Arquivos corrupção - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/corrupcao/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Fri, 14 Feb 2025 21:59:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Deputado decide demitir assessor alvo de operação da PF https://canalmynews.com.br/politica/deputado-decide-exonerar-assessor-alvo-de-operacao-da-pf/ Fri, 14 Feb 2025 19:39:44 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=51893 Afonso Motta (PDT-RS) decidiu demitir logo Lino Furtado, seu chefe de gabinete, e não esperar o final das investigações sobre desvio de verba destinada a um hospital

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O deputado Afonso Motta (PDT-RS) decidiu não esperar o fim das investigações que envolve seu chefe de gabinete, Lino Furtado, e vai demiti-lo do cargo agora, logo que retornar a Brasília na semana que vem. O subordinado do parlamentar foi alvo de uma operação da Polícia Federal ontem (quinta-feira), investigado de desvio de recursos de emenda parlamentar destinada ao hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS).

Alvo da PF

Furtado morava com o deputado e deixou o apartamento funcional, que pertence à Câmara dos Deputados, na manhã desta sexta-feira. O imóvel foi alvo de busca e apreensão dos agentes da Polícia Federal.

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Em entrevista ontem, Motta titubeou nas declarações sobre demitir ou não seu assessor. Ele oscilou entre declarações de que talvez iria demiti-lo e aguardar o final das investigações.

A investigação da PF aponta que foram identificadas notas fiscais revelando pagamento de comissões a uma empresa de intermediação, que captava emendas o hospital. Teriam sido identificados três pagamentos pelo hospital a essa empresa, no total de R$ 509,4 mil. Parte desse recurso era entregue ao assessor de Motta.

O deputado afirmou que o chefe do gabinete não tinha autonomia para liderar o processo de envio e pagamentos das emendas.

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“Eu tenho o acompanhamento da quase totalidade das emendas parlamentares que saem do meu gabinete. Ele não tem essa autonomia”, disse Motta aos jornalistas, na quinta-feira, após se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O deputado gaúcho negou qualquer envolvimento pessoal no caso e lembrou que essa rede de hospitais recebe emendas de outros gabinetes.

“Nunca tive nenhuma relação que tivesse essa natureza ou esse tipo de envolvimento. Não tem nada que envolva o nosso gabinete”, chegou a dizer Afonso Motta.

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PF investiga desembargadores por suspeita de venda de decisões em MS https://canalmynews.com.br/noticias/pf-investiga-desembargadores-por-suspeita-de-venda-de-decisoes-em-ms/ Thu, 24 Oct 2024 21:59:45 +0000 https://localhost:8000/?p=47937 Decisão da Suprema Corte afastou os magistrados de suas funções, determinou o uso de tornozeleira eletrônica e proibiu investigados de se comunicarem entre si

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (24), operação para investigar suspeita de venda de decisões no Poder Judiciário em Mato Grosso do Sul. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que autorizou a operação também afastou servidores públicos de suas funções e determinou o uso de tornozeleira eletrônica.

Entre os investigados, estão cinco desembargadores e dois servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS). Além do afastamento e do monitoramento, eles estão proibidos de acessar as dependências do órgão e de se comunicar com as demais pessoas investigadas.

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Estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT). A investigação apura crimes de corrupção em venda de sentenças, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas.

A ação da PF, chamada de Operação Ultima Ratio, teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos crimes investigados.

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Em nota, o TJ-MS informou que as decisões do STJ, “direcionadas exclusivamente a alguns desembargadores, magistrado e servidores” do tribunal, estão sendo cumpridas, “sem prejuízo a quaisquer dos serviços judiciais prestados à população e que não afetam de modo algum os demais membros e componentes da Justiça sul-mato-grossesse”.

“Os investigados terão certamente todo o direito de defesa e os fatos ainda estão sob investigação, não havendo, por enquanto, qualquer juízo de culpa definitivo. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul seguirá desenvolvendo seu papel de prestação jurisdicional célere e eficaz, convencido de que aos Desembargadores, magistrado e servidores referidos, será garantido o devido processo legal”, diz a nota.

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Caso de Juscelino Filho deixa governo Lula desconfortável, diz jornalista ao Segunda Chamada https://canalmynews.com.br/sem-categoria/caso-de-juscelino-filho-deixa-governo-lula-desconfortavel-diz-jornalista-ao-segunda-chamada/ Fri, 14 Jun 2024 22:01:14 +0000 https://localhost:8000/?p=43897 Polícia Federal indiciou o ministro nesta semana por suspeita de desvio de verbas de emendas parlamentares

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O mais recente caso de corrupção envolvendo o ministro das Comunicações Juscelino Filho (União) deixa o governo Lula em posição desconfortável. Nesta semana, a Polícia Federal indiciou o político por suspeita de desvio de verbas de emendas parlamentares. O episódio remete a desgastes em mandatos anteriores do presidente, como o Mensalão e o Petrolão. Essa é a análise que fez o jornalista Luiz Carlos Azedo, colunista do Correio Braziliense e do Estado de Minas, no programa Segunda Chamada de quinta-feira (13).

“Para se ter hegemonia política é preciso ter poder e liderança moral”, afirmou Azedo. “E a principal dificuldade que o governo Lula vem enfrentando gira em torno desta segunda. A esquerda perdeu a bandeira da ética.”

Para o jornalista, o governo Lula encontrou um jeito para contornar sua má reputação. Ela se baseia na máxima da mulher de César, que remonta aos tempos do Império Romano: não basta ser honesto, é preciso parecer honesto. Por isso, desde o início do mandato, Lula optou por demitir certos ministros.

No caso de Juscelino, Lula afirma que o ministro tem o direito de se defender das acusações. O presidente não diz que vai mantê-lo, nem que vai demiti-lo. Azedo avalia que Lula está dando ao ministro uma chance de ele próprio pedir para sair e se defender das acusações, “o que seria o mais correto”. Resta saber se o chefe de Estado tem estofo político para isso.

Esta não foi a primeira vez que Filho esteve envolvido em situações de suposta ilegalidade ao longo de sua vida pública. Em fevereiro de 2023, ele usou um jatinho da FAB (Força Aérea Brasileira) para ir a um leilão de cavalos. Em março daquele mesmo ano, um levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o ministro não informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um patrimônio de pelo menos R$ 2,2 milhões em cavalos de raça. Agora, ele é investigado por ter supostamente usado R$ 10 milhões em emendas para beneficiar a própria fazenda no estado. A verba teria sido destinada à recuperação e à pavimentação de estradas na cidade de Vitorino Freire (MA).

Assista a entrevista na íntegra:

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Veja o que se sabe sobre operação da PF que tem Carlos Bolsonaro como alvo https://canalmynews.com.br/politica/veja-o-que-se-sabe-sobre-operacao-da-pf-que-tem-carlos-bolsonaro-como-alvo/ Tue, 30 Jan 2024 04:39:32 +0000 https://localhost:8000/?p=42228 Nova etapa da operação da Polícia Federal contra a 'Abin Paralela' foi deflagrada nesta segunda (29) e teve como alvos de busca e apreensão o vereador Carlos Bolsonaro e seus assessores

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A operação deflagrada nesta segunda-feira (29) é fruto do desdobramento de investigações da Polícia Federal sobre esquema ilegal de espionagem durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, contra autoridades, jornalistas e advogados entre 2019 e 2022. As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e um dos alvos da operação é o vereador Carlos Bolsonaro. Os mandatos foram autorizados para a residência e gabinete de Carlos, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Segundo informações da Polícia Federal, o filho do ex-presidente Bolsonaro é “a principal pessoa da família que recebia informações da Abin paralela”. Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Durante o cumprimento dos mandados contra Carlos Bolsonaro, foram encontrados equipamentos que seriam de propriedade da Abin. Diante disso, a coordenação de comunicação social da agência informou à Agência Brasil que “iniciou imediatamente apuração sobre o caso”.

Segundo informou a coluna do Paulo Cappelli, no Metrópoles, e também em sua participação no Canal MyNews, o presidente Lula decidiu exonerar Alessandro Moretti, diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência. A exoneração deve ser publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (30). Luiz Fernando Corrêa segue na chefia da Abin.

Na última quinta-feira (25), foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, tendo como primeiro alvo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Bolsonaro. A PF investiga a suspeita de que uma organização criminosa teria funcionado dentro da Abin para, além de monitorar ilegalmente os que eram considerados adversários, beneficiar os filhos do então presidente.

