Jornalismo Independente
Foto: instagram MC Poze
Prisão de artista causa mais um embate entre lados opostos pelo Rio de Janeiro e Brasil
A prisão de MC Poze mexeu com a internet e dividiu opiniões. Houve quem defendesse o artista, assim como quem apoiou a detenção ocorrida no fim de maio. A acusação envolve a produção de canções com apologia a uma facção criminosa do Rio de Janeiro, entre outras imputações. O caso acabou se transformando, na prática, em mais um embate entre esquerda e direita.
Na última quarta-feira (04), Poze deixou a cadeia sendo recebido com festa do lado de fora do presídio de Bangu, onde estava preso. Seus fãs o aguardavam de braços abertos e comemoraram a decisão do habeas corpus, que determinou sua soltura mediante o cumprimento de medidas cautelares.
Durante a prisão, parlamentares de esquerda usaram as redes sociais para declarar apoio ao MC. Entre eles estavam Renata Souza, deputada estadual do Rio de Janeiro pelo PSOL, além de Dani Monteiro, também parlamentar no estado e Talíria, federal, em Brasília.
“A perseguição racista e classista ao Poze e à sua família é evidente. Eu não posso me calar diante disso. Todos os dias eles são julgados e condenados em praça pública e nas mídias! Revoltante! Eu queria que a decisão da Justiça, que garantiu a liberdade ao @McPozedorodo, tivesse a mesma repercussão midiática que teve a sua prisão. Inclusive, o desembargador Peterson Simão fez críticas a todo o processo espetacular promovido pela polícia. O racismo é uma arma fatal!”, escreveu Renata.
CONFIRA: Poze preso: Jota Marques aponta racismo e perseguição à cultura da favela
“MC NÃO É BANDIDO. Hoje eu entrei com um boné no plenário com essa frase. E foi o suficiente para que deputados da direita se sentissem ofendidos e fossem ao microfone destilar preconceito. MC não é bandido, e a favela tem muito a ensinar!”, declarou a parlamentar que foi à Alerj com o boné em alusão a Poze.
Por outro lado, também houve manifestações em defesa da prisão do artista. O vereador Pedro Duarte, do Partido Novo, no Rio de Janeiro, usou as redes sociais para justificar sua posição.
“Quando Poze do Rodo canta ‘na VK os menor te acerta, só soldado bom de guerra. Que te mira e não te erra. Só AKzão na favela, com vários pentão reserva. Aonde entrar, cês leva’, ele não está cantando sobre a realidade da favela, muito menos narrando o dia a dia de quem mora lá. Os moradores das comunidades do Rio de Janeiro não querem ter um ‘AKzão’, muito menos ‘pentão reserva’. São reféns desses bandidos, muitas vezes protegidos por supostos defensores do ‘Estado Democrático de Direito’. Existe Estado Democrático de Direito na favela onde ‘se entrar, cês leva’?”, disse o vereador em uma rede social.
Estamos concorrendo como Melhor Canal de Política da Internet — e o seu voto é fundamental para mostrar a força do jornalismo independente, crítico e sem rabo preso! 
VOTE AQUI! 
