Vem aí um livrão, com certeza.
Em 30/09/23 13:34
por Balaio do Kotscho
Ricardo Kotscho, 75, paulistano e são-paulino, é jornalista desde 1964, tem duas filhas, 5 netos e 19 livros publicados. Já trabalhou em praticamente todos os principais veículos de mídia impressa e eletrônica. Foi Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República (2003-2004). Entre outras premiações, foi um dos cinco jornalistas brasileiros contemplados com o Troféu Especial de Direitos Humanos da ONU, em 2008, ano em que começou a publicar o blog Balaio do Kotscho, onde escreve sobre a cena política, esportes, cultura e histórias do cotidiano
Vem aí um livrão, com certeza. Criador de 687 personagens em seus 23 livros, 10 peças de teatro, 6 telenovelas, 5 séries e mais de três mil crônicas, o jornalista, escritor e noveleiro Mario Prata é ele próprio o melhor personagem criado em sua já longeva carreira de contador de histórias.
“Pelo Buraco da Fechadura – Eu vi um Baile de Debutantes – Uma quase autobiografia” (Geração Editorial, 400 páginas) tem lançamento marcado para o dia 26 de outubro, com debate entre o autor e o escritor Fernando Morais, meus companheiros de divertidas temporadas no Spa São Pedro, em Sorocaba (SP). Como Pratinha é um gozador nato, melhor seria chamar o livro de “antibiografia”, pois ele é capaz de rir dele mesmo.
Tive o privilégio de conviver com os dois em algumas destas temporadas no Spa do doutor Chico, que ficou nosso velho amigo. Até fizemos lançamentos de livros lá. Eles eram como Gordo e o Magro, cada um levado para lá por razões diferentes. O Gordo, Morais, estava gordo mesmo e precisava emagrecer. Mas o que fazia lá o magérrimo Pratinha? Ia pra lá para… escrever e “fazer um detox”. Boêmio profissional, vrava um monge abstêmio. Parecia debochar dos outros pacientes com a simples presença naquele lugar, tamanho era o contraste de barrigas, que inspiraram dois livros seus de sucesso: “O Diário de um Magro I e II”.
Faz muito tempo que Pratinha foi morar em Santa Catarina, na beira do mar de Florianópolis, um doce exílio para quem vive de escrever, mas nem sabia que ele trabalhava num novo livro que está chegando agora às livrarias, vendido a algo em torno de 80 reais, um preço módico para o que a mercadoria promete.
“Com toques de incrível humor e comovente ternura, Mário Prata conta suas memórias de um jeito absolutamente extraordinário. Um resgate muito pessoal de um período rico da nossa vida cultural. É como se estivesse nos contando sua história e a do Brasil numa mesa de bar”, escreveu sobre o livro o editor Luiz Fernando Emediato, também jornalista e meu amigo.
Fiquei sabendo da boa novidade pelo O Sol, o excelente jornal pessoal do Alberto Villas, outro amigo, uma newsletter político-cultural que nos traz os principais fatos do dia comentados logo cedo. Sou bom de amigos… Villas ficou encantado com o livro:
“São historinhas, uma mais deliciosa que a outra. Ele conta suas aventuras de infancia, na rua, na mesa do jantar, nas redações por onde andou, nas escolas por onde passou, além dos 687 personagens, com detalhes preciosos e muito humor”.
É um livro bem familiar, como show do Gilberto Gil, revela a filha Maria Prata, autora da orelha, também jornalista e consultora de moda da Globo, onde o irmão Antonio ficou com a vaga do pai nas novelas, depois de auxiliá-lo em “Bang-Bang”.
A orelha de Maria Prata:
“Com esta orelha aqui, somam-se nove na criação deste livro: um par do meu pai, o autor, outro do Pedro, meu irmão que assina a foto dele, mais um do Antonio, o irmão do prefácio, as minhas duas, claro, e essa, de papel mesmo, que você tem em mãos. Estou aqui contando orelhas porque é a primeira vez que meu pai junta os filhos para estarem com ele em um livro. E faz todo o sentido, uma vez que o livro são as memórias dele. E que memórias! Meu pai, assim como grande parte da família Prata é um exímio contador de histórias. Passei parte da vida, portanto, ouvindo muitas das que estão aqui – e outra parte vivendo algumas delas. Desde que me entendo por gente, quando estou com meu pai, uma cena se repete: ele sentado, falando, falando, e um tanto de gente em volta, atenta. E gargalhadas. Este livro é como ter meu pai nas mãos. Ele aqui comigo, com você, contando suas histórias. Mas agora, além de fazer você gargalhar, também vai surpreende-lo, relembrar, aprender, e até mesmo faze-lo chorar, quem sabe? O livro tem histórias incríveis, que falam com todo mundo – a da batalha da Maria Antonia e outros momentos da ditadura, por exemplo. Mas muitas outras, bastante pessoais, que não interessariam a ninguém, não fosse o faro fino que o autor tem para o que nasce para ser contado – se bem contado., claro. E isso ele faz como ninguém. Poder ter Mario Prata te contando histórias assim, ao pé da(ih, mais uma) orelha, é privilégio. Boa leitura!”.
É verdade, Maria. Sou testemunha disso.
Vida que segue.
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