No programa Segunda Chamada dos dias 25 e 26 de janeiro, aqui no Canal MyNews, o jornalista político João Bosco Rabello em sua análise lembrou à audiência entrevista do ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, à TV Cultura em março de 2020. Bebianno revelou durante o programa Roda Viva que um belo dia, o Carlos me aparece com o nome de um delegado federal, de três agentes, que seriam uma Abin paralela porque ele não confiava na Abin. O general Heleno foi chamado, ficou preocupado com aquilo, mas ele não é de confrontos e o assunto acabou ali com o general Santos Cruz e comigo. Nós aconselhamos ao presidente que não fizesse aquilo de maneira alguma. (…) eu não sei, depois eu saí, se isso foi instalado ou não”

Em entrevista ao MyNews, a ex-deputada Joice Hasselmann afirmou que a denúncia em CPMI foi feita por ela, porém que as informações tinham vindo de uma conversa que “flagrou”, quando foi líder do governo, entre o general Heleno e o ex-presidente Bolsonaro: “eu peguei uma conversa truncada sobre essa coisa de construção de dossiês e como o pessoal da Abin faria” e completa que houve um constrangimento na ocasião. Por fim, a ex-deputada diz que na época já “trocava figurinhas” sobre o assunto com Bebianno, que ele não podia ainda afirmar que a Abin paralela já estava montada na ocasião da entrevista mencionada acima, mas que “já estava montada, o Bebianno foi monitorado pela Abin paralela, pela paranóia do Carlos que chegou a insinuar que o Bebianno teria alguma coisa a ver com o ataque que aconteceu ao pai dele, o Jair Bolsonaro”

O programa Segunda Chamada de hoje, 29 de janeiro de 2024, sob a condução de Afonso Marangoni e comentários de João Bosco Rabello, recebeu o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) e o jornalista Paulo Cappelli para falar sobre as atualizações da Operação Vigilância Aproximada e seus desdobramentos. O deputado está em busca de assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar atuação da agência. Assista:

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STF forma maioria para condenar Collor https://canalmynews.com.br/politica/stf-forma-maioria-para-condenar-collor/ Fri, 19 May 2023 14:18:26 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37793 A pena do ex-presidente e ex-senador ainda será definida pelos ministros

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O Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta quinta-feira, 18, para condenar o ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena ainda será definida.

 

Ontem, o relator, ministro Edson Fachin, votou para condenar Collor a 33 anos, dez meses e dez dias de prisão em regime inicial fechado. A ação foi aberta a partir de investigações da Operação Lava Jato.

 

Até agora, acompanham o entendimento de Fachin pela condenação por corrupção passiva e lavagem os ministros: Alexandre de Moraes, André Mendonça, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

 

O relator também defendeu que o ex-presidente seja condenado pelo crime de organização criminosa, neste caso André Mendonça divergiu e considerou mais adequado enquadrar a conduta como associação criminosa. Já o ministro Nunes Marques considerou que não há provas suficientes e votou pela absolvição dos três réus.

 

Fachin sustentou que o conjunto de provas produzido pelo Ministério Público Federal (MPF) comprovou que, entre 2010 e 2014, a influência de Collor sobre a presidência e as diretorias da então BR Distribuidora viabilizou a assinatura de quatro contratos da UTC Engenharia para a construção de bases de combustíveis. Segundo o MPF, em contrapartida, o então senador recebeu R$ 20 milhões.

 

O julgamento será retomado na semana que vem. Collor nega as acusações.

 

*Com informações do STF

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PGR muda posição e defende rejeição de denúncia contra Lira por corrupção passiva https://canalmynews.com.br/politica/pgr-muda-posicao-e-defende-rejeicao-de-denuncia-contra-lira-por-corrupcao-passiva/ Wed, 05 Apr 2023 12:40:12 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36828 Novo entendimento argumenta que não há provas suficientes

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de uma denúncia apresentada pelo próprio órgão contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Com base na acusação da PGR, em outubro de 2019, a Primeira Turma do Supremo tornou o presidente réu por corrupção passiva.

Na petição enviada ao Supremo, a vice-procuradora da República, Lindôra Araújo, afirmou que a PGR reavaliou o entendimento sobre o caso e passou a entender que não há provas suficientes para basear a acusação contra Lira.

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Segundo Lindôra, como ainda cabe recurso contra a decisão, a procuradoria pode mudar o entendimento sobre o processo, sobretudo após inovações legislativas.

“Em reavaliação do entendimento anteriormente exposto, a partir de uma análise aprofundada das teses defensivas apresentadas pelo denunciado Arthur Lira, assim como da leitura da exordial, entende este órgão ministerial que, à luz das inovações trazidas pela Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), não foi demonstrada a existência de lastro probatório mínimo indispensável para a instauração de um processo penal em face do referido denunciado”, disse.

Entenda
Em outubro de 2019, a Primeira Turma do Supremo tornou o presidente da Câmara réu por corrupção passiva, sob a acusação de receber R$ 106 mil de propina em espécie.

O caso remonta a 2012, quando um dos assessores parlamentares do deputado foi flagrado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tentando embarcar para Brasília com a quantia. Após a ocorrência, o próprio Arthur Lira admitiu ter pago as passagens de ida e volta do assessor à capital paulista, mas alegou não saber sobre o dinheiro.

Contudo, segundo a denúncia, apresentada em abril de 2018 pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o deputado orientou o assessor a ocultar o dinheiro nas vestes, junto ao corpo, inclusive dentro das meias, de modo a não ser detectado ao passar pela área de segurança do aeroporto. Ao tentar passar pelo aparelho de raio x, o funcionário foi abordado por agentes aeroportuários e detido pela Polícia Federal.

A denúncia afirmou ainda que a propina teria sido paga pelo então presidente Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Francisco Colombo, com o intuito de angariar apoio político para permanecer no cargo. O MPF apontou que o dinheiro se insere no contexto de outros crimes investigados na Operação Lava Jato e delatados pelo doleiro Alberto Yousseff.

Durante o julgamento no Supremo, a defesa de Arthur Lira declarou que as investigações não foram capazes de comprovar que o deputado agiu no sentido de “receber” e que as acusações foram baseadas somente na palavra um delator conhecido por ser “inimigo do deputado”.

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Justiça decide suspender a prisão domiciliar de Sérgio Cabral https://canalmynews.com.br/politica/justica-decide-suspender-a-prisao-domiciliar-de-sergio-cabral/ Fri, 10 Feb 2023 12:36:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35853 Ex-governador do Rio de Janeiro foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro

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A Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu substituir a prisão preventiva domiciliar do ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, por outras medidas cautelares. Nos termos do voto da relatora para o acórdão, desembargadora federal Andréa Esmeraldo, o ex-chefe do Executivo fluminense deverá usar tornozeleira de monitoramento eletrônico e não poderá se ausentar do país, devendo entregar o passaporte ao juízo de primeiro grau, da 7ª. Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, ao qual deverá comparecer mensalmente.

A decisão foi acompanhada pelos desembargadores federais Ivan Athié, Simone Schreiber e William Douglas. Os desembargadores federais Marcello Granado, Flávio Lucas e Wanderley Sanan votaram pela manutenção da prisão domiciliar.

As medidas determinadas acolheram requerimento da defesa formulado em recurso de embargos infringentes. A defesa pediu a revisão da decisão proferida anteriormente pelo próprio TRF2 que, em apelação, manteve a condenação penal de Cabral pelos crimes apurados na Operação Calicute, da Polícia Federal. O julgamento do mérito dos embargos infringentes não foi concluído em razão de pedido de vista do desembargador federal Flávio Lucas

Deflagrada em 2016, a investigação levou à denúncia do ex-governador pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa, envolvendo obras do PAC das Favelas, da construção do Arco Metropolitano e da reforma do estádio do Maracanã para a Copa de 2014.

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Cabral foi condenado à pena de 20 anos, 4 meses e 21 dias em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A apuração concluiu que Cabral recebeu mais de US$16,5 milhões, “ocultados a partir da simulação de negócios entre as pessoas jurídicas Arcadia Associados S.A e Centennial Asset Mining Fund Llc, e a posterior manutenção dessa quantia fora do país sem declaração”. Além disso, recebeu propina de R$ 1milhão do empresário Eike Batista “mediante a simulação de prestação de serviços advocatícios pelo escritório de Adriana Ancelmo (advogada, ex-esposa de Cabral).

Decisão
De acordo com a posição majoritária da Primeira Seção Especializada, não há motivos que levem à decretação da prisão preventiva do réu e ele não oferece mais risco à ordem pública e à instrução da ação penal, já concluída.

