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Política

Eleições 2022

Luciano Huck confirma que não será candidato à presidência em 2022

Apresentador da Rede Globo que vinha sendo cogitado como um dos nomes para assumir a “terceira via” confirmou que seguirá na emissora, e revelou que votou em branco na última eleição

por Vitor Hugo Gonçalves em 16/06/21 13:15

Luciano Huck, cotado para ser candidato à presidência da República em 2022, anunciou formalmente que desistiu do pleito. Em entrevista ao programa ‘Conversa com Bial’ na madrugada desta quarta-feira (16), o apresentador da Rede Globo confirmou a renovação de seu contrato com a emissora, e disse que será o substituto de Faustão na programação dominical.

Luciano Huck durante entrevista ao programa 'Conversa com Bial'.
Luciano Huck durante entrevista ao programa ‘Conversa com Bial’. Foto: Reprodução (Vídeo – Redes).

Embora Huck compreenda a chefia do Executivo como um projeto pessoal, decidiu renunciar à candidatura antes mesmo de fazer qualquer sinalização pública sobre essa possibilidade. Há um tempo, respaldado principalmente por publicações em redes sociais e críticas ao atual governo, o nome de Huck vinha sendo ventilado entre o eleitorado, que o creditava como um perfil centrista, passível de formalizar uma terceira via na dicotômica disputa entre o ex-presidente Lula (PT) e o presente governante Jair Bolsonaro (sem partido).

Durante a entrevista, no entanto, Huck comentou o cenário: “Acho bom eu deixar a fotografia bem clara e ser o mais franco e o mais sincero possível: eu nunca me lancei candidato a nada, não estaria retirando nada porque nunca me lancei. Eu posso explicar o que vem acontecendo da porta para dentro. Eu sou um homem da comunicação. Estou há 21 anos, literalmente, rodando o país inteiro por causa do ‘Caldeirão do Huck’ e isso me colocou diante de uma realidade muito forte, que é a realidade desse país. A televisão me proporcionou conhecer o país de um jeito muito profundo.”

Mesmo sem nunca ter se posicionado, a presença do apresentador nas pesquisas presidenciais revelou certo apoio popular, mas sem grande expressão. No exame realizado pelo Paraná Pesquisas em janeiro deste ano, por exemplo, Huck obteve 9,4% das intenções de voto – já no último levantamento do instituto, entre 30 de abril e 4 de maio, o percentual, dependendo do cenário, variou entre 5,8% e 7,9%. Na última pesquisa presidencial feita pela XP/Ipespe, na segunda semana de junho, o comunicador aparece com apenas 4%, deflagrando um empate técnico, dentro da margem de erro, com os possíveis candidatos: Sergio Moro (7%), Ciro Gomes (6%), Luiz Henrique Mandetta (3%), João Doria (3%) e Guilherme Boulos (2%) – em uma hipotética disputa no segundo turno contra Bolsonaro, Huck receberia 34% dos votos, contra 37% do opositor.

Terceira Via

Mais alinhado às diretrizes do progressismo e do liberalismo-econômico, Luciano Huck revelou que votou em branco para a escolha do presidente em 2018. A Bial, o apresentador confessou que não iria se “furtar da resposta”, uma vez que “hoje em dia no Brasil você não se posicionar é você compactuar com o que está acontecendo.” […] “Eu votei em branco na última eleição, é o que eu devia ter feito e fiz com bastante tranquilidade. Os dois candidatos que se apresentavam naquela época, eu não me sentia representado por nenhum dos dois. Votei em branco e votaria em branco de novo”.

Continuou: “Nesse momento, acho que a gente não está falando sobre A ou B, de sicrano ou beltrano, a gente está falando sobre quem defende a democracia e de quem ataca a democracia. E eu acho que a democracia foi uma conquista. Quem a defende estará de um lado, quem não defende está do outro. E eu estarei sempre, em qualquer tempo, do lado da democracia.”

Nas redes, políticos e usuários comentaram o posicionamento do comunicador, reascendendo o debate sobre a atuação e omissão política presente em discursos caracterizados como “centristas”

Questionado sobre haver tempo hábil para um terceiro nome em uma frente ampla ou se apenas o de Lula é viável, Huck respondeu que “em meio a pandemia, do jeito que a gente está hoje, com uma narrativa negacionista potente, que nos atrapalha, eu realmente acho que não é hora de debater eleições ou nomes. Acho que temos que debater ideias para os problemas que temos que enfrentar de educação, geração de renda, emprego”.

Por fim, complementou: “Nesse momento você querer dar nome aos bois, fulanizar as soluções dos nossos problemas, é jogar o debate numa vala mais rasa, pessoalmente falando”.

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