Segundo O Globo, a dobradinha depende da definição sobre a federação partidária entre o PSOL e a Rede, e do marqueteiro João Santana
por Sara Goldschmidt em 13/01/22 10:00
A possibilidade de composição de uma chapa com Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) para as eleições presidenciais deste ano movimentou as redes sociais nos últimos dias, mas a dobradinha não depende somente do convite de um e a da aceitação de outro. Segundo o jornal O Globo, duas questões importantes precisam ser resolvidas antes de se amadurecer essa aliança.
A primeira delas é a formação de uma federação partidária entre a Rede Sustentabilidade, partido da ex-ministra Marina Silva, e o PSOL, do pré-candidato ao governo paulista Guilherme Boulos. A federação é uma espécie de casamento de longa duração: ajuda os partidos a vencerem a cláusula de barreira, mas amarra as duas legendas por bastante tempo. Dessa forma, se a união entre o PSOL e a Rede se concretizar, o partido de Boulos deve apoiar o ex-presidente Lula (PT) na corrida presidencial, o que inviabilizaria a chapa Ciro-Marina.
O segundo entrave chama-se João Santana, marqueteiro de Ciro Gomes, com o qual Marina Silva não tem uma relação muito harmoniosa desde 2014, quando foi candidata à presidência pelo PSB e Santana era o marqueteiro de Dilma Rousseff (PT).
Em um vídeo divulgado durante sua campanha, a ex-presidente falou sobre a proposta de Marina de promover a independência formal do Banco Central, mas a consequência era a retirada de comida da mesa dos trabalhadores.
Antes do vídeo, Marina chegou a ter chances de ir para o segundo turno, mas acabou a eleição em terceiro lugar.
Apesar de pedetistas fazerem elogios públicos à ex-ministra, inclusive o próprio presidente do partido, Carlos Lupi, Marina não chegou a ser convidada para compor uma chapa com Ciro Gomes. A presidente nacional da Rede, a ex-senadora Heloísa Helena, disse ao Globo que a prioridade agora é definir sobre a federação partidária.
Já aliados de Marina avaliam que se houver o convite de Ciro, ela e o pedetista precisarão conversar sobre a participação de João Santana na campanha. Carlos Lupi, entretanto, descarta a possibilidade de Ciro abandonar a parceria com Santana para abrir caminho para Marina Silva. Ele fala que é preciso “aparar as arestas” entre os dois.
Dentro da Rede também não há unanimidade sobre a união entre Ciro e Marina. O partido tende a deixar a militância livre para escolher o candidato à presidência da preferência de cada um.
Assista a íntegra do programa Café do MyNews desta quinta-feira (13).
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