No julgamento, prevaleceu o entendimento de que, “em razão do extenso lapso temporal em que tramita a presente ação penal, sem trânsito em julgado da condenação, afigura-se excessiva a manutenção da prisão cautelar, ainda que na modalidade domiciliar, na linha do entendimento do Supremo Tribunal Federal, em dezembro do ano passado, seguido pela Primeira Turma Especializada do TRF2, no dia 1º de janeiro”.

Na decisão, a desembargadora Andréa Esmeraldo destacou “a importância de se manter a coerência com o julgamento da Suprema Corte, em caso bastante similar”, e também considerou “que as medidas aplicadas em substituição à prisão seriam adequadas e suficientes para neutralizar eventual risco de fuga.

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A corrupção no Ministério da Educação https://canalmynews.com.br/opiniao/a-corrupcao-no-ministerio-da-educacao/ Thu, 23 Jun 2022 15:51:21 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30537 Em certos ministérios brasileiros se aplica a mesma lógica: quanto maiores os seus orçamentos, e mais precárias e difíceis as auditorias, haverá mais corrupção.

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Willie Sutton, um famoso gangster americano dos anos 1920/30, certa vez foi indagado por que assaltava bancos. A resposta foi simples é direta: “é por que lá está o dinheiro”. O bandido sabia do que falava. Ele teve uma extensa carreira, protagonizou diversas fugas espetaculares, recebeu várias condenações – até de prisão perpétua -, mas terminou seus dias, com quase 80 anos, em um pacato asilo na Flórida.

Quanto à corrupção em certos ministérios brasileiros se aplica a mesma lógica: quanto maiores os seus orçamentos, e mais precárias e difíceis as auditorias, haverá mais corrupção. Certamente os meliantes dos cofres públicos não tem consideração com ninguém: são capazes de desviar dinheiro da merenda de crianças pobres, ou de instituições médicas caritativas como uma Santa Casa, ou de um abrigo de sem-teto. Onde há dinheiro em abundância e com poucos controles, lá estão os corruptos como aves de rapina.

Essa seria uma das principais razões para desinchar o orçamento público. Ou ao menos descentralizá-lo o máximo possível. Com os recursos concentrados nas burras da União, assiste-se uma verdadeira romaria de políticos e lobistas a Brasília. A liberação dos recursos orçamentários da União (para teoricamente fazer o bem público) muitas vezes depende de canetadas lentas e pouco cautelosas.

Enquanto isso o cidadão brasileiro vem sendo escorchado de três formas, a fim de alimentar os abutres do orçamento: (i) impostos cada vez mais elevados; (ii) crescente dívida pública, exigindo juros elevados, o que compromete o crescimento econômico, a geração de empregos e o futuro das próximas gerações: e (iii) permanente inflação, decorrente da emissão de moeda pelo governo a fim de pagar seus credores.

A discussão sobre o fim da corrupção no Ministério da Educação poderia assim começar pela necessidade da sua própria existência.

*Cândido Prunes é advogado, pós graduado em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo e no programa executivo de Darden – Universidade de Viriginia, é autor de “Hayek no Brasil”.

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Combate à corrupção é um desejo ofuscado pela fome, mas que existe, existe. https://canalmynews.com.br/politica/combate-a-corrupcao-e-um-desejo-ofuscado-pela-fome-mas-que-existe-existe/ Fri, 28 Jan 2022 18:25:01 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23311 O atual cenário político e social não pode ser usado para maquiar um dos principais problemas da sociedade brasileira; eleições colocarão em prova o que o eleitor realmente leva em conta

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As eleições de 2022 estão passando uma sensação, dez meses antes de sua realização, que será a eleição da economia, da inflação, da falta do poder de consumo, grande problema hoje da maioria dos brasileiros de classe B, C e D.

Para os eleitores de classe B, isso se concretiza no endividamento, na distância de se ter uma vida mais tranquila, que permita poupar, planejar o futuro, e usufruir de seu trabalho sob forma de lazer e cultura, para os eleitores de classe C, ela simboliza a angústia constante de se fechar o mês, a redução drástica do poder de consumo e a frustração de se pagar altos impostos e usufruir de um sistema de serviços públicos precário, para os de classe D, a fome, a redução na ingestão de proteínas, a falta de remédios, os cortes de luz, a lenha no lugar do gás de cozinha.

Sem dúvida a economia, é o grande problema do Brasil hoje, o poder de consumo é o motor do mundo moderno, tudo converge nele, o cidadão que não consome se sente excluído, daí o grande crescimento de Lula nas pesquisas a partir do 2º semestre de 2021, de 20% de intenção a sete meses atrás, Lula chega a mais de 40% no início de 2022, a correlação é simples, o poder de consumo foi corroído pela inflação de coisas básicas x consumia-se mais na era Lula 2003-2010.

O eleitor brasileiro analisa diretamente a comparação de épocas, só existe hoje a polarização entre Lula x Bolsonaro, eleitor é profundamente desinformado em todas as classes, o que sobra é que Lula foi melhor no comparativo de nível de vida, e a escolha é quase automática numa eleição.

Reside um grande engano da esquerda brasileira, ela acredita que a intenção de voto em Lula é uma absolvição de Lula à suas condenações na época da Lava a Jato, o PT não foi absolvido de nada, em qualitativas percebemos que a maioria do eleitor considera Lula e o PT culpados de uma série de desmandos administrativos e casos de corrupção, a ascensão e volta do PT ao ideário eleitoral está na comparação ao Governo Bolsonaro, para os pobres diretamente em relação ao poder de consumo e efeitos da inflação, para a classe média no pavor da postura do presidente ante a epidemia de Covid e os efeitos da política econômica desastrosa do Ministério da Fazenda.

Questões éticas estão mais flexíveis nessa eleição por parte do eleitor principalmente mais pobre, as massas querem comida, enquanto a classe média quer paz (perdida desde a pandemia) e esperança, mesmo essa classe média não sabendo definir o que quer de fato no futuro, se um Estado liberal ou protetor, navegando
entre desejos de ser uma Suécia em alguns momentos, os EUA em outros e até a China.

A falta de informação sobre a terceira via reina nas qualitativas pelo país, candidatos são diferentes demais, com uma comunicação reduzida à uma bolha de seguidores, e aos meios de comunicação, eles não chegam nas massas, sendo assim a polarização é o que sobra, definindo a eleição numa decisão de não deixar Lula ou Bolsonaro vencerem, usando um ou outro de alternativa eleitoral para se vencer o rejeitado.

Porém o combate à corrupção ainda permeia o sonho do eleitor brasileiro, maioria considera todos políticos corruptos, Bolsonaro não quebrou o sistema como era a expectativa da maioria dos seus eleitores em 2018, apenas uma extrema direita, cerca de 15% a 17% o considera honesto de verdade, suas alianças assustam os mais informados, a volta de Lula ao mesmo tempo que traz um alívio quase estomacal pros seus eleitores, é acompanhada de uma certeza que a corrupção voltará em maior grau com sua vitória, isso se constata em quase metade de sua intenção de voto (cerca de 50% dos seus 40% a 45% de intenção de voto acreditam que Lula é corrupto).

Mais um erro da esquerda é acreditar que o povo condenará a operação lava a jato, mais de 70% dos eleitores em pesquisas quantitativas aprovam a operação, a prisão de políticos, executivos públicos e donos de empreiteira, são um marco respeitado pela maioria do eleitor brasileiro, se tentarem desconstruir isso, inclusive com a exposição de seu maior líder, o presidenciável Sérgio Moro, poderá se criar um fato perigoso, que pode se reverter contra Lula, e transformar uma eleição que até agora é apenas anti-Bolsonaro, numa eleição também anti-Lula.

Porém de forma pragmática, o combate a corrupção per si, não coloca comida no prato do brasileiro, nem abaixa sua conta de luz, ao menos lhe gera o emprego sonhado, a redução da discussão em apenas combate a corrupção agrada parte da classe média, mas não define o voto dos mais pobres, e eleições presidenciais não se vencem na classe média no Brasil, como se vence o Governo de SP, eleições nacionais se vencem nas classes C e D.

A corrupção ainda tem grande espaço na discussão nacional, o brasileiro percebe cada vez mais que a falta de serviços públicos de qualidade em grande parte reside na falta desse combate, quanto mais sobe o nível de instrução do eleitor mais se constata isso.

