais recente delas foi a suspensão do X (antigo Twitter no Brasil), após o empresário Elon Musk, dono da plataforma, se recusar a indicar o representante legal da empresa no Brasil.

A maior manifestação do 7 de Setembro ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, e contou com a presença de diversas lideranças da direita e da extrema direita. Entre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia e os candidatos à Prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo).

Em discurso a apoiadores, Bolsonaro pediu a anistia dos condenados por envolvimento nos ataques antidemocráticos contra os prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, e chamou Moraes de “ditador”. Na mesma linha, Malafaia também se manifestou e pediu a prisão do ministro. Tarcísio, que dividiu o carro de som com o ex-presidente, defendeu a concessão de perdão aos golpistas e se referiu à anistia como “um remédio político” que poderia ser garantido pelo Congresso Nacional. Para o advogado Rodrigo Francisconi, qualquer concessão política nesse caso é “extremamente perigosa”.

“Na primeira oportunidade, eles vão tentar provocar algum tipo de instabilidade institucional ainda mais raivosa, que só não aconteceu há alguns anos […] porque não foi possível pela conjuntura política e porque não teve apoio internacional”, alertou. “Essa preocupação da anistia tem que ser observada dado a sua gravidade.”

O deputado Rodrigo Valadares (União) apresentou, na terça-feira (10), parecer favorável a projeto de lei que quer dar anistia aos golpistas, em sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), da Câmara dos Deputados. A análise do texto, que seria votada nesse dia, ficou prejudicada pelo início da Ordem do Dia do Plenário. A medida beneficia também Bolsonaro, que é investigado pelo STF sob acusação de incitar os atos em vídeo publicado nas redes sociais.

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Marçal é o novo vendedor de promessas https://canalmynews.com.br/voce-colunista/marcal-e-o-novo-vendedor-de-promessas/ Mon, 26 Aug 2024 00:00:20 +0000 https://localhost:8000/?p=46099 Enquanto Bolsonaro aprendeu a usar as redes sociais, Marçal nasceu nelas, nadou de braçada, e agora quer nos afogar em seu mar de desinformação

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Na São Paulo de 2024, onde tudo pode acontecer — e geralmente acontece —, surge uma figura que parece saída de um reality show de mau gosto, mas que, acreditem, é a vida real: Pablo Marçal. Um sujeito que, ao contrário dos políticos tradicionais, não veio de uma longa carreira no serviço público ou de uma dessas famílias que já nos acostumamos a ver na política. Não, Marçal é um produto da era digital, um empresário que trocou o mundo dos coachs motivacionais pelo palanque, e que agora quer ser prefeito da maior cidade da América Latina. Marçal é o novo vendedor de promessas.

Mas Pablo Marçal não é apenas mais um rosto na multidão de candidatos. Ele é uma versão moderna do camelô de praça, mas ao invés de vender relógios falsificados ou milagres em frascos, ele vende a si mesmo. Com a desenvoltura de um apresentador de infomercial, ele aplicou à política as mesmas técnicas que usou para vender cursos de “fique rico rápido” pela internet. Marçal não promete soluções, ele promete likes, shares e, claro, votos. É o “follow” que pode mudar São Paulo, ou ao menos garantir mais uns trocados na conta bancária dele.

E ele não está de brincadeira. Seu sucesso no mercado digital é tão grande que, em uma única campanha, faturou nada menos que R$ 100 milhões. Isso mesmo, ele transformou a política em um grande negócio, onde o produto principal é ele mesmo. Cada live, cada tweet, cada post no Instagram é calculado para atrair a atenção de uma plateia ávida por escândalos e polêmicas. Marçal entendeu como ninguém que, na economia da atenção, o que importa não é o que você diz, mas o quanto você grita. E ele grita — e muito.

O problema é que, enquanto ele faz a festa nas redes sociais, a democracia vai se desfazendo pelos cantos. A lógica de Marçal é a da destruição: queimar os navios, destruir as pontes e, se sobrar tempo, pisotear as flores do jardim. Ele não quer reformar o sistema, ele quer implodir tudo, e nos deixar sentados nos escombros, com um celular na mão e um sorriso amarelo no rosto, tentando entender o que diabos aconteceu.

E acreditem, Marçal não é só um perigo para São Paulo. Se ele vence, ou mesmo se chega perto, abre-se um precedente perigoso para o país todo. Ele não é Bolsonaro 2.0, como alguns sugerem. Ele é algo pior: uma versão turbinada, digitalizada e muito mais esperta do que o original. Marçal despreza Bolsonaro, e com razão. Enquanto Bolsonaro aprendeu a usar as redes sociais, Marçal nasceu nelas, nadou de braçada, e agora quer nos afogar em seu mar de desinformação.

Notem o detalhe: perdendo ou ganhando a eleição, ele sempre ganha. A exposição que ele tem tido de graça (veja esse texto, vídeos e podcasts do Mynews, CBN, Meio, Globo, entre muitos outros) custaria a ele centenas de milhões de reais se fosse impulsionamento pago. Se ganhar a eleição, ele ganha. Se perder… também ganha. Ficará ainda mais rico, com mais possibilidades de ameaçar as instituições políticas.

Então, o que fazer diante dessa ameaça? Talvez devêssemos adotar a estratégia que usamos para lidar com baratas: quando você vê uma, pode apostar que há dezenas escondidas nas sombras. Precisamos de uma Justiça Eleitoral que saia do tempo das charretes e chegue logo na era dos carros elétricos. Uma Justiça que seja rápida, eficaz e que entenda que, na era digital, cada segundo conta. Pablo Marçal cometeu vários crimes e devia responder por eles na esfera criminal, antes que seja tarde demais. Porque se não agirmos logo, corremos o risco de ver São Paulo — e o Brasil — virar um grande palco para o próximo grande show de Pablo Marçal. E dessa vez, a entrada não será gratuita.

Porque, como já dizia o outro, depois de Pablo Marçal, só o dilúvio.

*Luis Festas é engenheiro de informática e membro do MyNews

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‘Brasil é único país do mundo com líder que louva torturador’, diz Matheus Leitão https://canalmynews.com.br/opiniao/brasil-e-unico-pais-do-mundo-com-lider-que-louva-torturador-diz-matheus-leitao/ Wed, 21 Aug 2024 18:44:45 +0000 https://localhost:8000/?p=46019 Jornalista é filho da também jornalista Miriam Leitão, que foi torturada por agentes da ditadura em 1972, quando estava grávida do irmão mais velho dele, Vladimir

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O Brasil é o único país do mundo com um líder da extrema direita que louva aqueles que torturaram, mataram e ocultaram o cadáver de centenas de brasileiros perseguidos no período da ditadura militar. Foi o que afirmou o jornalista Matheus Leitão durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (20). Ele é filho da também jornalista Miriam Leitão, que foi torturada por agentes da repressão em 1972, quando estava grávida de um mês do irmão mais velho dele, Vladimir. Apesar dos espancamentos, o filho nasceu forte e saudável, sem qualquer sequela.

“A extrema direita cresceu no mundo todo, mas aqui há uma questão específica. O Brasil é o único país do mundo com um líder da extrema direita que faz louvações àqueles que torturaram, mataram e ocultaram cadáveres de brasileiros na ditadura. Quartéis foram construídos para proteger brasileiros, não para cometer crimes”, disse.

Análise: ‘Políticos como Marçal e Nikolas não se importam em perder adesão. Querem causar’

A declaração de Leitão veio em meio à discussão sobre as expectativas para os atos de 7 de setembro, quando é celebrado o Dia da Independência do Brasil. Desde 2021, bolsonaristas reservam a data para ir às ruas se manifestar a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro e propagar ideias ultraconservadoras, muitas vezes antidemocráticas, com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional.

Novas manifestações desta natureza devem ocorrer este ano em várias capitais, inclusive com a presença de Bolsonaro. Em mais de uma ocasião, o ex-presidente, que é simpatizante da ditadura, elogiou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores da repressão, a quem já se referiu como “herói nacional”. Desta vez, os atos devem contar também com a participação do pastor Silas Malafaia, que prepara sua mais dura ofensiva voltada ao ministro Alexandre de Moraes.

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Durante o Segunda Chamada, Leitão lamentou o papel que algumas igrejas evangélicas têm desempenhado para fortalecer a disseminação da extrema direita, com púlpitos virando palanques políticos e pastores pregando discurso de ódio em detrimento do evangelho. Ele conta que o avô, Uriel de Almeida Leitão, falecido pastor protestante, sentiria uma “tristeza enorme” se pudesse presenciar essa nova realidade, pois acreditava que, ao fazer isso, perde-se o sentido do verdadeiro cristianismo.

“Fico vendo essa banalização que é feita hoje dentro das igrejas e penso que meu avô sentiria uma tristeza enorme em ver os púlpitos virando palanques. Ele tinha a visão de que, ao fazer isso, perde-se totalmente o sentido daquilo que é o cristianismo e a palavra ensinada por Jesus. As igrejas fazem um papel social importante para o país, mas, ao mesmo tempo, se deixaram levar por esse movimento”, declarou.

Bolsonaro confirma participação em evento de Silas Malafaia contra Moraes no 7 de setembro:

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Ficou ‘chato’ https://canalmynews.com.br/outras-vozes/ficou-chato/ Wed, 14 Aug 2024 20:02:55 +0000 https://localhost:8000/?p=45864 Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo mostra que ministro Alexandre de Moraes teria influenciado a produção de provas que ele mesmo julgaria

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De tempos em tempos, nos deparamos no Brasil com episódios que parecem saídos de uma série de ficção. Embora, a essa altura, já deveríamos estar mais calejados, a realidade brasileira ainda consegue superar os roteiros mais elaborados.

Entre casos como o de um senador que esconde dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal, um presidente que só está no poder graças à anulação de julgamentos e prescrição dos crimes pelos quais foi condenado em três instâncias, e outro que, em reuniões gravadas, discutia com seus ministros “alternativas” à derrota nas eleições, deveríamos estar mais preparados para lidar com absurdos.

