Arquivos israel - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/israel/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Fri, 17 Jan 2025 17:37:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Israel aprova cessar-fogo em Gaza; conselho de ministros ainda precisa avaliar https://canalmynews.com.br/noticias/israel-cessar-fogo-faixa-de-gaza-conselho-ministros/ Fri, 17 Jan 2025 17:36:04 +0000 https://localhost:8000/?p=50205 Apesar do acordo não estar totalmente aprovado, autoridades pediram que famílias se preparem para receber reféns que estão sob o poder do Hamas

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O gabinete de segurança do governo de Israel aprovou, nesta sexta-feira (17), o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. No entanto, é necessário que o conselho de ministros, composto por todos os membros do governo, analise a proposta, o que deve acontecer ainda hoje.

“Após uma avaliação de todos os aspectos diplomáticos, de segurança e humanitários, e embora entendendo que o acordo proposto apoia a consecução dos objetivos da guerra, o Gabinete de Segurança recomendou que o Governo aprove a estrutura proposta. O Governo se reunirá mais tarde hoje”, diz o comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

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O gabinete de segurança é uma estrutura mais enxuta, que reúne alguns ministros do governo de Israel ligados à área de segurança. Apesar do acordo não estar totalmente aprovado por Tel Aviv, as autoridades pediram que as famílias dos reféns se preparem para receber os prisioneiros que hoje estão sob o poder do Hamas.

O acordo avança apesar da oposição de parte do gabinete de Netanyahu. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Bem-Gvir, que tem defendido a imigração de palestinos de Gaza, pediu que o acordo seja rejeitado pelo conselho de ministros.

“Apelo aos meus amigos do Likud e do Sionismo Religioso, não é tarde demais, estamos perante uma reunião governamental, este acordo pode ser interrompido, junte-se a mim, pode ser interrompido”, informou em uma rede social.

O acordo

O acordo determina uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel.

A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região.

Após o anúncio do cessar-fogo por autoridades do Catar e dos Estados Unidos (EUA), que mediaram as negociações, Israel manteve os bombardeios contra Gaza e as autoridades locais estimam que mais de 100 pessoas morreram desde o anúncio da trégua.

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As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que, em 24 horas, realizaram ataques a 50 alvos na Faixa de Gaza ligados ao Hamas e à Jihad Islâmicas.

Desde o início dessa fase do conflito na Palestina, iniciado no dia 7 de outubro de 2023, mais de 46 mil moradores de Gaza foram assassinados, cerca de 70% deles de mulheres e crianças. Do lado israelense, ao menos 1,2 mil pessoas morreram no ataque do Hamas do dia 7 de outubro e outras 220 tornaram-se reféns.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de quinta-feira (16):

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Israel ataca local com refém na Faixa de Gaza após cessar-fogo, diz Hamas https://canalmynews.com.br/noticias/israel-ataca-local-com-refem-na-faixa-de-gaza-apos-cessar-fogo-diz-hamas/ Thu, 16 Jan 2025 16:53:01 +0000 https://localhost:8000/?p=50160 Trégua foi intensamente comemorada pela população de Gaza e por manifestantes em Israel, mas acordo foi abalado por supostas exigências de última hora

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As brigadas Al-Qassam informaram, nesta quinta-feira (16), que, após o anúncio de cessar-fogo, os bombardeiros de Israel atingiram um dos locais onde se encontra uma das reféns que devem ser libertadas na primeira fase do acordo. Segundo autoridades locais, pelo menos 71 palestinos foram assassinados e outros 200 ficaram feridos por causa do ataque.

“Após anunciar o acordo, o exército inimigo atacou o local onde estava uma das prisioneiras da primeira etapa do acordo esperado. Qualquer agressão e bombardeio nesta fase pelo inimigo pode transformar a liberdade de um prisioneiro em uma tragédia”, informou Abu Ubeida, porta-voz da organização militar.

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Enquanto isso, o Hamas negou comunicado de Israel e reafirmou, nesta quinta-feira (16), que o grupo está comprometido com o acordo de cessar-fogo anunciado pelos mediadores, segundo Izzat al-Rishq, representante político da organização palestina.

O acordo do cessar-fogo foi colocado em xeque ontem pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que alegou que o Hamas teria feito exigências de última hora. De acordo com a agência Associated Press, a votação do acordo prevista para hoje pelo governo de Israel teria sido suspensa por “crise de última hora” provocada pelo Hamas, segundo informou o gabinete de Netanyahu.

O anúncio do cessar-fogo pelas autoridades do Catar, país que participou como mediador ao lado do Egito e dos Estados Unidos, foi intensamente comemorado pela população de Gaza e por manifestante em Israel, que esperam ver de volta os reféns ainda mantidos em cativeiro.

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O acordo determina uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel. A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região sem a participação do Hamas.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de quarta-feira (15):

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Imprensa visita hospital de Beirute e não encontra bunker do Hezbollah https://canalmynews.com.br/noticias/imprensa-visita-hospital-de-beirute-e-nao-encontra-bunker-do-hezbollah/ Wed, 23 Oct 2024 17:31:16 +0000 https://localhost:8000/?p=47844 Segundo Israel, local era usado para esconder milhões em dinheiro e ouro do grupo libanês; direção da unidade de saúde negou as acusações

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Veículos de imprensa internacionais não encontraram qualquer bunker ou estrutura do Hezbollah no subsolo do Hospital Al-Sahel, em Beirute, no Líbano. A mídia inglesa BBC e a mídia alemã DW estavam entre os veículos que visitaram o hospital depois que Israel afirmou que o local era usado para esconder milhões em dinheiro e ouro do grupo Hezbollah. A direção da unidade de saúde negou as acusações.

“Nada foi encontrado”, afirmou o âncora da mídia pública germânica. A direção do hospital permitiu que os jornalistas percorressem o interior da unidade. “Posso confirmar que não vimos nenhuma infraestrutura suspeita durante nossa estadia e durante esta visita ao hospital”, disse o repórter Mohamad Chreyteh, acrescentando que a todo momento ouvia os caças israelenses cruzando o céu acima do hospital.

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Após as acusações de Israel, equipes e pacientes foram retirados do local devido ao medo de bombardeios. Na Faixa de Gaza, hospitais foram atacados por Israel sob o argumento de que escondiam grupos militantes da resistência palestina.

A mídia pública inglesa BBC também enviou uma repórter ao Hospital Al-Sahel, em Beirute.  “A área logo atrás de mim é onde o lixo médico é armazenado. Até isso foi aberto para darmos uma olhada. O necrotério foi aberto, todas as gavetas foram abertas para nos mostrar que não havia nada dentro”, disse a jornalista da BBC, Orla Guerin.

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Ainda segundo a profissional, os médicos estavam ansiosos por mostrar que não havia qualquer bunker do Hezbollah no local e que os jornalistas puderam andar por conta própria dentro do prédio, sem serem conduzidos por qualquer funcionário do local. “Portas foram abertas para nós em todas as áreas, armários. Fomos autorizados a ver o que há para ver. Agora, a equipe do hospital está inflexível de que não há nenhum bunker escondido”, finalizou.

Local errado

Enquanto os jornalistas visitavam o local, o porta-voz do Exército de Israel, Nadav Shoshani, informou em uma rede social que eles estavam procurando no local errado e que provavelmente o Hezbollah está escondendo a entrada do bunker. “Com base em informações de inteligência, a entrada para o bunker, que armazena meio bilhão de dólares em dinheiro e ouro, fica neste prédio no lado leste do subsolo”, informou o militar israelense.

Após esse informe de Israel, o repórter da DW Mohamad Chreuteh foi ao prédio comercial ao lado do hospital e desceu em uma escada até um estacionamento onde também não encontrou qualquer estrutura suspeita.

“O estacionamento está realmente vazio. Há apenas alguns carros aqui e não há acesso para dentro e para fora, além da entrada principal por onde entramos aqui. Há apenas esta sala dentro do estacionamento”, afirmou na reportagem.

Assista abaixo ao Segunda Chamada sobre o confronto no Oriente Médio:

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Norte de Gaza está sem água, comida e assistência médica, diz ONU https://canalmynews.com.br/noticias/norte-de-gaza-esta-sem-agua-comida-e-assistencia-medica-diz-onu/ Tue, 22 Oct 2024 20:06:52 +0000 https://localhost:8000/?p=47825 Segundo a Agência para Refugiados Palestinos da ONU, Israel não tem permitido a entrada de ajuda humanitária no território; pessoas que tentam fugir são mortas

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A intensificação do bloqueio de Israel no norte da Faixa de Gaza nas últimas três semanas fez com que a região ficasse sem água, comida e assistência médica. Segundo a Agência para Refugiados Palestinos das Nações Unidas (UNRWA), que tem equipes trabalhando no norte de Gaza, Israel não tem permitido a entrada de ajuda humanitária no território.

O chefe da agência da ONU, Philippe Lazzarini, disse nesta terça-feira (22) que já são três semanas de bombardeios ininterruptos de Israel no norte do enclave.

“Nossos funcionários relatam que não conseguem encontrar comida, água ou assistência médica. O cheiro da morte está em todo lugar, com corpos sendo deixados nas estradas ou sob os escombros. Missões para limpar os corpos ou fornecer assistência humanitária são negadas”, afirmou Lazzarini em uma rede social.

Em nota divulgada também nesta terça-feira, Israel rebateu a informação da ONU e disse que permitiu a entrada de cerca de 230 caminhões com alimentos, água e suprimentos médicos para o norte de Gaza. Segundo a ONU, anteriormente, entravam em média 500 caminhões com mercadorias, por dia, em Gaza.

Estima-se que dezenas de milhares de palestinos ainda estejam no norte do enclave. A agência da ONU vem fazendo apelos sistemáticos para que Israel permita a entrada de assistência humanitária no local. A UNRWA informou ainda que as pessoas que tentam fugir da região são mortas e os corpos deixados na rua e que não são autorizadas missões para resgatar feridos embaixo dos escombros.

“No norte de Gaza, as pessoas estão apenas esperando para morrer. Eles se sentem abandonados, sem esperança e sozinhos. Eles vivem de uma hora para a outra, temendo a morte a cada segundo”, completou Lazzarini.

O alto-representante da União Europeia (UE) para negócios estrangeiros, Josep Borrell Fontelles, também se manifestou sobre a situação no norte da Faixa de Gaza. Segundo a autoridade europeia, os relatos da região são horríveis e pediu que observadores internacionais e os meios de comunicação tenham acesso ao local.

“O sofrimento humano causado pela fome provocada pelo homem e pelo deslocamento forçado não pode ser justificado. Condeno o pesado bombardeio e a destruição de instalações da UNRWA”, afirmou hoje Fontelles em uma rede social.

Após as novas denúncias da UNRWA, o governo de Israel publicou uma nota dizendo que permitiu a entrada de 237 caminhões com alimentos, água e suprimentos básicos desde a segunda feira da semana passada, dia 14 de outubro, “como parte dos esforços para entregar ajuda humanitária ao norte da Faixa de Gaza”.

“[Israel] continuará a agir de acordo com a lei internacional para facilitar e facilitar a resposta humanitária à Faixa de Gaza”, completou o comunicado.

Cerco a hospitais

O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (Ocha) tem denunciado ataques e cercos a unidades de saúde no norte da Faixa de Gaza. Segundo a organização, dois dos três hospitais que restam foram diretamente atingidos.

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“Nas últimas duas semanas, as forças israelenses aumentaram a pressão sobre esses hospitais para que fossem evacuados, mas os pacientes não tinham para onde ir. No hospital indonésio, dois pacientes morreram devido a uma queda de energia e falta de suprimentos; alguns funcionários médicos tiveram que fugir para salvar suas vidas. A instalação não está mais operacional”, alertou Muhannad Hadi, coordenador humanitário da Ocha para o Território Palestino Ocupado.

Israel

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o exército tem realizado operações da região de Jabalia, no norte de Gaza, em busca de militantes da resistência palestina e tentando destruir infraestruturas militares usadas pelos grupos palestinos.

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Novamente, Israel acusou militantes de usarem instalações médicas para suas operações. “A inteligência das IDF identificou uma clínica regional da UNRWA que havia sido tomada por terroristas e transformada em um depósito de armas e esconderijo para terroristas na área. Os terroristas que se barricaram na clínica dispararam contra as tropas e foram eliminados”, disse a FDI.

Enquanto isso, o ministro da Segurança Pública de Israel, Itamar Bem-Gvir, segue defendendo a ocupação da Faixa de Gaza por assentamentos de israelenses. “Incentivar a imigração judaica e o assentamento em Gaza – está em nossas mãos!”, disse Itamar, nessa segunda-feira (21).

Assista abaixo ao Segunda Chamada sobre o conflito no Oriente Médio:

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Brasil condena ataques de Israel contra missão de paz da ONU no Líbano https://canalmynews.com.br/noticias/brasil-condena-ataques-de-israel-contra-missao-de-paz-da-onu-no-libano/ Mon, 14 Oct 2024 20:18:37 +0000 https://localhost:8000/?p=47612 Segundo o governo brasileiro, ataques das forças armadas de Israel à Unifil violam o direito internacional e já deixaram cinco integrantes da missão feridos

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil condenou nesta segunda-feira (14) os ataques de Israel contra a missão de paz das Nações Unidas (ONU) no Líbano, a Unifil. Ainda segundo o governo brasileiro, os ataques de Israel contra a ONU violam o direito internacional.

“O Brasil condena veementemente a invasão ontem, 13/10, de base da missão de paz da ONU no Líbano (Unifil) pelas forças armadas de Israel. Dois tanques destruíram o portão principal e invadiram uma base da Unifil, onde ficaram 45 minutos, e disparos a tiros foram realizados nas proximidades”, afirmou o Itamaraty por meio de nota.

O governo brasileiro lembrou que este foi o terceiro dia de ataques israelenses contra integrantes ou instalações da Unifil desde a semana passada, ferindo cinco membros da missão de paz da ONU. “O Brasil repudia as violações sistemáticas verificadas nos últimos dias”, diz o comunicado, lembrando que militares brasileiros lideraram a força marítima da Unifil entre 2011 e 2021.

“Ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são absolutamente inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, completou o Itamaraty.

A nota do MRE também criticou a manifestação do governo de Israel pedindo a retirada da Unifil do sul do Líbano e o fim das hostilidades.

“A missão de paz foi estabelecida em 1978 pelo Conselho de Segurança e atua desde então na manutenção da paz e da segurança no sul do Líbano. A missão apoia o governo do Líbano na restauração de sua autoridade na área; facilita o retorno de civis deslocados; presta assistência humanitária; e busca garantir que a área não seja usada por grupos armados”, finalizou o Itamaraty.

Em mensagem publicada neste domingo (13) em uma rede social, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que retire as tropas da ONU do sul do Líbano.

Nesta segunda-feira (14), Netanyahu voltou a pedir a saída da Unifil da região. “A melhor maneira de garantir a segurança do pessoal da Unifil é que a Unifil atenda ao pedido de Israel e saia temporariamente do caminho do perigo”, afirmou.

Em resposta, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a segurança do pessoal da ONU deve ser garantida. “A inviolabilidade das instalações da ONU deve ser respeitada em todos os momentos. Ataques contra forças de paz violam o direito internacional e podem constituir um crime de guerra”, destacou o chefe da ONU.

Líbano

Israel tem promovido, nas últimas semanas, uma série de bombardeios em massa e ataques contra o território do Líbano. Estima-se que a nova ofensiva forçou o deslocamento de mais de 1,2 milhão de pessoas na região.

O governo israelense justifica que busca destruir o grupo Hezbollah, que controla o sul do Líbano e que, desde o dia 8 de outubro de 2023, tem realizado ataques contra instalações militares israelenses em solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza.

As batalhas entre os militares israelenses e os grupos da resistência libanesa após o 7 de outubro forçou o deslocamento de dezenas de milhares de israelenses do norte do país e preocupa Tel-Aviv com a possiblidade do conflito inviabilizar o Porto de Haifa, no Mar Mediterrâneo.

Assista abaixo ao Segunda Chamada sobre o conflito no Oriente Médio:

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Vieira espera que conversa entre Biden e Netanyahu reduza violência https://canalmynews.com.br/noticias/vieira-espera-que-conversa-entre-biden-e-netanyahu-reduza-violencia/ Wed, 09 Oct 2024 21:01:09 +0000 https://localhost:8000/?p=47476 Segundo Reuters, Biden deve telefonar para o primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, para falar sobre os planos de Israel para atacar o Irã

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, espera que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, possa contribuir para reduzir a escalada de violência no Líbano. Vieira participou do programa Bom dia, Ministro, do Canal Gov, e falou sobre o conflito no Oriente Médio e na disposição do Brasil por negociar a paz na região.

“Eu espero que a conversa telefônica do presidente Biden com o primeiro-ministro de Israel surta efeitos, da mesma forma que o governo russo possa, em suas interações e conversas com o governo iraniano, conter o ataque ou outro tipo de ação militar. Porque disso ninguém sai ganhando. Só haverá mais mortes e perdas, inclusive, de infraestrutura nos países”, disse o chanceler.

De acordo com a agência de notícias Reuters, Biden deve telefonar para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quarta-feira (9), para falar sobre os planos de Israel para atacar o Irã. Existe a expectativa de uma retaliação de Israel a um ataque iraniano ocorrido na última semana. Esse ataque, porém, não provocou mortes.

Vieira reforçou a intenção do Brasil de negociar a paz na região. “O número de mortos no conflito na Palestina já passa de 41 mil. No Líbano já há 1,2 milhão de deslocados, há mais de 2 mil mortes. É isso que o Brasil, por sua tradição diplomática, tenta evitar, tenta combater, critica e está sempre pronto a manter uma conversa com qualquer país que queira trabalhar por uma solução pacífica e negociada de todas as diferenças”.