Porém de uma frente ampla de combate a corrupção que se viu em 2018, ela se reduz em 2022 a poucos interlocutores eleitorais, o bolsonarismo perdeu esse discurso, e optou pela bandeira de costumes e religiosidade, preferiu fidelizar sua extrema direita de 15% a conquistar seus 55% de votos do 2º turno de 2018, tenta recuperar algo com suas alianças políticas se consolidando como única opção viável contra Lula, planeja conquistar mais uns 15% de eleitores anti-Lula que se dividem em candidatos da 3ª via, e nos quase 40% de indecisos (espontânea) nas mesmas quantitativas.

Claramente a sobrevivência da 3ª via está com dias contados, mas ela existe ainda, se tiver uma união entre parte dos players em torno do discurso do combate a corrupção, com alternativas de melhoria econômica prática e não teórica, como queda no preço dos alimentos, energia e gás, e geração de emprego, a eleição assim não se definirá cedo como deseja lulistas e bolsonaristas. Porém se isso não acontecer a tempo, e a união da polarização (Lula e Bolsonaro) ocorrer nos bastidores para destruir as alternativas de 3ª via com eficácia, a eleição se definirá cedo entre Lula e Bolsonaro, numa eleição muito mais de voto útil do que de uma escolha real.

Por enquanto o futuro não surgiu, e o que existe é a discussão entre presente e passado, o que deixa maioria do eleitor desesperançoso, e isso constato semanalmente em pesquisas qualitativas.

O futuro é algo que nunca ocorreu na política, e o combate a corrupção no Brasil, permeia esse sonho. Talvez não chegue dessa vez.


Quem é Renato Dorghan?

Renato Dorghan é especialista em pesquisas qualitativas e quantitativas, tem MBA em marketing político e participa de eleições majoritárias por todo o país há mais de 20 anos, atuando nas áreas de pesquisa, estratégia política, marketing eleitoral e governamental. É também advogado e membro fundador do CAMP.

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PGR tem 15 dias para se manifestar sobre denúncia contra Renan Calheiros https://canalmynews.com.br/politica/pgr-tem-15-dias-para-se-manifestar-sobre-denuncia-contra-renan-calheiros/ Wed, 29 Sep 2021 17:55:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pgr-tem-15-dias-para-se-manifestar-sobre-denuncia-contra-renan-calheiros/ Para o ministro Edson Fachin, o impasse envolvendo o indiciamento do emedebista Renan Calheiros não impede o andamento do caso

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre a denúncia da Polícia Federal (PF) contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL), por suposto recebimento de propina da Odebrecht em razão da construção de embarcações do Estaleiro Rio Tietê.

A PF indiciou Renan Calheiros no início de julho, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O senador foi acusado de receber R$ 1 milhão da empreiteira como “contrapartida” pelo apoio político à aprovação de uma resolução do Senado Federal que restringiu incentivos fiscais a produtos importados, beneficiando a Braskem, braço petroquímico do Grupo Odebrecht. Renan Calheiros nega as acusações.

Renan Calheiros é indiciado pela PF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Renan Calheiros é indiciado pela PF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom (Agência Brasil)

A PGR pediu ainda em agosto o anulamento do caso, sob a alegação de que a PF não poderia indiciar autoridades com foro privilegiado. O mesmo pedido foi feito pelos advogados do parlamentar. A PGR ainda solicitou que o delegado responsável pelo indiciamento, Vinicius Venturini, seja investigado por suspeita de abuso de autoridade.

Ao apresentar explicações ao STF, a PF afirmou que o regramento legal autoriza o indiciamento e citou o precedente da investigação contra o então presidente da República Michel Temer (MDB), cujo indiciamento foi mantido pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Na ocasião do indiciamento, o senador Renan Calheiros atribuiu o ato a uma perseguição política pelo fato de ter se tornado relator da CPI da Pandemia e de ser adversário político do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Seu advogado, Luís Henrique Machado, também disse na ocasião que Renan “é investigado desde 2009 pela Procuradoria-Geral da República”, e que “jamais foi encontrado qualquer indício de ilicitude sobre seus atos”.

Em sua decisão, Edson Fachin esclarece que a discussão sobre o indiciamento do senador não inviabiliza o prosseguimento do caso. “Depreendo que as questões arguidas pela defesa, embora assaz relevantes, em nada prejudicam a manifestação conclusiva da Procuradoria-Geral da República sobre o acervo probatório reunido no curso desta investigação”, escreveu o ministro no despacho.

Íntegra do programa ‘Café do MyNews‘ desta quarta-feira (29), que abordou o caso envolvendo o senador Renan Calheiros

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Império de Sal https://canalmynews.com.br/voce-colunista/imperio-de-sal/ Fri, 13 Aug 2021 19:00:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/imperio-de-sal/ Um governo que desonera, debatendo-se em meio à incompetência e a escândalos de corrupção

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Eis que surgiu um Messias que prometia mudar toda a história de um país/continente e o colocaria nos trilhos da retidão, acabando com toda a corrupção implantada – supostamente – por um partido e por um líder vestido de vermelho! Com o suposto “salvador”, a vida daquele povo que – apesar da existência do governo acusado e totalmente demonizado pelo “Santo Guerreiro” – deveria ser transformada e banhada por dias de glória e muita bonança.

Só que não!

Então, imediatamente após empossado o novo líder, a vida das pessoas começou a mudar, mudar e mudar, a tal ponto de, em pouco tempo, os lamentáveis resultados serem bastante visíveis aos olhos do mundo! Lá fora já se sabia que alguma coisa andava errada naquele país. Somente por aqui é que as pessoas pareciam não sentir o abismo que se abria cada vez mais, numa flagrante divisão de classes, onde pobres são pobres, ricos são cada vez mais ricos, e miseráveis foram se tornando cada vez mais miseráveis.

Parecia que o grande salvador trazia na ponta de sua lança algo entorpecedor. Algo poderosamente letárgico e letal. Poucos naquele país, que parecia precisar urgentemente de cura, reconheciam o mal que se apoderava aos poucos da vida de milhões. Apenas os países que recentemente conheceram a ascensão e o crescimento que o país dessa nossa história começava a experimentar, reconheciam que ele sucumbia a passos largos, sem que ninguém tomasse uma atitude drástica que pudesse salvá-lo.

E aqui me despeço da triste fábula para escancarar as portas de uma vida real que já começa a contar uma outra história. A história da grande descoberta em que esse país começa a acordar – mesmo que lentamente – desse estado de inércia, de indolência e entorpecimento. O mundo palpável está trazendo à tona uma realidade de massacres e achincalhes, onde pobres, que por todo esse período, acreditaram que eram (pelo menos) classe média, se descobrem muito mais pobres, impedidos até nos seus direitos de sonhar em ter uma vida melhor.

É na reação dessas pessoas maltratadas, acordando do sono do engodo, que iniciamos uma história de tristes e decepcionantes revelações (para os adormecidos, é claro), em que um governo, construído em cima de muitas mentiras, regadas por poderosas fake news e parte (ou todo) de um plano asqueroso de destruição, armado com objetivos nefastos de empobrecimento de uma maioria que deveria ser mantida sob o julgo de uma elite já bastante incomodada com o crescimento das classes menos favorecidas, como pobres, habitantes das periferias, negros, homossexuais, quilombolas, mulheres, etc. E isso não podia prosperar!

O que, na verdade, esse governo não esperava era, como bem disse “aquele senador” na CPI da Covid, que “chapéu de otário é marreta”! É que as pessoas acordassem num belo dia para as malvadezas que lhes eram impostas. E a verdadeira face desse governo começou a aparecer. Caem as máscaras e o “império de sal” começa a se diluir. Infelizmente, o mal está bastante enraizado e apoiadores foram estrategicamente colocados em postos importantes, impedindo assim qualquer ação contrária aos seus interesses.

O plano foi sendo construído lentamente, iniciado pelo golpe contra Dilma Rousseff, ainda em 2014, arquitetado pelo inesquecível Aécio Neves, maior derrotado naquelas eleições. Ele será sempre lembrado como o maior responsável por esse estado de pobreza moral, econômica e intelectual em que mergulhou o Brasil. Foi a partir dali que essas forças hediondas tomaram posse, golpeando impiedosamente um país que começava a se descobrir capaz de se tornar uma grande potência mundial!

