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Taxa de desemprego cai para níveis de 2015, antes do golpe contra Dilma Rousseff

Total de trabalhadores desempregados registrado este ano foi de 8,4 milhões, o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2025, sob o governo Dilma, quando era de 8,5 milhões

Em 29/09/23 16:46
por Balaio do Kotscho

Ricardo Kotscho, 75, paulistano e são-paulino, é jornalista desde 1964, tem duas filhas, 5 netos e 19 livros publicados. Já trabalhou em praticamente todos os principais veículos de mídia impressa e eletrônica. Foi Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República (2003-2004). Entre outras premiações, foi um dos cinco jornalistas brasileiros contemplados com o Troféu Especial de Direitos Humanos da ONU, em 2008, ano em que começou a publicar o blog Balaio do Kotscho, onde escreve sobre a cena política, esportes, cultura e histórias do cotidiano

No noticiário sobre a nova queda da taxa de desemprego, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE, faltou registrar um pequeno detalhe. Segundo os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Continua), a taxa recuou para 7,8% no trimestre encerrado em agosto, a mais baixa desde 2015 _ por coincidência, o último ano do governo de Dilma Rousseff, antes do golpe parlamentar que derrubou o seu governo. No mesmo período de 2022 a taxa estava em 8,9%.

O total de trabalhadores desempregados registrado este ano foi de 8,4 milhões, o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2025, sob o governo Dilma, quando era de 8,5 milhões.

A situação econômica do país, recorde-se, foi um dos motivos apontados na época para a abertura de impeachment contra a presidente, acusada de praticar “pedalas fiscais”, algo que nunca conseguiram explicar direito para justificar o processo.

Ou seja, após o golpe, a situação dos trabalhadores só fez piorar nos governos seguintes de Michel Temer e Jair Bolsonaro, elevados à condição de “salvadores da Pátria” contra os malfeitores do PT, situação agravada pela reforma trabalhista do ex-vice de Dilma, que deveria combater o desemprego.

A população ocupada chegou este ano a 99,7 milhões, um acréscimo de 1,3 milhão de trabalhadores em comparação com o trimestre encerrado em maio.

A renda média real dos trabalhadores chegou a R$ 2.947 no trimestre pesquisado, uma alta de 4,60% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa notícia só foi manchete na Veja online.

Nada como o tempo e a fria estatística para desmascarar farsantes que, em nome da democracia e do progresso, se unem para derrubar uma presidente progressista, eleita democraticamente, hoje presidente do banco dos Brics. E o presidente Lula, seu antecessor, está de volta ao Palácio do Planalto para seu terceiro governo.

Quem agora vai pedir desculpas para Dilma, que não cometeu crime nenhum e mantem os seus direitos políticos, e para Lula, que passou 580 dias na cadeia num processo viciado depois anulado pelo Supremo Tribunal Federal? Quem vai pagar pelos prejuízos impostos ao país?

Eduardo Cunha? Aécio Neves? Sergio Moro? Deltan Dallagnol? A Justiça Federal de Curitiba? Colunistas da mídia grande? O mercado sempre nervoso? Militares golpistas de ontem e de  hoje?

Melhor rezar pela saúde de Dilma e Lula para que eles possam continuar enfrentando e desmascarando seus detratores, um a um.

Vida que segue.

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