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Resgate de brasileiros

O ministro reforçou as estimativas do governo brasileiro em resgatar 3 mil brasileiros residentes no Líbano. Segundo ele, uma grande parte dos 20 mil brasileiros que vivem no país entraram em contato com a embaixada brasileira. “Eu acredito que até a realização dos voos alguns desistam por razões variadas, mas eu me arriscaria a projetar em torno de 3 mil, que precisarão desse apoio do governo brasileiro, que será dado”. Um terceiro voo já está a caminho de Beirute, onde ficará cerca de 3 horas para o embarque dos brasileiros e voltará em seguida.

Assista abaixo ao Segunda Chamada sobre o conflito no Oriente Médio:

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Governo pretende repatriar 500 brasileiros por semana, diz comandante da Aeronáutica https://canalmynews.com.br/brasil/governo-pretende-repatriar-500-brasileiros-por-semana/ Fri, 04 Oct 2024 17:34:48 +0000 https://localhost:8000/?p=47325 Informação foi divulgada durante coletiva de imprensa no Palácio Itamaraty, com a presença dos ministros José Múcio e Mauro Vieira

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O comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, afirmou na quinta-feira (3) que o Brasil pretende repatriar cerca de 500 brasileiros por semana no Líbano.

A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa no Palácio Itamaraty, com a presença o ministro da Defesa, José Múcio, e das Relações Internaconais, Mauro Vieira.

“Em torno de 500 brasileiros por semana, esse é um fluxo que conseguimos manter”, declarou. A comunidade brasileira é a maior no país, com 21 mil cidadãos. Cerca de 3 mil já manifestaram interesse em retornar.

Segundo o comandante, 220 pessoas devem retornar ao Brasil neste primeiro voo da operação Raízes do Cedro, que já está em Lisboa, de onde deve seguir para Beirute, capital do Líbano.

Entenda o que está acontecendo no Líbano

A prioridade do governo brasileiro é retirar do território libanês os brasileiros não residentes e, na sequência, os residentes. “Dentro dessas duas categorias o que é estabelecido por lei, os idosos, crianças, gestantes e pessoas com deficiência. Com base nisso e com a disponibilidade de lugares nos aviões estamos organizando as listas”, disse o ministro das Relações Internacionais, Mauro Vieira.

Entenda por que Polícia Federal vasculha lista de brasileiros que desejam voltar do Líbano

O chanceler reforçou que o governo deseja obter resultado positivo na repatriação dos brasileiros, como no ano passado, em Gaza. “Estamos repetindo o que foi feito de outubro do ano passado a início deste ano, com relação aos brasileiros que estavam na faixa de Gaza, na Palestina e em Israel. Foi uma operação muito bem sucedida.”

Os ataques israelenses contra o Líbano já mataram mais de duas mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde libanês. O país corre risco de guerra total.

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Repatriação de brasileiros do Líbano é adiada https://canalmynews.com.br/noticias/repatriacao-de-brasileiros-do-libano-e-adiada/ Fri, 04 Oct 2024 16:57:04 +0000 https://localhost:8000/?p=47336 Expectativa era que 220 cidadãos retornassem ao país nesta sexta-feira (4), mas operação foi cancelada por falta de segurança

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A Operação Raízes de Cedro, que vai repatriar brasileiros que estão no Líbano, será adiada. Inicialmente, a volta de 220 cidadãos começaria nesta sexta-feira (4), mas por falta de segurança para transportar essas pessoas até o aeroporto, a operação não ocorrerá.

“Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia”, informou nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

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Na madrugada de hoje, pelo menos um ataque israelense atingiu as proximidades do perímetro do aeroporto internacional de Beirute, de acordo com uma fonte do Ministério dos Transportes e Obras Públicas do Líbano.

O objetivo do governo brasileiro é repatriar cerca de 500 pessoas por semana, com prioridade de embarque para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas.

Leia também

Ao todo, cerca de 21 mil brasileiros residem no Líbano. Na terça-feira (1°), o governo brasileiro informou que pelo menos 3 mil procuraram a Embaixada em Beirute com pedido de repatriação.

Conflito

O Líbano se tornou alvo de ataques israelenses nos últimos dias, com o agravamento dos conflitos no Oriente Médio. Israel alega que combate integrantes do Hezbollah no território libanês.

Assista abaixo ao Segunda Chamada sobre o confronto no Oriente Médio:

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Continuidade do conflito é conveniente para Netanyahu, diz professor https://canalmynews.com.br/opiniao/continuidade-do-conflito-e-conveniente-para-netanyahu-diz-professor/ Wed, 02 Oct 2024 18:55:25 +0000 https://localhost:8000/?p=47264 Primeiro-ministro enfrenta denúncias de abuso de poder, suborno e corrupção e está desgastado perante ao povo israelense e a outros líderes mundiais

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A continuidade do conflito no Oriente Médio, que envolve Israel, Faixa de Gaza e Líbano, é conveniente para o primeiro-ministro de Israel. Foi o que afirmou o professor de direito internacional Manuel Furriela durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (1º). Isolado e enfraquecido politicamente, Netanyahu precisa que a guerra siga seu curso para se manter no poder.

“Netanyahu enfrenta denúncias de abuso de poder, suborno e corrupção. Ele está desgastado politicamente perante ao povo israelense e a outros líderes”, diz Furriela. “A continuidade do conflito traz sobrevida política a ele.”

Leia mais: Brasileiro diz que situação é terrível e espera guerra total

Uma pesquisa divulgada em janeiro deste ano mostra que apenas 15% dos israelenses apoiam o atual governo. Quase 9 em cada 10 (86%) culpam Netanyahu pelo ataque do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro, segundo levantamento divulgado nesse mesmo mês. Desde o início da guerra, manifestantes têm ido às ruas para pedir a renúncia do primeiro-ministro, que falhou também em resgatar as centenas de reféns dos túneis em Gaza.

Netanyahu está desgastado também perante a comunidade internacional. Após a eclosão da guerra, e à medida que a destruição em Gaza foi se intensificando, vários países decidiram retirar seus embaixadores de Israel ou suspender as relações diplomáticas com o país.

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Nações da região, como a Jordânia, o Bahrein e a Turquia enviaram seus embaixadores de volta para casa, algo que Chade e vários governos latino-americanos, como Chile, Honduras e Colômbia, também decidiram fazer. Este último decidiu agora dar um passo à frente e suspender as relações diplomáticas, juntando-se assim à Bolívia e Belize.

Segundo balanço desta quarta-feira (2), divulgado pela Al Jazeera, grupo de mídia árabe, ataques israelenses já deixaram mais de 41.000 mortos em Gaza desde o início da guerra, incluindo 16.500 crianças. A cada hora, 42 bombas são lançadas no enclave palestino, deixando 15 mortos, entre eles 6 crianças, 35 feridos e 12 edifícios destruídos. No Líbano, onde o conflito se intensificou nas últimas duas semanas, o número de mortos já passa de 1.000, de acordo com o governo do país.

Veja fala de Lula condenando ações de Israel no Oriente Médio e nota do Itamaraty sobre Irã:

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Brasileiro diz que situação é terrível e espera guerra total https://canalmynews.com.br/noticias/brasileiro-diz-que-situacao-e-terrivel-e-espera-guerra-total/ Tue, 01 Oct 2024 20:31:11 +0000 https://localhost:8000/?p=47249 Israel tem feito bombardeios massivos no sul do Líbano e sudoeste de Beirute; estima-se que os ataques dos últimos dias mataram cerca de 1 mil pessoas

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O empresário libanês naturalizado brasileiro Bassam Haddad, de 67 anos, contou que é “tensa e terrível” a situação em Beirute, a capital do Líbano, e que está na expectativa para ver se o conflito vai virar uma guerra total na região. Mesmo com a oferta de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para deixar o país, ele ainda não decidiu se vai voltar ao Brasil

“A situação está muito tensa e terrível, principalmente no sul do Líbano e no sul e sudoeste de Beirute, região que foi bombardeada bastante e onde continuam [os bombardeios]. A cada uma, duas ou três horas sempre tem um bombardeio. No nosso bairro, a gente escuta alguns bombardeios e não tem como trabalhar normalmente. Estamos na expectativa se que vai ter, ou não, uma guerra geral. Todo mundo está triste e chateado”, relatou o brasileiro.

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Desde o dia 25 de setembro, Israel tem feito bombardeios massivos no sul do Líbano e sudoeste de Beirute. Estima-se que os ataques dos últimos oito dias mataram cerca de 1 mil pessoas e que 1 milhão de habitantes deixaram suas casas, segundo agências das Nações Unidas (ONU). Na segunda-feira (30), as Forças Armadas de Israel anunciaram a invasão, por terra, do território libanês.

O libanês-brasileiro Bassam Haddad, em entrevista à Agência Brasil nesta terça-feira (1), afirmou que os bombardeios caem a cerca de 10 ou 15 quilômetros da sua casa. Além disso, não sabe se voltará ao Brasil por causa do trabalho e da família que vive no Oriente Médio.

“Pensar [em voltar ao Brasil] eu penso, tem minhas filhas que são brasileiras e minha ex-mulher que é gaúcha, mas estamos esperando uns dois ou três dias pra ver o que pode acontecer. É difícil largar tudo e ir embora, tem a empresa, a vida toda, minhas filhas trabalham, minha mãe é velhinha. Tem a família inteira aqui, não é fácil ir embora”, comentou.

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Bassam vive no norte de Beirute com as duas filhas que estudam e trabalham no país. Tem ainda um filho que vive em Porto Alegre (RS) e outro que estuda na Espanha. O libanês-brasileiro foi morar em São Paulo em 1983, quando se naturalizou brasileiro.

Ele deixou o Líbano por causa da guerra da década de 1980. Naquela época, Israel invadiu e ocupou o sul do Líbano e parte de Beirute. A ocupação israelense durou até o ano de 2000, quando o Hezbollah – criado nessa época – tomou o controle do sul libanês.

Famílias nas ruas

O empresário libanês-brasileiro viveu 15 anos no Brasil, mas já está há 26 anos de volta ao Líbano. Bassam Haddad contou que passou a maior parte do tempo dos últimos dias em casa e que sai apenas para comprar comida e tentar trabalhar nas regiões que não sofreram ainda bombardeios.

“Muita gente saiu de casa sem levar nada, apenas a própria roupa, e agora têm que arrumar moradia e alimentação. Não é fácil, tem famílias inteiras ficando na rua, famílias que tem casas e tiveram que fugir graças aos bombardeios israelenses. Os massacres de Israel bombardeiam civis, crianças e mulheres”, denunciou.

Israel alega que os bombardeios e a invasão do território são necessários para desmantelar o poder militar do grupo Hezbollah que, desde outubro de 2023, tem realizado ataques contra o norte de Israel em solidariedade à Faixa de Gaza e aos palestinos. O Hezbollah diz que os ataques só devem acabar quando Israel desocupar Gaza.

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Para o empresário, é falsa a narrativa de Israel de que eles apenas estão se defendendo. Ele entende que Tel-Aviv quer expandir suas fronteiras e subordinar os países vizinhos. Bassam defende que é o Exército Libanês, e não o Hezbollah, quem deve proteger o território do país. Porém, avalia que apenas o Hezbollah tem poder de fogo para se contrapor à Israel.

“O exército libanês não tem a força e não tem armas. Então, o Hezbollah foi obrigado a trazer e estocar armas, além de aceitar o apoio do Irã, para se defender de Israel. Os israelenses dizem que querem apenas eliminar o Hezbollah. Mas a gente não confia neles. Nós já tivemos experiência com eles. A gente sabe qual é o plano futuro deles. Eles querem que o povo que mora na região siga as ordens deles”, argumentou.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de terça-feira (1º):

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Líder supremo do Irã promete ‘vingança’ contra Israel após morte de líder do Hamas https://canalmynews.com.br/noticias/lider-supremo-do-ira-promete-vinganca-contra-israel-apos-morte-de-lider-do-hamas/ Wed, 31 Jul 2024 16:03:17 +0000 https://localhost:8000/?p=45464 Grupo palestino acusa as forças israelenses de ter matado Ismail Haniyeh, de 62 anos, executado em território iraniano na madrugada desta quarta-feira (31)

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O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou no Twitter, que é “dever” do país se vingar contra Israel pela morte do líder geral do Hamas, Ismail Haniyeh, de 62 anos, acusado pelo grupo palestino de ter sido executado pelas forças israelenses na madrugada desta quarta-feira (31). Haniyeh estava em Teerã, capital do Irã, para participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, que tomou posse na terça-feira (30).

“Após este evento amargo e trágico que ocorreu dentro das fronteiras da República Islâmica, é nosso dever nos vingar”, escreveu Khamenei no Twitter. “Em comunicado citado pela Al Jazeera, principal canal de comunicação do mundo árabe, ele falou em “punição severa” para Israel. “O regime sionista criminoso e terrorista martirizou nosso querido hóspede em nossa casa e nos deixou enlutados, mas também preparou o terreno para uma punição severa para si mesmo.”

Leia mais: Exército de Israel recupera corpo de brasileiro sequestrado pelo Hamas

Segundo a mídia iraniana, Haniyeh estava hospedado em um prédio para veteranos de guerra quando a residência em que ele estava foi atingida por um “projétil guiado”. Israel ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. De outubro do ano passado até o momento, o líder do Hamas já havia perdido vários parentes, entre eles cinco de seus filhos, mortos pelas forças israelenses.

Em 11 de abril, três dos filhos de Haniyeh e dois de seus netos foram executados em um único ataque. À época, o líder do Hamas disse à Al Jazeera que recebeu a notícia enquanto visitava palestinos feridos que haviam sido transferidos para a capital do Catar para tratamento. Ele garantiu que isso não afetaria o posicionamento do Hamas nas negociações do grupo com Israel sobre um cessar-fogo em Gaza. “O sangue dos meus filhos não é mais valioso do que o sangue do nosso povo”, acrescentou.

Haniyeh atuava como uma espécie de diplomata internacional do Hamas, conversando com aliados do grupo para tentar estabelecer eventuais acordos de paz com Israel. Passava a maior parte do tempo no Catar e na Turquia. Ele viveu exilado nos últimos tempos, incluindo os meses que se seguiram ao ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza. ]

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Brasil condena Israel por “sistemática violação aos direitos humanos” https://canalmynews.com.br/noticias/brasil-condena-israel-por-sistematica-violacao-aos-direitos-humanos/ Tue, 28 May 2024 14:07:14 +0000 https://localhost:8000/?p=43579 Itamaraty também condenou ataques do Hamas ao território israelense

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O governo brasileiro voltou a condenar as ações de Israel na Faixa de Gaza. Nesta terça-feira (27), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota criticando a “contínua ação das forças armadas israelenses contra áreas de concentração da população civil de Gaza”. No comunicado, o Itamaraty também condenou a retomada de lançamento de foguetes do Hamas contra o território israelense.

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação e perplexidade, das notícias sobre ataques conduzidos por Israel, um dos quais contra campo de refugiados nas imediações da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza”, diz a nota.

Para o MRE, as ações militares de Israel nas regiões densamente povoadas de Gaza “constitui sistemática violação aos Direitos Humanos e ao Direito Humanitário Internacional, assim como flagrante desrespeito às medidas provisórias reafirmadas, há poucos dias, pela Corte Internacional de Justiça [CIJ]”.

Na sexta-feira (24), a CIJ exigiu que Israel suspendesse os ataques em Rafah.

A cidade de Rafah, próxima à fronteira com o Egito, se transformou no principal refúgio da população civil de Gaza desde que começou a atual fase do conflito no Oriente Médio. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas estejam vivendo no local, a maioria em tendas improvisadas.

Israel tem ampliado os ataques contra a cidade, provocando, ao menos, dezenas de mortes e a condenação internacional.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, alegou que um desses ataques foi um “acidente terrível”.

Segundo a agência de notícias Reuterstanques israelenses teriam chegado ao centro de Rafah pela primeira vez nesta terça-feira (28).

O Itamaraty afirma que qualquer ação militar de Israel em Rafah terá efeitos devastadores, “conforme manifestações e apelos unânimes da comunidade internacional, e diante dos deslocamentos forçados por Israel, que concentraram centenas de milhares de refugiados, em condições de absoluta precariedade”.

O governo brasileiro afirmou ainda que “deplora também a retomada, pelo Hamas, de lançamentos de foguetes de Gaza contra o território israelense, ocorrida no final de semana”. Além disso, expressou solidariedade às vítimas em Rafah e condenou “toda e qualquer ação militar contra alvos civis”.

Por último, a nota do Itamaraty pede que a comunidade internacional exerça máxima pressão diplomática “a fim de alcançar o imediato cessar-fogo, a libertação dos reféns e o urgente provimento da assistência humanitária adequada à população de Gaza”.

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Exército de Israel recupera corpo de brasileiro sequestrado pelo Hamas https://canalmynews.com.br/noticias/exercito-de-israel-recupera-corpo-de-brasileiro-sequestrado-pelo-hamas/ Fri, 24 May 2024 11:54:17 +0000 https://localhost:8000/?p=43434 Michel Nisembaum, de 59 anos, tinha cidadania brasileira e israelense

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O Exército israelense anunciou nesta sexta-feira (24) que recuperou os corpos de três reféns sequestrados em outubro de 2023 pelo grupo palestino Hamas. Entre eles está o brasileiro Michel Nisembaum, de 59 anos.

Os corpos foram recuperados durante a madrugada, numa operação conjunta do Exército e dos serviços secretos de Israel em Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza. Os outros dois reféns foram identificados por autoridades israelenses como Orión Hernández Radoux, de 30 anos, Hanan Yablonka, de 42 anos.

Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do brasileiro e disse que o governo segue engajado nos esforços para que todos os reféns mantidos pelo Hamas sejam libertados.

“Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel”, postou.