O certo é que não acreditamos que o nosso povo ainda não estava totalmente politizado ao ponto de não se deixar lograr; e erramos! É preciso que seja feita a mea culpa por termos aberto os flancos para que essas forças se apoderassem de forma tão competente, ao ponto de se solidificarem, fazendo ainda muitos acreditarem em suas “boas” intenções. Mas, toda essa solidez deverá ser lavada da face dessa terra, mesmo que suas manchas pelas paredes desse país possam ainda ser vistas por muito tempo.

No entanto, ao arquitetarem seu plano, se esqueceram de colocar na frente alguém que pudesse – pelo menos – mostrar competência administrativa para ser considerado um grande líder. Não sei se assim o fizeram para que pudessem melhor manobrá-lo, ou se foi erro mesmo de escolha. O que sabemos é que “o grande líder” põe os pés pelas mãos desde que foi entronado e parece não querer lagar o… cetro! Uma burrada atrás da outra força os mais interessados em estarem sempre atrás com um pano de chão e muita água e sabão até que tudo esteja consumado.

Não há dúvidas de que de todos os erros praticados por Vossa Alteza, de longe é o seu desdém pela maior pandemia já verificada no mundo (o coronavírus). Enquanto ele ria e chamava o vírus de “gripezinha”, coisa de maricas e outros impropérios, a população o seguia morrendo sem ar pelo país. Enquanto milhares ansiavam por uma vacina que pudesse frear a locomotiva de mortes, o líder ignorava a dor dos que se iam e dos que ficavam sem sequer poder velar seus mortos. Deixando um rastro de mortes em sua cavalgada de poder, mal sabia que – ao mesmo tempo em que impunha a sua vontade e deixava morrer à míngua milhares de pessoas – o seu castelo começaria a ruir.

E vieram muitos ex-apoiadores a declarar suas decepções e a conclamar por sua queda. Foram dezenas de pedidos de impeachment, culminando com um pedido maior, onde oposição, ex-apoiadores e grupos lúcidos de cidadãos apresentaram um pedido formal de “FORA BOLSONARO, FORA GENOCIDA” que desta vez parece haver ecoado por todo o país e até fora dele!

E está aí a CPI, que a cada dia que passa, a cada depoimento de alguém convocado, envolvido – pró ou contra – tece uma hedionda colcha de retalhos, mostrando ao país e ao mundo toda a podridão que está no seio desse governo de sal. Toda a corrupção envolvendo gabinetes paralelos, grupos interessados apenas em vilipendiar nosso patrimônio, empresa de fora do governo se infiltrando – e parece com a sua anuência – carcomendo tudo como se fosse um enorme cupinzeiro, ratos roendo um enorme queijo e se dando muito bem, até então!

Eu só espero que esta CPI, que parece querer pôr um fim a esse império de desmontes, não acabe como tantas outras totalmente esquecíveis, e que acabe em pizza. O povo pede por justiça. No momento em que escrevo esse artigo, são mais de 520 mil vidas ceifadas pela “gripezinha” do rei em apenas 16 meses de pandemia. Os mais de 2 milhões e meio de familiares enlutados e tantos outros parentes e amigos mais próximos de cada uma dessas pessoas mortas jamais esquecerão. A história não deixará esquecer e o governo de sal será lembrado nos futuros livros que as escolas hão de levar a cada aluno. O mundo não esquecerá!

Então aquele governo que instalara a democracia, que acreditava na juventude, que deu oportunidades a negros, valorizou as mulheres, com a menor taxa de desemprego, que nos fazia andar de cabeça erguida por não devermos a ninguém, onde éramos recebidos e respeitados por presidentes, reis e rainhas das mais potentes nações, que acreditava na ciência, fortalecia as instituições e tratava pobres e ricos em um mesmo patamar, era o governo do mal? Ter o lema: “mais livros e menos armas” promovia o mal? E a sua vida, cidadão, antes regada a comida na mesa, churrasco nos finais de semana, o seu carro com gasolina acessível, continua assim?

O império rui. As máscaras estão caindo e muitos ratos, ou apontam o dedo podre para o outro na corrida desenfreada para se salvar, ou se atiram ao mar! Os escândalos vão surgindo como bolhas efervescentes numa grande panela em ebulição. Negação na compra de vacinas, compra de equipamentos deteriorados e superfaturados, tentativas de subornos e tentativas de compra de vacina com uma propina bilionária, fraudes em cima de fraudes, às custas de perdas de vidas humanas insubstituíveis. É esse o governo que foi colocado no topo para acabar com as mazelas da corrupção? A realidade está posta. O governo de sal se debate em meio ao mar de lama e cabe somente ao povo botar um ponto final em todo esse mal para que a gente possa, por fim, voltar a sorrir!

E só lembrando: alguém precisa avisar ao líder que nada é para sempre! Um dia tudo acaba e a cobrança poderá vir em dobro!


Quem é Francisco Airton Pereira de Brito?

Francisco Airton é radialista e escritor

* As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews

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Comissão de juristas analisa documentos durante recesso CPI da Covid https://canalmynews.com.br/politica/comissao-juristas-cpi-da-covid/ Thu, 22 Jul 2021 20:29:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/comissao-juristas-cpi-da-covid/ Quebras de sigilos apontam necessidade de avançar nas investigações de pessoas físicas e jurídicas com envolvimento em corrupção

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Durante o recesso parlamentar no Congresso Nacional, uma comissão de juristas coordenada por Miguel Reale Júnior está analisando diversos documentos para orientar como seguirão as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 (CPI da Covid) na volta aos trabalhos, no mês de agosto. Segundo o senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE), continua funcionando a estrutura de análise de documentos, inclusive diversas quebras de sigilos que apontam para a necessidade de avançar as investigações com identificação de pessoas físicas e jurídicas com envolvimento em corrupção. As declarações foram dadas durante o programa Quarta Chamada, do Canal MyNews, apresentado pela jornalista Mariliz Pereira Jorge.

O Quarta Chamada vai ao ar sempre às quartas-feiras no Canal MyNews no Youtube. Participaram do debate desta quarta o senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE), os jornalistas Jamil Chade e Carla Araújo; o articulista Creomar de Souza. A jornalista Mariliz Pereira Jorge mediou o debate.

“O mais importante é o prejuízo nas vidas que nós perdemos. Isso já está provado, está documentado. O governo fez todas as escolhas equivocadas, numa mistura de ignorância profunda e de vontade de ganhar dinheiro. Dinheiro fácil, dinheiro sujo”, argumentou o senador, destacando que existem dois grupos brigando no Ministério da Saúde.

“O grupo do centrão clássico, o centrão de terno, e o grupo do centrão fardado também. Tinha um grupo de militares da Reserva que muito claramente estava mobilizado em torno de negociações; alguns deles inclusive abrindo empresas para intermediar negociações e venda de insumos farmacêuticos. Esse é um prejuízo muito grande que o Brasil sofreu. A gente tem uma investigação que vai continuar e que volta a ter mais visibilidade no início de agosto, mas que não parou”, destacou Vieira.

O senador disse que a CPI não deve ter um relatório preliminar. “A gente quer garantir um relatório que faça sentido. Não quer uma coisa que seja só política. A gente tem que fazer esse ‘match’ entre os fatos que já estão provados e condutas previstas criminalmente. E são várias”, ressaltou. “É melhor aguardar um relatório final. Já tem um afunilamento. Tem comprovação de crimes de responsabilidade e comuns. Tem indícios graves ligados à questão da corrupção, mas eles não podem eclipsar o que é mais importante: o Brasil poderia ter salvo alguma coisa em torno de 200 a 300 mil vidas e não fez isso simplesmente porque não seguiu a média do comportamento global”, ressaltou Alessandro Vieira – lembrando estudo do pesquisador Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que apontou que o Brasil poderia ter salvo até 400 mil vidas se as estratégias adotas pelo governo federal para combater a pandemia tivessem sido mais eficientes.

O jornalista Jamil Chade pontuou que as investigações realizadas pela CPI têm repercutido bastante no mundo, especialmente porque a imagem do Brasil já estava fragilizada no cenário global em decorrência da situação da Amazônia e também por causa da condução do governo federal a respeito da pandemia do novo coronavírus. “(a repercussão) Ganha esse novo capítulo por conta da CPI, quando se descobre que nada disso era ‘apenas’ negacionismo, mas, como o senador diz, existem grupos diferentes, com diferentes propostas e interesses financeiros”, pontuou Chade – lembrando que a corrupção durante a pandemia aconteceu em diversos países.

“Tivemos governos pressionados por uma pandemia e pelo número de mortos e, claro, gananciosos que descobriram que essa era uma ‘excelente’ ideia para ganhar dinheiro”, destacou, ressaltando que “a grande diferença é a resposta que se dá a isso”. “O que a CPI está fazendo é exatamente destrinchar e descobrir que isso existe. O grande problema é quando isso não é feito”.

Reforma ministerial para apagar incêndio

Na avaliação do consultor de risco político e colunista do Canal MyNews Creomar de Souza, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de colocar o senador Ciro Nogueira (PP/PI) para chefiar a Casa Civil seria uma forma de rearticular a base do governo para conter possíveis estragos à imagem provocados pelos resultados da CPI.

O esforço do governo nessa reforma ministerial é construir um muro de contenção num cenário de muito desgaste. Mesmo que não ocorra um impeachment, mas você constrói instrumentos para parar a tempestade, e isso dá ao governo tempo para criar algum pacote de bondades que seja suficientemente forte para fazer Bolsonaro competir (nas eleições de 2022)”, analisou Souza.

Falta de regulação geral insegurança jurídica

O articulista destacou que a instabilidade política e a falta de regulação em diversos setores da administração pública brasileira durante o governo Bolsonaro prejudicam a imagem do país em relação aos investimentos externos. “Quando o governo regula mal um setor, essa regulação normalmente não está isolada; vai acontecer uma regulação ruim em vários setores. Então a gente tem um problema de regulação em saúde – no que envolveu o enfrentamento da pandemia; estamos com um problema em termos de regulação de política climática e ambiental; temos problemas de regulação em outros setores; e tudo isso acaba gerando percepções muito negativas de investidores que querem colocar dinheiro no Brasil e esses caras vão pra outro lugar. Essa falta de maturidade de alguns grupamentos políticos de entenderem que o governo deve regular bem as temáticas porque isso significa estabilidade jurídica e regras claras que atraem investimentos é um legado muito ruim que vai ficar da pandemia. A gente vai demorar algumas décadas para diminuir as variáveis de risco que afetam as avaliações sobre o Brasil”, finalizou Creomar de Souza.

Assista à integra do Quarta Chamada no Canal MyNews. O programa vai ao ar todas as quartas, a partir das 20h30, ao vivo.

O Quarta Chamada vai ao ar sempre às quartas-feiras no Canal MyNews no Youtube. Além do senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE), contou com a participação dos jornalistas Jamil Chade e Carla Araújo; além dos comentários do articulista Creomar de Souza. A apresentação foi da jornalista Mariliz Pereira Jorge.

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Desgaste da CPI gera incerteza e afeta economia https://canalmynews.com.br/economia/desgaste-da-cpi-gera-incerteza-e-afeta-economia/ Thu, 01 Jul 2021 22:30:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/desgaste-da-cpi-gera-incerteza-e-afeta-economia/ Analistas avaliam que Instabilidade política após denúncias de corrupção podem trazer prejuízos

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A CPI da Pandemia investiga os indícios de irregularidades na compra da vacina da Covaxin e a denúncia de oferecimento de propina para o contrato de vacinas da AstraZeneca, envolvendo uma empresa intermediária.

Analistas políticos avaliam que os escândalos podem comprometer a agenda econômica no Congresso e levar a um aumento do risco-país. 

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes

No mercado, a crise envolvendo a compra de vacinas pelo governo já reflete no dólar. Depois de ser cotada abaixo dos R$ 5, a moeda voltou a subir e encerrou a quinta-feira valendo R$ 5,04. O cenário ainda é pressionado das novas cepas do coronavírus, pela crise de energia e a reforma tributária. 

O analista político da Guide Investimentos Conrado Magalhães explicou como as denúncias de corrupção têm afetado a economia.

“Antes a comissão tratava basicamente da falta de prioridade que o governo tinha dado para a compra das vacinas. Agora, tem um elemento diferente, de indícios de corrupção que ferem muito essa narrativa que o governo Bolsonaro tem defendido desde a eleição. Para o governo é muito desgastante, ainda tem muita incerteza e o mercado está reagindo a essa incerteza, de falta de previsão de como vai ser o desenvolvimento dessas narrativas. O investidor está apreensivo com este cenário tão incerto”, afirmou.

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PF decide investigar suspeitas de corrupção na compra da vacina indiana https://canalmynews.com.br/politica/pf-decide-investigar-suspeitas-de-corrupcao-na-compra-da-vacina-indiana/ Thu, 01 Jul 2021 14:44:44 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pf-decide-investigar-suspeitas-de-corrupcao-na-compra-da-vacina-indiana/ Procuradoria da República do Distrito Federal também instaurou procedimento criminal para apurar suspeitas de crime no contrato

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A Polícia Federal abriu inquérito nesta quarta-feira (30) para investigar suspeitas envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal. A apuração foi aberta a pedido do Ministério da Justiça, após a CPI da Pandemia ter levantado indícios de problemas envolvendo a compra do imunizante, o mais caro contratado pelo Ministério da Saúde. A empresa intermediária dessa venda no Brasil, a Precisa Medicamentos, é alvo de outras investigações em andamento.

O contrato para a compra do imunizante indiano custou R$ 1,6 bilhão ao governo federal.
O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira (29) a suspensão temporária do contrato da Covaxin. Foto: Jagdeep Sekhar

O caso será conduzido pelo Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.

Até o momento, não foi definido nenhum político como alvo do inquérito. Caso a PF encontre indícios contra parlamentares ou outras autoridades com foro privilegiado, o caso deve ser submetido a uma autorização do Supremo Tribunal Federal.

Também nesta quarta, a Procuradoria da República do Distrito Federal instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar as suspeitas de crime no contrato para a compra da Covaxin, assinado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos.

O procurador Paulo José Rocha Júnior já determinou as primeiras diligências a serem feitas para o início das investigações. Um dos indícios levados em conta foi o depoimento do servidor Luis Ricardo Miranda, chefe do setor de importação do Ministério da Saúde.

Na terça-feira (29), os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Wagner Rosário (Controladoria Geral da União) anunciaram a suspensão do contrato para a compra da Covaxin.

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Entenda em seis pontos a denúncia de corrupção na compra da Covaxin https://canalmynews.com.br/politica/entenda-em-seis-pontos-a-denuncia-de-corrupcao-na-compra-da-covaxin/ Thu, 24 Jun 2021 18:41:08 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/entenda-em-seis-pontos-a-denuncia-de-corrupcao-na-compra-da-covaxin/ Irmãos relatam terem levado denúncia de corrupção na compra da vacina ao presidente Jair Bolsonaro

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Na quarta-feira (23), o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor Ricardo Miranda, revelaram ter levado ao presidente Jair Bolsonaro suspeita de corrupção na compra da Covaxin. A confissão gerou reação no Palácio do Planalto, deu um novo rumo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia e trouxe suspeitas para dentro do Ministério da Saúde. Entenda o que se sabe até o momento.

Suspeita de pressão e superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin pode dar novos rumos à CPI.
Suspeita de pressão e superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin pode dar novos rumos à CPI. Foto: Reprodução (MyNews).

Qual foi a denúncia feita pelos irmãos Luís e Ricardo Miranda sobre a Covaxin?

O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Fernandes Miranda afirmou ter recebido “pressão anormal” para agilizar o envio da documentação da Covaxin para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mesmo estando incompleta. Em entrevista ao jornal O Globo, Ricardo contou que a pressão partiu de seu superior no ministério, Alex Lial Marinho. Ele também relatou a tentativa de pagamento antecipado de US$ 45 milhões por três lotes da vacina com datas próximas ao vencimento, mesmo com o contrato vedando o desembolso antes da autorização para uso da Anvisa. Esse documento teria sido levado como prova para o presidente Jair Bolsonaro. Ricardo prestou depoimento com essas informações ao Ministério Público 

E a denúncia de superfaturamento de 1.000%?

A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso a telegramas confidenciais da Embaixada do Brasil em Nova Délhi. De acordo com o documento do Itamaraty, custaria menos do que uma garrafa de água. No documento, a embaixada informa que o produto teria o custo de US$ 1,34 a dose. Foi comprado por US$ 15. O valor da compra não foi objeto da denúncia dos irmãos Miranda.

Há provas de que os irmãos levaram a denúncia ao presidente Jair Bolsonaro?

Até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou oficialmente sobre esse assunto. Os irmãos afirmam terem levado a reclamação ao presidente no dia 20 de março, quando os dois aparecem em fotos ao lado de Bolsonaro no Alvorada nas redes sociais. Também foram divulgadas mensagens que Luís Miranda trocou com o ajudante de ordens do presidente solicitando um encontro. Nas mensagens, Miranda diz estar “rolando um esquema de corrupção pesado” na compra das vacinas. Os denunciantes afirmam que, ao ouvir os relatos, Bolsonaro prometeu encaminhá-los à Polícia Federal.