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No entanto, a matéria de terça-feira (13), publicada pela Folha de S.Paulo, que revela áudios e mensagens dos bastidores da atuação de profissionais do STF e do TSE na produção de relatórios para embasar decisões do ministro Alexandre de Moraes, ainda consegue nos surpreender.

O espanto não é apenas pelo fato de que, ao que tudo indica, o próprio ministro julgador teria influenciado a produção de provas que ele mesmo julgaria. O que também choca é a naturalidade com que os articuladores de ambos os tribunais discutem o que, em um país sério, jamais se ousaria sequer cogitar, muito menos executar.

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Deixando de lado, por ora, o mérito das revelações da reportagem, que merecem sim ser aprofundadas, é impressionante como o conceito de institucionalidade no Brasil está deteriorado.

A principal preocupação nas mensagens reveladas não é se aquela conversa deveria ou não estar acontecendo, mas sim o que poderia ser feito para que a execução de tais ordens fosse realizada sem que ficasse “descarado”, caso “alguém viesse a questionar”. Chegar a esse ponto evidencia o quão corroídos estão no Brasil conceitos básicos em uma democracia funcional, onde há respeito ao devido processo legal e ao império da lei.

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O episódio fica ainda mais preocupante quando lembramos que as mensagens em questão estão dentro de um contexto em que o objetivo dos relatórios era silenciar críticos nas redes sociais, o que, por si só, é uma afronta a um elemento fundamental em qualquer democracia: a liberdade de expressão.

É por essas e outras que há tanto descrédito nas instituições brasileiras hoje. A descredibilidade generalizada dos diferentes poderes e tribunais no país não é fruto de “campanhas de desinformação” ou “ataques de ódio coordenados”.

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As instituições brasileiras, incluindo o STF, sofrem descrédito porque constantemente dão motivos para tal. Juízes como Moraes são acusados de autoritarismo e desrespeito às leis não por meros interesses políticos, mas porque, de fato, seus atos justificam tais acusações.

Somente quando entendermos que nas atuais batalhas político-jurídicas brasileiras não há uma luta entre mocinhos e bandidos, mas sim abusos e ilegalidades cometidos por diferentes partes — que devem ser combatidos igualmente — é que estaremos prontos para iniciar nossa recuperação institucional e moral. Do jeito que está, no eufemismo do próprio juiz instrutor do STF, Airton Vieira, já ficou “chato”. Chato até demais.

Entenda pedido de Alexandre de Moraes para PGR reavaliar arquivamento de inquérito contra Bolsonaro:

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Análise: Marçal ganhou espaço com discurso antissistema, assim como Doria e Bolsonaro https://canalmynews.com.br/opiniao/analise-marcal-ganhou-espaco-com-discurso-antissistema-assim-como-doria-e-bolsonaro/ Mon, 12 Aug 2024 21:22:41 +0000 https://localhost:8000/?p=45825 Ex-prefeito de SP e e ex-governador do estado paulista se dizia 'gestor', não político; já ex-presidente se definia como um 'outsider', alguém que surge como um contraponto à velha política

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O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) ganhou espaço na política por adotar discurso antissistema, afirmou a cientista política Deysi Cioccari durante participação no Segunda Chamada de sexta-feira (9). Para ela, essa é a mesma tática usada por uma série de outros políticos, como o empresário João Doria, ex-prefeito de São Paulo e ex-governador do estado paulista, que se dizia “gestor”, não político; e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se definia como um “outsider”, alguém que surge como um contraponto à velha política.

Segundo Deysi, o discurso antissistema ganhou força nos últimos anos, mais especificamente a partir das manifestações de 2013, em meio a um cenário de insatisfação generalizada com a situação política e econômica do país. Em paralelo, o Brasil enfrenta uma crise de credibilidade em relação às instituições, como a mídia e o sistema judiciário, o que levou parte da sociedade a consolidar esse pensamento. Jair Bolsonaro, objeto de estudo da tese de pós-doutorado da cientista política, era admirado por apoiadores pela postura afrontosa que adotava com jornalistas, ministros do STF e outras figuras públicas.

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“Quando alguém apanha demais das instituições, aquele eleitor que já tem receio em relação a essas entidades vai olhar e pensar: ‘Por que essa pessoa está apanhando tanto? Alguma coisa ela deve ter de bom”, afirma Deysi. “Isso aconteceu com Bolsonaro, e vejo muitas das coisas que aconteceram com ele se repetindo com Marçal.”

De acordo com Deysi, tanto Bolsonaro quanto Marçal falam para um segmento específico da sociedade, em sua maioria jovens. Esse público é muito fiel a essas ideias e busca por um representante. Apesar de Marçal ter uma retórica melhor que a de Bolsonaro, na opinião da cientista política, ele enfrenta o desafio de “furar a bolha” e atingir outras camadas do eleitorado, como fez o ex-presidente. Para ela, o fato de ele se posicionar como “independente” — alguém que não precisa de partido político, coligações ou aliados — pode vir a trazer problemas no futuro.

Entenda ação que tenta tirar Pablo Marçal da disputa pela prefeitura de São Paulo:

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Análise: Bolsonaro vai se apegar à decisão do TCU para tentar arquivar caso das joias https://canalmynews.com.br/opiniao/bolsonaro-vai-se-apegar-a-decisao-do-tcu-para-tentar-arquivar-caso-das-joias-diz-advogada/ Fri, 09 Aug 2024 22:51:53 +0000 https://localhost:8000/?p=45813 Para ministros do tribunal, não havia legislação que determinasse a devolução do relógio ao acervo da Presidência da República

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro deve se apegar à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir o arquivamento do inquérito policial do caso sobre as joias sauditas, afirmou a advogada criminalista Jacqueline Valles durante participação no Segunda Chamada de quinta-feira (8). Na quarta (7), a maioria dos ministros do TCU decidiram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisava devolver ao acervo da Presidência da República um relógio da marca Cartier, avaliado em 60 mil reais, que recebeu de presente em 2005 do então presidente francês Jacque Chirac.

A decisão foi fundamentada no voto do ministro Jorge Oliveira, que defendeu que, na ausência de lei específica, o tribunal não pode exigir a devolução do relógio. De acordo Jacqueline, em 2016, presentes caracterizados como “personalíssimos” deixaram de ser considerados bens da União. Não há uma definição exata do que seria esse caráter pessoal.

“Quem é que vai dizer o que é personalíssimo e o que não é? Quem é que vai dizer se o objeto é um presente para o representante ou para a União?”, questionou a advogada. “Eu li essa orientação [de 2016] e, particularmente, entendi que há uma situação bem vaga.”

Segundo Jacqueline, é justamente com base nessa tese do TCU que os advogados de Bolsonaro encontram uma possível brecha para tratar do caso das joias sauditas. “Ela [a equipe de Bolsonaro] vai querer o mesmo tratamento por falta dessa definição [do que é personalíssimo]”, explicou. Agora os advogados teriam uma tese de defesa capaz de abalar o indiciamento do ex-presidente por “falta de crime”.

No início de julho, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato — que ocorre quando alguém se aproveita da função pública para se apropriar ou desviar bens públicos. Entretanto, caso a defesa do ex-presidente consiga enquadrar as joias na mesma categoria do relógio Cartier de Lula, as joias passariam a ser consideradas bens pessoais, e não bens da União, o que pode prejudicar o andamento da ação penal.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de quinta-feira (8):

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Alexandre de Moraes solta Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro https://canalmynews.com.br/brasil/alexandre-de-moraes-solta-filipe-martins-ex-assessor-de-bolsonaro/ Fri, 09 Aug 2024 17:38:50 +0000 https://localhost:8000/?p=45787 Segundo a PGR, não há motivos para manter a prisão do suspeito por participação em tentativa de golpe de Estado

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro. Martins foi preso em 8 de fevereiro, suspeito de participação em tentativa de golpe de Estado. 

A informação foi divulgada pela defesa do ex-assessor. A soltura havia sido pedida pela Procuradoria-Geral da União (PGR), que apontou a inexistência de motivos para a manutenção da prisão.

Martins foi preso no âmbito da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal para investigar a existência de uma organização criminosa no alto escalão do governo Bolsonaro que teria se preparado para uma tentativa de golpe, com o objetivo de manter o ex-presidente no poder e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio Bolsonaro também é investigado.

A prisão de Martins havia sido determinada a pedido da Polícia Federal (PF), que apontou uma suposta ida do ex-assessor aos Estados Unidos junto com Bolsonaro, em dezembro de 2022, no que seria uma tentativa premeditada de fugir das investigações. Ele teria permanecido meses fora país, segundo os investigadores.

Ao pedir a soltura de Martins, contudo, a PGR afirmou que os investigadores não conseguiram provar a saída dele do país. Pelo contrário, o órgão apontou que as provas, até o momento, “parecem indicar, com razoável segurança, a permanência do investigado no território nacional no período questionado”.

Em relatório, a PF colocou a suspeita de que Martins teria sido o autor intelectual de uma minuta para um decreto de golpe de Estado, que teria sido apresentada por ele diretamente a Bolsonaro. A defesa de Martins nega qualquer participação dele em um suposto esquema de golpe.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de quinta-feira (8):

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A corrida eleitoral à Prefeitura de São Paulo: empate triplo https://canalmynews.com.br/opiniao/a-corrida-eleitoral-a-prefeitura-de-sao-paulo-empate-triplo/ Fri, 02 Aug 2024 14:27:31 +0000 https://localhost:8000/?p=45599 Segundo a última pesquisa Quaest, Ricardo Nunes (MDB) aparece com 20% das intenções de voto, enquanto José Luiz Datena (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) têm, ambos, 19%

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Fim das férias escolares, retorno às atividades laborais de muitos e eis que temos acesso à última pesquisa Quaest, divulgada em 30 de julho, apresentando um triplo empate técnico: Ricardo Nunes (MDB), José Luiz Datena (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Vejamos.