“O Brasil continuará lutando e seguiremos engajados nos esforços para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo e a paz para os povos de Israel e da Palestina”, completou.

Nisembaum, que tinha cidadania brasileira e israelense, era residente em Israel e considerado desaparecido desde o dia 7 de outubro do ano passado. Na ocasião, ele participava de um festival de música alvo de ataque do Hamas.

O conflito

Em outubro passado, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, com incursão de combatentes armados por terra, no sul do país. De acordo com autoridades israelenses, cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e duas centenas de israelenses e estrangeiros foram feitos reféns.

Em resposta, Israel vem bombardeando as infraestruturas em Gaza e impôs cerco total ao território, que dificulta, inclusive, a entrada de ajuda humanitária aos palestinos. Além dos mais de 35 mil mortos, a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza já deixou cerca de 80 mil feridos em sete meses, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave.

A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

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Lula merece todo o apoio https://canalmynews.com.br/colunistas/cid-benjamin/lula-merece-todo-o-apoio/ Fri, 23 Feb 2024 22:15:35 +0000 https://localhost:8000/?p=42503 Suas declarações ajudaram a isolar Israel, que hoje é o grande vilão da comunidade internacional

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Uma declaração do presidente Lula criticando o genocídio de Israel contra a população civil em Gaza provocou uma enxurrada de críticas da extrema-direita. Segundo alguns, ao usar a expressão “holocausto”, referindo-se às vítimas do massacre que está em curso, Lula “desrespeitou todos os judeus do mundo”. Lula merece todo o apoio.

Suas declarações ajudaram a isolar Israel, que hoje é o grande vilão da comunidade internacional. Faz uma guerra de extermínio contra outro povo, descumpre todas as resoluções da ONU, anexa territórios alheios pela força, pratica um apartheid e tem que ser vista como um pária internacional.

Indo adiante, sustento que é racismo um determinado agrupamento humano considerar-se um povo eleito por Deus, em detrimento dos demais. E isso é feito apoiado num texto religioso escrito há mais de dois mil anos! Como ficam os demais povos, não contemplados com esse “reconhecimento divino”?

Mas, falemos de “holocausto”, expressão que tanta polêmica tem causado. Assim como os sionistas se apropriaram da expressão “semita”, como se os palestinos também não o fossem, aparentemente fazem o mesmo com a palavra “holocausto”. Por isso, vale a pena nos determos em relação a ela.

“Holocausto” equivale a “shoah”, que em hebraico significa “destruição, ruína ou catástrofe”. A palavra tem sido usada para caracterizar a tentativa de extermínio de judeus pelos nazistas na primeira metade do século 20. Ela teve origem no Velho Testamento e significava o sacrifício de um animal, tendo início quando Abel levou um cordeiro como oferenda a Deus.

Antes do nazismo, “holocausto” já tinha também sido usado para designar massacres. Só a partir da Segunda Guerra Mundial o genocídio dos judeus passou a ser chamado de holocausto. Mas — é bom lembrar — mesmo nos tempos modernos, o extermínio de grupos humanos não começou com os nazistas.

Evidentemente, não tem qualquer sentido desenvolvermos uma comparação entre genocídios. A história da humanidade está recheada de matanças em grande escala. A falta de estatísticas confiáveis impede muitas vezes que se tenham números precisos. Mas se pode ter uma noção de grandeza.

Segundo a Enciclopédia Britânica, por exemplo, a população do Congo diminuiu de 20 ou 30 milhões para oito milhões de pessoas no fim do século 19, em virtude do extermínio promovido pelo rei Leopoldo II da Bélgica.

Entre 1915 e 1918, o Império Turco-Otomano promoveu um genocídio contra os armênios. Estimam-se em um milhão e meio de pessoas assassinadas, inclusive mulheres e crianças.

Em 1994, em Ruanda, cerca de um milhão de pessoas foram assassinadas durante pouco mais de cem dias.

Ainda maior foi a matança dos povos originários das Américas depois da chegada de Colombo. De novo esbarramos na falta de estatísticas confiáveis. Mas a estimativa é que tenham sido mortas 70 milhões de pessoas.

A expressão holocausto poderia ser usada nesses casos, ou em alguns deles? Ou estaríamos diante “apenas” de genocídios? Qual a diferença entre tragédias desses dois tipos?

Quando levanto essas questões não é para subestimar os crimes nazistas contra os judeus. É rigorosamente inaceitável o que ocorreu com eles. Mas também nos demais casos. E nem a matança de judeus, nem matança alguma, pode servir de atenuante para que descendentes das vítimas cometam crimes contra a humanidade.

Um ponto de partida é essencial para qualquer debate sério: a vida de uma criança judia vale tanto quanto a de uma criança da Palestina, da Armênia, do Congo, de Ruanda ou dos povos originários das Américas? Se houver acordo em torno a isso, podemos começar o debate. Caso contrário, não. Eu, pelo menos, me recuso a levar a sério interlocutores que não aceitem essa premissa.

Tampouco aceito que alinhamentos com base em critérios étnicos se sobreponham a uma postura humanista, norteando a defesa de A ou B. Quem quiser fazer isso, que o faça, mas não terá o meu respeito.

Os judeus são um povo que foi perseguido em vários momentos de sua história. São também um povo que já deu grandes contribuições à humanidade. Não merece ter conspurcada a sua história pelo comportamento assassino de Israel.

Por fim, uma última coisa.

Na sua justa denúncia dos crimes de Israel, Lula não pronunciou a palavra “holocausto”, que tanta celeuma causou e que, aparentemente, os sionistas pretendem monopolizar para os crimes de que foram vítimas.

Repito: Lula não pronunciou essa palavra.

Não sejamos desinformados (ou, pior, desonestos) no debate político.

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Lula tira Bolsonaro das manchetes e dá munição ao comício golpista de domingo https://canalmynews.com.br/balaio-do-kotscho/lula-tira-bolsonaro-das-manchetes-e-da-municao-ao-comicio-golpista-de-domingo/ Tue, 20 Feb 2024 17:30:08 +0000 https://localhost:8000/?p=42468 Não seria preciso invocar Adolfo Hitler para defender os palestinos e atacar o governo genocida de Israel

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No momento em que o STF e a Polícia Federal fechavam o cerco a Bolsonaro e sua gangue de golpistas, todos eles convocados a depor nesta quinta-feira gorda em Brasília, Lula lhes fez o favor de tirá-los das manchetes, ocupadas agora pelas desastradas declarações sobre o massacre de Israel contra o povo palestino, comparando-o ao Holocausto que incinerou 6 milhões de judeus nas câmeras de gás.

De quebra, entregou farta munição para o ex-presidente inflamar seu comício marcado para este domingo, na avenida Paulista, em São Paulo, “em defesa da democracia, do Estado Democrático de Direito e da liberdade”, ou seja, tudo o que ele tentou destruir em seus quatro anos de governo.

Agora, esse ato, “sem atacar ninguém”, vai ser também em defesa do Estado de Israel e contra Lula, insuflando os bolsonaristas evangélicos, que ganharam de graça uma bandeira para levar às ruas e um mote para a sua manifestação de protesto contra o cerco ao seu líder deflagrado pela Justiça e pela Polícia Federal.

Claro que Lula se referia ao governo de Benjamim Netanyhau, responsável pela morte de mais de 30 mil palestinos, e não ao povo judeu, espalhado pelo mundo, a quem deveria se dirigir diretamente para explicar melhor o que quis dizer ao fazer essa comparação, sem lastro nos fatos históricos, um grave erro. Comparações são sempre perigosas. Não seria preciso invocar Adolfo Hitler para defender os palestinos e atacar o governo genocida de Israel.

Claro também que a milícia digital bolsonarista, que pegou fogo nos últimos dias, não iria fazer esta distinção. Era tudo que eles queriam para mobilizar os devotos.

Nenhum líder mundial até este momento saiu em defesa de Benjamim Netanyahu nesta batalha de Itararé verbal, mas os prejuízos para Lula e o governo já são grandes aqui dentro, ao ressuscitar e dar um novo embalo à oposição bolsonarista no Congresso e à ala lavajatista na mídia, que caíram matando no presidente. Com tantos problemas ainda para atacar na reconstrução do país, o Brasil não precisava disso agora, bem quando a economia começa a se recuperar.

Lembro-me que Lula respondia com uma pergunta quando algum assessor lhe levava uma ideia de jerico: “E o que nós ganhamos com isso?”.

É o que eu gostaria de perguntar agora a Lula, que arrumou uma grande e desnecessária encrenca multinacional, às vésperas do ato golpista para Bolsonaro se defender, disfarçado de “democrático”, marcado por ele já no desespero, ao se ver cercado por todos os lados, sem defesa, diante de tantas provas dos seus crimes de lesa-pátria, sem discurso e sem bandeiras, e resolveu partir para o tudo ou nada. Agora ninguém sabe o que pode acontecer no domingo. Coisa boa não será, seja qual for o tamanho da manifestação.

Vida que segue.

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“Existe um massacre acontecendo”, diz Padilha no programa Roda Viva https://canalmynews.com.br/politica/existe-um-massacre-acontecendo-diz-padilha-no-programa-roda-viva/ Tue, 20 Feb 2024 15:49:36 +0000 https://localhost:8000/?p=42462 Nesta segunda-feira (19), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, falou sobre a declaração do presidente Lula a respeito do conflito na Faixa de Gaza - que se tornou uma crise diplomática

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No domingo 18 de fevereiro de 2024, numa coletiva de imprensa na Etiópia, o presidente Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, extermínio judeu feito pela Alemanha Nazista de Adolf Hitler. Ao responder à pergunta de jornalista sobre o governo brasileiro ser doador para a Agência da ONU de repasses para garantias de direitos humanitários após suspensão de outros países, disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus

A repercussão da fala foi imediata e rodou as manchetes do Brasil e do mundo de forma polêmica e, em geral, negativa. O governo de Israel tratou classificou Lula como “persona non grata”, uma repreensão grave no mundo da diplomacia e a conversa ocorre, tradicionalmente, a portas fechadas. O embaixador brasileiro em Israel e o Itamaraty foram surpreendidos, porém, com o aviso de que o encontro se daria com a presença da imprensa e no Museu do Holocausto.

Se instalou uma crise diplomática entre Brasil e Israel desde a fala do presidente Lula e a proporção que tomou o caso. A primeira dama e socióloga, Janja Lula, se pronunciou em sua rede social em defesa do presidente “a fala se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu. Sejamos honestos nas análises”


O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também se pronunciou sobre a declaração no programa Roda Viva, da TV Cultura, que foi ao ar nesta segunda. Padilha comentou todo o caso e também o pedido de impeachment contra Lula, protocolado por 90 parlamentares – sobre este afirmou que “não vai progredir”.

Ao fazer referência a Benjamin Netanyahu, afirmou que é ele o isolado em suas posições e que não se preocupa que a repercussão atrapalhe o lugar do Brasil na política internacional, pois “Netanyahu é passageiro” e as relações de solidariedade entre os países ultrapassam o primeiro-ministro. Reafirma também para os jornalistas da bancada o posicionamento do presidente Lula:

“Existe um massacre acontecendo e tem que acabar o mais rápido possível. Eu torço para que a posição nova dos Estados Unidos mobilize e acabe com qualquer tipo de obstáculo dentro da ONU para que a gente migre para o cessar-fogo o mais rápido possível”

O MyNews debateu o assunto no programa Segunda Chamada e abaixo você pode acessar o trecho já disponível – não deixe de comentar:

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Netanyahu reage a fala de Lula sobre holocausto e convoca embaixador https://canalmynews.com.br/noticias/netanyahu-reage-a-fala-de-lula-sobre-holocausto-e-convoca-embaixador/ Tue, 20 Feb 2024 03:15:18 +0000 https://localhost:8000/?p=42448 Presidente brasileiro classificou as mortes em Gaza como genocídio

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Em entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, o presidente brasileiro classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio, criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

“Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, disse Lula.

Reação

Israel reagiu duramente às declarações de Lula. No domingo (18), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a fala do presidente brasileiro equivale a “cruzar uma linha vermelha”.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender.”

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, pelas redes sociais, declarou Lula persona non grata em seu país.

“Nós não perdoaremos e não esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que se desculpe e se retrate por suas palavras.”

 

Alckmin diz que posição do presidente Lula é pela paz na Palestina

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (19) que a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é pela paz na Palestina. “O que ele defende é a paz. O que ele quer é a paz, que haja aí um cessar-fogo no sentido da busca pela paz”, enfatizou após participar de encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Alckmin comentou as declarações de Lula, que lembrou as mortes dos judeus na Segunda Guerra Mundial ao comentar sobre às mortes de palestinos, sobretudo mulheres e crianças, vítimas de ataques israelenses na Faixa de Gaza. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o presidente no último fim de semana.

O vice-presidente enfatizou ainda que, por diversas vezes, Lula condenou os ataques do Hamas contra a população civil de Israel em outubro do ano passado.

Em relação à colocação do presidente Lula, eu acho que é clara a sua posição. De um lado, deixou claro que a ação do Hamas foi uma ação terrorista, isso eu ouvi dele em vários pronunciamentos.

 

Governo chama embaixador do Brasil em Israel para consultas

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil nesta terça-feira (20). Também foi convocado o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça ainda nesta segunda-feira (19) ao Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. 

Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, as medidas foram tomadas “diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel”. Mauro Vieira está no Rio de Janeiro para a reunião do G20.

Na manhã desta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suas declarações sobre operações israelenses na Faixa de Gaza e declarou Lula persona non grata no país.

A declaração de “persona non grata” é um instrumento jurídico reconhecido e utilizado nas relações internacionais. É uma prerrogativa que os estados têm para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo como tal em seu território.

Em entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, o presidente brasileiro classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio e criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.


No Segunda Chamada desta segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024, Afonso Marangoni e o comentarista político João Bosco Rabello recebem o mestre em relações internacionais Marcos Magalhães e o filósofo Joel Pinheiro para debater a repercussão do assunto. Confira:

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Mais um grupo de repatriados de Gaza chega ao Brasil https://canalmynews.com.br/brasil/mais-um-grupo-de-repatriados-de-gaza-chega-ao-brasil/ Mon, 11 Dec 2023 10:10:35 +0000 https://localhost:8000/?p=41723 Grupo soma 48 pessoas, sendo 11 com dupla cidadania (Brasil-Palestina) e 37 palestinos, parentes de cidadãos brasileiros

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Mais um grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11). A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou do Cairo, capital do Egito, às 19h03 (hora local) de domingo (10) e pousou às 3h47 na Base Aérea de Brasília, onde o grupo foi recebido por autoridades brasileiras. Foram cerca de 15 horas de voo.

O grupo é formado por 48 pessoas, sendo 11 com dupla cidadania (Brasil-Palestina) e 37 palestinos, parentes de cidadãos brasileiros. São 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres, incluindo duas idosas, e quatro homens adultos. Uma jovem de 22 anos que já estava no Egito se juntou aos resgatados de Gaza e embarcou neste mesmo voo. Ela é filha de uma das integrantes do grupo de repatriados em Gaza.

No último sábado (9), eles receberam autorização para cruzar a fronteira de Rafah, no sul de Gaza, em direção ao Egito, de onde seguiram de ônibus até o Cairo. Na capital egípcia, foram recebidos por diplomatas brasileiros na capital do país e embarcaram para o Brasil.

Segundo o Itamaraty, da lista de 102 pessoas enviada pelo Brasil às autoridades israelenses, 24 não tiveram autorização para cruzar a fronteira, incluindo sete plaestino-brasileiros. A maioria dos barrados é de homens. O governo brasileiro não soube informar o motivo de eles terem sido impedidos, por Israel, de atravessar a fronteira. No momento, segundo o Palácio do Planalto, não há previsão de novo voo de repatriação.

“Em um primeiro momento, eles ficarão de dois a três dias em Brasília. A primeira etapa é do apoio psicológico, de imunização, de estabelecer contato com familiares e parentes e a questão da documentação. Alguns vão para as casas de familiares e amigos. Os que estiverem sem referência serão abrigados no Sistema de Assistência Social em instituições em que tenham todo o apoio de acolhimento e alimentação. Um suporte para reconstituírem a trajetória, já que vêm de situação bastante complexa”, afirmou o secretário nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), André Quintão.

Uma das repatriadas que desembarcou em Brasília é Yasmeen Rabee, irmã de Hasan Rabee, que veio antes com a esposa e os filhos em outro voo que trouxe brasileiros de Gaza.

“Bombardearam nossa casa, ficamos sem comida e sem um lugar fixo para morar”, disse Yasmenn, que veio agora com a mãe. Perguntada sobre a situação em Gaza, a principal zona de ataques, ela se emocionou. “A situação é terrível, você dorme sem saber se vai acordar. Perdi muitos amigos, minha tia e os filhos dela”, relatou.

No dia 13 de novembro, após dias de tensão e negociação, os primeiros 32 brasileiros resgatados de Gaza desembarcaram no país, ocasião em que foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília.

Voltando em paz
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, o governo brasileiro já retirou 1.524 brasileiros e palestino-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses, incluindo 53 animais domésticos. No total, a FAB já realizou 11 voos de repatriação por meio da Operação Voltando em Paz.

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Voo para resgatar mais brasileiros em Gaza decola na quinta https://canalmynews.com.br/brasil/voo-para-resgatar-mais-brasileiros-em-gaza-decola-na-quinta/ Thu, 07 Dec 2023 09:39:31 +0000 https://localhost:8000/?p=41679 Destino da aeronave será o Aeroporto Internacional do Cairo, capital do Egito, em voo direto com previsão de duração de 15 horas

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Um novo voo para o resgate de brasileiros que estão na Faixa de Gaza deixará o Rio de Janeiro às 9h desta quinta-feira (7) em direção ao Egito, informou nesta quarta-feira (6) a Força Aérea Brasileira (FAB). Será o 11º voo de repatriação de brasileiros em áreas de conflito no Oriente Médio na Operação Voltando em Paz, do Governo Federal.