Deputado Luís Miranda ao lado do presidente Jair Bolsonaro em encontro no Palácio da Alvorada.
Deputado Luís Miranda ao lado do presidente Jair Bolsonaro em encontro no Palácio da Alvorada. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Foi aberto inquérito na Polícia Federal para apurar?

Oficialmente, a Polícia Federal diz que não vai se manifestar. O então diretor-Geral da corporação, Rolando de Souza, afirmou ao Globo não se lembrar se abriu inquérito. O então ministro da Justiça, André Mendonça, a quem competia repassar eventual queixa de Bolsonaro à PF, afirmou ao MyNews desconhecer o assunto. Integrantes da PF afirmaram não ter encontrado nenhuma apuração. Em coletiva de imprensa na noite de quarta-feira (23), o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, não comentou o assunto.

O que afirma o governo?

Onyx Lorenzoni deu uma entrevista na noite de quarta para rebater as acusações. Ele afirma haver indícios de adulteração no documento apresentado pelos irmãos como prova da tentativa de pagamento antecipado. Élcio Franco, assessor da Casa Civil que era secretário-executivo na época, disse que houve um erro no documento enviado no dia 18 de março, mas que foi corrigido no dia 23. Onyx anunciou determinação de Bolsonaro para que Luis e Ricardo Miranda sejam investigados pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União.

Como a CPI da Pandemia vai se posicionar diante das denúncias?

O presidente do colegiado, Omar Aziz, disse que irá solicitar à Polícia Federal esclarecimentos sobre a apuração da denúncia e proteção à família dos irmãos Miranda . O relator, Renan Calheiros, em entrevista à GloboNews, reagiu à fala de Onyx Lorenzoni. Disse ter enxergado tentativa de coação de testemunha e não descartou pedir a prisão do ministro. 

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Mudanças na Lei de Improbidade são “grave retrocesso”, avalia Transparência Internacional https://canalmynews.com.br/economia/mudancas-na-lei-de-improbidade-sao-grave-retrocesso-avalia-transparencia-internacional/ Fri, 18 Jun 2021 00:58:44 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mudancas-na-lei-de-improbidade-sao-grave-retrocesso-avalia-transparencia-internacional/ Com apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), projeto foi aprovado com larga maioria e segue para o Senado

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Mais um retrocesso no combate à corrupção, em meio a vários retrocessos legais e institucionais que têm acontecido no governo de Bolsonaro. Essa é a avaliação do diretor da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, sobre as mudanças aprovadas na Câmara dos Deputados para a Lei de Improbidade Administrativa.

“O que chama a atenção, em primeiro lugar, é a forma como se deu esse retrocesso, com uma votação relâmpago de uma reforma tão radical na principal lei de combate à corrupção no país, que é a Lei de Improbidade Administrativa”, afirma Brandão, em entrevista do Dinheiro Na Conta. 

Com tramitação na Câmara desde 2018, o projeto teve o trâmite acelerado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que encaminhou o texto diretamente ao plenário, com endosso dos líderes da maioria dos partidos. Os deputados rejeitaram propostas de alterações ao projeto que, com isso, segue para apreciação do Senado. 

“É como se o poder legislativo tratasse a sociedade como adversária e usasse subterfúgios para a tramitação às escuras, veladas, de algo altamente impopular”, diz Brandão.

Com larga vantagem, de 408 votos a 67, o projeto prevê que agentes públicos só possam ser condenados por improbidade administrativa se houver comprovação de dolo, ou seja, de intenção de cometer o crime. Hoje, a lei permite a condenação de agentes públicos por omissões ou atos dolosos e culposos – sem ou com a intenção de cometer o crime

Para Brandão, na prática, o projeto dificulta a condenação por improbidade administrativa. Ele destaca ainda que as mudanças previstas, caso transformadas em lei, favorecem o próprio presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que já foi condenado em duas ações por improbidade administrativa quando era deputado estadual por Alagoas.

“Há um explícito conflito de interesses. Diversos parlamentares ali são processados exatamente por essa legislação de improbidade administrativa. A Transparência Internacional, com a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) tem uma base de dados com mais de 1 mil políticos hoje processados por essa legislação, como o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira”, lembra ele. 

Bruno Brandão explica que a lei de fato, hoje, gera insegurança jurídica e em muitos casos vem sendo mal utilizada. O texto, segundo críticos das regras atuais, deixa margens amplas para definição do que seria um ato de improbidade.

 “Isso é um problema real, mas que tem que ser tratado em um processo de reforma sério. De fato buscando melhorias.Não foi isso que aconteceu. Aquilo virou um balaio de oportunismos, num processo relâmpago. Entrou de tudo ali”, afirma”, explica.

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Ex-presidente da França Nicolas Sarkozy é condenado a três anos de prisão https://canalmynews.com.br/politica/ex-presidente-da-franca-nicolas-sarkozy-e-condenado-a-tres-anos-de-prisao/ Tue, 02 Mar 2021 14:54:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ex-presidente-da-franca-nicolas-sarkozy-e-condenado-a-tres-anos-de-prisao/ Sarkozy foi acusado de firmar um “pacto de corrupção” com advogado Thierry Herzog e ex-juiz Gilbert Azibert

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O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi condenado a três anos de prisão. Ele é acusado de corrupção e tráfico de influência, mas ainda pode recorrer da sentença. O julgamento foi histórico, já que ele é o primeiro ex-presidente condenado.

O julgamento é referente a um caso de suborno no qual Sarkozy, em troca de informação privilegiada sobre uma investigação de sua campanha presidencial, ofereceu ao juiz Gilbert Azibert um cargo altamente cobiçado no Conselho de Estado de Mônaco.

Ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, é condenado a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influência.
Ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, é condenado a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influência. Foto: Moritz Hager (World Economic Forum).

O Tribunal Correcional de Paris, entretanto, decidiu que dois dos três anos da sentença estão isentos de cumprimento, sendo que os dois últimos semestres podem ser convertidos em prisão domiciliar ou até mesmo em vigilância com o uso de tornozeleira eletrônica.

O tribunal também declarou o advogado do ex-presidente, Thierry Herzog, culpado, impondo uma sentença semelhante, além de impedi-lo de exercer o ofício por cinco anos. O magistrado Gilbert Azibert, então membro do Supremo Tribunal, também foi igualmente condenado.

A deliberação do tribunal aponta que o episódio possui caráter de “gravidade particular”, tendo em vista que o ex-presidente usou seu cargo e seus relacionamentos para “seu interesse pessoal. Sobre Azibert, a condenação diz que o ministro desacreditou uma profissão cuja função é básica na democracia. A sentença do republicano ocorre duas semanas antes da abertura de um outro processo contra o francês, dessa vez por supostas irregularidades no financiamento de sua campanha presidencial de 2012.

Pacto de corrupção

Sarkozy foi condenado porque o tribunal de Paris entendeu que houve um “pacto de corrupção” entre o ex-presidente, seu advogado Thierry Herzog e o ex-magistrado Gilbert Azibert.

Quando presidente, Sarkozy solicitou ao então juiz da principal corte de apelação do país o repasse de informações confidenciais sobre o andamento de uma investigação que tinha o ex-presidente como principal investigado. Como recompensa, o juiz receberia ajuda para conseguir um cargo no Conselho de Estado de Mônaco, órgão simbólico que tem como função aconselhar o príncipe Alberto II em pautas relativas à segurança pública e à Justiça.

O caso envolve a empresária Liliane Bettencourt, herdeira da companhia de cosméticos L’Oréal, à época com 85 anos. Sarkozy foi acusado de se aproveitar da senilidade mental da gestora para obter doações acima do teto legal e, assim, financiar sua campanha eleitoral de 2007.

As provas foram obtidas por intermédio de grampos telefônicos em duas linhas pré-pagas, não oficiais, adquiridas com o nome Paul Bismuth. De acordo com a investigação, os telefonemas entre o ex-presidente e seu advogado revelaram a existência do acordo com Azibert.

Os promotores descobriram as conversas enquanto investigavam a acusação de que Sarkozy teria recebido auxílios financeiros do ditador líbio Muammar Gaddafi para financiar a campanha 2007— esse caso ainda não foi julgado.

