No futuro não será preciso nem urna eletrônica, diz ministro

Houve um tempo em que o eleitor brasileiro chegava ao ouvido do escrivão para votar no seu candidato. Verdade. A história da coleta e armazenamento de votos no processo eleitoral brasileiro está no livro MyNews Explica Eleições Brasileiras, escrito pelo ministro Luis Felipe Salomão, corregedor eleitoral, e o juiz auxiliar da corregedoria Daniel Vianna Vargas.  No livro eles contam com conhecimento de causa todo o processo eleitoral brasileiro e dedicaram um capítulo exclusivo às urnas eletrônicas, um tema que merece atenção dado aos ataques que têm sofrido.

A história da urna eletrônica no Brasil teve início, na prática, em 1996, quando 57 cidades brasileiras fizeram a votação e apuração por meio de um equipamento eletrônico de manuseio bastante simplificado. Os autores dizem que tivemos versões melhoradas da urna eletrônica em 1998, 2000, 2002, 2004, 2006. 2009, 2011 e 2013.  “Neste último modelo, ainda utilizado, o equipamento é, na realidade, um microcomputador composto por dois terminais: o terminal do eleitor, no qual é digitado o voto; e o terminal do mesário, no qual o eleitor é identificado – por análise de sua documentação pessoal ou pela biometria – e autorizado a votar”, explicam os autores. O terminal do eleitor possui, além do teclado numérico no qual o cidadão digita sua opção, um visor de cristal líquido, no qual aparecem as imagens dos candidatos inscritos e as orientações para o exercício do voto”.

Os autores dizem que no futuro é provável que não seja necessário sequer a urna eletrônica para computar o voto, “sendo o direito de voto exercitado por meio das facilidades tecnológicas presentes em todos os segmentos da vida contemporânea”.

Se as previsões dos magistrados se confirmarem, os eleitores do futuro olharão pra 2022 com espanto ao ver um presente eleito pela urna eletrônica questionar o sistema e pedir a volta do voto em papel. Seria como se nós hoje quiséssemos voltar a votar sussurrando ao ouvido do escrivão. Bem Mara, mas é melhor não dar ideia.

O livro faz parte da coleção MyNews Explica, uma parceria do canal com a editora portuguesa Almedina. Se você é membro do canal poderá comprar com desconto.

Você pode ver uma entrevista com o autor Daniel Vianna Vargas no vídeo abaixo.