A pesquisa traz os seguintes números: Nunes tem 20% (tinha 22% na pesquisa anterior); Datena com 19% (tinha 17%); Boulos com 19% (tinha 21%); Pablo Marçal PRTB com 12% (tinha 10%) e Tabata Amaral PSB tem 5% (tinha 6%).  Fiquemos com estes aqui indicados, por ora. A pior notícia, como se pode depreender dos números, é para Nunes, que é o atual prefeito. Tem a máquina nas mãos e perdeu 2 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Boulos, por sua vez, também perdeu 2 pontos. E, no caso, a melhor notícia é para Datena, que ganhou 2 pontos, assim como Marçal, mas este não se encontra no campo de empate técnico. Desta forma, há, aqui, no momento, um tríplice empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa entre Nunes, Datena e Boulos.

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Parece, portanto, que Datena conseguiu mexer no quadro eleitoral, já que tudo indicava uma continuidade da polarização entre Nunes, apoiado por Bolsonaro, contra Boulos, apoiado por Lula. O PSDB, que passou de protagonista da política nacional e do estado de São Paulo, para um partido desarticulado e fragmentado, pode voltar e ter luz própria com Datena. Muitos inclusive este escriba não levavam a sério a possibilidade de Datena concorrer à eleição, pois já havia desistido de sua candidatura em quatro situações anteriores (duas municipais e duas para o Senado). Contudo, Datena, apresentador e jornalista, parece ter negociado com a emissora na qual trabalha uma expressiva redução de seu salário no caso de derrota e de sua volta à televisão. Além disso, no evento que oficializou sua candidatura, Datena enfrentou protestos ao seu nome, especialmente por parte de tucanos favoráveis a Nunes. Parece que era o que faltava para Datena, de fato, ao se assumir candidato: uma boa “briga” partidária. Outro aspecto é que Datena terá como vice o experiente tucano José Aníbal, além, obviamente, dos bons nomes que o PSDB tem em São Paulo (seja na prefeitura ou no governo do estado).

Já há, inclusive, alguns que ventilam a possibilidade de uma desistência de Marçal para apoiar Datena. Isso cairia como uma bomba nas candidaturas de Nunes e Boulos. Se, em novas rodadas de pesquisa, Datena se consolidar como capaz de ir para um segundo turno, contra Nunes ou Boulos, suas condições objetivas melhoram substancialmente. Talvez ainda seja cedo para cravar este fato, mas é possível que o nome de Datena reúna as condições de quebrar a polarização entre bolsonaristas e lulopetistas. Se Marçal tem força nas redes sociais, Datena conhece a cidade de São Paulo e, na condição de apresentador, pode se sair muito bem no corpo a corpo com o eleitor, nos debates e nos programas produzidos para rádio e televisão. Com o retorno à prefeitura, os tucanos podem recuperar parte de seu prestígio e projetar novos voos.

É fundamental acompanhar as pesquisas de outros institutos para verificar se esse triplo empate técnico se apresenta. E, não menos importante, é analisar como as campanhas de Nunes e Boulos vão reagir ao personagem Datena. As emoções, sempre presentes na vida política, prometem presença até o final dessa eleição municipal. Emoção e razão: dois elementos no bojo das escolhas eleitorais.

Entenda como Pablo Marçal na disputa por São Paulo pode favorecer Nunes e ser um risco para Boulos:

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Entenda em que momento Ricardo Nunes passou a se alinhar à extrema direita https://canalmynews.com.br/noticias/entenda-quando-ricardo-nunes-passou-a-se-alinhar-a-extrema-direita/ Wed, 24 Jul 2024 18:48:22 +0000 https://localhost:8000/?p=45218 Prefeito de São Paulo e candidato à reeleição escolheu como companheiro de chapa um coronel da reserva da Polícia Militar, indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro

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Ricardo Nunes (MDB) mudou de postura. Antes, enquanto vice de Bruno Covas (PSDB), e a partir de maio de 2021, já prefeito de São Paulo, adotava um discurso moderado. Agora, candidato à reeleição, se alia à extrema direita, tendo escolhido como companheiro de chapa um coronel da reserva da Polícia Militar, indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na segunda-feira (22), Nunes participou de convenção do PL que oficializou a nomeação de Ricardo Mello Araújo. No evento, proferiu ofensas ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), seu principal adversário na disputa. Sem citar Boulos nominalmente, se referiu a ele como “vagabundo”, “invasor” e “sem vergonha”. O cientista político Cláudio Couto, que conversou com o MyNews, chamou a conduta de “covarde” e “lamentável”.

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Segundo Couto, a intenção de Nunes ao fazer tais declarações na convenção do PL foi sinalizar ao eleitorado bolsonarista que mudou de postura e está agora alinhado à extrema direita, não mais a uma direita moderada. Essa é uma mudança recente. O cientista político lembra que o prefeito marcou presença em uma manifestação promovida por Bolsonaro na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, mas mal apareceu publicamente.

“Nunes foi à manifestação, mas ficou escondido. Entrou no meio da multidão que estava perto do carro de som e ali ficou, de forma que ninguém conseguia vê-lo. Procurou não passar muito recibo de sua presença”, afirmou Couto. Ele acredita que Nunes só começou a ter uma mudança de postura um pouco mais clara com a entrada do coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela Prefeitura. “Quando Marçal se reúne com Bolsonaro, se apresenta como um candidato mais autêntico e começa a pegar votos que poderiam estar indo para ele, Nunes percebe que precisa se mexer.”

Couto ressalta que, ainda que Nunes tenha assumido só recentemente uma postura alinhada à extrema direita, o passado político do prefeito mostra que essa mudança não é nenhuma grande surpresa. Antes de assumir a Prefeitura de São Paulo, entre 2013 e 2021, Nunes foi vereador da capital paulista e, no período, defendeu pautas ultraconservadoras. Ele fez parte da bancada religiosa na Câmara Municipal e atuou contra a chamada “ideologia de gênero”. Foi também coautor do texto que pretendia implementar o “Escola sem Partido”, projeto de lei criado em 2014 para avançar uma agenda conservadora na educação brasileira.

Assista ao Segunda Chamada de terça-feira (23) e veja indiretas de Ricardo Nunes a Guilherme Boulos:

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‘Lamentável’, diz cientista político sobre conduta de Nunes em convenção do PL https://canalmynews.com.br/opiniao/lamentavel-diz-cientista-politico-sobre-conduta-de-ricardo-nunes-em-convencao-do-pl/ Wed, 24 Jul 2024 16:26:13 +0000 https://localhost:8000/?p=45200 Durante evento em São Paulo, prefeito se referiu ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) como 'invasor', 'vagabundo' e 'sem-vergonha'

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O cientista político Cláudio Couto definiu como “covarde” e “lamentável” a conduta do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de se referir ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) como  “invasor”, “vagabundo” e “sem-vergonha”, durante convenção do Partido Liberal (PL), realizada na segunda-feira (22), em São Paulo. O evento, que não contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, nem do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, teve como objetivo oficializar a indicação do coronel Ricardo Mello Araújo como vice na chapa do emebedista.

“O discurso foi colocado de forma um pouco covarde, porque Nunes sequer nomeou com clareza a quem ele se referiu. Se bem que, para bom entendedor, meia palavra basta. Estava evidente que ele se referia ali ao Boulos”, afirmou.

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“Chamar o adversário de vagabundo é algo que não cabe em uma campanha eleitoral. É lamentável. Mas revela um pouco do que foi o passado político de Nunes”, acrescentou.

Antes de assumir a Prefeitura de São Paulo, entre 2013 e 2021, Nunes foi vereador da capital paulista. No período, defendeu pautas ultraconservadoras. Segundo Couto, o prefeito começou a suavizar o discurso quando foi escolhido por Bruno Covas (PSDB) como vice de chapa, e depois, em maio de 2021, quando assumiu a Prefeitura.

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Católico, Nunes fez parte da bancada religiosa na Câmara Municipal e atuou contra a chamada “ideologia de gênero”. O termo, não reconhecido pelo meio acadêmico, é frequentemente utilizado por segmentos da direita que criticam a abordagem de questões sobre a diversidade de gênero e sexualidade nas escolas. Em uma sessão da Câmara, em 2015, bradou: “Eu sou pela sua família, gênero não.”

O prefeito também foi coautor do texto que pretendia implementar o “Escola sem Partido”, projeto de lei criado em 2014 para avançar uma agenda conservadora na educação brasileira. O PL, que acabou sendo vetado pela comissão especial da Câmara que discutia a proposta, trazia uma série de proibições para os professores de escolas públicas e privadas da educação básica, como falar abertamente sobre preferências ideológicas, morais, políticas e partidárias. O texto propunha também incluir nas diretrizes da educação a prioridade dos valores de ordem familiar em temas relacionados à Educação moral, sexual e religiosa.

Assista ao Segunda Chamada de terça-feira (23) e veja indiretas de Ricardo Nunes a Guilherme Boulos:

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Abin Paralela tinha objetivo de consumar um golpe de Estado, diz comentarista https://canalmynews.com.br/noticias/abin-paralela-tinha-objetivo-de-consumar-um-golpe-de-estado-diz-comentarista/ Fri, 12 Jul 2024 15:16:24 +0000 https://localhost:8000/?p=44675 Segundo investigação, policiais, servidores e funcionários da Abin formaram organização criminosa para espionar autoridades e desafetos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro

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A chamada “Abin Paralela” visava desestabilizar as instituições democráticas para consumar um golpe de Estado, afirmou ao Segunda Chamada de quinta-feira (11) a comentarista política Andrea Gonçalves. As investigações sobre o esquema, que teve o sigilo retirado na quinta-feira, apontam para uma série de irregularidades no uso de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades e desafetos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo os investigadores, policiais, servidores e funcionários da Abin invadiram os celulares e computadores de 22 pessoas, formando uma verdadeira organização criminosa.

“A ‘Abin Paralela’ tinha um objetivo certo e determinado, que era causar a desestabilização das instituições democráticas para um fim específico: uma tentativa de golpe”, disse Andrea. “O delegado que fez todo esse trabalho escreveu no relatório que, direta ou indiretamente, todas as informações, verdadeiras ou não, foram utilizadas pelo gabinete do ódio e acabaram reverberando no ataque à democracia em 8 de janeiro.”