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Witzel vira réu e afastamento do cargo é prorrogado por mais 1 ano https://canalmynews.com.br/politica/witzel-vira-reu-e-afastamento-do-cargo-e-prorrogado-por-mais-1-ano/ Thu, 11 Feb 2021 22:30:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/witzel-vira-reu-e-afastamento-do-cargo-e-prorrogado-por-mais-1-ano/ Decisões são do STJ e foram tomadas por unanimidade. Witzel é acusado de fraudes na saúde do Rio de Janeiro durante a pandemia

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O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), virou réu por corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia foi recebida de forma unânime pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.

A Corte é formada por 15 desembargadores. Dois deles se declararam impedidos de se manifestar. Os outros 13 ministros votaram pelo recebimento da denúncia.

Governador afastado Wilson Witzel virou réu por corrupção e lavagem de dinheiro. Foto: Carlos Magno

Também de forma unânime, os ministros decidiram prorrogar por um ano o afastamento de Witzel do cargo. Em agosto, ele foi afastado por 180 dias, esse prazo terminaria no fim do mês.

Com isso, as medidas cautelares contra o governador afastado continuam valendo. Witzel está proibido de frequentar a sede do governo, de morar no palácio laranjeiras que é residência oficial do governador, e de manter contato com servidores

Witzel foi denunciado pelo Ministério Público Federal em um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A Operação Tris in Idem apontou corrupção em contratos no setor de saúde do Rio de Janeiro.

Os investigadores apontam que o governador recebeu mais de R$ 554,2 mil  de propina por intermédio do escritório de advocacia da esposa, Helena Witzel.

A defesa de Witzel afirma que a prorrogação é inconstitucional e que vai tomar todas as medidas cabíveis.

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Associação internacional de jornalistas elege Bolsonaro como “corrupto do ano” https://canalmynews.com.br/politica/associacao-internacional-de-jornalistas-elege-bolsonaro-como-corrupto-do-ano/ Mon, 18 Jan 2021 15:09:20 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/associacao-internacional-de-jornalistas-elege-bolsonaro-como-corrupto-do-ano/ Eleito com discurso anticorrupção, Bolsonaro se vê rodeado de denúncias de corrupção ligadas a ele, familiares e aliados

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Jair Bolsonaro é eleito o "corrupto do ano"
O presidente Jair Bolsonaro durante reunião de cúpula do Brics. Ele foi eleito “Corrupto do Ano” por organização internacional.
(Foto: Marcos Corrêa/PR)

Atualizado às 18h37 de 30.dez.2020

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu uma “condecoração” nada desejada neste final de ano. O atual ocupante do Palácio do Planalto foi eleito “Corrupto do Ano” pela Organized Crime and Corruption Reporting Project’s (OCCRP), um consórcio internacional que reúne jornalistas investigativos e centros de mídia independente.

“Eleito após o escândalo da Lava Jato como candidato anticorrupção, Bolsonaro se cercou de figuras corruptas, usou propaganda para promover sua agenda populista, minou o sistema de justiça e travou uma guerra destrutiva contra a região da Amazônia que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terras do país”, afirma a OCCRP em seu site oficial sobre a escolha do atual presidente brasileiro para o título.

De acordo com a OCCRP, Bolsonaro superou por pouco outros dois líderes internacionais conhecidos por seu populismo: o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A lista de finalistas foi completada ainda pelo magnata ucraniano Ihor Kolomoisky.

Sobre a iniciativa “corrupto do ano”

Ao MyNews, o cofundador e publisher da OCCRP, Drew Sullivan, afirmou que a iniciativa visa alertar as sociedades mundo afora sobre os maus líderes que arrastam consigo os países que governam.

“Queremos que as pessoas entendam que essas pessoas deixam mais corrupção em seu caminho. Como sociedades democráticas, devemos proteger a democracia daquilo que a corromperá e minará”

As investigações que apontam para corrupção envolvendo integrantes da família de Jair Bolsonaro, bem como a suspeita de ligação com grupos de milícias no Rio de Janeiro, também são citadas pela associação como motivos que embasaram a escolha do atual presidente do Brasil neste ano.

A entidade faz a escolha do “Corrupto do Ano” desde 2012. Além de Bolsonaro, outros líderes nacionais que receberam a condecoração duvidosa em anos anteriores foram o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte (2017), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (2016), e Vladimir Putin (2014), presidente da Rússia.

Procurado pela reportagem para comentar o anúncio da OCCRP, o Palácio do Planalto não se manifestou até a publicação deste texto.

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Alvo de operação no Rio, prefeito Marcelo Crivella ficará em prisão domiciliar https://canalmynews.com.br/politica/prefeito-marcelo-crivella-e-preso-em-operacao-no-rio-de-janeiro/ Wed, 23 Dec 2020 10:48:18 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/prefeito-marcelo-crivella-e-preso-em-operacao-no-rio-de-janeiro/ Ação investiga um suposto esquema de pagamentos apelidado de “QG da Propina” na gestão municipal

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Atualizado às 07h50 de 23.dez.2020

Faltando nove dias para o final de seu mandato, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso na manhã desta terça-feira (22) em uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e da Polícia Civil. Mais tarde, já à noite, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) converteu a prisão preventiva em domiciliar, mediante uso de tornozeleira eletrônica.

A ação que resultou na prisão de Crivella é um desdobramento da Operação Hades, deflagrada em março. Ela investiga um suposto esquema de pagamentos de propina para a liberação de contratos da Prefeitura do Rio, chamado de “QG da Propina”.

Ao chegar na Delegacia Fazendária, na Cidade da Polícia, onde presta depoimento, Crivella disse ser vítima de perseguição política e que “foi o prefeito que mais combateu a corrupção na Prefeitura do Rio de Janeiro”.

Em setembro, Crivella já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em casa e no gabinete da Prefeitura, também fruto da Operação Hades.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella.
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Além de Crivella, também são alvos da ação conjunta de MP-RJ e Polícia Civil o ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos-RJ), o empresário Rafael Alves e o ex-tesoureiro de campanhas eleitorais de Crivella, Mauro Macedo.

Por meio de nota, o MP-RJ confirma realização da operação em conjunto com a Polícia Civil, para cumprir mandados de prisão contra integrantes de um esquema ilegal que atuava na Prefeitura do Rio. No entanto, em razão do sigilo decretado pela Justiça, o MP afirma que não pode fornecer outras informações.

Com a prisão de Crivella, quem assume a Prefeitura do Rio interinamente é o presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (DEM). O vice-prefeito Fernando Mac Dowell morreu em maio de 2018.

Eleito prefeito em 2016, Crivella tentou um novo mandato, mas foi derrotado na eleição disputada em novembro passado por Eduardo Paes (DEM), que assume em 1º de janeiro de 2021.

Em nota, a Executiva Nacional do Republicanos, partido de Crivella, diz que aguarda detalhes e os desdobramentos da prisão. A legenda “vê com grande preocupação a judicialização política” e afirma acreditar na idoneidade do prefeito detido.

História política recente

A prisão de Crivella foi um dos assuntos do programa Almoço do MyNews desta terça. O jornalista Ruben Berta, especializado em cobertura da administração pública, explica que a figura principal da investigação é o empresário Rafael Alves, que de um escritório da Cidade das Artes [onde funciona a Riotur, empresa de turismo do governo estadual] operaria o chamado “QG da Propina”.

Alves é acusado de beneficiar empresas que atuam em divisões inferiores do Carnaval do Rio de Janeiro e de operar em favor de companhias com dinheiro a receber do poder público municipal, em troca de propina. E segundo o Ministério Público, Crivella seria o vértice dessa organização criminosa

“É mais um capítulo melancólico aqui na história política recente no Rio de Janeiro”, aponta Berta.

O jornalista ressalta que é preciso olhar para figuras que vão além daqueles que estão nomeados como servidores no Diário Oficial e olhar para os que atuam nas sombras, mas detém grande influência sobre a administração pública. E crê que outros nomes da atual gestão podem aparecer em denúncias futuras de corrupção.

Presságio?

O jornalista descarta que a derrota de Crivella na eleição tenha tido alguma influência na prisão do prefeito. No entanto, ele lembrou de uma curiosidade ocorrida na campanha eleitoral, durante o último debate na TV entre Crivella e Paes.

“O Crivella insistiu de uma forma até um pouco indelicada e falou várias vezes que Eduardo Paes seria preso e não terminaria o mandato. E no fim, aconteceu com ele mesmo [Crivella], antes de encerrar o mandato”.

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