Prisão ocorreu na madrugada desta sexta-feira (25)
O ex-presidente Fernando Collor de Mello continuará preso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Maceió, capital de Alagoas, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) defina um novo local para o cumprimento da pena. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
A prisão de Collor foi determinada na última quinta-feira (24), quando o ministro Alexandre de Moraes ordenou a detenção imediata do ex-presidente. A ordem foi cumprida às 4h da manhã (horário de Brasília) desta sexta-feira (25).
No momento em que foi abordado pelas autoridades, Collor seguia rumo a Brasília, onde já planejava se entregar. A prisão ocorreu após Moraes negar os recursos do ex-presidente contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão, em um desdobramento da Operação Lava Jato.
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Além de Collor, os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos também foram condenados por envolvimento no recebimento do dinheiro. Ainda sobre o caso, o STF marcou uma sessão para esta sexta-feira, a partir das 11h, para os ministros analisarem a decisão individual de Moraes. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor.
Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente eleito por voto direto após o fim do Regime Militar, em 1989. Permaneceu no cargo até 1992, quando sofreu impeachment após denúncias de corrupção, inicialmente feitas por seu irmão, Pedro Collor.