A aeronave KC-30 (Airbus A330 200) vai decolar da Base Aérea do Galeão (BAGL). A bordo, estará um carregamento de cerca de 11 toneladas de alimentos não perecíveis, fornecidos pelo Brasil para assistência humanitária.

O destino da aeronave será o Aeroporto Internacional do Cairo, capital do Egito, em voo direto com previsão de duração de 15 horas.

Mais de 100 brasileiros
O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Escritório de Representação em Ramalá, lista 102 brasileiros e familiares próximos de brasileiros interessados em repatriação a partir da Faixa de Gaza.

A solicitação para saída deste novo grupo da Faixa de Gaza pelo Portal de Rafah em direção ao Egito foi apresentada em novembro, e o governo brasileiro aguarda autorização dos países responsáveis pela organização da saída de estrangeiros de Gaza para dar início ao processo de repatriação.

Coordenado com a Embaixada em Tel Aviv, o escritório brasileiro em Ramalá transportou vários integrantes do grupo de outros pontos do enclave até Rafah, onde estão mais de 80 brasileiros e familiares próximos, a maior parte deles em casas alugadas pelo Itamaraty para abrigá-los.

O ministério informa ainda que permanece em contato constante com o grupo e oferece gêneros de primeira necessidade, abrigo, transporte e atendimento psicológico remoto.

Primeiro grupo
A primeira leva de brasileiros que veio de Gaza chegou ao país no último dia 13 de novembro, também em voo que saiu do Cairo em direção ao Brasil.

O voo trouxe 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos familiares próximos. Dos 32 repatriados, 17 são crianças, nove mulheres e seis homens.

Conflito
No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

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Brasil envia para Israel e Egito lista para saída de Gaza com 86 nomes https://canalmynews.com.br/brasil/brasil-envia-para-israel-e-egito-lista-para-saida-de-gaza-com-86-nomes/ Wed, 22 Nov 2023 15:00:50 +0000 https://localhost:8000/?p=41368 Itamaraty destacou que não há prazo para que essas pessoas saiam de Gaza porque ainda existem outras listas

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O governo brasileiro elaborou nova lista com 86 pessoas, entre brasileiros e parentes de brasileiros, que estão na Faixa de Gaza e que desejam sair da zona de conflito no Oriente Médio com destino ao Brasil. A informação foi confirmada nesta terça-feira (21) pelo Itamaraty. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a lista já foi enviada ao Egito e Israel para autorizem a saída dessas pessoas do enclave palestino.

Quando o Brasil conseguiu trazer os 32 brasileiros que estavam em Gaza, no dia 14 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que o governo trabalharia para trazer todos os nacionais e seus parentes que desejassem sair do local. “A gente vai tentar fazer todo o esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira”, disse na ocasiaão.

O Itamaraty, por meio da assessoria de imprensa, destacou que não há prazo para que essas pessoas saiam de Gaza porque ainda existem outras listas de nacionais de outros países que ainda não obtiveram autorização para sair do local e que estariam na frente dessa fila.

A saída de estrangeiros tem sido feita aos poucos, com cerca de 600 autorizações por dia. Isso quando não há interrupções na fronteira de Rafah, que liga Gaza ao Egito.

Segundo o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, só é autorizada a saída de pessoas da Faixa de Gaza após uma análise dos serviços de segurança dos países envolvidos nessas negociações, que além de Egito e Israel, reúne as autoridades de Gaza, que é controlada pelo Hamas, e de países como Estados Unidos e Catar, que atuam como intermediários do conflito.

Família desiste
A família do brasileiro resgatado de Gaza Hasan Rabbe, comerciante de 32 anos de idade que vive em São Paulo, desejava sair da zona de conflito, porém, depois de ter recebido ameaças vindas de pessoas no Brasil, a família desistiu de deixar o local. Hasan tem sido vítima de ameaças desde que chegou ao Brasil, chegando a pedir proteção ao governo.

Ele disse à Agência Brasil que sua família, em Gaza, também tem recebido ameaças e, por isso, desistiram de vir. “Infelizmente, a minha família não vai chegar aqui. Eles estão recebendo muitas ameaças em Gaza. Por enquanto, eles desistiram [de vir]. Eu não estou sentindo segurança em mandarmos as meninas para a escola”.

Voos
A Operação Voltando em Paz, do governo federal, organizou dez voos da região do conflito para repatriar brasileiros e familiares. A maioria saiu de Tel-Aviv, em Israel, um grupo saiu de Amã, na Jordânia, sendo repatriados do território palestino da Cisjordânia ocupada. O último grupo, com 32 pessoas, deixou a Faixa de Gaza após mais de um mês de tensão e angústia.

Ao todo, a operação transportou 1.477 pessoas e 53 animais domésticos. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana.

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Lula: é preciso evitar que conflito entre Israel e Hamas se alastre https://canalmynews.com.br/brasil/lula-e-preciso-evitar-que-conflito-entre-israel-e-hamas-se-alastre/ Tue, 21 Nov 2023 15:01:07 +0000 https://localhost:8000/?p=41335 À Cúpula Virtual Extraordinária do Brics, ele afirmou que é preciso acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia ocupada

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (21) que é preciso evitar que o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas se alastre para os países vizinhos. Ao participar da Cúpula Virtual Extraordinária do Brics, ele afirmou que é preciso acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia ocupada.

“Devemos atuar para evitar que a guerra se alastre para os países vizinhos. É valiosa e imprescindível a contribuição do Brics, em sua nova configuração, junto a todos os atores em favor da autocontenção e da desescalada”, disse.

“Temos longa experiência nacional que reforça nossa fé na paz criada por justa negociação diplomática. Em segundo lugar, não podemos esquecer que a guerra atual também decorre de décadas de frustração e injustiça, representada pela ausência de um lar seguro para o povo palestino”, acrescentou.

Para o presidente, os assentamentos ilegais israelenses na Cisjordânia continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino. “O reconhecimento de um Estado palestino viável, vivendo lado a lado com Israel, com fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas, é a única solução possível. Precisamos retomar com a maior brevidade possível o processo de paz entre Israel e a Palestina”.

Em agosto deste ano, na Cúpula do Brics, o bloco aprovou a entrada de seis novos países-membros: Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes, alguns deles diretamente envolvidos no conflito no Oriente Médio. A nova configuração passa a valer a partir de janeiro de 2024.

Resolução da ONU
Para Lula, neste momento o desafio é fazer com que a trégua humanitária determinada por uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) seja implementado imediatamente. No último dia 15, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a primeira resolução relativa à atual crise humanitária na Faixa de Gaza. O texto foi apoiado pelo Brasil.

“Em várias ocasiões, reiteramos o chamado pela liberação imediata e incondicional de todos os reféns. No entanto, tais atos bárbaros não justificam o uso de força indiscriminada e desproporcional contra civis. Estamos diante de uma catástrofe humanitária. Os inocentes pagam o preço pela insanidade da guerra, sobretudo mulheres, crianças e idosos”, disse Lula, manifestando grande consternação diante do elevado número de mortos.

Após pouco mais de um mês de conflito, mais de 12 mil pessoas morreram, sendo 5 mil crianças. Há ainda 29 mil feridos e 3.750 desaparecidos. “Como bem disse o secretário-geral da ONU, Gaza está se tornando um cemitério de crianças”, acrescentou o presidente.

A resolução, com foco na proteção de crianças, foi proposta por Malta e aprovada com 12 votos a favor. Estados Unidos, Reino Unido e Rússia optaram pela abstenção. O texto pede a implementação de pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias, para que ajuda humanitária de emergência possa ser prestada à população civil por agências especializadas da ONU, pela Cruz Vermelha Internacional e por outras instituições humanitárias imparciais.

O conflito
No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, com incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

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Lula pede apoio de Israel para nova repatriação na Faixa de Gaza https://canalmynews.com.br/brasil/lula-pede-apoio-de-israel-para-nova-repatriacao-na-faixa-de-gaza/ Fri, 17 Nov 2023 11:13:36 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41256 É a segunda vez que os dois líderes conversam por telefone em pouco mais de um mês

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, na tarde desta quinta-feira (16), com o presidente de Israel, Isaac Herzog. O telefonema durou cerca de 40 minutos, segundo informou, em nota, o Palácio do Planalto. É a segunda vez que os dois líderes conversam por telefone em pouco mais de um mês. A primeira conversa ocorreu no dia 12 de outubro.

Durante o telefonema com Herzog, Lula agradeceu o apoio israelense para a repatriação de 32 cidadãos brasileiros da Faixa de Gaza. Ele ainda informou que está em preparação uma nova lista com nomes de brasileiros e seus parentes palestinos na região, a mais afetada neste conflito. Gaza é controlada pelo grupo islâmico Hamas e, por isso, tem sido alvo constante da invasão e de bombardeios das forças militares de Israel.

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Desde a eclosão deste novo conflito entre Israel e Hamas, o Brasil resgatou 1.477 pessoas e 53 animais domésticos. Os primeiros resgatados desembarcaram no Brasil em 11 de outubro. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana. O último grupo a chegar, na última segunda-feira (13), foi o único que estava em Gaza.

Em Israel, o sistema de governo é parlamentarista. O presidente é o chefe de Estado, eleito pelo Parlamento do país. O Poder Executivo é exercido pelo primeiro-ministro, o chefe de governo, escolhido entre o partido ou coalizão que obtém a maioria das cadeiras no Legislativo. Atualmente, esse cargo é ocupado por Benjamin Netanyahu. Desde o início da guerra atual, entre Israel e o grupo Hamas, Lula ainda não conversou diretamente com Netanyahu.

Sequestrados
De acordo com o Planalto, Herzog falou a Lula de sua preocupação com os reféns sequestrados pelo Hamas, entre eles diversos latino-americanos, e pediu que o presidente Lula reforçasse o apelo pela sua libertação, em articulação com outros países da América Latina.

“Além de se comprometer com o pedido, o presidente Lula recordou que já fez apelos pela libertação de todos os reféns em contatos mantidos com vários líderes do Oriente Médio (Irã, Emirados Árabes, Turquia, Catar, Egito, Autoridade Palestina), além de França, Rússia e Índia. Informou ter realizado videoconferência com familiares israelenses dos reféns”, diz a nota.

Crise humanitária
Na ligação, informou o governo brasileiro, o presidente Lula “manifestou grande preocupação com a gravíssima crise humanitária em Gaza e consternação com a perda de vidas, em particular de crianças”.

O presidente brasileiro reafirmou a Herzog sobre a tradição pacífica do Brasil, em que judeus e árabes convivem em paz, repudiou atos de antissemitismo em meio ao agravamento do conflito e prometeu coibi-los.

Dois Estados
Ainda de acordo com a nota, Lula relembrou, durante o telefonema, que o Brasil esteve envolvido com a criação do Estado de Israel e continua convencido da importância da solução de dois Estados, com Israel e Palestina vivendo lado a lado, com fronteiras seguras e mutuamente aceitas. Lula também falou sobre a defesa do Brasil por mudanças nas instâncias multilaterais de governança, como forma de torná-la mais eficiente na prevenção e resolução de conflitos.

O tema está tratado no Café do MyNews do último dia 14. Assista:

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Atos pró-Palestina em São Paulo e Brasília pedem cessar-fogo em Gaza https://canalmynews.com.br/brasil/atos-pro-palestina-em-sao-paulo-e-brasilia-pedem-cessar-fogo-em-gaza/ Mon, 13 Nov 2023 11:45:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41203 Ato em São Paulo foi organizado pela Frente em Defesa da Luta do Povo Palestino e contou com a participação de partidos políticos e movimentos sociais

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As cidades de São Paulo e de Brasília tiveram, neste domingo (12), atos pró-Palestina e pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em São Paulo, o ato na Avenida Paulista começou às 11h em frente à Praça Oswaldo Cruz e seguiu até o Museu de Arte de São Paulo (Masp), finalizando por volta das 14h. Em Brasília, o ato ocorreu no Eixo Norte, no Plano Piloto, a partir das 10h.

O ato em São Paulo foi organizado pela Frente em Defesa da Luta do Povo Palestino e contou com a participação de partidos políticos e movimentos sociais. Um dos gritos entoados pelos manifestantes era: “Estado de Israel, Estado assassino! Viva a luta do povo palestino!”

Um dos organizadores, Mohamad El Kadri foi presidente do Fórum Latino Palestino e contou que esse já é o quinto ato a favor da Palestina em São Paulo, desde o início das hostilidades mais recentes, que começaram em 7 de outubro. Para ele, os atos servem para informar à sociedade sobre a causa do povo palestino.

“As mobilizações levam para as pessoas conhecimento sobre a causa palestina. Aqui no Brasil as pessoas não conhecem bem o motivo da causa palestina. Inclusive o trabalho da mídia é muito parcial, eles não entrevistam representantes da comunidade palestina e da sociedade árabe. Uma senhora na manifestação falou que nem imaginava que Israel ocupa a Palestina por 75 anos”, destacou.

Para Mohamad os atos também servem de alento aos palestinos em Gaza: “tudo que a gente faz no Brasil a gente manda para os palestinos em Gaza e na Cisjordânia. Isso para eles é muito importante, eles veem que não estão sozinhos”.

Uma performance de mulheres simulando carregar crianças mortas em panos manchados de vermelho chamou atenção do público. A ideia é denunciar o elevado número de óbitos de crianças pelos bombardeios de Israel.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número de crianças mortas desde o dia 7 de outubro chegou a 4.506 neste domingo. Com isso, uma criança morre a cada 10 minutos no enclave palestino.

Brasília
Em Brasília, o ato foi organizado pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, que reúne partidos políticos e movimentos sociais. O presidente do Instituto Brasil Palestina, Ahmad Shehada, foi um dos organizadores deste que foi o sexto ato de rua em Brasília a favor da causa palestina.

“A causa palestina é de toda a humanidade, é uma causa justa. O povo está sensibilizado contra esses ataques contra as crianças, contra os hospitais”.

A professora Eliene Bento Luiz, de 58 anos, foi ao ato em Brasília por acreditar que é importante mostrar para o governo que a sociedade brasileira está atenta ao que acontece em Gaza. “Isso não quer dizer que somos antissemitas, pois sabemos o quanto o povo judeu sofreu ao longo da história. Queremos, sim, que o povo palestino seja respeitado. Se deve haver punição, que seja ao grupo Hamas, não com morte e sangue de inocentes e crianças”, destacou.

Mundo
Manifestações pró-Palestina também ocorreram em diversas cidades pelo mundo neste final de semana. Em Londres, na Inglaterra, um ato reuniu mais de 300 mil pessoas nesse sábado (11).

Também foram registradas manifestações pró-Palestina e pelo cessar fogo em Bruxelas (Bélgica), Berlim (Alemanha), Genebra (Suíça), Barcelona (Espanha) e Austrália.

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Brasileiros que estavam em Gaza chegam ao Brasil nesta segunda https://canalmynews.com.br/brasil/brasileiros-que-estavam-em-gaza-chegam-ao-brasil-nesta-segunda/ Mon, 13 Nov 2023 11:34:58 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41199 Previsão é que a aeronave decole às 11h50 (horário local) e pouse em Brasília às 23h30 (horário local)

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Os brasileiros e seus familiares palestinos que deixaram a Faixa de Gaza chegam nesta segunda-feira (13) ao Brasil. O governo federal já tem uma operação de acolhimento pronta para o grupo, como atendimento médico e psicológico e regularização de documentos.

Eles cruzaram a fronteira com o Egito pelo Portal de Rafah, no início da manhã deste domingo (12). A chegada ao Cairo ocorreu no início da noite. Na capital egípcia, o grupo pega o voo para Brasília. A previsão é que a aeronave decole às 11h50 (horário local) e pouse em Brasília às 23h30 (horário local). Antes disso, haverá três paradas técnicas: em Roma, na Itália; em Las Palmas, na Espanha; e na Base Aérea do Recife, já no Brasil.

Os repatriados receberão apoio psicológico, cuidados médicos e imunização e terão um período de repouso em Brasília, em alojamento da Força Aérea Brasileira (FAB), antes de se deslocarem para outras cidades no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) está sendo mobilizada para oferecer aos repatriados os cuidados em saúde necessários logo no momento de chegada ao Brasil, em Brasília.

“A oferta no momento da recepção envolve cuidados psicológicos e clínicos, incluindo urgências e emergências que possam surgir. A equipe será formada por cinco profissionais da saúde: um médico, um enfermeiro e três psicólogos. Além disso, será disponibilizada uma ambulância do Samu/DF, tipo UTI móvel, com médico e enfermeiro, se houver necessidade de atendimento especializado em unidade da rede de saúde”, explicou a pasta, em resposta à Agência Brasil.

Ao chegarem ao Brasil, também será feita a regularização migratória, pela Polícia Federal, e a emissão de outros documentos que permitam o acesso a serviços públicos e ao emprego.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, algumas pessoas têm familiares no Brasil, enquanto outras serão acolhidas em um local no interior de São Paulo, disponibilizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

O grupo a caminho do Brasil tem 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos familiares próximos. Dos 32 repatriados, 17 são crianças, nove mulheres e seis homens.

Voltando em Paz
Este será o décimo voo da Operação Voltando em Paz, do governo federal, que cumpre mais uma missão de repatriação em áreas de conflito no Oriente Médio. A aeronave VC-2, cedida pela Presidência da República, está há quase um mês no Egito para o resgate dos repatriados oriundos da Faixa de Gaza. Os outros voos partiram de Tel Aviv, em Israel, e de Amã, na Jordânia, com brasileiros que estavam no território palestino da Cisjordânia.

Com os dez voos, a Operação Voltando em Paz terá transportado um total de 1.477 passageiros, além de 53 animais domésticos. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana.

