Após se desentender com Silas Malafaia, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB fez pregação em tom messiânico para uma multidão de fiéis em Goiânia
por Camilla Lucena* em 13/09/24 13:32
Pablo Marçal (PRTB) e Silas Malafaia | Fotos: Reprodução YouTube/Wikipédia
O empresário Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, tenta convocar uma “guerra espiritual” contra o pastor Silas Malafaia para se manter relevante e tentar conquistar eleitores indecisos. Esta é a avaliação do analista político Fábio Zambeli, vice-presidente da Ágora Assuntos Públicos, que participou do Segunda Chamada nesta semana.
A briga entre Marçal e Malafaia teve início no último sábado (7), durante manifestação que reuniu bolsonaristas e lideranças conservadoras na Avenida Paulista, em São Paulo. O candidato teria sido impedido de subir no trio elétrico do pastor durante o ato, o que causou atrito entre os dois. Após o empresário reclamar da proibição, o pastor rebateu e o chamou de “psicopata, megalomaníaco, manipulador e mentiroso”.
Leia mais: Analista relembra episódio envolvendo Marçal e cadeirante: ‘Age como coach messiânico’
Depois de deixar São Paulo, Marçal partiu para um evento de celebração dos 25 anos da Igreja Videira, em Goiânia, onde pregou por dez minutos para uma multidão de fiéis e convocou evangélicos a entrar em uma “guerra espiritual pelo país”. Em tom messiânico, ele afirmou ter recebido de Deus a profecia de que o Brasil será a nação mais próspera do mundo em 2025. Embora o empresário não tenha citado o pastor durante o discurso, a fala foi interpretada como uma provocação.
“Tem todo um jogo de ocupação de espaço na mídia em que o Pablo [Marçal] é muito hábil e está conseguindo se manter [sob os holofotes]”, afirmou Zambelli. “Pablo Marçal não tem tempo de televisão. Se ele não tiver provocando uma discussão nos veículos de comunicação e nas redes sociais, vai ficar só conversando com sua [própria] base […] Ele depende desse ‘buzz’ midiático para continuar [na disputa].”
Fora das redes, a polarização entre Marçal e Malafaia não é politicamente relevante, acredita o analista político. “Ninguém está discutindo, aqui em São Paulo, a briga entre eles […] se você for nas igrejas evangélicas, esse não é o tema [das conversas].”
*Sob supervisão de Sofia Pilagallo
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