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Política

ESCÂNDALO NO MEC

Em depoimentos no Senado, prefeitos confirmam pedidos de propina no MEC

Três prefeitos confirmaram denúncias de corrupção na gestão de Milton Ribeiro no Ministério da Educação (MEC). Ele pediu exoneração do ministério em março.

por Redação em 05/04/22 16:07

Em depoimentos realizados em audiência nesta terça-feira (5) na Comissão de Educação (CE) do Senado, três prefeitos confirmaram denúncias de corrupção na gestão de Milton Ribeiro no Ministério da Educação (MEC). Os prefeitos ouvidos pela Comissão afirmam que receberam pedidos de propinas por parte de pastores evangélicos para facilitar a liberação de recursos da pasta.

Os prefeitos Gilberto Braga, de Luís Domingues (MA), José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul (SP), e Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO) confirmaram as denúncias de corrupção que haviam sido publicadas na imprensa em março. Outros dois prefeitos – Calvet Filho, prefeito de Rosário (MA), e Hélder Aragão, de Anajatuba (MA) – alegaram que tiveram contato com os pastores, mas negaram que houve pedido de propina.

Em seu depoimento, Kelton Pinheiro, prefeito de Bonfinópolis (GO), afirmou que o pastor Arilton Moura cobrou R$ 15 mil pela liberação de verbas do MEC durante um almoço no restaurante Tia Zélia, em Brasília e disse que teve “ânsia de vômito” ao ter sido abordado pelo pastor.

“Quando o pastor Arilton chegou na minha mesa e me abordou dizendo: ‘olha, prefeito, vi aqui que o seu ofício aqui está pedindo a escola de 12 salas. Essa escola aí deve custar uns R$ 7 milhões o recurso para ser liberado, mas é o seguinte, eu preciso de R$ 15 mil na minha mão hoje'”, disse o prefeito.

Kelton ainda afirmou que o pastor pediu a compra de mil bíblias. “Eu preciso de R$ 15 mil na minha mão hoje, porque esse negócio de ‘para depois’ não cola comigo, não. E é R$ 15 mil porque você está com o pastor Gilmar, porque dos outros cobrei R$ 30 mil, R$ 40 mil”, relatou o chefe do Executivo de Bonfinópolis (GO).

Já Gilberto Braga reiterou a versão de que o pastor Arilton pediu um adiantamento de R$ 15 mais um quilo de ouro após a liberação das verbas.

Na próxima quinta-feira (7), os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos devem depor na Comissão de Educação.

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