Avaliação pessoal do presidente e de sua gestão já sofrem efeitos da redução do auxílio emergencial, que não continua em 2021
por Rodrigo Borges Delfim em 07/12/20 00:02
A avaliação do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentaram queda, de acordo com a mais recente pesquisa Exame/Ideia. O levantamento ouviu, por telefone, 1.200 pessoas em todo o Brasil de 30 de novembro a 3 de dezembro.
Segundo a pesquisa, 37% dos entrevistados consideraram o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo, contra 35% que o avaliam como ótimo ou bom. Outros 27% veem a atual gestão como regular e 1% não soube opinar.
O resultado é o inverso do que mostrou o mesmo instituto na sondagem de 19 de novembro, quando a avaliação positiva era de 41%, contra 31% dos que desaprovavam o atual governo.
A imagem do presidente seguiu pelo mesmo caminho de queda. O levantamento atual mostra reprovação de 38% dos entrevistados, contra 35% que avaliam Bolsonaro positivamente. A sondagem de 19 de novembro mostrava uma aprovação de 41% para Bolsonaro, contra 31% que avaliavam negativamente.
Bolsonaro ainda concentra mais apoio nas regiões Norte (62%) e Centro-Oeste (47%) e entre os entrevistados que se declaram evangélicos (44%). No entanto, a piora na popularidade já é sentida em meio às pessoas de baixa renda (45% nas classes D e E mostram desaprovação).
“Já são sentidos os efeitos da redução do auxílio [emergencial], da perda de renda e do aumento da procura por emprego nesses segmentos”, analisa Maurício Moura, fundador do Ideia, em comunicado à imprensa.
O governo não trabalha com a hipótese de continuidade do auxílio emergencial, que vai somente até dezembro.
A pesquisa Exame/Ideia também fez projeções de intenções de voto para a eleição presidencial de 2022. Mesmo com a oscilação negativa, Bolsonaro ainda aparece como líder em todos os cenários.
O atual ocupante do Palácio do Planalto aparece como candidato favorito para 28% dos entrevistados, contra 16% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro e Lula também figuram entre os hipotéticos candidatos com maior rejeição por parte dos entrevistados (43% e 44%, respectivamente).
Também são avaliados o desempenho de outros possíveis candidatos ao Planalto em 2022. O ex-juiz e ministro da Justiça Sergio Moro aparece em terceiro, com 16% das intenções de voto. O quarto lugar é ocupado por Ciro Gomes (PDT), que ficou em terceiro na última corrida presidencial (2018).
Em seguida, empatados em quinto lugar aparecem o apresentador Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 4% cada um. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) é citado por 3% dos entrevistados.
Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B) e os ex-presidenciáveis Marina Silva (Rede) e João Amoêdo (Novo) são citados por 1% dos entrevistados.
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