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Política

Caso Covaxin

Bolsonaro ainda não enviou pedido de investigação de irmãos Miranda à PF

Apesar do tom ameaçador de Onyx Lorenzoni, a expectativa na Polícia Federal é de que governo não levará pedido adiante

por Juliana Braga em 28/06/21 14:45

O Palácio do Planalto não enviou ainda à Polícia Federal o pedido de investigação do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda. Quando veio à tona que os dois teriam levado indícios de irregularidades na compra da Covaxin, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, anunciou que o governo mandaria investigar os dois. Apesar do tom ameaçador, o pedido não havia chegado até a última sexta-feira (25) e a expectativa na corporação é de que ele sequer chegue.

Pronunciamento do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, no qual anunciou que o governo mandaria investigar os irmãos Miranda
Pronunciamento do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, no qual anunciou que o governo mandaria investigar os irmãos Miranda. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

No pronunciamento convocado na última quarta-feira (23), Onyx disse que o presidente Jair Bolsonaro havia determinado a abertura de um inquérito na PF para investigar as atividades dos irmãos. Também anunciou pedido de abertura de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) na Controladoria-Geral da União (CGU). 

Segundo o ministro, havia indícios de falsificação do documento apresentado por Luís Ricardo Miranda como prova das irregularidades. “Deus está vendo. Mas o senhor não vai só se entender com Deus, vai se entender com a gente também. E vem mais. O senhor vai explicar e o senhor vai pagar pela irresponsabilidade, pelo mau-caratismo, pela má-fé, pela denunciação caluniosa e pela produção de provas falsas”, disse o ministro na ocasião.

O documento seria uma espécie de recibo para autorizar o pagamento antecipado de três lotes da Covaxin, todos com datas próximas ao vencimento. De acordo com o jornal O Globo, no entanto, o recibo consta no sistema interno do Ministério da Saúde, tornando improvável que haja falsificação.

A avaliação na PF é de que, caso o pedido de investigação chegue à corporação, há risco de ele ser arquivado pela Corregedoria, que analisa essas solicitações, sem sequer abrir o inquérito. Caso isso ocorra, desmontaria o discurso do governo e poderia servir ainda como prova para os senadores da CPI da Pandemia. Nas mãos dos irmãos Miranda, poderia comprovar denunciação caluniosa por parte do governo.

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