Política

CPI DA PANDEMIA

Bolsonaro citou Ricardo Barros ao ouvir denúncia da Covaxin

Deputado Luis Miranda disse à CPI que presidente apontou envolvimento do líder do governo na Câmara

por Hermínio Bernardo em 26/06/21 11:15

O deputado Luis Miranda (DEM/DF) disse que o presidente Jair Bolsonaro citou o líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo barros (PP/PR), ao ser informado de irregularidades no processo de compra da Covaxin.

No início do depoimento à CPI, Luis Miranda omitiu o nome de Ricardo Barros. O encontro entre Miranda e Bolsonaro aconteceu no dia 20 de março no Palácio da Alvorada.

“O presidente entendeu a gravidade. Olhando nos meus olhos, ele falou: ‘Isso é grave’. Não me recordo do nome do parlamentar, mas ele até citou um nome para mim, dizendo: ‘Isso é coisa de fulano’. E falou: ‘Vou acionar o diretor-geral da Polícia Federal, porque, de fato, Luis, isso é muito grave”, disse Miranda.

Mesa:chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda; deputado Luis Miranda (DEM-DF); presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM); relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
Mesa:chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda; deputado Luis Miranda (DEM-DF); presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM); relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.

Miranda resistiu em revelar o nome do deputado citado por Bolsonaro e diversas vezes disse não se lembrar do nome. Mas no fim da noite desta sexta-feira (25) Miranda admitiu que o parlamentar é Ricardo Barros. A declaração foi feita após um questionamento da senadora Simone Tebet (MDB/MS).

“Eu sei o que vai acontecer comigo. A senhora também sabe que é o Ricardo Barros que o presidente falou. Foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Foi o Ricardo Barros”, afirmou Luis Miranda.

Em uma rede social, Ricardo Barros negou. O líder do governo disse que não participou de negociações sobre a compra da Covaxin e que não tem relação com os fatos.

“Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin. ‘Não sou esse parlamentar citado’, A investigação provará isso. Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esse fatos”, declarou Barros.

Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde e irmão do deputado Luis Miranda, disse à CPI que a servidora Regina Célia Silveira Oliveira deu aval ao processo da Covaxin apesar de a área de importação apontar problemas.

Regina Célia assumiu o cargo quando Ricardo Barros era ministro da Saúde. O senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) pediu a convocação dela pela Comissão.

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