CPI da Pandemia deve continuar investigando “doa a quem doer”, diz Adriana Ventura

Deputada federal pelo Novo-SP, Adriana Ventura analisa que o Ministério da Saúde não conseguirá se defender das acusações feitas pelos irmãos Miranda na CPI da Pandemia do dia 25/06. Em fevereiro deste ano, ela juntamente com o deputado Tiago Mitraud, enviou requerimento ao Ministério da Saúde, cobrando esclarecimentos sobre o contrato de compra da Covaxin.

“A gente enviou um requerimento de informação com essa pergunta explícita, se era do conhecimento que essa empresa que fechou o contrato estava sendo investigada por fraude à licitação, por superfaturamento, então isso não pode ser alegado porque causou muito estranheza, realmente essa compra, esse contrato ter sido assinado com irregularidade da empresa, o fato de ter um monte de vacina e esta ser feita também especificamente no afogadilho, também existe um outro ponto, como vão pegar uma vacina em fase de teste, que não tinha nem pedido de autorização de uso emergencial, então o contexto estava bem confuso, por isso que o requerimento de informação enviado. Tem muitos questionamentos e muitas perguntas por que causou estranheza”, relata a deputada federal ao MyNews.

Ventura, que também é presidente da Frente Ética contra a corrupção, avalia que é necessário o máximo de clareza nas investigações da CPI, ainda mais depois de nomes como do deputado federal Ricardo Barros (PP) ter sido citado. Ela acredita que Barros possa colaborar com esclarecimentos, assim como o próprio Presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), que deveria ser convocado para também ajudar com esclarecimentos, para que as informações deixem de estar no campo do “achismo” e se tornem fatos, evidências.

Sobre um possível impeachment do presidente, a congressista afirma:

“A questão do pedido de impeachment, quem tem a bola no pé é o presidente da Câmara dos Deputados. O centrão é decisivo nesse processo, a onda vai para cá e vai para lá de acordo com o movimento do centrão. O que eu acho que é importantíssimo é que seja investigado tudo até o último minuto com detalhes, doa a quem doer”, observa Ventura.