No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

Assista:

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Brasileiros estarão na lista para deixar Gaza nesta sexta-feira https://canalmynews.com.br/brasil/brasileiros-estarao-na-lista-para-deixar-gaza-nesta-sexta-feira/ Fri, 10 Nov 2023 10:04:22 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41160 Informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores, após conversa do ministro Mauro Vieira com o ministro das Relações Exteriores de Israel

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Os 34 brasileiros que aguardam para deixar a Faixa de Gaza estarão na lista de estrangeiros autorizados a cruzar a fronteira nesta sexta-feira (10). A informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores, após conversa do ministro Mauro Vieira com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen.

Segundo o Itamaraty, Cohen afirmou não ter sido possível cumprir a garantia dada por ele de que os brasileiros sairiam na quarta-feira (8), por fechamentos inesperados na fronteira.

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A lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza é elaborada por autoridades egípcias e israelenses. Até o momento, mais de 3.400 estrangeiros foram autorizados a deixar Gaza, sendo 36% com passaporte dos Estados Unidos.

Os 34 brasileiros estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é o único local para entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave palestino.

Assista:

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Brasileiros ficam fora da 5ª lista de autorizados a deixar Gaza https://canalmynews.com.br/brasil/brasileiros-ficam-fora-da-5a-lista-de-autorizados-a-deixar-gaza/ Tue, 07 Nov 2023 17:15:42 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41091 Expectativa do Itamaraty é que os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de Gaza sejam incluídos na lista nesta quarta-feira (8)

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A 5ª lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza divulgada nesta terça-feira (7) não contemplou os brasileiros. A lista tem o nome de 605 estrangeiros e é formada por uma maioria de alemães (159), seguidos por nacionais da Romênia (104), da Ucrânia (102), do Canadá (80), da França (61), da Moldávia (51), das Filipinas (46), e do Reino Unido (2).

A expectativa do Itamaraty é que os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de Gaza sejam incluídos na lista nesta quarta-feira (8), segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. O chanceler brasileiro disse que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, deu garantias a ele que os brasileiros deixariam a zona de conflito até amanhã.

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A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é o único local para entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave palestino. Estrangeiros e palestinos feridos estão sendo autorizados a deixar Gaza desde a última quarta-feira (1º). Porém, a fronteira foi fechada no último sábado (4) depois que Israel bombardeou um comboio de ambulâncias com feridos que haviam sido autorizados a deixar o país. A fronteira só foi reaberta nessa segunda-feira (6).

Segundo o Itamaraty, a lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza é elaborada por autoridades egípcias e israelenses.

Os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de gaza estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus de prontidão, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um aeroporto da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.

Devido ao cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza, os brasileiros e as agências de ajuda humanitária têm relatado falta de água potável, eletricidade, alimentos e remédios no enclave palestino. Segundo a ONU, a ajuda humanitária autorizada a entrar é insuficiente para cobrir as necessidades de cerca de 2,2 milhões de pessoas.

Assista:

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Um mês de guerra: mundo vê escalada de violência no Oriente Médio https://canalmynews.com.br/internacional/um-mes-de-guerra-mundo-ve-escalada-de-violencia-no-oriente-medio/ Tue, 07 Nov 2023 14:13:02 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41083 Mundo acompanha a escalada da violência na guerra no Oriente Médio e mobiliza-se para um cessar-fogo, sem sucesso até o momento

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Sem perspectiva de fim, a guerra entre Israel e o Hamas chega a um mês nesta terça-feira (7). São mais de 10 mil palestinos mortos, incluindo 4.104 crianças, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Do lado israelense, cerca de 1,4 mil pessoas morreram, a maior parte civis, e 240 são mantidas reféns, segundo o governo de Israel.

Este já é o conflito mais grave em 75 anos de história e desde que Israel e o Hamas se enfrentaram por dez dias em 2021.

O mundo acompanha a escalada da violência na guerra no Oriente Médio e mobiliza-se para um cessar-fogo, sem sucesso até o momento.

Ataque do Hamas
No dia 7 de outubro, o Hamas deu início ao mais grave ataque já promovido contra os israelenses.

As ações, sem precedentes na história, foram realizadas por mar, ar e terra, envolvendo ataques a um festival de música, invasão de kibutzim, sequestro de reféns, deixando centenas de civis israelenses mortos e feridos.

Eram 6h30 (horário local), um sábado, quando o Hamas disparou 5 mil foguetes, a partir da Faixa de Gaza, para atingir cidades israelenses, conforme notícias de agências internacionais. Lideranças do grupo afirmaram que a operação tem o propósito de “acabar com a última ocupação na Terra” e é uma resposta ao bloqueio imposto por Israel aos palestinos de Gaza, que já dura mais de uma década.

Por terra, homens armados se infiltraram no território israelense rompendo a cerca de arame farpado que separa Gaza e Israel.

Ofensiva israelense
Diante do ataque surpresa, Israel acionou as forças de segurança e declarou guerra, dando início à Operação Espadas de Ferro, com bombardeios intensos à Faixa de Gaza, onde ficam as bases do Hamas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o grupo “pagará preço sem precedentes” e prometeu exterminar o Hamas.

Desde então, Israel tem disparado ataques aéreos diários à Gaza, estabeleceu bloqueio total – sem permissão para entrada de água, comida e combustível -, determinou que a população local, majoritariamente palestina, deixe o norte da região e se desloque para o sul; e convocou mais de 300 mil reservistas.

Neste momento, as forças de segurança afirmam ter cercado a cidade de Gaza e intensificam as ações terrestres.

Hamas reagiu, ameaçando executar um refém civil israelense a cada novo bombardeio em Gaza. O grupo permanece com contra-ataques a partir de túneis subterrâneos.

Crise humanitária
A escalada de violência do conflito passou a atingir hospitais, escolas e abrigos de refugiados em Gaza, ferindo e matando os civis mais vulneráveis, entre mulheres e crianças.

A região, onde vivem 2,3 milhões de pessoas – a maioria palestina – enfrenta grave crise humanitária. Organizações humanitárias internacionais e quem está no meio do conflito relatam a falta de água, alimentos, remédios, energia, internet e combustível.

Israel passou a autorizar a entrada de ajuda humanitária, em caminhões procedentes do Egito, em Gaza, porém especialistas argumentam que o volume é insuficiente.

Cessar-fogo
Desde o dia 7 de outubro, a comunidade internacional apela a um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas para que os civis possam receber socorro e serem retirados da região do conflito. Observadores acusam Israel e o Hamas de crimes de guerra.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas – formado pelos Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido – reuniu-se diversas vezes para definir qual ação tomar diante do conflito, mas não chegou a um consenso. Durante os 31 dias em que ficou à frente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o Brasil liderou tentativas de acordo entre os países-membros, mas as quatro propostas de resolução sobre o conflito foram rejeitadas.

Apesar da pressão internacional, Israel nega a possibilidade de encerrar os bombardeios na Faixa de Gaza e condiciona um cessar-fogo à libertação de todos os reféns pelo Hamas.

*Com informações das agências Reuters, Lusa e RTP.

Assista:

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1947: ESTADO PALESTINO E ESTADO ISRAELENSE https://canalmynews.com.br/opiniao/1947-estado-palestino-e-estado-israelense/ Wed, 25 Oct 2023 09:34:33 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40845 Eventos que se desencadearam a partir de 07/10/2023, surpreendendo o mundo, têm provocado inúmeras discussões

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Acredito que, se há solução para a sobrevivência da humanidade, ela virá pela conquista da igualdade social. Do mesmo modo, entendo que, se há solução para os problemas entre israelenses e palestinos, ela estará na concretização de dois Estados independentes na região: o Estado Palestino e o Estado de Israel.

Os eventos que se desencadearam a partir de 07/10/2023, surpreendendo o mundo, têm provocado inúmeras discussões, principalmente nos meios de comunicação e, também, nos meios acadêmicos.

Temos sido bombardeados por uma avalanche de informações das mais variadas que apontam para um inédito despertar da chamada “opinião pública”, nem sempre interessada em assuntos áridos e complexos. Ao lado disso, desenvolve-se a possibilidade de, com o passar do tempo, o tema cair no desinteresse e cansaço como está acontecendo com outro grave problema mundial contemporâneo: a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra dali decorrente.

Acompanhamos uma quantidade enorme de análises dos meios de comunicação que, desde o primeiro instante, caracterizaram o Hamas como grupo terrorista. O governo brasileiro tem sido muito criticado por não utilizar o termo (“terrorista”) para o Hamas e, de nada adiantou observar que, nesse quesito o Brasil seguia as orientações da Organização das Nações Unidas (ONU) que não colocava o grupo como organização terrorista. Ao mesmo tempo, os meios de comunicação que se desdobraram em analisar os eventos, não se preocuparam em definir terrorismo e ação terrorista o que é importante que façamos.

Segundo Norberto Bobbio (BOBBIO, Norberto et alii. Dicionário de Política. Brasília, Ed. Universidade de Brasília, 2010. p. 1242-1244) terrorismo pode ser entendido “como a prática política de quem recorre sistematicamente à violência contra as pessoas ou às coisas provocando o terror”. No plano internacional, o terrorismo se revela “a única forma de ação possível quando os grupos terroristas não possam ser reconduzidos a nenhuma unidade territorial, ou melhor, a nenhum Estado.” Este é o caso do Hamas e do Hezbollah que não tem um Estado para chamar de seu.

É importante que nos debrucemos sobre aspectos-chave para que possamos expressar uma concepção abalizada a respeito desse tema que, tal como a Guerra Rússia/Ucrânia, veio para ficar e, com o qual, conviveremos durante bastante tempo.

É necessário que se reflita sobre o porquê desse ataque do Hamas ao Estado de Israel 2 que, em tese, pegou a todos, especialmente, os israelenses de surpresa.

Para tanto é necessário um recuo à Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1947, que decidiu pela criação de dois Estados independentes: o Estado Palestino e o Estado de Israel na região da Palestina, ou seja, no território localizado na região do conhecido Oriente Médio ou Oriente Próximo. Seu nome se origina de Filistina ou Terra dos Filisteus. Além disso, como Jerusalém é uma cidade considerada sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos, a ONU decidiu que seu território deveria ser livre e administrado internacionalmente. Essa sessão da Assembleia Geral da ONU foi presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha que defendeu a questão da partilha e da criação do Estado de Israel, a famosa Resolução 181. Porém, por que foi realizada essa Conferência para decidir essa temática?

Desde o final do século XIX, judeus entusiasmados pelo pensamento de Theodor Herzl (1860-1904), começaram a se dirigir em direção ao território da Palestina. Theodor Herzl foi um jornalista judeu austro-húngaro que havia sofrido pessoalmente perseguições por ser judeu. Posteriormente, influenciado pelo famoso Caso Dreyfus (1894-1906) 3 , escreveu um livro O Estado Judeu onde defendia a criação de um Estado para os judeus.

No início do século XX, amplia-se a migração de judeus em direção à Terra que consideram como sua: a Palestina, cuja antiga denominação é Canaã. Começaram a comprar terras na região que se encontrava ocupada por árabes que lá se instalaram a partir do século VII d.C. O clima de tensão no território já é claro, pois, os árabes não aceitam partilhar sua terra com esse povo que chega comprando territórios com ambições de domínio.

Há um mito religioso, segundo o qual, Deus teria prometido essa terra aos judeus que seriam o seu “povo escolhido”. Deus teria dito a Abraão, um dos patriarcas hebraicos 4 que deveria sair de sua terra e se dirigir ao território que ele iria lhe mostrar e essa terra seria sua e de seus descendentes.

Segundo a tradição bíblica, os hebreus, por volta de 1.700 a.C., levados por uma fase de escassez de alimentos, migraram para o Egito, buscando se estabelecer em suas terras férteis. Inicialmente aceitos, com o passar do tempo, teriam sido escravizados, o que se manteve até aproximadamente 1.300 a.C. Aí, segundo, novamente, a tradição bíblica, teriam sido libertos por Moisés que os conduziu de volta à sua terra prometida por Deus: Canaã. Canaã, em termos atuais, corresponde aos territórios de: Israel, Faixa de Gaza, Cisjordânia, parte da Jordânia, Líbano e parte da Síria.

Porém, como era de se esperar, essa terra não estava à sua espera. Estava ocupada por cananeus e filisteus. Para se estabelecerem precisaram conquistar militarmente essa terra contra os povos que ali viviam. Segue-se um período de prosperidade em que todos conhecemos os importantes reis hebreus: Saul, Davi e Salomão, momento em que foi construído o Templo de Jerusalém, templo este que foi destruído durante o domínio romano.

Ou seja, após essa fase de prosperidade veio a decadência. Com a morte de Salomão, seu filho Roboão passou a governar. Mas seu reinado desagradou à população. Isto acabou levando à divisão do território em dois reinos: Israel Setentrional, o reino das 10 tribos e Israel Meridional, com capital em Jerusalém.

Nesse momento de fragilidade foram alvo de diversas conquistas até o domínio romano em 63 a.C. Foi sob este domínio que se deu sua diáspora (dispersão). Após uma rebelião foram expulsos pelos romanos (70 d.C.) e condenados a se espalhar por diversas regiões, excetuando-se o território do Império Romano. Assim permaneceram até voltar a se agrupar, a partir do início do século XX embalados pelas crenças de Theodore Herzl e do sionismo 5 .

As barbaridades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial e, particularmente, o terror do Holocausto com a morte de, aproximadamente, 6 milhões de judeus criaram um sentimento generalizado de culpa. Afinal, como a Europa poderia não saber dos horrores dos campos de concentração e do genocídio de povos? Boa parte dos países agiram como se o tivessem descoberto somente com a libertação dos campos de concentração, ao término do conflito.

Em meio à hipocrisia do pretenso desconhecimento, os vencedores da guerra se viram obrigados a criar uma solução para a região da Palestina, mesmo porque a pressão judaica populacional na região era explosiva. Essa região estivera sob o domínio do Império Otomano que, entretanto, com a Primeira Guerra Mundial (1914- 1918) foi destroçado. Mesmo antes do término da guerra, um documento conhecido como a Declaração Balfour (1917) se referia ao desejo do governo britânico de facilitar o estabelecimento do Lar Nacional Judeu na Palestina, se os ingleses conseguissem derrotar o Império Otomano. Após o fim do Império Otomano, a região da Palestina ficou sob o
controle de um Mandato Britânico (1920-1948).

Deve-se observar que, após a Conferência da ONU de 1947, não foram tomadas medidas concretas para a criação dos Estados. Assim, os judeus apressaram-se, em 1948, a criar unilateralmente o seu Estado. O mesmo não ocorreu com a Palestina e seu Estado ainda por se realizar.

Novamente se vivenciava o drama da chegada dos judeus a um território que consideram a sua “terra prometida por Deus” que não estava à sua espera, estava ocupada por uma população beligerante em relação ao novo Estado. Entre a sua crença religiosa como “povo escolhido por Deus” e a realidade vivenciada a distância foi abissal. Para os habitantes da região, os Palestinos, nada significava ser o “povo escolhido por Deus”. Que Deus? Eles acreditam em outras divindades. Esse povo foi visto por eles simplesmente como invasor, usurpador.

É preciso explicar que, quando da partilha, os judeus detinham apenas 7% do território e passaram a possuir 55%, enquanto os palestinos, em maioria, ficaram com 45%. Outra questão importante: na concepção de um Estado Palestino, os territórios destinados a eles foram divididos e distanciados: uma parte na estreita e diminuta Faixa de Gaza e outra parte na Cisjordânia. O tratamento desigual dado para a questão é, portanto, gritante!

Entre 1948 e 1949 os exércitos da Liga Árabe (Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque e a população árabe palestina), invadem Israel tentando evitar a consolidação do novo Estado. Mas, apesar de mais numerosos, em 1949, a Liga Árabe foi derrotada. Durante o conflito, os judeus aproveitaram para expulsar mais da metade da população palestina da região. Os palestinos consideram essa a sua diáspora: Al Nakba (a catástrofe). Popularmente é narrado que a maior parte dos palestinos expulsos guardaram as chaves de suas casas que conservam até hoje, preparando o seu retorno.

Durante essa diáspora, entretanto, os territórios destinados ao futuro Estado Palestino, foram dominados por outros povos: o Egito ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia passou a ser controlada pela Jordânia. Aos palestinos restou se espalharem pela Jordânia e pelo Líbano.

Os hebreus são os antepassados dos atuais judeus. Segundo narrativas bíblicas Abraão é considerado o pai do povo hebreu. Ele
teria sido escolhido por Deus para chefiar uma nação. Sion é o nome de uma das colinas da “Terra Santa” que, durante o reinado de Davi, se tornou sinônimo de Jerusalém.

Em 1956, uma grave crise expõe novamente a brutalidade da questão. Em 29/10/1956, forças armadas israelitas avançaram em direção ao Egito e ao Canal de Suez 6 cuja passagem controlava 2/3 do petróleo utilizado pela Europa.

Isso se deveu ao fato de que o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser nacionalizou o Canal. Nasser desejava que as taxas cobradas por franceses e ingleses passassem aos egípcios e ajudassem a financiar a represa de Assuã que almejava construir. Na investida israelense houve o apoio da França e da Inglaterra na invasão que se desencadeou.

A URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) apoiava Nasser auxiliando-o na construção da barragem de Assuã. Além disso, o líder soviético Nikita Khrushchev ameaçou com uma guerra nuclear caso a tríplice aliança (Israel, França e Inglaterra) não se retirasse. Os EUA resolvem intervir ameaçando com sanções econômicas.

Resultado: França e Inglaterra se retiraram e Israel acabou cedendo ao devolver o canal ao Egito. Este evento é excepcional pois, de um lado, revela um momento em que os EUA não apoiam Israel e, de outro, mostra uma derrota dos judeus. Em 1964, uma importante alteração no quadro: todos os grupos que lutavam pelos direitos dos palestinos se unificaram, criando a Organização pela Libertação da Palestina (OLP). Yasser Arafat, o criador do maior desses grupos, o Fatah, assume a presidência da OLP.

Porém, a situação iria se alterar brutalmente em 1967. Pretextando uma ameaça de invasão árabe, Israel conduz um ataque surpresa contra Egito, Jordânia e Síria, a breve e conhecida Guerra dos Seis Dias que terminou com a ocupação de novos territórios por Israel – provavelmente seu objetivo real. Conquistas e ocupação de áreas da Península do Sinai, da Faixa de Gaza, as Colinas de Golã, a Cisjordânia e toda a cidade de Jerusalém.

Com a guerra, a OLP precisou se exilar na Jordânia. Mas, em 1970, tentam derrubar o rei da Jordânia para assumir o controle do país. Entretanto, fracassam e são expulsos da Jordânia e obrigados a ir para o sul do Líbano onde permanecem.

Em 1972, temos a tentativa do grupo da OLP, chamado Setembro Negro, nas Olimpíadas de Munique, de sequestrar 11 atletas israelenses. No conflito, sequestradores e atletas são mortos. Em 1973, numa data sagrada para os judeus, o Yom Kippur, o “Dia do Perdão”, Egito e Síria atacam Israel.

Durante o confronto os israelitas perdem o controle da Península do Sinai e das Colinas de Golã. A intervenção dos EUA
promove a reconquista desses territórios para Israel. Como consequência desse conflito a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) resolve elevar de forma inédita os preços do produto do qual boa parte do mundo dependia. É a conhecida “Crise do Petróleo” que
afetou a economia de muitos países.

Em 1974, a Liga Árabe reconhece a OLP como a representante legítima do povo palestino e a Assembleia Geral da ONU admite a OLP como a entidade para representar (como membro observador) a Palestina em qualquer assunto que a ela dissesse respeito.

Entre 1987 e 1993 tivemos a Primeira Intifada que é o levante palestino contra a ocupação de Israel. Nessa ocasião o levante se caracterizou pelo ataque com paus e pedras pelos palestinos – sua forma de resistência – contra o todo poderoso Estado de Israel. O pretexto para o início do conflito foi a morte de trabalhadores palestinos quando duas vans israelenses colidiram com o seu transporte para o trabalho. A revolta palestina chegou até a Cisjordânia. O número de mortos, presos e desaparecidos foi avassalador.

Em 1988, a Liga Árabe reconhece a OLP e Yasser Arafat como representante dos palestinos. Na mesma data, a OLP declara a independência da Palestina o que é reconhecido pela maioria dos países. Entretanto, os territórios ocupados por Israel continuam sob seu jugo. Em 1993, Yasser Arafat do grupo Fatah, numa carta ao primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, reconheceu o Estado de Israel. Israel aceitou a OLP como representante legítima do povo palestino.

Claramente houve um distensionamento na região. É o momento para, talvez, o mais ousado e alvissareiro acordo de paz entre Palestinos e Israelenses. São os Acordos de Oslo (1993). Gostaria de dizer que, naquele momento, fui chamada diversas vezes pelos meios de comunicação para analisar esse conflito.

Reputo que esses acordos foram a mais importante tentativa de estabelecimento de paz na região. Observo ainda que, em visita ao Egito e a Israel, em 1995, pude constatar que se podia atravessar territórios que, anteriormente, seriam fechados. Tive então a possibilidade de uma ampla visita à região.

Foram um conjunto de acordos estabelecidos na cidade de Oslo na Noruega: o governo israelense foi representado pela figura de Yitzhak Rabin e a OLP representada por Yasser Arafat. A mediação coube ao então presidente dos EUA Bill Clinton. O plano deveria ter a duração de 6 anos (1993-1999) e compreendia a retirada de Israel da Faixa de Gaza e de regiões da Cisjordânia, com a transferência de poderes à OLP.

Previa também a transferência de outras aldeias da 6 Inaugurado em 1869 idealizado por Ferdinand de Lesseps e administrado em conjunto pela França e Inglaterra que angariava as taxas cobradas pelo transporte de navios pelo Canal. Cisjordânia, realização de eleições em breve, com a permissão da movimentação entre os territórios transferidos.

O mais importante: a discussão sobre os assentamentos judeus nos territórios palestinos e em Jerusalém. Apesar de, num primeiro momento, as resoluções terem sido levadas adiante, logo as desconfianças de ambas as partes predominaram e o plano fracassou. Importante assinalar que, em 1995, Yitzhak Rabin foi assassinado por um seu compatriota judeu
fanático que não aceitava os acordos de Oslo.

Uma consequência positiva desses acordos foi a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em 1994. A ANP passou a controlar os territórios de Gaza e Cisjordânia e Yasser Arafat foi seu primeiro presidente, exercendo o
cargo até sua morte em 2004.

Um pequeno parêntese, em minha viagem de 1995 à região, nosso guia falava de forma muito satisfatória que Binyamin Netanyahu, a quem chamava carinhosamente de “Bibi”, estava de volta, colocando-o como a solução para todos os conflitos. Dito e feito! Em 1996, “Bibi” é eleito pelo Partido Likud, extremamente conservador. Interrompe o processo de desocupação dos territórios palestinos e amplia os assentamentos de colonos judeus em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Porém, em 1999, Ehud Barak, é eleito Primeiro-Ministro de Israel. Barak pertencia ao Partido Trabalhista (o mesmo de Yitzhak Rabin), de tendência social-democrata. Sob sua administração, Israel retira-se do sul do Líbano. Porém, sofrendo muitas represálias dos israelenses, Barak acaba renunciando. Novas eleições são convocadas com a vitória do general Ariel Sharon, do Likud, declarado inimigo dos palestinos.

Apesar de admoestado Sharon, contrariando os palestinos faz uma visita à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. O local é considerado sagrado pelos israelenses, mas também o é para os palestinos que o reivindicam como capital de seu futuro Estado. Entendendo a atitude de Sharon como provocação, tem início nova Intifada.

Em 2004, Yasser Arafat morreu e, em 2005, terminou a segunda Intifada. Os israelenses deixaram a Faixa de Gaza que, pela primeira vez, viveu um processo de eleições. Entretanto, a vitória pertenceu ao Hamas que não é um
consenso entre os palestinos e estabeleceu um governo na região. O Fatah de Yasser Arafat tem muitas divergências com o Hamas. Só para ficarmos em uma delas, o objetivo do Hamas é destruir o Estado de Israel que não aceita. O Fatah, desde 1988 reconhece o Estado de Israel.

Ao se retirar de Gaza, Israel impôs um bloqueio à região e lançou vários ataques militares: 2008, 2012, 2014, 2021. É importante frisar que Netanyahu que governou Israel no final do século XX, ao longo do século XXI, esteve no poder entre 2009 e 2021 e, após um pequeno interregno, voltou ao poder em 2022 apoiado por uma coalizão de
extrema-direita.

Peço desculpas pelo longo histórico perseguido por este artigo. Entretanto, se não tivermos conhecimento dos fatos, seremos apenas repetidores das notícias que nos bombardeiam e que nos levam a crer numa imparcialidade. Não há imparcialidade! Quando nos expressamos estamos exprimindo nosso ponto de vista, do lugar social de onde falamos. Como diz Gilberto Gil: “que a paz invada nossos corações!”

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Chega ao Brasil 8º voo de repatriação de brasileiros vindos de Israel https://canalmynews.com.br/brasil/chega-ao-brasil-8o-voo-de-repatriacao-de-brasileiros-vindos-de-israel/ Mon, 23 Oct 2023 12:58:03 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40785 Desde 10 de outubro, 1.410 brasileiros, três bolivianas e mais de 50 animais domésticos foram transportados do território israelense para o Brasil

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O oitavo voo de repatriação de brasileiros procedentes de Israel chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (23). A aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), pousou às 4h no Rio de Janeiro). Ao todo, 209 brasileiros que estavam em áreas de conflito, além de nove animais de estimação, deixaram Tel Aviv, capital de Israel.

De acordo com o último balanço do governo federal, desde 10 de outubro, 1.410 brasileiros, três bolivianas e mais de 50 animais domésticos foram transportados do território israelense para o Brasil. Outra aeronave, um VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República, está no Cairo, capital do Egito, aguardando autorização para resgatar brasileiros.

No último domingo (22), o Ministério das Relações Exteriores informou, em nota, que, tendo em conta as condições locais atuais e a operação regular do aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, não estão previstos voos adicionais para brasileiros em Israel.

Ainda segundo o Itamaraty, há um grupo de 30 brasileiros e familiares diretos que aguardam retirada da Faixa de Gaza, abrigado nas localidades de Khan Younis e Rafah, nas proximidades da fronteira com o Egito. “O governo brasileiro, por meio do Escritório de Representação do Brasil em Ramala, mantém permanente contato com eles”.

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Avião da FAB decola nesta sexta para resgatar brasileiros em Israel https://canalmynews.com.br/brasil/aviao-da-fab-decola-nesta-sexta-para-resgatar-brasileiros-em-israel/ Fri, 20 Oct 2023 09:16:41 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40707 Retorno está previsto para o domingo (22) à tarde, com pouso do KC-30 na madrugada da segunda-feira (23), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio

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A Operação Voltando em Paz, do governo federal, realiza o nono voo de repatriação de brasileiros em Israel. A aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 17h (horário de Brasília) desta sexta-feira (20). O destino é Tel Aviv, em voo direto.

O retorno está previsto para o domingo (22) à tarde, com pouso do KC-30 na madrugada da segunda-feira (23), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio.

Um avião da Força Aérea Brasileira KC-30, procedente de Tel Aviv, pousou na madrugada desta quinta-feira (19) no Rio com 219 brasileiros repatriados da zona de guerra no Oriente Médio. Eles trouxeram 11 animais de estimação no sexto voo de repatriação. Com isso, chegou a 1.135 o número de brasileiros atendidos pela Operação Voltando em Paz.

O problema ocorre com o grupo de brasileiros na Faixa de Gaza, pois não há previsão para saída de pessoas do enclave palestino. Um avião presidencial já está no Cairo, capital do Egito, aguardando autorização para tirar os brasileiros pela fronteira com o Egito.

Repatriação
O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.135 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza. Foram seis voos desde o dia 10 de outubro.

A operação inclui veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto.

Há ainda 15 estrangeiros de países latino-americanos, da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai, que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra.

Assista “Repatriado brasileiro conta como foi o primeiro momento da guerra”:

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Brasil é convidado para reunião no Egito sobre crise em Gaza https://canalmynews.com.br/brasil/brasil-e-convidado-para-reuniao-no-egito-sobre-crise-em-gaza/ Thu, 19 Oct 2023 10:32:32 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40675 Foco principal do encontro é a crise humanitária em Gaza. Território está cercado e sofrendo bombardeios contínuos das forças militares de Israel

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O governo do Egito, país que faz fronteira com a Faixa de Gaza, na Palestina, convidou o Brasil para participar de uma cúpula com outros países para discutir a guerra entre Israel e o grupo Hamas. A informação foi confirmada à Agência Brasil pela Presidência da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recupera de uma cirurgia no quadril e não pode viajar. Um representante irá em seu lugar, mas o nome ainda não foi anunciado. A cúpula ocorrerá neste sábado (21), no Cairo, capital egípcia.

O foco principal do encontro é a crise humanitária em Gaza. O território está cercado e sofrendo bombardeios contínuos das forças militares de Israel, desde a eclosão de um novo conflito, há pouco mais de uma semana, quando o Hamas promoveu uma série de ataques em território israelense, que resultou na morte de centenas de civis e provocou uma forte contraofensiva.

O convite ao Brasil ocorre após a tentativa do país, que preside atualmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, de aprovar uma resolução sobre o conflito no colegiado. A diplomacia brasileira obteve amplo apoio em torno de um texto de consenso, mas a oposição dos Estados Unidos, que é membro permanente do Conselho a tem direito a veto, frustrou a expectativa de ver a resolução aprovada. Além do Egito e Brasil, outros países árabes, como Jordânia, Catar e Turquia devem participar, mas nenhuma lista oficial dos países participantes foi divulgada até o momento.

No último fim de semana, Lula falou por telefone com o presidente do Egito. Um avião da Presidência da República está no país e aguarda para fazer a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza, perto da fronteira com o Egito. A travessia da fronteira ainda não foi autorizada.

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Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta do Brasil sobre conflito https://canalmynews.com.br/politica/conselho-de-seguranca-da-onu-rejeita-proposta-do-brasil-sobre-conflito/ Wed, 18 Oct 2023 15:44:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40671 Resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18) a proposta apresentada pelo governo brasileiro sobre o conflito envolvendo Israel e o grupo extremista palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O texto pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

O resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira.

A análise da resolução estava inicialmente prevista para o início da semana, mas foi adiada para esta quarta-feira na sede da entidade, em Nova York.

Após a votação, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, lembrou que o presidente norte-americano, Joe Biden, está, neste momento, na região do conflito, o que, segundo ela, demonstra o envolvimento do país no tema. “Apesar de reconhecermos o desejo do governo brasileiro de aprovar a proposta, acreditamos que precisamos deixar essa diplomacia acontecer.”

“Sim, resoluções são importantes. E sim, esse conselho deve se manifestar. Mas as ações que tomamos devem levar em conta o que acontece no local e apoiar esforços diretos de diplomacia que podem salvar vidas”, disse. “Os Estados Unidos estão desapontados pelo fato dessa resolução não mencionar o direito de Israel de autodefesa. Como qualquer outro país do mundo, Israel tem o direito de se autodefender”.

Na segunda-feira (16), membros do conselho rejeitaram uma proposta de resolução da Rússia sobre o conflito. O país apresentou um projeto de cessar-fogo imediato, incluindo a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos contra Israel. A proposta teve cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções.

Entenda
O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes, a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo a Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

* Matéria alterada às 12h28 para acrescentar posicionamento da embaixadora dos EUA na ONU

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Gaza: OMS condena ataque a hospital e pede fim de evacuação https://canalmynews.com.br/internacional/gaza-oms-condena-ataque-a-hospital-e-pede-fim-de-evacuacao/ Wed, 18 Oct 2023 10:27:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40650 De acordo com a organização, o hospital era uma das 20 instituições da região que receberam ordens de evacuação pelas forças de segurança israelenses

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nota condenando o ataque aéreo ao hospital Al Ahli Arab, localizado no norte da Faixa de Gaza.

No momento do ataque, o hospital estava em operação, com pacientes, profissionais de saúde e pessoas internadas. Há relatos de centenas de mortos e feridos.

De acordo com a organização, o hospital era uma das 20 instituições da região que receberam ordens de evacuação pelas forças de segurança israelenses.

“A ordem de evacuação tem sido impossível de ser executada dada a atual insegurança, o estado crítico de muitos pacientes e a falta de ambulâncias, pessoal, capacidade de camas do sistema de saúde e abrigo alternativo para os deslocados”, diz a organização internacional.

A OMS pede a suspensão das ordens de evacuação e a proteção dos civis e das unidades de saúde durante o conflito Israel-Hamas.

“O direito humanitário internacional deve ser respeitado, o que significa que os cuidados de saúde devem ser ativamente protegidos e nunca visados”.

Ataque
Estima-se que mais de 500 pessoas morreram ou ficaram feridas no bombardeio ao hospital, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

O grupo acusa Israel de ter liderado o ataque aéreo. Militares israelenses negam a responsabilidade pela ação e alegam que a unidade foi atingida por um lançamento fracassado de um foguete pela Jihad Islâmica.

O Café do MyNews de 18 de outubro trata do ataque:

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Conselho da ONU analisa na quarta-feira resolução sobre conflito https://canalmynews.com.br/internacional/conselho-da-onu-analisa-na-quarta-feira-resolucao-sobre-conflito/ Wed, 18 Oct 2023 10:19:44 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40647 Análise da proposta da presidência do Conselho, que neste mês está sendo exercida pelo Brasil, estava inicialmente prevista para segunda-feira (16), mas foi adiada para esta terça-feira (17)

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai analisar nesta quarta-feira (18) o projeto de resolução elaborado pelo Brasil sobre o conflito no Oriente Médio. O texto pede pausas humanitárias na troca de agressões entre Israel e o grupo palestino do Hamas para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A reunião acontece às 10h, no horário de Nova York.

A análise da proposta da presidência do Conselho, que neste mês está sendo exercida pelo Brasil, estava inicialmente prevista para segunda-feira (16), mas foi adiada para esta terça-feira (17). No entanto, no fim da tarde, o Itamaraty confirmou que a reunião será amanhã.

Na segunda-feira (16), os membros do Conselho rejeitaram a proposta de resolução da Rússia sobre o conflito, que apresentava a proposta de um cessar-fogo imediato, a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos.

A proposta da Rússia teve cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções. Para aprovar uma resolução na ONU, é preciso o apoio de 9 dos 15 membros e nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

O Conselho de Segurança tem cinco membros permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Outros 10 países fazem parte do conselho rotativo: Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

Assista ao Café desta terça-feira (17) que tratou do tema:

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Chanceler vai ao Senado falar sobre posição no conflito Israel-Palestina https://canalmynews.com.br/internacional/chanceler-vai-ao-senado-falar-sobre-posicao-no-conflito-israel-palestina/ Tue, 17 Oct 2023 13:30:29 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40610 Objetivo é compreender a posição da diplomacia brasileira e coletar informações sobre a repatriação de brasileiros

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Diante da escalada do conflito entre Israel e Palestina e a crise humanitária na Faixa de Gaza, a Comissão de Relações Exteriores marcou uma audiência pública para ouvir o chanceler Mauro Vieira. A reunião com o ministro das Relações Exteriores começa às 13h desta quarta-feira (18).

O objetivo é compreender a posição da diplomacia brasileira e coletar informações sobre a repatriação de brasileiros. A CRE é presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

A reunião será interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do portal e-cidadania, na internet, em senado.leg.br/ecidadania ou pelo telefone da ouvidoria 0800 061 22 11.

Como participar
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.

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Bennett é o novo primeiro-ministro de Israel. E agora Brasil? https://canalmynews.com.br/vip/bennett-e-o-novo-primeiro-ministro-de-israel-e-agora-brasil/ Thu, 17 Jun 2021 18:12:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bennett-e-o-novo-primeiro-ministro-de-israel-e-agora-brasil/ O novo premiê coloca um ponto final no governo de Benjamin Netanyahu, mas as relações com Brasil não devem sofrer modificações

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ONU abre investigação sobre conflito entre Israel e Hamas https://canalmynews.com.br/mais/onu-abre-investigacao-sobre-conflito-entre-israel-e-hamas/ Fri, 28 May 2021 17:32:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/onu-abre-investigacao-sobre-conflito-entre-israel-e-hamas/ Brasil se absteve na votação do Conselho de Direitos Humanos que provou apuração sobre o conflito que deixou ao menos 244 mortos

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A ONU abriu uma investigação para apurar abusos de direitos humanos em Israel e em territórios palestinos depois do conflito entre os dias 10 e 21 de maio.

Palestinos vão às ruas para comemorar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Palestinos vão às ruas para comemorar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

A investigação tentará reunir provas que poderão ser usadas em processos judiciais e, dependendo do que for apurado, identificar os culpados que poderão ser julgados.

Depois de 11 dias de ataques, Hamas e Israel concordaram com um cessar-fogo que está em vigor. O acordo foi aprovado após uma mediação do Egito. O episódio deixou ao menos 244 mortos, sendo 232 palestinos e 12 israelenses.

É a primeira vez que uma investigação é estabelecida com tempo indefinido. Outras comissões de investigação têm um prazo que precisa ser renovado. Existe, por exemplo, uma apuração sobre a guerra civil na Síria que precisa ser renovada a cada ano para continuar.

Na sessão, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, declarou que os bombardeios israelenses sobre a Faixa de Gaza poderiam ser considerados crimes de guerra. Ela também declarou que os foguetes lançados pelo Hamas contra o território israelense desrespeitaram o direito internacional.

Israel já declarou que não vai cooperar com a investigação. O governo israelense disse que é uma tentativa de limpar os crimes cometidos pelo Hamas, que são terroristas. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, chamou a decisão da ONU de vergonhosa.

Já o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, declarou que agiu em “resistência legítima” e pediu uma punição internacional a Israel.

Brasil

A resolução foi aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. Dos 47 países membros, 24 países votaram a favor, 9 contra e 14 se abstiveram. O Brasil está entre os que preferiram a abstenção.

O Brasil foi representado pela embaixadora Maria Luisa Escorel. Na fala dela, a embaixadora disse que apoia o diálogo e que o Brasil apoia um acordo de longo prazo. Mas, sobre os ataques, ela teve um claro posicionamento a favor de Israel.

A embaixadora disse que “o Brasil condena nos termos mais fortes os lançamentos de foguetes de Gaza contra a população israelense pelo Hamas e por outros grupos militantes”.

Quanto aos bombardeios de Israel, ela disse que as mortes de civis e danos do lado palestino preocupam, e pediu para que Israel tenha “cautela máxima enquanto exercem seu direito de autodefesa”.

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Cessar-fogo entre Israel e Hamas entra em vigor https://canalmynews.com.br/mais/cessar-fogo-entre-israel-e-hamas-entra-em-vigor/ Fri, 21 May 2021 12:45:22 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/cessar-fogo-entre-israel-e-hamas-entra-em-vigor/ Em 11 dias, conflito deixou ao menos 244 mortos, sendo 232 palestinos e 12 israelenses

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O cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor nesta sexta-feira (21). O acordo foi mediado pelo Egito após 11 dias de conflito.

Palestinos vão às ruas para comemorar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Palestinos vão às ruas para comemorar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

A interrupção dos ataques entrou em vigor às 2h da manhã no horário local – no horário de Brasília, 20h de quinta-feira.

O Hamas já havia aceitado o cessar-fogo, mas o governo de Israel resistia enquanto os bombardeios continuavam.

Na noite de quinta-feira (20), o governo de Israel divulgou um comunicado anunciando que aceitava o cessar-fogo, mas fala que a paz pode ser temporária.

“A ala política enfatiza que a realidade concreta determinará a continuação da campanha”, afirma o comunicado.

Pressão internacional

Havia pressão da comunidade internacional por esse cessar-fogo. Além do Egito, a União Europeia também pedia o acordo. A França chegou a divulgar uma resolução da ONU em que cobrava uma pressão maior dos Estados Unidos nas negociações. O governo francês apoiou o acordo proposto pelo Egito, que também teve a participação da Jordânia.

Os Estados Unidos são aliados de longa data de Israel. Segundo a Casa Branca, o presidente Joe Biden teve várias conversas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enquanto o governo do Egito mantinha contato com o Hamas.

Em 11 dias, pelo menos 244 pessoas morreram, sendo 232 na Faixa de Gaza e 12 em Israel.

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Fernando K. Lottenberg: Mais uma guerra em Gaza https://canalmynews.com.br/dialogos/fernando-k-lottenberg-mais-uma-guerra-em-gaza/ Mon, 17 May 2021 19:18:48 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fernando-k-lottenberg-mais-uma-guerra-em-gaza/ O objetivo do Hamas, conforme seu estatuto, é implantar, na região que hoje abarca Israel, Gaza e Cisjordânia, um estado islâmico, regido pela sharia

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O atual conflito entre Israel e o Hamas tem suas raízes em um fato: a recusa dessa  organização político-militar-religiosa, que tem sua origem na Irmandade Muçulmana, a reconhecer o direito de existir um Estado judeu, em qualquer parte do território que vai do Mediterrâneo ao Rio Jordão. O objetivo do Hamas, conforme seu estatuto, é implantar, na região que hoje abarca Israel, Gaza e Cisjordânia, um estado islâmico, regido pela sharia. 

Faz sentido, portanto, que o Hamas busque acender e avivar tensões políticas e  religiosas, transformando-as em conflito. Um complicado processo judicial, no qual se discute restituição de propriedades em Jerusalém após conflitos armados, aliado a distúrbios na Esplanada das Mesquitas/Monte do Templo, permitiu a lideranças  fundamentalistas brandir a surrada tese de que “Al-Aqsa está em risco”, um slogan tão antigo quanto falso. 

O período de soberania israelense sobre Jerusalém, há 54 anos, tem sido o momento de maior liberdade religiosa ali, no último século e meio. Apenas para registrar, de 1948 a 1967, sob controle jordaniano, os judeus foram simplesmente proibidos de entrar na Cidade Velha e orar no Muro das Lamentações. Desde a Guerra dos Seis Dias, Jerusalém tornou-se um exemplo de lugar onde vigora a liberdade de culto, para  judeus, cristãos e muçulmanos. As mesquitas, aliás, continuam sob controle do Waqf,  uma organização islâmica jordaniana, em razão de um acordo feito em 1967 e  revalidado em 1994, nos acordos de paz entre Israel e Jordânia. 

Mas logo o conflito ampliou-se quando o Hamas, a pretexto de apoiar manifestantes árabes em Jerusalém, passou a lançar foguetes de Gaza – de onde Israel se retirou em 2005 – sobre a população civil israelense. É curioso notar que, quando Israel ataca alvos militares ligados ao Hamas e às demais organizações militares palestinas, é  acusado de estar bombardeando civis. Já quando grupos armados palestinos lançam foguetes sobre a população civil em Israel, essa crítica não aparece. Outro argumento comum é o da “desproporcionalidade”. Seria o caso de se perguntar: quantas vítimas  israelenses seriam necessárias para que o conflito se tornasse “proporcional”? 

Será preciso esperar para saber o desfecho da rodada de beligerância. O conflito se  espraiou para dentro do território israelense, jogando cidadãos árabes e judeus uns contra os outros, em cenas de extremismo e violência inéditas. Uma coisa é certa: o atual conflito minou seriamente a possibilidade de se formar em Israel uma coalizão de partidos que vão da direita à esquerda, com o apoio de partidos de maioria árabe, algo inédito e que vinha sendo ensaiado desde que a última eleição, a quarta em dois  anos, terminou novamente em impasse. Um resultado prático, portanto, da atual  refrega, poderá ser a instauração de um governo nacionalista-religioso mais radical em Israel. Os extremos se ajudam, com o perdão pelo clichê.

Outro objetivo do Hamas e das demais organizações armadas palestinas, que funcionam como longa manus do regime iraniano, é enfraquecer o processo de reconhecimento de Israel por parte de países árabes e islâmicos, notadamente do  Golfo e do Norte da África. Aqui também será necessário acompanhar de perto para  saber se haverá consequências nesse terreno. 

E um detalhe: as eleições palestinas, que há quinze anos não aconteciam e estavam  marcadas para agora, foram adiadas pela Autoridade Palestina, comandada pelo Fatah – rival do Hamas. A exibição de disposição para enfrentar Israel e fazer uma conexão entre Gaza e Jerusalém é também uma carta que o Hamas lança à mesa para reforçar seu cacife, neste momento de impasse político, formando uma tempestade perfeita.


Quem é Fernando K. Lottenberg?

Fernando K. Lottenberg é advogado, membro e ex-presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB).

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Ibrahim Alzeben: Israel aprendeu a lição? O mundo vai se mover? https://canalmynews.com.br/dialogos/ibrahim-alzeben-israel-aprendeu-a-licao-o-mundo-vai-se-mover/ Mon, 17 May 2021 15:26:44 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ibrahim-alzeben-israel-aprendeu-a-licao-o-mundo-vai-se-mover/ Israel é um país ocupante. O mundo deve reconhecer publica e efetivamente. A paz é nossa escolha. Segue sendo nossa escolha

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A Terra três vezes Santa foi transformada da noite para o dia em um campo de batalha novamente, após uma relativa calma que durou anos.

O mundo apostou na paz, e a maioria dos palestinos também.

As últimas três décadas foram acompanhadas por um declínio gradual nas chances de paz entre Israel e Palestina. Não pretendo aqui entrar nos detalhes que já são convencidos por todos desde a assinatura dos acordos de Oslo, inclusive desde antes, mas temos que ler os resultados obtidos.

A região está à beira de um precipício, à beira de uma guerra devastadora em que se especula o possível uso armas Não convencionais, da tecnologia avançada de destruição ameaçando a região e seus arredores e a segurança da paz mundial.

A palavra agora é do mundo e das suas instituições responsável por manter a segurança, a paz, o meio ambiente e os direitos humanos.

A Organização das Nações Unidas (ONU), os Estados Unidos e sua nova administração, o Quarteto Internacional e os países vizinhos. Esta guerra deve parar, mas sobre bases sólidas, claras e específicas que levem ao estabelecimento do Estado da Palestina com Jerusalém Oriental como sua capital, de acordo com as resoluções da ONU e da vontade declarada do mundo.

As guerras mais terríveis e destrutivas começaram com uma faísca.

Os acontecimentos agora alcançam o nível de genocídio.

Precisamos por acaso de outra rodada que será muito pior do que suas antecessoras?

A destruição de Gaza por Israel e a privação do povo da Palestina de seus direitos legítimos apenas destrói a paz e as oportunidades de coexistência pelas quais lutamos e aceitamos, apesar da injustiça histórica ao longo de setenta e três anos.

Israel é um país ocupante. O mundo deve reconhecer publica e efetivamente. A paz é nossa escolha. Segue sendo nossa escolha.

A região não tem outro caminho digno a não ser a paz baseada na justiça e na força da lei.


Quem é Ibrahim Alzeben?

Ibrahim Alzeben é embaixador da Palestina no Brasil.

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Ruben Sternschein: Pergunte pela paz https://canalmynews.com.br/dialogos/ruben-sternschein-pergunte-pela-paz/ Mon, 17 May 2021 15:19:40 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ruben-sternschein-pergunte-pela-paz/ Celebrar a morte dos inocentes, promover essa alegria entre crianças e jovens, é o pior sacrilégio imaginável. É o que faz o Hamas, o Jihad Islâmico, o Hizbolá

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Os judeus moravam em Israel nos tempos bíblicos, há 3500 anos. No ano 586 AEC foram conquistados, massacrados e exilados pelo império Babilônico, permitidos de voltar pelo império persa uns 50-70 anos depois e novamente conquistados, massacrados e exilados pelos romanos no ano 70 DEC. Por 2000 anos os judeus mantiveram seu vínculo com seu lar ancestral  três vezes por dia nas rezas que se realizam em direção a Israel e que incluem vários parágrafos alusivos a Jerusalém, três vezes por dia nas refeições que agradecem pela terra de Israel e por Jerusalém, nas datas das destruições que estabeleceram  a prática de 4 jejuns, na celebração do shabat como antecipo da paz que devolveria a oportunidade de voltar a Israel, na celebração da páscoa que conclui com a frase “no ano próximo em Jerusalém”, na celebração de chanucá (festa das luzes), na celebração de pentecostes, na celebração da festa das cabanas, e na quebra do copo no final do casamento judaico. Durante esse período se sucederam impérios, religiões e  povos diferentes. Uns passaram, outros ficaram, junto a um pequeno remanente judeu. Na transição da idade antiga para a idade média foi quando os romanos e os bizantinos denominaram várias partes do território como Palestina. O último foi o mandato britânico que se propôs dividir o território em dois estados, um para a população judia e outro para a árabe. No ano 1922 o Mandato criou a Jordânia com o intuito de cumprir a promessa dada à população árabe.  O lado judaico deveu esperar mais 25 anos. Em 1947 a ONU votou uma nova divisão da parte que os britânicos prometeram aos judeus, a fim de criar um estado para os judeus e outro para outros setores da população árabe que nele ficou . Os judeus aceitaram a decisão e declararam a independência no território designado. A população árabe junto a vários países da região se recusaram e atacaram o jovem estado numa guerra devastadora que terminou com novas delimitações do território. Famílias árabes e judias fugiram, outras foram expulsas e outras se realocaram em casas que outrora pertenciam à outra população. A história de não aceitação da existência judaica através de  ataques militares vem se repetindo há décadas. A guerra mais determinante foi a de junho de 1967 quando em resposta às ameaças egípcias Israel se antecipou e os exércitos árabes recuaram de vastos territórios incluindo Jerusalém oriental, Gaza, as Alturas do Golan e Cisjordânia. Em Israel se dividiram as ideias sobre qual seria a forma de garantir a paz através desses territórios. Os habitantes deles ficaram reféns de políticas inconclusivas, condições deploráveis, falta de direitos básicos, lideranças locais corruptas e células terroristas de vários grupos  que abusam de sua desgraçaria para recrutar seus jovens como assassinos suicidas.

Na última semana coincidiram eventos infelizes: Famílias judias que eram donas de casas invadidas há décadas por famílias árabes reclamaram seus direitos. A lei fria lhes dá a razão, o coração sensível aos Direitos Humanos – não. Manifestações em apoio à umas famílias como a outras resultaram em tumultos que se estenderam a lugares sagrados no momento do Ramadã e do aniversário de Jerusalém. A polícia mal liderada reagiu com gases e balas de borracha no intuito de dissipar as agressões e devolver as vizinhanças a suas casas em segurança. As milícias do Hamas a longos quilômetros dos tumultos dispararam centenas de mísseis nas cidades de Israel. Vários deles caíram por erro nas populações árabes. Há mortos, feridos, despojados e amedrontados, entre todos os grupos religiosos e culturais. 

Até aqui os fatos documentados pelas evidências arqueológicas, históricas e jornalísticas. As narrativas são diversas. 

As discussões, as estratégias, os valores, as razões podem ser variadas e discutidas. O terror não. A guerra é a pior invenção humana, mas tem limites, estabelecidos internacionalmente. Disparar indiscriminadamente a populações civis com o intuito de matar inocentes é assassinato, é terror, e é inadmissível em toda e qualquer situação. Celebrar a morte dos inocentes, promover essa alegria entre crianças e jovens, é o pior sacrilégio imaginável. É o que faz o Hamas, o Jihad Islâmico, o Hizbolá. Israel como qualquer pais, tem o dever – não somente o direito –  de impedi-lo. Para cumprir com o mandamento bíblico e humano de escolher pela vida (Deuteronômio 30:19). De todos.

O panorama é especialmente triste na perspectiva de que um novo governo estava se harmonizando no parlamento israelense incluindo direitas, esquerdas, diversas linhas religiosas e partidos árabes. Mais ainda à luz da colaboração sanitária e humanitária entre todas as populações durante a pandemia. Médicos árabes atendiam judeus. Médicos judeus atendiam árabes. 

Como judeu, como pai, como filho, como humano, compreendo e sofro a urgência da resolução deste conflito. Vejo com vergonha a miséria de famílias palestinas nos territórios em discussão abandonados por seus dirigentes e por Israel, que não contam com a prosperidade, a democracia e os direitos humanos dos árabes das outras regiões de Israel que me enchem de orgulho. A mente se revolta diante do uso manipulativo das reações sociais para ganhar poder a expensas de vidas. A sensibilidade humana não pode aceitar a tentativa de assassinar crianças e idosos judeus com mísseis e estimular linchamentos entre populações árabes e judias que conviviam em paz nas cidades mistas de Lod e Acre até semana passada.

No meio dos gritos e assassinatos terroristas por um  lado e de civis extremistas judeus e árabes por outro, soube que grupos de judeus se ofereceram para ajudar árabes ameaçados por extremistas judeus e vice-versa: grupos de civis árabes dispostos a defender judeus ameaçados por vizinhos árabes extremistas. Colegas rabinos, padres, pastores, sheiks e imãs se uniram para rezar pela paz e chamar seus fiéis a reconstruí-la. 