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Os investigadores encontraram provas de que, a partir da espionagem, delegados e agentes da Polícia Federal eram responsáveis pela criação de relatórios forjados, com informações falsas, que ligavam as pessoas monitoradas a organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). Esses relatórios eram enviados para o chamado “gabinete do ódio”, milícia digital liderada por Carlos Bolsonaro. Enquanto as mentiras tinham o objetivo de destruir reputações de autoridades públicas, as informações coletadas eram usadas para chantagear, intimidar e calar adversários.

Em vídeo enviado ao MyNews, o deputado federal Kim Kataguiri (União), um dos alvos da Abin Paralela, afirmou que a confirmação de que estava sendo espionado o deixa “feliz”, uma vez que os criminosos investigaram toda a vida dele e, ainda assim, não encontraram nada que pudesse ser usado para prejudicá-lo. Disse, ainda, que o esquema mostra o “caráter autoritário e persecutório do governo Bolsonaro”, que estava mais preocupado em perseguir adversários políticos do que em governar. Por fim, alertou que tomará todas as medidas judiciais cabíveis para responsabilizar as pessoas envolvidas na organização criminosa.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de quinta-feira (11):

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Entenda o que diz a Polícia Federal sobre o esquema de Bolsonaro no caso das joias https://canalmynews.com.br/noticias/entenda-o-que-diz-a-policia-federal-sobre-o-esquema-de-bolsonaro-no-caso-das-joias/ Thu, 11 Jul 2024 19:48:16 +0000 https://localhost:8000/?p=44642 Afonso Marangoni, Alan Rios, André Borges e Maurício Rands analisam o relatório da Polícia Federal que indiciou Bolsonaro e mais 11 pessoas pelo envolvimento com as joias sauditas

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A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 pessoas, no dia 4 de julho, por envolvimento no esquema de apropriação e venda de joias milionárias recebidas pelo então Chefe do Executivo.

Entre os investigados, o relatório da PF indiciou: Marcelo da Silva Vieria, chefe do gabinete de Documentação História da Presidência da República durante o governo Bolsonaro; Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro; Júlio César Vieira Gomes, auditor-fiscal e ex-secretário da Receita Federal. Além dos advogados Fábio Wajngarten e Frederick Wassef e do ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronal do Exército.

De acordo com André Borges, a Polícia Federal revelou que, quando questionado sobre o motivo de querer retirar as joias do país, Bolsonaro disse que, por acreditar que os kits seriam leiloados, queria evitar uma crise diplomática com os países árabes e o constrangimento internacional do Brasil. O ex-presidente foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato (que ocorre quando alguém se aproveita do cargo para se apropriar ou desviar bens públicos).

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Na visão do advogado e ex-deputado Maurício Rands, a condenação de Bolsonaro é muito mais provável. “Eles [ministros do Supremo Tribunal Federal] teriam muita dificuldade técnica, processual, para absolver o ex-presidente Bolsonaro com o que já foi levantado, e a instrução penal, na ação penal que vai se seguir a denúncia do Ministério Público da Procuradoria-Geral da República, pode até levantar mais dados”, afirmou durante participação no Segunda Chamada desta terça-feira (9).

Veja a análise completa:

 

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Defesa diz que Bolsonaro não tinha ingerência sobre joias recebidas https://canalmynews.com.br/noticias/defesa-diz-que-bolsonaro-nao-tinha-ingerencia-sobre-joias-recebidas/ Tue, 09 Jul 2024 19:15:14 +0000 https://localhost:8000/?p=44534 Segundo advogados, presentes sofrem rígido tratamento de catalogação

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A defesa de Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (8) que o ex-presidente não tinha “qualquer ingerência” sobre os presentes recebidos durante as viagens presidenciais.

A manifestação dos advogados foi divulgada após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo do relatório no qual Bolsonaro e mais 11 investigados foram denunciados pelo desvio de joias sauditas recebidas durante o governo do ex-presidente. Os desvios, segundo a PF, podem chegar a R$ 6,8 milhões.

Segundo os advogados Paulo Bueno e Daniel Tesser, os presentes são recebidos pelos Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República, e sofrem rígido tratamento de catalogação, sobre o qual não há ingerência do presidente.

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“Todos os ex-presidentes da República tiveram seus presentes analisados, catalogados e com sua destinação definida pelo GADH, que, é bem de se ver, sempre se valeu dos mesmos critérios empregados em relação aos bens objeto deste insólito inquérito, que, estranhamente, volta-se só e somente ao governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas havidas em governos anteriores” disse a defesa.

Os advogados também afirmaram que as joias foram devolvidas após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), em março do ano passado.

“A iniciativa visava deixar consignado, ao início da menor dúvida, que em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos. Se naqueles autos colocou-se em discussão o status legal de tais itens, dada a complexidade das normas que teoricamente disciplinam a dinâmica de bens dessa ordem, requereu-se, que desde logo ficassem sob a custódia do poder público, até a conclusão da discussão sobre sua correta destinação, de forma definitiva”, alegou a defesa.

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Segundo a PF, parte das joias sauditas recebidas pelo governo do ex-presidente saíram do país em uma mala transportada no avião presidencial no dia 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro deixou o país para passar uma temporada nos Estados Unidos no fim de seu mandato.

De acordo com os investigadores, o ex-presidente não realizou movimentações em suas contas. O fato levou a PF a concluir que Bolsonaro usou o dinheiro obtido com a venda das joias para se manter nos Estados Unidos.

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‘Forças Armadas saíram do governo, mas não deixaram o poder’, diz cientista político https://canalmynews.com.br/opiniao/forcas-armadas-sairam-do-governo-mas-nao-deixaram-o-poder-diz-cientista-politico/ Mon, 08 Jul 2024 20:06:10 +0000 https://localhost:8000/?p=44514 Para Pedro Fassoni Arruda, influência da instituição se reflete até os dias de hoje, com o 'entulho autoritário' que perdurou mesmo após o fim da ditadura militar, em 1985

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As Forças Armadas saíram do governo, mas não deixaram completamente o poder, afirmou ao Segunda Chamada de sexta-feira (5) o cientista político Pedro Fassoni Arruda, professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Para ele, a influência da instituição se reflete até os dias de hoje, com o “entulho autoritário” que perdurou mesmo após o fim da ditadura militar, em 1985. No Brasil, não houve propriamente justiça de transição, que é o conjunto de medidas adotadas para enfrentar um passado de ditadura. Em 1979, ainda durante a repressão, a Lei de Anistia concedeu perdão a torturadores e demais agentes do Estado responsáveis por violações de direitos.

“Por causa disso, muitas pessoas se sentem hoje no direito de ir às ruas pedir intervenção militar”, diz Arruda, ao comentar o caso do cantor Sérgio Reis e do deputado Zé Trovão (PL), indiciados na semana passada por incitação a atos antidemocráticos, em setembro de 2021.

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“Figuras como essas, que estão ficando mais numerosas, encontraram terreno fértil para agir de tal maneira. E é sempre bom lembrar que a ascensão de Bolsonaro, o 7 de Setembro [atos antidemocráticos pelo Brasil em 7 de setembro de 2021] e o 8 de Janeiro [ataques de vândalos aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023] não surgiram do nada. Isso é resultado de um processo de profundas raízes históricas”, acrescenta.

Segundo Arruda, a própria Constituição Federal de 1988 contém trechos que podem ser interpretados como antidemocráticos. Ele relembra que, em um primeiro momento, a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) se recusou a votar pela aprovação da carta, como forma de se opor ao que dizia o texto em relação à militarização da sociedade brasileira e da tutela das Forças Armadas. À época, houve uma pressão muito grande por parte de ministros militares, como o ministro do Exército do governo Sarney, Leônidas Pires Gonçalves, para que fosse mantida a atuação das Forças Armadas para além da defesa do país.

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Para se ter uma ideia, a Lei de Segurança Nacional, herança da ditadura, só foi revogada em 2021, mais de 30 anos após a redemocratização, e substituída pela inclusão de um novo título no Código Penal para tratar dos crimes contra o Estado Democrático de Direito. Entre os novos crimes tipificados está o de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, “impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes constitucionais”.

“A relação existente hoje entre institucionalidade e autoritarismo se reflete não só em discursos e comportamentos antidemocráticos, como também na militarização da polícia e na violência policial”, ressalta Arruda, destacando que o problema é especialmente grave entre a população preta, pobre e periférica. O Brasil testemunhou mais de 6,3 mil mortes por ação de policiais entre janeiro e dezembro de 2023, alcançando uma média de 17 casos por dia. Segundo dados da Human Rights Watch, divulgados em abril deste ano, 80% das vítimas são jovens pretos e pobres. “A tortura não acabou, tampouco a violência e a letalidade policial”, acrescenta.

Assista ao Segunda Chamada de sexta-feira (5):

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Bolsonaro esperava continuar no poder para ter impunidade, diz comentarista de política https://canalmynews.com.br/opiniao/bolsonaro-esperava-continuar-no-poder-para-ter-impunidade-diz-comentarista-de-politica/ Fri, 05 Jul 2024 20:55:20 +0000 https://localhost:8000/?p=44474 Para Andréa Gonçalves, Bolsonaro e envolvidos no caso acreditavam que o ex-presidente seria reeleito democraticamente ou daria um golpe bem-sucedido para se manter no poder

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O ex-presidente Jair Bolsonaro e demais envolvidos no caso da tentativa de venda de joias sauditas abusaram dos cargos de poder porque acreditavam na impunidade, afirmou a comentarista de política Andréa Gonçalves durante participação no Segunda Chamada de quinta-feira (4). Para ela, essas pessoas ou achavam que Bolsonaro seria reeleito democraticamente, e seguiria com foro privilegiado, ou cogitavam a possibilidade de uma tentativa de golpe bem-sucedida para mantê-lo no poder.

“Eu não sei se era crente na reeleição de Bolsonaro […] ou se foi crente que a tentativa de golpe seria exitosa”, disse. Ela acrescentou que as ações dos investigados — entre eles Julio César Vieira Gomes (auditor fiscal e ex-secretário da Receita), Bento Albuquerque (ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro), Frederick Wassef (advogado do ex-presidente) e Marcelo da Silva Vieira (chefe do gabinete de Documentação Histórica da República no governo Bolsonaro) — foram conscientes. “Tanto que [Mauro Cid] foi vender [as joias] lá fora porque sabia da ilegalidade, da ilicitude, das suas ações”.

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Segundo o relatório entregue pela Polícia Federal, em que mais de 10 pessoas foram indiciadas por envolvimento na tentativa de venda das joias no exterior, as condutas de Bolsonaro configuram associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, que ocorre quando a pessoa utiliza cargo público para se apropriar ou desviar bens públicos de forma indevida. Após o indiciamento, começa agora a segunda fase da ação penal, que será feita pelo Ministério Público.

Com todos os elementos de prova em mãos, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, vai decidir se oferece a denúncia, se pede mais provas ou se arquiva o caso. Na opinião de Andréa Gonçalves, Gonet vai levar a denúncia ao Supremo Tribunal Federal, pois as provas reunidas comprovam os delitos.

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“Eu percebo que foi tudo feito deixando muito lastro probatório”, avaliou a comentarista, que ressalta o papel da imprensa na investigação. “A imprensa acredito que teve um papel fundamental em toda essa situação, trazendo indícios que, a partir disso, a Polícia Federal pode confirmar ou não.”

Andréa Gonçalves explica que, caso a denúncia seja recebida no STF, Bolsonaro e os outros indiciados podem ser processados no plenário ou na 1ª Turma, visto que Alexandre de Moraes é o relator do inquérito. Mas, para ela, o caso “mereceria um julgamento por parte do plenário do Supremo Tribunal Federal” para que a Justiça seja feita de fato.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de quinta-feira (4):

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Direita aprendeu a usar as redes, enquanto esquerda continuou com discurso acadêmico, diz cientista política https://canalmynews.com.br/noticias/extrema-direita-soube-se-atualizar-e-engajar-nas-redes-enquanto-esquerda-ainda-fica-presa-em-discursos-academicos-diz-cientista-politica/ Tue, 02 Jul 2024 20:33:53 +0000 https://localhost:8000/?p=44349 Para Deysi Cioccari, a organização dos conservadores no universo digital explica em parte o avanço desse núcleo no Brasil e no mundo, principalmente entre os jovens

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A extrema direita soube se atualizar e engajar nas redes sociais, enquanto a esquerda ainda fica presa em discursos acadêmicos e teorias complexas. Foi o que afirmou ao MyNews a cientista política Deysi Cioccari, que participou do Segunda Chamada de segunda-feira (1º). Para ela, a organização da extrema direita no universo digital explica em parte o avanço desse núcleo político no Brasil e no mundo, principalmente entre os jovens.

“A extrema direita soube se atualizar e engajar nas redes sociais. A esquerda, por outro lado, parece que ficou para trás. Ainda continua presa naqueles debates acadêmicos, congressos e reuniões intermináveis, discutindo a teoria do socialismo”, diz.

Segundo Deysi, a extrema direita começou a se fortalecer na última década, quando pessoas alinhadas a esse espectro político perderam a vergonha de expressar suas opiniões publicamente. Ela relembra que, em 2014, o ex-presidente Jair Bolsonaro à época deputado federal proferiu xingamentos misóginos a deputada federal Maria do Rosário (PT), dizendo, entre outras ofensas, que não a estuprava porque ela não “merecia”. Depois do episódio, Bolsonaro passou a ser chamado de “mito” por apoiadores. Como cada indivíduo vive hoje dentro da própria bolha na internet, não demorou muito para esse pensamento ganhar força.

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“Quando surge Bolsonaro, ele traz à tona um pensamento que boa parte da população só pensava nas sombras. Ele tira isso das sombras e traz à superfície”, declara. “Com as redes sociais, em que cada um vive dentro de uma bolha, esses pensamentos começaram a se retroalimentar. E então tem-se a situação social que se apresenta hoje.”

A cientista política ressalta que a força da extrema direita é tamanha que conseguiu pôr em xeque organismos que, antes, a sociedade tinha como sólidos, a exemplo dos veículos de imprensa e institutos de pesquisa. Para ela, uma sociedade em que as instituições são descredibilizadas é terreno fértil para o avanço desse posicionamento extremo. Os ideais reacionários ganham ainda mais força na medida em que a esquerda apresenta soluções subjetivas para problemas urgentes, como a segurança pública.

“Frases de efeito como ‘bandido bom é bandido morto’ são facilmente entendidas pelas pessoas. Já soluções mais subjetivas não são compreendidas de imediato. Então existe toda uma narrativa que justifica a ascensão da extrema direita”, explica.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de segunda-feira (1º):

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Comparar ‘gabinete do ódio’ de Bolsonaro com suposto ‘gabinete da ousadia’ sob Lula é descabido, diz advogada https://canalmynews.com.br/opiniao/comparar-gabinete-do-odio-de-bolsonaro-com-suposto-gabinete-da-ousadia-sob-lula-e-descabido-diz-advogada/ Tue, 18 Jun 2024 19:08:47 +0000 https://localhost:8000/?p=43961 Reportagem d'O Estado de S. Paulo apontou que membros da Secom se reúnem diariamente para definir estratégias de comunicação nas redes

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Afonso Marangoni recebe a jornalista Mara Luquet e a advogada Estela Aranha no Segunda Chamada de segunda-feira (17)

Comparar o “gabinete do ódio” instaurado no governo Bolsonaro com o “gabinete da ousadia” sob Lula é descabido. Foi o que afirmou a advogada Estela Aranha, ex-assessora especial da Secretaria Nacional para Direitos Digitais do Ministério da Justiça. A declaração foi dada no programa Segunda Chamada de segunda-feira (17), em que Afonso Marangoni levantou discussão sobre essa suposta estrutura articulada pelo governo federal, descrita pela primeira vez em reportagem d’O Estado de S. Paulo.

Segundo a apuração do jornal, “membros da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República se reúnem diariamente com equipes do que ficou conhecido como ‘gabinete da ousadia’ do PT, versão do ‘gabinete do ódio’ da gestão Bolsonaro’. “Eles definem estratégias para ‘pautar as redes’ e, eventualmente, influenciadores pró-governo também são chamados para tratar de assuntos que interessam ao Planalto”, diz ainda o texto. Para Estela, essa dinâmica nada tem a ver com a estrutura montada no governo anterior, que tinha o intuito de disseminar notícias falsas e atacar autoridades a fim de obter ganhos políticos.

Leia também: Como funciona o “Gabinete do Ódio”, segundo documentos do STF

“Não é porque se faz reunião e se discutem pautas políticas que é gabinete do ódio”, afirmou Estela. “Eventualmente, podem ter circulado nas redes publicações esquisitas [que contivessem fake news ou ataques pessoais a figuras da oposição], mas isso não significa que exista uma estrutura estatal por trás disso. Não tem nenhuma equivalência, nenhuma simetria.”

A jornalista Mara Luquet, que também participou do debate, faz a mesma avaliação. Ela acredita que não haja um novo “gabinete do ódio” sob Lula, e que qualquer comparação dessa dinâmica com o “gabinete de ódio” de Bolsonaro é indevida. Para ela, não há nada antiético ou imoral em promover reuniões diárias para discutir e alinhar políticas de comunicação — principalmente se a finalidade dessas políticas for disseminar informações confiáveis e promover uma educação midiática.

“É importante que o governo não esconda o que vem fazendo, porque não há nada de errado nisso”, disse Mara. “Mas é preciso mostrar como é feito, e chamar à responsabilidade se erros forem cometidos no caminho.”

Assista ao trecho do Segunda Chamada de segunda-feira abaixo:

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Moraes pede que PGR avalie arquivamento de inquérito contra Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/moraes-pede-que-pgr-avalie-arquivamento-de-inquerito-contra-bolsonaro/ Fri, 17 May 2024 22:21:05 +0000 https://localhost:8000/?p=43106 Ação investiga denúncia de interferência do ex-presidente na PF

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira (17) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalie se deseja manter o pedido de arquivamento de um inquérito sobre a suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. 

No despacho, Moraes pede que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, avalie eventual ratificação do pedido de arquivamento da investigação. Em 2020, a então vice-procuradora, Lindôra Araújo, defendeu o arquivamento do caso.

Gonet foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomou posse em dezembro do ano passado após ter o nome aprovado pelo Senado. Ele sucedeu o procurador Augusto Aras, indicado por Bolsonaro.

A investigação apurou declarações de Sergio Moro, que, ao se demitir do cargo de ministro da Justiça, naquele ano, acusou o presidente de tentar interferir na Polícia Federal (PF) ao tirar do cargo o então diretor Maurício Valeixo, indicado por moro.

Em março de 2022, a PF concluiu que Bolsonaro não interferiu na corporação e também defendeu o arquivamento do caso.

“No decorrer dos quase dois anos de investigação, dezoito pessoas foram ouvidas, pericias foram realizadas, análises de dados e afastamentos de sigilos telemáticos implementados. Nenhuma prova consistente para a subsunção penal foi encontrada. Muito pelo contrário, todas testemunhas ouvidas foram assertivas em dizer que não receberam orientação ou qualquer pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar investigações conduzidas na Polícia Federal”, concluiu  o relatório.

Após receber o parecer de Paulo Gonet, Moraes vai decidir se o inquérito contra Bolsonaro será arquivado.

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Câmara dos EUA aciona OEA por “censura” no Brasil e Alexandre de Moraes é alvo https://canalmynews.com.br/politica/camara-dos-eua-aciona-oea-por-censura-no-brasil-e-alexandre-de-moraes-e-alvo/ Thu, 09 May 2024 01:23:36 +0000 https://localhost:8000/?p=43015 Chris Smith alega ter recebido, na subcomissão do Congresso americano, “graves alegações” de violação dos direitos humanos no Brasil

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A Câmara dos Estados Unidos enviou à Organização dos Estados Americanos (OEA) um pedido de informações sobre denúncias de “censura”, “abusos de autoridade” e “violações em massa da liberdade de expressão” no Brasil.

Uma comitiva de parlamentares da extrema-direita e bolsonaristas foram ao Congresso americano acompanhar audiência, em forma de missão internacional com objetivo de denunciar a “censura do STF”, promovida principalmente, segundo o grupo, pelo ministro Alexandre de Moraes.

Integram a comitiva nomes como Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Filipe Barros, Bia Kicis, Eduardo Girão e Gustavo Gayer. No “balaio de gatos”, também estavam Deltan Dallagnol, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira desde 2021.


Confira o debate do assunto no Segunda Chamada:

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Ministro Alexandre de Moraes manda soltar Mauro Cid https://canalmynews.com.br/politica/ministro-alexandre-de-moraes-manda-soltar-mauro-cid/ Sat, 04 May 2024 01:01:21 +0000 https://localhost:8000/?p=43006 Acordo de delação assinado po Mauro Cid é mantido

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (3) a soltura do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Cid está preso no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, desde março deste ano, quando foi preso ao prestar depoimento ao Supremo. Na época, a revista Veja publicou áudios em que o militar criticou a atuação de Moraes e da Polícia Federal.

O ex-ajudante de ordens assinou acordo de colaboração premiada após ter sido preso no âmbito do inquérito que apura fraudes em certificados de vacinação contra covid-19.

Além do caso referente às vacinas, Cid cooperou também com o inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro.

Na mesma decisão, Moraes decidiu manter a validade do acordo de delação assinado por Mauro Cid. Os termos já haviam sido confirmados pelo militar durante a audiência na qual ele foi preso.

“Consideradas as informações prestadas em audiência nesta Suprema Corte, bem como os elementos de prova obtidos a partir da realização de busca e apreensão, não se verifica a existência de qualquer óbice à manutenção do acordo de colaboração premiada nestes autos”, decidiu o ministro.


Confira debate sobre o tema no Segunda Chamada:

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Mauro Cid reafirma conteúdo de delação em audiência no STF https://canalmynews.com.br/politica/mauro-cid-reafirma-conteudo-de-delacao-em-audiencia-no-stf/ Sat, 23 Mar 2024 16:15:11 +0000 https://localhost:8000/?p=42758 Militar disse que não houve pressão da Polícia Federal

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O tenente-coronel Mauro Cid reafirmou nesta sexta-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o conteúdo da delação premiada que assinou com a Polícia Federal (PF). O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi chamado a prestar depoimento após a revista Veja publicar áudios em que o militar critica a atuação do ministro Alexandre de Moraes e a Polícia Federal.

Durante a audiência, Mauro Cid confirmou que mandou mensagem de áudio a amigos em tom de “desabafo”. Ao contrário do que disse nas mensagens, o militar também reafirmou que decidiu espontaneamente delatar os fatos que presenciou durante o governo Bolsonaro e que não houve pressão da PF ou do Judiciário para fazer as acusações.

No início da tarde desta sexta-feira, Cid recebeu voz de prisão após ser ouvido.  A prisão foi determinada por descumprimento de cautelares impostas por Moraes e por obstrução de Justiça ao falar sobre a delação nos áudios com terceiros.

De acordo com a reportagem da Veja, Cid afirmou que foi pressionado pela PF a delatar episódios dos quais não tinha conhecimento ou “o que não aconteceram”. O ex-ajudante também afirmou, segundo a publicação, que a Procuradoria-Geral da República e Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o militar no STF, têm uma “narrativa pronta” e estariam aguardando somente o momento certo de “prender todo mundo”.

Defesa

Após a divulgação da matéria de Veja, a defesa de Mauro Cid, em comunicado, não negou a autenticidade dos áudios. Os advogados disseram que as falas “não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda”.

Entenda tudo no programa Segunda Chamada, com Afonso Marangoni, João Bosco Rabello, o cientista político Rodrigo Prando e a advogada Emanuele Araújo. Confira:

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Mauro Cid ficará preso em batalhão da polícia do Exército https://canalmynews.com.br/politica/mauro-cid-ficara-preso-em-batalhao-da-policia-do-exercito/ Sat, 23 Mar 2024 01:00:53 +0000 https://localhost:8000/?p=42742 Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro passou por exame de corpo de delito

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O tenente-coronel Mauro Cid foi levado para o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, onde ficará preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cid recebeu ordem de prisão após depoimento prestado nesta sexta-feira (22) ao gabinete do ministro.  O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi chamado a prestar esclarecimentos após a revista Veja publicar áudios em que o militar critica a atuação de Moraes e da Polícia Federal.

Após ser preso, Mauro Cid passou por exame de corpo de delito na Superintendência da Polícia Federal (PF) e foi levado para o batalhão militar por ser oficial do Exército, cargo que não permite a prisão em presídio comum.

Enquanto prestava depoimento, o ex-ajudante de ordens foi alvo de busca e apreensão da PF na sua residência, localizada no Setor Militar Urbano (SMU), na capital federal.

Cid assinou acordo de colaboração premiada após ter sido preso no âmbito do inquérito que apura fraudes em certificados de vacinação contra covid-19. Além do caso referente às vacinas, Cid cooperou também com o inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro.

Ele estava em liberdade desde setembro do ano passado, quando teve a delação homologada por Alexandre de Moraes.

Depoimento

O depoimento durou cerca de uma hora e foi presidido pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes. Também esteve presente um representante da Procuradoria-Geral da República (PGR), além da defesa do militar.

Após ser informado de que seria preso, Cid passou mal e foi atendido por uma equipe de brigadistas do Supremo.

Ele voltou a ser preso por descumprir medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes e pelo crime de obstrução de justiça.

De acordo com a reportagem da Veja, Cid afirmou que foi pressionado pela PF a delatar episódios dos quais não tinha conhecimento ou “o que não aconteceram”.

O ex-ajudante também afirmou, segundo a publicação, que a Procuradoria-Geral da República e Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o militar no STF, têm uma “narrativa pronta” e estariam aguardando somente o momento certo de “prender todo mundo”.

A defesa de Mauro Cid afirmou que as falas “não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda”.


O programa Segunda Chamada debate sobre a notícia com Afonso Marangoni, João Bosco Rabello, o cientista político Rodrigo Prando e a advogada Emanuela de Araújo. Assista aqui:

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Moraes dá 15 dias para PGR opinar sobre indiciamento de Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/moraes-da-15-dias-para-pgr-opinar-sobre-indiciamento-de-bolsonaro/ Wed, 20 Mar 2024 06:10:45 +0000 https://localhost:8000/?p=42723 Procurador-geral vai decidir se denuncia ex-presidente ao STF

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o relatório no qual a Policia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 pessoas pela suposta fraude do certificado de vacinação para covid-19.

Será a primeira oportunidade para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliar uma investigação envolvendo Bolsonaro. Gonet vai decidir se denuncia o ex-presidente e os demais acusados ao Supremo. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo, o procurador tomou posse em dezembro do ano passado.

O sigilo sobre o relatório da PF foi retirado hoje (19) por Moraes. Conforme as investigações, ao menos nove pessoas teriam se beneficiado de um esquema de fraude, montado pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, incluindo a esposa e três filhas, Bolsonaro e sua filha e o deputado Gutemberg Reis de Oliveira (MDB-RJ).

Cid teria inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde com o objetivo de facilitar a entrada e a saída de Bolsonaro dos Estados Unidos, burlando exigências sanitárias contra a covid-19 impostas pelos EUA e também pelo Brasil. Ambos países exigiam a vacinação contra doença para interessados em cruzar a fronteira.

Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten criticou a divulgação do indiciamento. “Vazamentos continuam aos montes, ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, escreveu.

Confira debate sobre o tema no Segunda Chamada, com Afonso Marangoni, Carlos Andreazza do jornal O Globo, Vanda Célia e Vinícius Nunes, repórter do Metrópoles:

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Lula diz que Bolsonaro não teve coragem de executar o plano, fugiu e que é “um covardão” https://canalmynews.com.br/politica/lula-diz-que-bolsonaro-nao-teve-coragem-de-executar-o-plano-fugiu-e-que-e-um-covardao/ Tue, 19 Mar 2024 02:01:06 +0000 https://localhost:8000/?p=42717 “Ele não teve coragem de executar aquilo que planejou, ficou dentro de casa chorando"

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Durante abertura da primeira reunião ministerial de 2024 nesta segunda-feira 18, o presidente Lula afirmou que os últimos meses deram a certeza de que o Brasil correu grave risco de ter um golpe e não há mais dúvida. A fala foi após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubar o sigilo de parte dos depoimentos que compõem a investigação da trama de golpe de Estado.

“Se há três meses quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje nós temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022. Ele não teve coragem de executar aquilo que planejou, ficou dentro de casa chorando quase que um mês e preferiu fugir para os EUA do que fazer o que tinha prometido”

Ao chamar Bolsonaro de “covardão”, Lula mencionou também as Forças Armadas:

 

“E não teve golpe, não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do presidente, mas também porque o presidente é um covardão”

 

Ainda na reunião, Lula aproveitou para dar recado sobre a comunicação do governo – que tem sido alvo de críticas duras desde o início do mandato. Em sua avaliação, as ações realizadas não estão chegando ao público e cobrou seus ministros para que falem mais do que apenas das atividades de suas pastas. A estratégia é falar de todos os assuntos do governo, estando sempre com a pauta e ações atualizadas. 

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Bolsonaro diz que não teme ser julgado desde que juízes sejam isentos https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-diz-que-nao-teme-ser-julgado-desde-que-juizes-sejam-isentos/ Tue, 19 Mar 2024 01:08:57 +0000 https://localhost:8000/?p=42712 Ex-presidente participou de evento político de pré-candidaturas municipais na cidade do Rio de Janeiro.

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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro disse, neste sábado (16), que não tem medo de ser julgado, mas disse que os juízes têm que ser imparciais. Ele participou de evento político de pré-candidaturas municipais na cidade do Rio de Janeiro.

“Não faltarão pessoas para te perseguir, para tentar te derrotar, para te acusar das coisas mais absurdas”, disse Bolsonaro em discurso no ato político. “Poderia estar muito bem em outro país. Preferi voltar para cá com todos os riscos que ainda corro. Não tenho medo de qualquer julgamento, desde que os juízes sejam isentos”.

Nesta sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu o sigilo sobre os depoimentos dos ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior

Os dois militares do alto escalão da gestão de Bolsonaro afirmaram à polícia que participaram de reuniões com o então presidente no Palácio da Alvorada. Nesses encontros, foi apresentado o teor de uma minuta de decreto presidencial voltada para manter Bolsonaro no poder após a derrota no segundo turno da eleição presidencial de 2022.

Veja debate no Segunda Chamada sobre a notícia:

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Silas Malafaia perguntou a Bolsonaro se ele queria ser preso “chorando” ou “botando o povo na rua” https://canalmynews.com.br/politica/silas-malafaia-perguntou-a-bolsonaro-se-ele-queria-ser-preso-chorando-ou-botando-o-povo-na-rua/ Tue, 19 Mar 2024 00:25:11 +0000 https://localhost:8000/?p=42708 Em entrevista a canal do YouTube, o pastor Silas Malafaia confirma que manifestação de Bolsonaro foi para tentar intimidar o STF

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Em entrevista ao canal de Antônia Fontenelle no YouTube, que viralizou nesta segunda (18), o pastor Silas Malafaia confirmou o que muitos já suspeitavam: propôs o ato na Paulista em 25 de fevereiro, de apoio a Jair Bolsonaro, para intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF) visando impedir eventual prisão do ex-presidente.

A manifestação aconteceu após Bolsonaro ser alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga existência de organização criminosa em tentativa de golpe de Estado. A operação incluiu uma busca e apreensão na casa do ex-presidente.

Durante a entrevista, Malafaia revelou ter percebido Bolsonaro abatido e prestou apoio incentivando-o, por telefone, a realizar um ato para demonstração pública de força e que garantiria suporte financeiro para realização do mesmo. A mobilização consistiria em se posicionar e convocar tanto seus seguidores, como seus aliados políticos.

“Você quer ser preso em Mambucaba chorando ou quer ser preso com o povo na rua? Se você botar o povo na rua, eles vão pensar duas vezes antes de te prender. E se isso acontecer, o negócio vai ficar feio”, disse o pastor a Bolsonaro.

No Segunda Chamada, Afonso Marangoni debate o assunto com os jornalistas João Bosco Rabello, Roseann Kenney do Estadão e com a cientista política Deysi Cioccari. Confira: https://www.youtube.com/live/_kA4SMsaweI?si=Z4g6yOOJbZRvLgUc

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O governo Lula não é de reformas https://canalmynews.com.br/colunistas/cid-benjamin/o-governo-lula-nao-e-de-reformas/ Mon, 18 Mar 2024 22:47:23 +0000 https://localhost:8000/?p=42702 Compreendo a cautela de pessoas progressistas em fazer críticas desse tipo, temendo desestabilizar ou enfraquecer o governo Lula.

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Confesso que me vi em palpos de aranha diante do pedido de um amigo estrangeiro para classificar o governo Lula. Petistas afirmam que ele é de centro-esquerda. Penso que, com boa vontade, pode ser apontado como de centro. Mas, é forçoso reconhecer: muitas vezes, se comporta como de centro-direita. E uma coisa é certa: o governo Lula não é de reformas.

Não vale citar como exemplo para sustentar o contrário o que foi chamado de reforma tributária. As mudanças — aliás, aplaudidas pelos bancos — não chegaram nem perto de sanar injustiças gritantes, que fazem assalariados de classe média pagarem mais imposto do que o grande capital. Elas simplesmente tornaram mais racionais alguns procedimentos. Positivo? Sim. Significativo?

Não.

No governo Lula 3, tal como em gestões anteriores do PT, gente alinhada com os bancos está à frente da economia. E a condução da economia é um critério fundamental para se definir o caráter de um governo. Deixando de lado aspectos relacionados à honestidade pessoal e ficando apenas nas políticas implementadas, há diferenças marcantes entre Antônio Palocci, Joaquim Levy, Fernando Haddad e, até mesmo, exagerando-se um pouco, Paulo Guedes? Penso que não.

É preciso ver a realidade como ela é e não simplesmente aceitar o que um diz de si. Exemplo: recentemente, o governo divulgou numa peça publicitária a imagem de Lula com as duas mãos espalmadas diante do corpo — num gesto às vezes usado, de forma grosseira, para mostrar o tamanho do órgão genital masculino. Abaixo, a legenda falava de um suposto “Pibão” do Lula. Em matéria de mau gosto, a idiotice ficou nivelada à expressão “imbroxável”, usada por Bolsonaro.

Mas não é só isso a ser registrado na peça publicitária do impagável ministro Pimenta. Há uma observação de conteúdo. Como não houve diferença significativa entre a variação do PIB no último ano de Bolsonaro e no primeiro ano de Lula, como falar num suposto “Pibão” do atual presidente?

Num livro saído recentemente pela Editora Ubu — “Alfabeto das colisões” — Vladimir Safatle afirmou que a esquerda brasileira se transformou num amontoado de defensores de pautas identitárias que não se articulam e não vão a lugar algum. É difícil negar que Safatle não tenha razão, embora seja discutível uma conclusão peremptória a que chega: “A esquerda brasileira morreu como esquerda”. A afirmação parece definitiva demais.

Mas Safatle tem razão quando fala que nossa esquerda se assemelha a uma constelação de progressismos vazios, formada por gente que imagina estar combatendo a desigualdade ao falar em “amigas, amigos e amigues”. Francamente…

A candidatura de Lula prestou um enorme serviço ao País ao impedir a reeleição de Bolsonaro, com tudo o que isso acarretaria de nefasto. Outro nome certamente não venceria a disputa. Mas, diz Safatle chama a atenção para um ponto: hoje quem trava a luta política e ideológica, mobilizando a sociedade é a direita. “[é ela que tem] a força que tem capacidade de ruptura, tem estrutura e coesão ideológica”.

Num quadro internacional que, em aspectos, se assemelha ao da década de 30, no Brasil quem mais cresce é a direita e o cenário não parece promissor para as forças progressistas. Reverter a situação exigiria outro comportamento do governo Lula. Primeiro, que seus ministros se preocupassem menos com interesses próprios, com suas candidaturas para governos estaduais, com boquinhas em conselhos de administração de estatais ou com sinecuras para suas mulheres em tribunais de contas.

Matéria recente do UOL mostra que quase a metade — sim, quase a metade! — dos 38 ministros de Lula ocupa cargos em conselhos de empresas e fundações federais, acumulando vencimentos. A remuneração adicional pode chegar a R$ 36 mil. Será que o salário de ministro é insuficiente?

Uma pesquisa sobre o número de governadores petistas que emplacaram em tribunais de contas estaduais suas mulheres não traria um resultado melhor. Isso tudo não passa imagem de pouca seriedade? Ou será que essa crítica é udenista e coisas assim devem ser vista como naturais? Penso que não. Elas contribuem para desgastar a imagem da política e dos políticos, o que só serve aos conservadores. Afinal, é pela política que as coisas podem mudar.

Compreendo a cautela de pessoas progressistas em fazer críticas desse tipo, temendo desestabilizar ou enfraquecer o governo Lula. Nas atuais circunstâncias, a alternativa imediata a Lula seria de extrema-direita. Mas, como ajudar numa mudança de rumos sem criticar?

Outro fator, fundamental: Lula precisa mostrar firmeza e politizar certos conflitos, levando-os para a sociedade. Negociações a portas fechadas com evangélicos, com o Centrão ou com os militares são espaços apropriados para chantagens. E isso não serve à democracia.

Ou as esquerdas — e isso envolve não só Lula, o PT e o governo, mas vale também para as demais forças progressistas e de esquerda — tratam de mobilizar a sociedade e de levar a luta política para ela, coisa que só a direita tem feito, ou as coisas podem não acabar bem.

Depois não adianta chorar sobre o leite derramado.

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Na Paulista, o mesmo Bolsonaro, mas dois discursos distintos https://canalmynews.com.br/politica/rodrigo-augusto-prando/na-paulista-o-mesmo-bolsonaro-mas-dois-discursos-distintos/ Tue, 27 Feb 2024 15:23:38 +0000 https://localhost:8000/?p=42531 Justiça não é vingança. Todos, indistintamente, têm direito à ampla defesa e ao contraditório

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No dia 25/02/24, a Avenida Paulista foi palco de uma imensa manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. A Paulista, assim chamada com intimidade pelos paulistanos, é, quase sempre, palco de manifestações, a favor ou contra políticos ou governos e, portanto, a ocupação de seu espaço significa, geralmente, demonstração de força ou de capital político. Bolsonaro é, portanto, um líder político que congrega um enorme apoio popular, com carisma e apoio no campo dos valores sociais que se coloca como representante.

Cabe, aqui, contudo, rememorar o discurso de Bolsonaro em 07/09/21 na mesma Paulista. Na ocasião, o discurso foi duro, com ataques diversos e ameaças evidentes. Direcionado ao Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Bolsonaro afirmou: “temos um ministro do Supremo que ousa continuar fazendo aquilo que nós não admitimos. Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair”. Continuou: “dizer a esse indivíduo que ele tem tempo ainda para se redimir. Tem tempo ainda para arquivar seus inquéritos. Ou melhor, acabou o tempo dele. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha”. E, ainda: “qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou. Além de Moraes, Bolsonaro atacou a segurança e legitimidade do processo eleitoral, especialmente, no que tange às urnas eletrônicas.

Rapidamente, o mundo político e jurídico começou, no mesmo dia, a analisar o discurso presidencial e suas consequências. Lembro-me de meu telefone tocando com os jornalistas querendo saber se haveria golpe ou ruptura institucional. Em verdade, foi realizada uma grande operação para distensionar o ambiente e reparar os excessos retóricos no bojo do bolsonarismo. Michel Temer, ex-presidente, foi chamado às pressas e foi intermediário de uma carta endereçada a Alexandre de Moraes na qual Bolsonaro buscava desculpar-se e retroceder em seu presidencialismo de confrontação. A pergunta, no caso, é a seguinte: o que aconteceu quando –  no exercício do mandato presidencial, como comandante em chefe das Forças Armadas e com as ruas repletas de bolsonaristas – Bolsonaro ameaçou as instituições e o Ministro Moraes? Resposta: nada. As investigações e inquéritos continuaram no âmbito jurídico e Bolsonaro atuando no campo político em busca de sua reeleição. Ademais, em 2022, Bolsonaro foi o primeiro presidente não reeleito desde a aprovação do estatuto da reeleição, sendo derrotado por Lula e, logo depois, foi condenado na Justiça Eleitoral à inelegibilidade.

Agora, em 2024, há um Bolsonaro que, embora ainda tenha força e capital político, não se encontra mais no poder. A manifestação de 25/02/24 é superlativa, mas o discurso, dessa vez, foi bem ameno e em tom calculado, já que tanto Bolsonaro como Silas Malafaia foram assessorados juridicamente. Foi Malafaia quem fez, retoricamente, o tom subir em relação, novamente, ao Ministro Moraes, ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral. Bolsonaro, por sua vez, reclamou de perseguição, negou a tentativa de golpe (pela qual é investigado) e pediu anistia aos que foram julgados e presos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Em suas palavras, Bolsonaro afirmou: “O que busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de nós vivermos em paz, não continuarmos sobressaltados”. Na sequência, afirmou, acerca dos presos pelo 08/01/23: “Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação, nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil. Agora, nós pedimos a todos os 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia, para que seja feita justiça no nosso Brasil”. No que tange às acusações de participar da articulação de um golpe, o ex-presidente asseverou que: “Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. É trazer classes políticas para seu lado, empresariais, isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil”.

No dia 25/02/24, Bolsonaro mostrou força política, lotando a Paulista, e, ao mesmo tempo, sua fragilidade e um líder acuado. Nos idos de 2021, no auge de seu poder, Bolsonaro ameaçou, recuou e voltou aos ataques até o período eleitoral. Politicamente, Bolsonaro nunca desmobilizou sua base de apoio, nas redes e nas ruas, desde 2018 quando foi eleito. Bolsonaro é o único ex-presidente que, após o fim de seu mandato e de sua derrota, não submergiu. Continua ativo, mobilizando sua militância e com apoios na sociedade e em parte considerável da classe política. Outra vez, uma questão: qual a consequência, neste caso, de um discurso ameno e apaziguador, para o futuro de Bolsonaro na dimensão jurídica? Provavelmente, as instituições – no caso o STF, justiça eleitoral, polícia federal – continuarão seguindo com as investigações.

Que se enfatize que o ex-presidente é, no momento, investigado. Sua situação política é ruim (não reeleito e inelegível) e sua situação jurídica se deteriora conforme é divulgado o mosaico montado nos inquéritos em curso. Há, na política e na justiça (no Direito), temporalidades e lógicas distintas. Desde Montesquieu, o pressuposto da separação e exercício harmonioso entre os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) é o norte que, num Estado Democrático de Direito, deve ser seguido. Justiça não é vingança. Todos, indistintamente, têm direito à ampla defesa e ao contraditório. E todos são, numa república, iguais perante a lei. Nem mais e nem menos: iguais.

O Brasil não está apenas polarizado e sim “calcificado”, conforme aduziram Felipe Nunes e Thomas Traumann, em seu livro “Biografia do abismo”. Não reconhecer isso e não reconhecer a força da liderança carismática de Bolsonaro e de Lula é não compreender a realidade política do país, é não entender que, na política, há a busca, manutenção e, quando possível, a ampliação do poder conquistado.

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Bolsonaro na Paulista em 25/02: e agora? https://canalmynews.com.br/politica/rodrigo-augusto-prando/bolsonaro-na-paulista-em-25-02-e-agora/ Mon, 26 Feb 2024 20:24:06 +0000 https://localhost:8000/?p=42519 Os atos transcorreram sem violência e sem cartazes atacando o STF e seus ministros, as urnas eletrônicas ou outros atores políticos de forma mais explícita

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No domingo, 25/02/24, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve na Avenida Paulista num ato convocado por ele após várias operações da Polícia Federal (PF) objetivando investigações que abarcam a cúpula do bolsonarismo.

Obviamente, nas redes sociais há as várias narrativas quando se trata de ocupar – física e simbolicamente – o espaço da Paulista. Os bolsonaristas consideram a manifestação gigante e os opositores afirmam que ela “flopou”. Existem os que gostam de contrariar a realidade dos fatos, a verdade factual; contudo, aqui, cabe uma análise desapaixonada e objetiva: a manifestação foi, sim, superlativa. E não seria diferente. As pesquisas já demonstraram, alhures, que após um ano da eleição de 2022, os eleitores repetiriam seus votos em Lula e em Bolsonaro. No final de 2023, foi lançado o livro “Biografia do abismo: como a polarização divide famílias, desafia empresas e compromete o futuro do Brasil”, de Felipe Nunes e Thomas Traumann. Na referida obra, os autores afirmam que já não há uma polarização e sim uma “calcificação” em duas grandes posições políticas e valorativas: o lulopetismo e o bolsonarismo. Tendo isso em vista, nada de espantoso a Paulista tomada de bolsonaristas e, num país fraturado politicamente, se Lula fizesse chamamento idêntico, as ruas também seriam tomadas por seus apoiadores. Bolsonaro e Lula são líderes carismáticos. O bolsonarismo e lulismo têm força política e não reconhecer isso é negar a realidade.

Há aqueles que fazem uma leitura afirmando ser irônico que Bolsonaro tenha convocado um ato em defesa do Estado Democrático de Direito, especialmente, porque pesa sobre o ex-presidente e seu núcleo de poder investigações acerca de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A Constituição brasileira garante a todos – de esquerda, de centro e de direita – o direito à manifestação pacífica, sem armas e previamente comunicada às autoridades. E, no caso em tela, as ruas ganham densidade no âmbito de uma visão de mundo que congrega os bolsonaristas, com “conservadores cristãos”, liberais, ferrenhos antipetistas, representantes do agronegócio e até os dispostos às rupturas institucionais (Nunes e Traumann esmiuçam os dados em seu livro).

O ato na Paulista é, sem dúvida, demonstração de força política. De inegável capacidade de mobilização no âmbito político e social, nas redes e nas ruas. Em que pese Bolsonaro ser o primeiro presidente não ser reeleito após a aprovação do estatuto da reeleição e de estar inelegível, o bolsonarismo – com ou sem Bolsonaro – veio para ficar. Aqui, todavia, caberia uma pergunta: e agora? Como ficam as investigações após tamanha demonstração de força? Tendo a crer que a manifestação em nada mudará o curso das investigações. Há, no caso, duas lógicas e tempos distintos: a lógica e o tempo da política e a lógica e o tempo da justiça.  Desta forma, a lógica da força política não terá força para intervir no âmbito jurídico. Bolsonaro, noutras vezes, até mesmo na Paulista, na condição de presidente, Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, demonstrou musculatura política e fez ameaças às instituições com foco no Supremo Tribunal Federal (STF). E, mesmo assim, foi derrotado na eleição, está inelegível e acuado pelas investigações da PF e inquéritos no STF.

Os atos transcorreram sem violência e sem cartazes atacando o STF e seus ministros, as urnas eletrônicas ou outros atores políticos de forma mais explícita. Um jornalista mandou-me mensagem: “Professor: foi só o Bolsonaro pedir que não houve cartazes e ataques durante do ato. E se ele tivesse feito isso quando foi derrotado, pedindo para os apoiadores deixar os acampamentos e reconhecido a derrota?”.

Sempre temos um: “E se …”.

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Bolsonaro ficará em silêncio em depoimento às vesperas de manifestação na Paulista https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-ficara-em-silencio-em-depoimento-as-vesperas-de-manifestacao-na-paulista/ Wed, 21 Feb 2024 01:27:30 +0000 https://localhost:8000/?p=42483 Marcado para quinta-feira (22), defesa informa que Bolsonaro só falará à PF depois de ter acesso a todo o material de apuração da Operação Tempus Veritatis,

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manteve a data do depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga articulação para tentativa de golpe de Estado em seu governo. A defesa de Bolsonaro pediu nesta segunda-feira (19) o adiamento de seu depoimento à PF, com argumento de que só conversaria com a PF quando tivesse acesso integral a todas as mídias dos aparelhos celulares apreendidos em operações contra ele. 

Em resposta, Moraes ressaltou que foi garantido à defesa do ex-presidente o acesso integral ao material com os elementos de prova, com exceção às diligências em andamento: “Dessa maneira, não assiste razão ao investigado ao afirmar que não foi garantido o acesso integral à todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos, bem como, não lhe compete escolher a data e horário de seu interrogatório”, concluiu o ministro em decisão.

Os advogados da defesa destacam que as investigações começaram há pelo menos 10 meses e que durante o período não foi franqueado o acesso às provas e que, para preservar o “direito à ampla defesa”, Bolsonaro ficará em silêncio no depoimento confirmado para esta quinta-feira (22). 

A Operação Tempus Veritatis, foi deflagrada no dia 8 de fevereiro, com Bolsonaro e aliados como alvos da operação. O ex-presidente teve que entregar seu passaporte a autoridades, sem possibilidade, portanto, de deixar o país. A apreensão do passaporte foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Polícia Federal e com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). A defesa do ex-presidente, à época, fez pedido para o STF para devolução do passaporte – que também teve em retorno uma resposta negativa. 

A Operação Tempus Veritatis, quando deflagrada pela PF, cumpriu 489 medidas cautelares, sendo quatro de prisão preventiva. O grupo investigado é, segundo a Polícia Federal, suspeito de tentar “viabilizar e legitimar uma intervenção militar” no Brasil.


No Segunda Chamada desta terça-feira, 20 de fevereiro de 2024, Afonso Marangoni e o comentarista político João Bosco Rabello recebem o jornalista Guilherme Amado, a cientista política Deysi Cioccari e o advogado e jornalista José Fernandes Junior, do Portal do José, para comentar e analisar essa etapa da operação da PF, os próximos passos e o impacto do depoimento no cenário político. Confira:

 

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