Milícias no Rio de Janeiro cresceram 131% em 16 anos. Foto Tânia Rego/Agência Brasil
Os números impressionam: as áreas dominadas por milícias no Rio de Janeiro cresceram 131% em 16 anos – é o equivalente a 10% de toda a extensão do Grande Rio. Os dados são do Mapa dos Grupos Armados, estudo realizado pelo Instituto Fogo Cruzado e pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF).
A pesquisa foi feita por toda a região metropolitana do Rio, capital, leste metropolitano com Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Maricá; e a Baixada Fluminense, região que engloba os municípios de Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Mesquita, Queimados, Japeri, Paracambi, Seropédica e Itaguaí.
Para falar sobre o assunto, no Café do MyNews desta quinta-feira (15/09), Mara Luquet recebeu Maria Isabel Couto, diretora do Instituto Fogo Cruzado; e Daniel Hirata, coordenador do Geni-UFF. “O que o mapa mostra é que na maior parte da expansão das milícias, em mais de 80% das áreas pra onde elas cresceram, não havia controle territorial exercido por nenhum outro grupo anteriormente. O que significa que as milícias não ampliam suas áreas de domínio pela conquista de áreas das facções dos tráficos de drogas, de maneira nenhuma. O que elas são, na realidade, é um elemento impulsionador da lógica do controle territorial no seu conjunto”, explicou Hirata.
“O que os candidatos políticos estão propondo para acabar com as milícias? É importante que eles apresentem projetos de segurança pública. Qualquer candidato que não esteja comprometido com isso deveria despertar a desconfiança da população”, acrescentou Maria Isabel.
Para conferir a conversa completa, assista o Café do MyNews: