Com nova fase, clientes de bancos já podem compartilhar suas informações com outras instituições financeiras
por Juliana Causin em 13/08/21 20:30
Com a promessa de abrir o sistema bancário e gerar mais competição entre os bancos, o open banking entrou nesta sexta-feira (13) na segunda fase de implementação. Prevista para começar inicialmente em julho, a nova etapa foi adiada, segundo o Banco Central (BC), para trazer mais proteção e segurança ao processo.
Ao todo, o BC planeja implementar o open banking em quatro fases. A que começa a valer a partir desta sexta (13) permite que os clientes possam compartilhar seus dados cadastrais financeiros com outras instituições bancárias. O processo começa de forma escalonada. Até dia 12 de setembro, 0,1% dos consumidores poderão compartilhar seus dados – o que equivale a 50 mil pessoas. Até o dia 24 de outubro, o percentual sobe para 10%, segundo o calendário do BC.
Em evento virtual, José André Pereira, chefe do departamento de regulação do BC, classificou o open banking como o maior projeto de abertura do sistema financeiro do mundo. “Estamos criando o maior open banking do mundo, tanto pelo tempo de implementação, pela quantidade de chamadas e pela quantidade de participantes”, afirmou.
Além dos 11 bancos obrigados a participar desta fase do processo de implementação, outras 100 instituições optaram por entrar na fase 2 do open banking de forma voluntária, segundo o chefe de regulação do Banco Central.
“O Open Banking é como se o sistema financeiro construísse trilhas de conexão entre todos os entes deste mercado e o consumidor tem o poder de decisão e o poder de enviar de uma instituição para outra os dados que ela possui naquele determinado banco ou estabelecimento financeiro”, afirma Max Gutierrez, líder de produtos e pessoa física do C6 Bank, em entrevista ao MyNews Investe.
O compartilhamento das informações acontece a partir de uma solicitação do cliente. Na prática, os consumidores poderão negociar melhores condições de taxas, juros e crédito com instituições concorrentes. “Como as informações vão estar entre os entes, ele [o cliente] consegue baixar uma taxa, reduzir um spread ou até tarifas. Esse é o principal ponto. O consumidor vai decidir para onde levar essas informações”, explica Gutierrez.
“Você pode ter a conta num banco A, você entra em uma instituição B e nessa instituição você fala: ‘Eu autorizo que a instituição B colete as informações do meu limite, da minha fatura, e dê uma oferta melhor’”, complementa ele.
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