Segundo a Plural Gestão de Recursos, empresas com maior preocupação em sustentabilidade têm maior rentabilidade no longo prazo
por Luciana Tortorello em 29/07/21 16:14
Os padrões de sustentabilidade ESG vieram com tudo e não é à toa. A sigla em inglês, que se refere a Meio Ambiente (Environment), Social e Governança (Governance), na tradução livre para o português, traz temas que são tendência de investimento na maioria dos setores. Mas dá para investir em ESG e ter rentabilidade? Para esclarecer essa e outras dúvidas, o MyNews Investe falou com o Gabriel Fidalgo, responsável pela análise de Crédito e ESG da Plural Gestão de Recursos.
Segundo estudos feitos pela gestora de recursos, empresas mais preocupadas com o ESG trazem uma melhor rentabilidade no longo prazo. “O fundo investe nas empresas que passaram com nota boa e ótima na nossa avaliação, algumas delas são a Natura, AES Brasil e a Copel, falando das excelentes. Além disso, nas nossas cartas trimestrais, fazemos um estudo de caso, explicando com um pouco mais de detalhe como é feita a avaliação da empresa, para que o investidor saiba o que está sendo levado em consideração”, explica o consultor, adiantando que já foram feitos estudos de caso da Movida e a MRV. Atualmente, o fundo conta com cerca de 22 empresas.
Fidalgo deu detalhes sobre o fundo Plural ESG de Crédito Privado, investimento pioneiro no Brasil, desenvolvido junto com a Sitawi – maior consultoria e pesquisa ESG da América Latina.
O fundo trabalha com crédito para empresas ESG e entre os ativos que podem compor a carteira de investimentos estão títulos, como debêntures simples e incentivadas, green bonds, bonds, CDBs, LFs, CRIs, CRAs e títulos públicos. O aporte mínimo para começar a investir é de R$ 10.
“A nossa premissa é que não tem um setor ou uma área aqui dentro do ESG, uma empresa que faça ESG, e sim um conjunto de bons indicadores em diversas áreas do ESG faz uma empresa ter uma boa avaliação. A nossa análise é feita primeiro passando as empresas por um filtro de exclusão. Elas vão ter preencher um questionário completo, com perguntas divididas em 11 áreas e vamos avaliar tanto critérios quantitativos, como qualitativos, além de fazer uma análise de eventuais controvérsias, sabendo que o peso de cada uma dessas perguntas depende do setor”, afirma o gestor.
Outra especificidade do Plural ESG é um “Conselho de Notáveis”, com especialistas que atuam como consultores do fundo em cada uma das áreas. São eles: na questão ambiental, o professor Carlos Nobre (cientista com PhD em Meteorologia pelo MIT, atuou no INPA e no INPE e dedicou sua carreira científica à Amazônia); na área social, Alice Kuerten (foi diretora-geral da Fundação Catarinense de Educação Especial e atualmente está à frente do Instituto Guga Kuerten); e na área de governança, Cristina Pereira (foi diretora da B3 e atualmente é sócia fundadora da ACE Governance, consultoria especializada em governança e mercado de capitais).
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