No judaísmo a Paz como a vida são valores centrais. A saudação mais antiga e mais nova pergunta: como esta sua paz. Deus é conhecido como quem faz a paz. Pela paz deve se renunciar a honrarias e até ao próprio Deus. Pela vida, a tudo.

Um colega e amigo rabino e professor de filosofia em Jerusalém, escreveu que o versículo : “peçam pela paz de Jerusalém” (Salmos 122:6) deve ser lido literalmente nesta hora: “perguntem pela paz de Jerusalém”. Perguntem o que é necessário para que aconteça.  Escrevo estas linhas como reza ativa para que achemos a resposta. 


Quem é Ruben Sternschein?

Ruben Sternschein é rabino da Congregação Israelita Paulista, Doutor em Filosofia Judaica pela USP e pesquisador da USP e da UNFESP.

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Judeus pela Democracia: Antes de se posicionar sobre Israel e Palestina, pense nisso! https://canalmynews.com.br/dialogos/judeus-pela-democracia-antes-de-se-posicionar-sobre-israel-e-palestina-pense-nisso/ Sun, 16 May 2021 19:47:14 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/judeus-pela-democracia-antes-de-se-posicionar-sobre-israel-e-palestina-pense-nisso/ Judeus não podem ser responsabilizados pelas decisões dos líderes israelenses, assim como muçulmanos não são responsáveis pelas decisões dos líderes palestinos

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O Judeus pela Democracia é um grupo formado por judeus progressistas brasileiros. Criado pouco antes das eleições de 2018, revoltados com o apoio, supostamente oficial, da comunidade do Rio de Janeiro ao então candidato Bolsonaro (o que foi, acima de tudo, um desrespeito à pluralidade da comunidade judaica). Atuamos desde então na luta pela democracia e direitos humanos no Brasil.

Não costumamos nos manifestar publicamente sobre o conflito Israel e Palestina. Não fazemos porque entre nós não há consenso. E por que deveria de haver? O fato de sermos judeus não nos dá conhecimento “automático” para falar sobre o tema.

O conflito é um dos temas mais complexos da política internacional dos séculos XX e XXI, com capítulos complexos, permeado por discursos maniqueístas e mentiras que afetam diretamente o imaginário das militâncias internacionais da direita e da esquerda.

Dito isso, nos manifestamos excepcionalmente por conta da escalada de violência dos últimos dias para pedir, urgentemente, que algumas regras no discurso sejam consideradas, sobretudo na busca de se evitar discursos de ódio antissemitas ou islamofóbicos.

Primeiro, “judeu” ou “muçulmano” são termos que se referem a grupos étnico-religiosos no mundo inteiro. “Palestinos” ou “Israelenses” são identidades nacionais. Também é preciso rever a aplicação do termo “sionismo”, que nada mais é do que a crença no direito do povo judeu à autodeterminação. Nem todas os sionistas compartilham da mesma opinião sobre a divisão do território e princípios de Israel. Hoje vemos o termo sendo usado de forma pejorativa, como sinônimo de abuso ao povo palestino. Isso é pesado de se ouvir, sobretudo para um sionista que não coaduna com políticas de opressão aos palestinos.

Os termos “árabe” e “islamismo” também precisam ser utilizados corretamente. Enquanto o primeiro é um grupo diverso de pessoas cuja língua materna é o árabe, o segundo é um termo que se refere a um espectro de ideologias. “Árabe” ou “islâmico” jamais podem ser utilizados como sinônimos de terrorismo.

Outro ponto importantíssimo: judeus não podem ser responsabilizados pelas decisões dos líderes israelenses, assim como muçulmanos não são responsáveis pelas decisões dos líderes palestinos. São comunidades plurais e não têm posições políticas pré-determinadas, neste ou em qualquer assunto. O mesmo se aplica a cidadãos israelenses ou palestinos. Imaginem se todos os brasileiros fôssemos responsáveis pelas decisões de nosso governo?

Considerando os parágrafos acima fica mais fácil entender o próximo ponto: não afirme que muçulmanos devem deixar a Palestina porque eles têm o resto do Oriente Médio inteiro. Também não afirme que judeus israelenses devem “voltar de onde vieram”. Falar de “teorias da conspiração” também é necessário: Israel não é uma conspiração para dominar o Oriente Médio e compará-lo com a Alemanha Nazista é ultrajante. A Palestina não é conspiração para forçar um Califado em Israel ou no Mundo. Achar que a Palestina é o Daesh/Estado Islâmico é absurdo.

E o mais importante: israelenses e palestinos são seres humanos que enxergam seus territórios como “lar”. Celebrar a morte de qualquer um dos dois é inaceitável.

Por último, fica o recado do JPD: seja sensível às pessoas pró-Israel ou pró-Palestina (ou os dois, simultaneamente) – eles podem ter amigos/família envolvidos na situação ou Israel/Palestina podem representar algo importante para eles, como o senso de luta, ou um lugar de segurança em tempos de perseguição.


Quem são os Judeus pela Democracia?

O coletivo Judeus pela Democracia é um grupo de judeus pela defesa do Estado Democrático de Direito e na luta contra o fascismo, o racismo, o machismo e a lgbtfobia.

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Israel bombardeia prédio com veículos de comunicação em Gaza https://canalmynews.com.br/mais/israel-bombardeia-predio-com-veiculos-de-comunicacao-em-gaza/ Sat, 15 May 2021 16:19:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/israel-bombardeia-predio-com-veiculos-de-comunicacao-em-gaza/ Prédio com redação da agência de notícias Associated Press e do canal de TV Al Jazeera foi alvo de mísseis; jornalista denúncia destruição de equipamento

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O prédio em Gaza, na Palestina, que funciona como sede da agência de notícias Associated Press e do canal de TV Al Jazeera foi alvo de um ataque aéreo das forças militares de Israel que destruiu o edifício neste sábado (15).

Até o momento, não há notícias de mortos ou feridos no incidente.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que atacaram o local porque ele estava sendo utilizado para conter “ativos militares pertencentes aos escritórios de inteligência da organização terrorista Hamas” e que o Hamas usava os escritórios da imprensa como “escudos humanos”. Ainda de acordo com as Forças de Defesa de Israel, os civis foram avisados do bombardeio e tiveram “tempo suficiente” para abandonar o local.

Linah Alsaafin, produtora da Al Jazeera, afirmou no Twitter que o dono do prédio pediu para as autoridades israelenses mais tempo para que os jornalistas retirassem do edifício seus equipamentos. O pedido foi negado.

Este é o sexto dia de hostilidades entre Israel e Hamas. O conflito já deixou 139 mortos, sendo 7 deles israelenses. De acordo com o jornal The Guardian, são 39 crianças mortas.

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Conflito entre Israel e Palestina https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/conflito-entre-israel-e-palestina/ Fri, 14 May 2021 23:41:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/conflito-entre-israel-e-palestina/ Literatura nos traz a Cidade Santa que é o centro de disputas históricas

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A recente onda de violência entre Israel e Hamas já matou mais de 100 pessoas. O último balanço, desta sexta-feira (12), aponta que são 127 vítimas, sendo 119 palestinos e 8 israelenses. Ao menos 31 crianças morreram e quase mil pessoas ficaram feridas.

O conflito da última semana começou no mês passado. Houve o Ramadã, o período sagrado para os muçulmanos que fazem jejum e rezas. Houve conflitos e tensão entre árabes e judeus em áreas palestinas dentro de Israel como em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade que é ocupada por Israel.

Grupos extremistas de Israel protestaram e realizaram passeatas em áreas de maioria palestina. Em resposta, o Hamas disparou foguetes da Faixa de Gaza. E, como consequência, Israel iniciou bombardeios.

Destruição na Faixa de Gaza após bombardeio israelense. Foto: redes sociais
Destruição na Faixa de Gaza após bombardeio israelense. Foto: redes sociais

As forças israelenses enviaram tropas para a região que faz fronteira com a Faixa de Gaza. O objetivo é atacar o Hamas, grupo palestino político e armado que comanda a Faixa de Gaza, que é considerado como terrorista pelo governo israelense.

É preciso entender a História para compreender e analisar a questão entre palestinos e israelenses. A partir disso, ouvimos e contextualizamos suas diferentes histórias. Para isso, a recomendação é Karen Armstrong, uma das principais autoras de livros envolvendo religiões.

Em “Jerusalém – uma cidade e três religiões”, Karen narra a história da cidade que é considerada santa para judeus, cristãos e muçulmanos. Ela conta dos primeiros habitantes até os conflitos atuais, que parecem não ter solução.

“Em ambos os lados do conflito a religião está se tornando cada vez mais belicosa. A apocalíptica espiritualidade dos extremistas que propõem atentados suicidas, explodindo santuários alheios ou desalojando outras pessoas, seduz uma pequena minoria, mas engendra ódio em maior escala. Ambos os lados endurecem após uma atrocidade, e a paz se torna uma perspectiva mais distante.”

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Escalada de conflitos em Israel é “situação de violência estrutural”, afirma cientista social https://canalmynews.com.br/mais/escalada-de-conflitos-em-israel-e-uma-situacao-de-violencia-estrutural-afirma-cientista-social/ Wed, 12 May 2021 20:36:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/escalada-de-conflitos-em-israel-e-uma-situacao-de-violencia-estrutural-afirma-cientista-social/ Região é palco de intensos embates, que já ocasionaram dezenas de mortes e deixaram centenas de feridos

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A cidade de Jerusalém, sagrada para três principais religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo), tem sido palco de uma escalada de violência nos últimos dias, que já deixou pelo menos 22 mortos e mais de 300 feridos.

Faixa de Gaza amanhece (12) sob ataques de foguetes.
Faixa de Gaza amanhece (12) sob ataques de foguetes. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Na segunda-feira (10), em meio a tensões iminentes, foguetes foram disparados de Gaza para Jerusalém, provocando a evacuação do parlamento israelense mediante o caótico som de sirenes de emergência. Em resposta ao ataque, ainda na segunda, Israel bombardeou 130 alvos em Gaza – autoridades israelenses afirmam que 15 integrantes do grupo palestino Hamas, responsável pelo controle da Faixa de Gaza, foram mortos.

O conflitou seguiu durante a terça-feira (11), quando ainda era possível ouvir o som de foguetes sendo lançados na região. Um integrante do Hamas confirmou o lançamento de mais de 300 mísseis contra Israel em menos de 12 horas.

Nas ruas, os embates entre movimentos humanitários e protestantes palestinos com forças de choque israelenses já deixam, até o momento, 300 palestinos feridos, os quais 228 foram levados ao hospital para tratamento e sete deles estão em estado crítico. Do lado de Israel, 21 policiais ficaram feridos, três dos quais necessitaram de tratamento clínico.

Contrariando o discurso da comunidade internacional, que solicita o cessar fogo de ambos os lados, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu defendeu a ação de seu país ao afirmar que o grupo Hamas “atravessou uma linha vermelha” e que Israel respondeu “com grande força”.

Para Daniel Douek, cientista social e diretor do Instituto Brasil – Israel, a hostilidade vista nesta semana começou “em meados de abril, quando se iniciou o mês mais sagrado do calendário islâmico, que é o mês de Ramadã, uma época na qual fiéis muçulmanos se fazem mais presentes na sociedade israelense, nas mesquitas, nas ruas após o entardecer”.

Douek explica que uma das maneiras de celebrar literalmente a ocasião é “se posicionando contra aquilo que se entende como infiéis”. Nesse meio tempo, “viralizou, principalmente pelo TikTok, uma série de vídeos nos quais judeus, em especial ultra ortodoxos, eram ‘atacados’ nas ruas, as vezes em uma espécie de bullying… Essa divulgação nas redes sociais instigou novas ações do tipo, que foram respondidas por grupos judeus de extrema direita, o que elevou um pouco o nível de tensão já presente”.

O estopim, no entanto, ocorreu após o decreto de despejo das famílias árabes que ocupam bairro Sheikh Jarrah, na parte oriental de Jerusalém – o local, desde 1950, é compreendido como combustível para a eclosão de protestos na cidade sagrada.

Sistema de defesa israelense 'Iron Dome' agindo contra foguetes do Hamas.
Sistema de defesa israelense ‘Iron Dome’ agindo contra foguetes do Hamas. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

“O despejo de algumas famílias de suas casas no bairro Sheikh Jarrah também contribuiu para que manifestações de grupos palestinos, incluindo grupos não religiosos ou não muçulmanos. Esse bairro é composto pela elite palestina e chama bastante atenção pelo seu histórico”, elucidou o cientista social.

“Não é que a situação estava em paz e de repente ele estourou, isso é um engano: há uma situação de violência estrutural, há uma ocupação de territórios palestinos por Israel que vem de décadas, há uma situação de desigualdade entre israelenses judeus e israelenses não judeus dentro do Estado de Israel, e é uma situação que, em geral, é controlada ou administrada. Alguns episódios acabam contribuindo para aquilo que está mais ou menos sufocado, de tempos em tempos, venha à tona, e é isso que a gente está vendo acontecer neste momento”, completou.

Pandemia em Israel

Abordando o eficiente combate à pandemia em Israel, Douek enfatiza que “ao longo do último ano, deixamos de ouvir notícias sobre a violência entre israelenses e palestinos. A notícia era principalmente de pandemia, e uma esperança começou a surgir quando, já em dezembro de 2020, Israel recebeu as vacinas e iniciou a campanha de vacinação, com o primeiro-ministro sendo o primeiro a se vacinar, incentivando os cidadãos; aí começou uma mobilização na sociedade israelense envolvendo judeus, muçulmanos e cristãos no enfrentamento da pandemia”.

Com 832 mil casos confirmados no país e 6.378 mortes, Israel já vacinou cerca de 63% de sua população total, número próximo para efetivar o processo denominado ‘imunização de rebanho’.

“É altíssima a representação de árabes nos centros médicos e hospitalares de Israel, e foi esse trabalho conjunto que permitiu a superação da pandemia. Se durante a pandemia as manifestações públicas estavam suspensas e os encontros religiosos inviabilizados, quando a pandemia terminou – hoje em Israel há menos de mil casos de contaminados e quase não há mais mortes –, as pessoas voltaram às ruas, e junto delas os conflitos. Todo aquele sopro de esperança foi se dissipando. Essa é a grande tragédia. O desafio é saber se esse pragmatismo das relações normalizadas entre israelenses e palestinos, que foi capaz de vencer a covid-19, vai ser capaz de derrotar, também, essa onda de violência”, finalizou.

Íntegra do programa ‘Almoço do MyNews‘ desta quarta-feira (12), que abordou os conflitos recentes entre Israel e Palestina.

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O drama na Síria https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/literatura-em-fatos-o-drama-na-siria/ Mon, 29 Mar 2021 19:02:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/literatura-em-fatos-o-drama-na-siria/ Só para membros: Israel acelera ataques a alvos iranianos na Síria. Guerra no país causa problemas políticos, econômicos e principalmente humanitários

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Vacina da Pfizer reduz em 75% a transmissão do coronavírus, aponta estudo preliminar https://canalmynews.com.br/mais/vacina-da-pfizer-reduz-em-75-transmissao-do-coronavirus/ Fri, 19 Feb 2021 18:20:16 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/vacina-da-pfizer-reduz-em-75-transmissao-do-coronavirus/ Análise preliminar feita em Israel mostra que reduções aconteceram menos de um mês após aplicação da primeira dose

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Menos de um mês após a aplicação da primeira dose, a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 é capaz de reduzir em 75% a transmissão do coronavírus. A conclusão é de um estudo preliminar publicado na revista científica inglesa ‘The Lancet’.

A pesquisa foi realizada com 9.109 profissionais de saúde que atuam no maior hospital de Israel – 7.214 já haviam recebido a primeira dose até o dia 24 de janeiro, e 6.037, a segunda. No período entre 15 e 28 dias depois da aplicação, foram registradas 26 infecções entre os imunizados, frente a 89 entre aqueles que não receberam a vacina. Considerando somente os quadros sintomáticos, verificou-se apenas 11 casos entre os vacinados (uma redução de 85%).

Militares dos EUA foram convocados para aplicar vacinas contra a Covid-19 na população.
Militares dos EUA foram convocados para aplicar vacinas contra a Covid-19 na população. Foto: Navy Medicine (Domínio Público).

Os resultados da análise são importantes porque refletem a capacidade efetiva dos antivirais, consolidando os efeitos prévios dos testes em laboratório. Os cientistas israelenses, no entanto, afirmam que os resultados precisam de validação adicional por meio de vigilância ativa, comparando pessoas vacinadas e não vacinadas.

Os pesquisadores pontuaram que as reduções percebidas nos médicos e enfermeiros podem ser diferentes das assistidas na população em geral, uma vez que esses profissionais estão mais expostos ao vírus e possíveis cepas mais agressivas.

Adiamento da segunda dose

Dentre os principais pontos da pesquisa, os cientistas destacaram a possibilidade, frente a um cenário de escassez, de adiar a aplicação da segunda dose, tendo em vista a eficácia comprovada na redução da transmissão do vírus e nos casos de Covid-19 sintomática apenas com a dosagem inicial.

“As reduções precoces das taxas de Covid-19 fornecem suporte para o adiamento da segunda dose em países que enfrentam escassez de vacinas e recursos escassos, de modo a permitir maior cobertura da população com uma única dose”, avaliaram os pesquisadores.

Acrescentaram também que é necessária uma avaliação a longo prazo para confirmar a efetividade de uma única dose da vacina antes de as políticas públicas confirmarem o adiamento da dosagem final.

Atualmente, Israel lidera o ranking mundial de imunização em relação ao número total de habitantes, tendo garantido antivirais suficientes para vacinar a população inteira – dos 8,8 milhões de cidadãos israelenses, cerca de 4 milhões já receberam o imunizante.

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